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Fábio Seixas

Automobilismo e pitacos sobre tudo o mais

Perfil Fábio Seixas, 38, é jornalista com mestrado em Administração Esportiva

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Tag Archives: bruno

Dança das cadeiras

Por Fábio Seixas
27/09/12 23:45

Começou com o amigo Américo Teixeira cravando no seu “Diário Motorsport”: Pérez assinou com a McLaren. Furo histórico de um jornalista brasileirinho contra esse mundão todo.

Agora à noite, Antonio Pérez, pai do piloto, não aguentou e abriu o bico no Twitter: “Já assinou hoje, amanhã será notícia”.

Bom… Até por causa dele, já virou notícia agora mesmo.

A Mercedes deve anunciar amanhã, sexta-feira, a contratação de Hamilton para a vaga de Schumacher, que se aposenta. Ato contínuo, a McLaren confirmará Pérez para o lugar do campeão de 2008.

Ótimas mexidas. Um rara série de ganha-ganha para quase todo mundo.

Schumacher vai parar após um retorno que não disse muita coisa, mas no qual se divertiu sem a pressão de lutar por títulos.

Hamilton mudará de ares. Terá pela frente o desafio de mostrar o que pode fazer numa equipe que não o criou desde a pré-adolescência. Desafios são sempre legais.

Pérez vai na mesma linha: terá um desafio, o primeiro numa equipe grande. E a McLaren, apostando no mexicano, corre o sério risco de acertar.

Fica aberta uma vaga na Sauber. Porta interessante para Bruno bater caso a da Williams se feche. E é bom lembrar que ele tem patrocínio da Embratel, pertecente ao mesmo grupo que um dia colocou Pérez no time suíço.

Massa? Fica na Ferrari por mais um ano, tudo indica. Acomodado, tampão, até que a equipe encontre um piloto para 2014. Falam em Vettel. Não duvido. É o único que perde. 

(Ou vocês acham que Alonso defendia sua renovação porque gosta de conversar sobre futebol nos intervalos de treino?)

Aguardemos os comunicados oficiais. A sexta-feira deve ser agitada por aqui…

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Vettel vence, Alonso vibra

Por Fábio Seixas
23/09/12 11:10

“Sorte de campeão”, diria um. Sorte de tricampeão, emendaria eu.

O objeto das frases, claro, Alonso.

Mais uma vez ele não ganhou. Porém, mais uma vez, viu seu adversário direto no Mundial tendo problemas e abandonando. E assistiu a uma nova troca na vice-liderança do campeonato.

Assim, enquanto ninguém se estabelece na condição de perseguidor pelo título, o espanhol segue em seu velocidade de cruzeiro, rumando para mais um título.

A vitória em Cingapura foi de Vettel, sua segunda na temporada. Button foi o segundo. E Alonso completou o pódio.

Mas e Hamilton, que largou na pole, cheio de confiança e favoritismo? A explicação está logo abaixo…

Na largada, tudo limpo. Hamilton disparou na frente e Maldonado perdeu duas posições, para Vettel e Button.

O top 10 ao fim da primeira volta, Hamilton, Vettel, Button, Maldonado, Alonso, Di Resta, Webber, Grosjean, Rosberg e Schumacher. Bruno cruzou em 18º. Massa teve um furo no pneu traseiro esquerdo, caiu pra último e precisou passar pelos boxes.

Na quinta volta, Hamilton tinha 1s8 sobre Vettel. Mas o interesse de todo mundo era nos pneus. Enquanto a maioria do grid optou por largar com os supermacios, alguns poucos arriscaram os macios _mais resistentes.

Massa e Petrov, que pararam logo no começo, também aproveitaram para colocar os macios. E, na quarta volta, Massa cravou o melhor tempo até então, mostrando que aquela era a melhor opção.

Assim, não demorou para que a primeira janela de pits fosse aberta. Logo na nona volta, Webber parou e colocou os macios. Duas voltas depois, Vettel e Bruno pararam. E o brasileiro estava com um “probleminha” para sair dos boxes: sem a primeira marcha.

Na 12ª, Alonso, Schumacher e Ricciardo entraram. Na 13ª, Hamilton, Di Resta e Rosberg. Na seguinte, Raikkonen, Maldonado e Glock. Na 15ª, Button e Grosjean fizeram suas paradas.

Só na 19ª, Pérez e Hulkenbeg, que largaram com os macios, fizeram seus primeiros pits.

O resultado prático desses trocentos pit stops foi… Zero. Nada mudou. Hamilton continuou na ponta, seguido por Vettel, Button, Maldonado e Alonso. Some isso à falta de ultrapassagens na pista e a conclusão é que a corrida, àquela altura, estava uma enorme chatice.

Tanto que a maior emoção foi um abandono. Na 23ª volta, a TV mostrou Hamilton se arrastando, tentando desesperadamente trocar marchas, dando até umas porradas no volante pra ver se pegava no tranco… Não deu. Abandonou o GP de Cingapura.

Pelo rádio, a McLaren informou que foi quebra da caixa de câmbio. O inglês deixou o carro cabisbaixo, ciente de que estava dando adeus à vice-liderança do Mundial e a boa parte de suas chances de título.

E vale a pergunta: será que isso vai influenciar na sua decisão sobre 2013? A ver.

A liderança da prova caiu no colo de Vettel. Mas quem mais sorriu, imagino, foi Alonso. Não bastasse sua técnica exuberante, o espanhol está numa onda de sorte que é brincadeira…

Na 29ª volta, Webber abriu a segunda janela de pits lá na frente. Tirou os macios e colocou os supermacios.

Na 30ª, Maldonado, terceiro colocado, e Alonso, quarto, entraram nos boxes. 

O venezuelano colocou os supermacios, mas Alonso manteve os macios. Cada um com sua aposta, e o espanhol louco para superar o adversário e beliscar o pódio.

A corrida, finalmente, melhorou. Na 33ª volta, Alonso partiu pra cima, colocou duas vezes o carro lado a lado com o do Maldonado, mas não conseguiu a manobra.

E veio então o safety-car, oferecimento Karthikeyan no muro.

Corre-corre pros boxes, todo mundo que não tinha feito o segundo pit aproveitando para trocar os pneus.

E lembra da sorte de Alonso? Pois é… Maldonado sofreu um problema hidráulico, precisou passar pelos boxes mais uma vez, despencou para décimo e logo depois abandonou. Assim, Alonso subiu para terceiro.

O safety car só saiu na 38ª volta.

O top 10 tinha Vettel, Button, Alonso, Di Resta, Hulkenberg, Webber, Pérez, Rosberg, Grosjean e Vergne.

E não demorou muito para um novo safety car. Ainda na volta da relagada, Schumacher veio como um torpedo na traseira de Vergne, uma lambança de dar gosto. Ambos abandonaram.

A nova relargada veio na 43ª volta. Com Bruno em nono, Massa em décimo e um duelo forte entre os dois, com direito a roda batendo. Após alguns momentos de tensão, o ferrarista conseguiu a ultrapassagem.

Mas veio um mimimi pra tentar estragar a brincadeira: a FIA colocou a disputa sob investigação, entendendo que Bruno teria sido agressivo demais na manobra.

Discordo. Discordo muito. Mas não sei porque ainda fico chocado com as frescuras da FIA… GP após GP, fica claro que os cartolas e comissários querem uma F-1 burocrática, chata, insípida. Uma pena.

(Não, não houve punição. Mas o simples fato de ter começado uma investigação diz muito sobre o atual estágio das coisas na FIA…)

Com tanto tempo de safety car na pista, a corrida foi encerrada pelo cronômetro, no limite de duas horas.

Vettel cruzou com 8s9 sobre Button, que teve 6s2 sobre Alonso.

Na sequência, Di Resta, Rosberg, Raikkonen, Grosjean, Massa _fez uma boa prova, até_, Ricciardo e Webber. Bruno abandonou a duas voltas do fim, reclamando de perda de potência do motor.

Com o resultado, Alonso foi a 194 pontos, contra 165 de Vettel. Sua folga na ponta, que era de 37 para Hamilton, agora é de 29 para o alemão. Mas falta um GP a menos para o fim.

Nada está garantido, mas me parece mais lógico apostar no tri de Alonso do que em qualquer outro resultado. Ou você apostaria em outro?

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Pílulas do Dia Seguinte

Por Fábio Seixas
10/09/12 10:41

Não é apenas a vantagem de 37 pontos para Hamilton que coloca uma das mãos de Alonso na taça do tri. A análise é mais profunda, o buraco é mais embaixo. Até ser acertado por Grosjean em Spa, o espanhol vinha numa sequência de 23 GPs pontuando. Tem a ver com sua capacidade de levar o carro até a linha de chegada, tem a ver com a alta confiabilidade da Ferrari. Terá que acontecer uma tragédia para que ele fique dois ou três GPs sem pontuar. E, ainda assim, um mesmo piloto teria que coletar esses pontos. Taí mais uma vantagem do espanhol: os pontos que sobram têm ficado, via de regra, dispersos pela concorrência. Ora é Hamilton, ora é Vettel, ora é Webber, ora é Button. Enfim, há vários motivos para acreditar no seu terceiro título. Cenário difícil de imaginar quatro ou cinco meses atrás;

Ainda no capítulo título mundial, acho que a McLaren belisca o de Construtores. A equipe inglesa está em franca ascensão, enquanto a Red Bull estacionou. E não é de hoje;

Revi várias vezes o incidente entre Alonso e Vettel. E muita gente aqui recordou de um lance muito parecido, lá mesmo em Monza, em 2011, em que foi o alemão que escapou da pista. Na ocasião, Alonso não foi punido. Os comissários acertaram. Desta vez, repito, erraram feio;

Senna pediu punição a Di Resta num caso parecido. Também revi a imagem e minha opinião é a mesma do incidente acima: lance de corrida. Não caberia punição;

Massa: “Foi um ótimo resultado pensando que o Fernando largou em décimo e chegou em terceiro. Eu saí em terceiro e terminei em quarto, porque não consegui segurar o Pérez. Era muito difícil. Mais um pouco e ele ganhava a corrida. Então, acho que foi ótimo para a equipe.” Sim, para a Ferrari ficou de bom tamanho. E o brasileiro realmente não tinha o que fazer: nem Alonso segurou o Pérez. Se continuar tomando pontos da concorrência como ontem, Massa pode ter chances de ficar na Ferrari. Mas o que ninguém sabe é o quanto Montezemolo quer esperar até definir a situação. Em Monza, ele deu mostras de que quer resolver rápido. Isso seria ruim para Massa;

Ainda sobre Massa, é compreensível o desejo dele de querer continuar na Ferrari. É mais que uma equipe, é um mito do automobilismo. Mas acho que a reflexão que ele precisa fazer é se vale a pena continuar por mais um ano, ofuscado por Alonso. E isso não é uma crítica ao brasileiro, embora eu já tenha feito tantos. É uma constatação. Qualquer piloto hoje ficaria em segundo plano dividindo a equipe com o espanhol, o melhor da atualidade;

Que pilotaço é o Perez. Se eu sou dirigente de uma equipe grande, qualquer uma, espero o cara na saída do paddock e ofereço um contrato;

Kubica voltou em alto estilo. Disputou neste final de semana o Ronde di Gomitolo Lana, um rali na Itália, e venceu. “Quero restabelecer meu estilo de pilotagem e ajudar meu braço a se recuperar melhor”, disse. Sim, o foco total dele é a F-1. Acho difícil, mas taí o Zanardi para jogar na nossa cara que nada é impossível.

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Button, pole e exemplo

Por Fábio Seixas
01/09/12 10:19

Em Spa, uma pole improvável.

Button, no treino classificatório em Spa (Jan Van De Vel/Reuters)

 

Button, que não largava na frente desde Mônaco-2009 e que nunca havia alcançado o feito pela McLaren, cravou o melhor tempo no treino classificatório.

Melhor do que isso, para ele, é o fato de que carros e pilotos também não habituados a largar na frente estão ao seu redor.

Ocorre que Button, além de mais braço, tem um carro mais completo. Se largar bem amanhã, é favoritaço à vitória.

O dia em Spa, outra coisa rara, foi de céu azul, tempo seco, termômetros na casa dos 16ºC. (E como é bonito aquele lugar, pelamordedeus…)

Assim, todo mundo aproveitou para andar o máximo possível no terceiro treino livre, tentando recuperar o tempo perdido na chuva de ontem.

Schumacher foi quem mais andou: 26 voltas. E isso tem a ver com a quebra do companheiro, Rosberg, que deu apenas 5 voltas: coube ao veterano colher dados para a equipe.

O melhor tempo ficou com Alonso, 1min48s542. Raikkonen ficou a 0s141. Depois, vieram Pérez, Kobayashi, Button, Massa, Webber, Grosjean, Vettel, Di Resta… Bruno foi o 17º.

O treino classificatório começou movimentado e com Webber e Rosberg já devendo cinco lugares no grid por troca de câmbio.

Um Q1 sem incidentes. Maldonado foi o mais veloz, com 1min48s993. Button ficou em segundo, a 0s257, seguido por Hulkenberg. Na sequência, Alonso, Raikkonen, Ricciardo, Massa, Hamilton, Pérez, Kobayashi. Bruno avançou em 15º.

Os cortados foram Rosberg _que mal andou pela manhã e, com a punição, vai largar em último_ e os suspeitos de sempre: Kovalainen, Petrov, Glock, De la Rosa, Pic e Karthikeyan.

O Q2 correu sem problemas. Bruno tomou um susto na Blanchimont, mas segurou bem o carro. Não bateu, mas perdeu sua grande chance de uma volta rápida. Acabou em 17º, a 1s307 da zona de corte.

Além dele, dançaram Vettel _perdido por todo o final de semana_, Hulkenberg, Schumacher, Massa, Vergne e Ricciardo

“Estava com a asa aberta na curva e perdi a aderência. Provavelmente danifiquei o carro quando passei de lado na zebra e não tive como melhorar o tempo. Vai ser uma corrida dura, mas é o que é”, disse Bruno, à Globo.

“Fiz várias voltas difíceis, sofrendo no segundo setor. Está difícil de guiar o carro. Sai de frente, sai de traseira. Não foi possível fazer uma volta boa”, explicou Massa.

Curioso, isso… A asa do Maldonado não abriu na curva e o carro do Alonso não sai de frente nem de traseira. Os dois avançaram para a última fase do treino. Seus companheiros ficaram pelo caminho. Tirem suas conclusões. Sinceramente, já não sei mais o que falar.

Além dos dois, o Q3 teve Button, com 1min47s654, Pérez, Raikkonen, Webber, Hamilton, Kobayashi, Grosjean e Di Resta.

Num circuito de 7 km, era o caso de uma volta para sair dos boxes, uma para aquecer e outra para mandar o chinelo. Uma chance e mais nada.

E Button lidou melhor com a pressão. Ele, que nunca foi um “poleman”, mas sempre andou bem em Spa, mandou 1min47s573 e não foi alcançado por ninguém.

Em segundo, Kobayashi, já um herói japonês, a 0s298. Maldonado sai em terceiro, seguido por Raikkonen _este, sim, o grande desafio para Button.

A terceira fila tem Pérez e Alonso. A quarta, Hamilton e Grosjean. Di Resta e Vettel saem na quinta fila _isso porque Webber, sétimo no Q3, sai em 12º.

Para um piloto que chegou a Spa entre rumores de que poderia ser convocado para ajudar o companheiro na luta pelo título, Button deu uma bela resposta hoje. E uma vitória em Spa pode ser a redenção de um desempenho tão apagado no campeonato, uma menção honrosa para sua temporada, um marco na sua carreira.

Uma prova de que o abatimento com os boatos não leva a nada. De que é possível dar a volta por cima, sem grandes psicodramas. 

Um caso que deveria ser seguido como exemplo por dois certos pilotos brasileiros.

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Pit Stop #241

Por Fábio Seixas
14/08/12 10:53

Agosto tem sido um mês bom para Bruno e Barrichello. O primeiro ouviu elogios de Frank Williams. O segundo está sendo desejado por equipes melhores da Indy.

Este é um dos temas do Pit Stop desta semana. Tem muito mais.

É clicar e ver…

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Hungaroring, 1º e 2º treinos livres

Por Fábio Seixas
27/07/12 11:14

Hamilton, nesta sexta-feira, em Hungaroring (Attila Kisbenedek/AFP)


 

Em Budapeste, Hamilton pela manhã e Hamilton à tarde.

Mas calma lá, é preciso relativizar.

O segundo treino foi prejudicado pela chuva, e quem tinha tempo antes de a água cair acabou se dando bem.

Os pés no chão valem para os torcedores de Hamilton, mas também para os ufanistas brasileiros _no segundo treino, pelo mesmo motivo, Bruno foi terceiro, seguido por Massa.

Foram duas sessões bem distintas.

Pela manhã, com muito sol, a McLaren dominou. Hamilton assumiu a ponta na metade da sessão e se impôs. Terminou com 1min22s821, 0s101 melhor do que seu companheiro de equipe, Button.

Alonso foi o terceiro, a 0s576, seguido por Rosberg, Grosjean, Schumacher, Massa. Bottas mais uma vez treinou no lugar de Bruno e foi o nono.

À tarde, o tempo virou. Antes de água surgir, porém, Hamilton já tinha cravado 1min21s995. Raikkonen ficou a 0s185, em segundo. Depois, Bruno, Massa, Alonso, Button…

A Red Bull ficou escondidinha. No primeiro treino, Webber foi 13º e Vettel ficou em 15º. No segundo, Vettel foi oitavo e Webber, o 14º.

Normalmente, a Red Bull não abre muito o jogo às sextas. Mas, claro, pode ser também efeito das mudanças no mapeamento do motor. O paddock só tirará essa pulga de trás de orelha amanhã, no treino oficial.

O que eu acho? Que está mais para McLaren x Ferrari.

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Pílulas do Dia Seguinte

Por Fábio Seixas
23/07/12 10:22

Puniram o Vettel. Levou 20 segundos, caiu de segundo para quinto. Revi algumas vezes a manobra. E recebi, de alguns internautas, a dica abaixo. Em 2003, Schumacher passou Trulli exatamente no mesmo ponto, da mesma forma. Não foi punido. Até onde sei, as duas cenas, ainda que separadas por nove anos, são de um mesmo esporte, a F-1. O que, no mínimo, mostra incoerência e inconsistência da FIA. Mantenho minha opinião: eu não puniria Vettel;


Só mais um toque sobre a polêmica. No fundo, tanto faz pra mim se Vettel foi segundo, quinto ou 18º. O que me interessa no caso é a mensagem que a FIA passa para os pilotos e os efeitos que ela pode ter daqui pra frente. Ao punir o alemão, a entidade diz “comportem-se, sejam robozinhos, não façam graça”. É isso. A FIA quer um esporte sem graça. Todos andando nos trilhos, sem espaço para o arrojo ou a inventividade. F-1 com mimimi, enfim;

Para Domenicali, Alonso não tinha o melhor carro de Hockenheim, o que só aumenta o tamanho de seu feito. “Ele está no seu pico de performance. Está num grande momento e vamos tentar manter este momento pelo máximo de tempo possível. Não temos ainda o melhor carro. Fernando teve que fazer 67 voltas em ritmo de qualifying”;

Massa: “Fernando precisa de mim. Em um campeonato como este, é muito importante ter os dois carros na zona de pontuação”. Aí é que mora o busílis. É essa a maior pressão a que o brasileiro será submetidos nos próximos meses. Eu diria até que é isso que vai definir sua permanência na equipe. Mas Massa terá que melhorar. Muito. Enquanto Alonso tem 154 pontos e lidera o Mundial, o brasileiro soma 23 e é o 14º. Enquanto Alonso acumula seis pódios em dez GPs, Massa não fica entre os três primeiros colocados desde outubro de 2010;

Falando em pressão, a Hungria marca o início da segunda metade do campeonato. E Bruno continua com 18 pontos, só à frente dos pilotos da Toro Rosso e das nanicas. Nada mais que a obrigação, portanto. Para usar um jargão futebolístico, é outro que não conseguiu acumular gordura na primeira fase do Mundial e que vai ter meses de sufoco pela frente;

Para não passar batido: que campeonato vem fazendo o Raikkonen! Não aparece, porque ainda não venceu. Mas pouco a pouco vem subindo na classificação. Em Hockenheim, ganhou mais uma posição na tabela. Superou Hamilton e já é o quarto. Ah, sim: ele estava parado havia dois anos. E pilota uma Lotus;

Na GP2, um bom final de semana para Nasr. Não foi tão bacana para Razia, mas foi ainda pior para seu rival pelo título, Valsecchi. Assim, o baiano segue na liderança da tabela, com 171 pontos, 10 a mais que o italiano;

Na Indy, Castro Neves se colocou definitivamente na luta pelo título. Em Edmonton, conseguiu sua segunda vitória a temporada e subiu para a vice-liderança do campeonato. Tem, agora. 339 pontos, 23 a menos que Hunter-Reay. E importante: está crescendo na hora certa. Faltam quatro etapas para o fim do campeonato;

(Em tempo: se algum piloto da F-1 inventasse de escalar um alambrado após uma vitória não tenho dúvidas de que seria ameaçado de punição por quebra de protocolo, por atrasar o pódio, por prejudicar a transmissão internacional. A FIA quer robozinhos, afinal).

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Alonso x Vettel, 1ª fila emblemática

Por Fábio Seixas
21/07/12 10:16

Em Hockenheim, primeira fila com Alonso x Vettel.

Duelo pela primeira curva, confronto pela vitória, disputa emblemática, que simboliza o que deve ser a segunda metade de campeonato.

Vai ser curioso acompanhar. Até pelo fator psicológico.

Mais curioso ainda se o domingo for tão agitado quanto o sábado.

O dia em Hockenheim, hoje, foi de muito trabalho.

Pela manhã, com pista seca por 55 minutos, Alonso foi o mais rápido: 1min16s014. Hamilton ficou a 0s077, seguido por Pérez, Raikkonen, Webber, Vettel… Massa foi o oitavo. Bruno, o décimo.

Nos cinco minutos finais, choveu, molhando bastante a pista e deixando todo mundo escaldado para o treino oficial.

E não deu outra: no início da sessão classificatória, o que se viu foi os engenheiros olhando pro céu e os pilotos correndo logo pra pista para garantir tempo. A meteorologia indicava chuva a qualquer momento.

No Q1, não choveu. O primeiro tempo ficou com Raikkonen, 1min15s693, a melhor marca do final de semana. Pérez foi o segundo, a 0s033. Depois vieram Rosberg, Alonso, Maldonado, Hamilton, Massa. Bruno passou em 11º.

Os cortados foram os suspeitos de sempre: Vergne, Kovalainen, Petrov, Pic, Glock, De la Rosa e Karthikeyan.

Ninguém mais superaria o tempo do finlandês. Porque, instantes após o final do Q1, a chuva voltou a dar as caras em Hockenheim.

A chuva foi apertando, apertando… Quem fez tempo no começo, fez; quem não fez, dançou.

Massa e Bruno ficaram neste segundo grupo. O ferrarista, em 14º. O piloto da Williams, em 16º.

Ainda dançaram Ricciardo, Pérez, Kobayashi, Grosjean e Rosberg _estes dois, além de Webber, ainda perderão cinco posições no grid por terem trocado câmbio.

O top 10, Hamilton, Schumacher, Vettel, Alonso, Button, Maldonado, Webber, Hulkenberg, Di Resta e Raikkonen. A marca do inglês dá uma boa dimensão do aguaceiro por lá: 1min37s365.

“Difícil de dizer o que aconteceu. Talvez tenha sido pressão do pneu… A diferença é muito grande entre eu e o Pastor”, disse Bruno, à Globo.

“A pista vinha piorando a cada volta, mas errei na primeira, e perdi totalmente o tempo ali. Foi uma pena, porque o carro estava bom, competitivo. Chuva, se você não fizer tudo perfeito, na hora certa, acontece isso”, afirmou Massa.

(As estatísticas dos dois, no confronto com seus companheiros em grids, não estão lá muito bonitas. Na Ferrari, 10 a 0 para Alonso. Na Williams, 8 a 2 para Maldonado. Que coisa…)

O Q3 já foi com chuva o tempo todo. A ponto de Schumacher, pelo rádio, pedir à equipe para avisar a FIA de que a coisa estava complicada.

Faltando poucos segundos para o cronômetro zerar, Vettel tinha 1min42s342. Mas Alonso e Webber o superaram. O tempo do espanhol, 1min40s621.

Na última tentativa, o alemão até conseguiu melhorar, mas suficiente apenas para bater o companheiro.

A primeira fila, portanto, terá Alonso e Vettel. Na segunda, Schumacher e Hulkenberg. Depois, Maldonado e Button. Na quarta fila, Hamilton e Webber _punido, lembram? Di Resta e Raikkonen fecham o top 10.

É a 22ª pole do Alonso. Ele deixa Hamilton pra trás e se torna o terceiro piloto da atualidade em poles, atrás de Schumacher (68) e Vettel (33).

Para amanhã, a previsão é de tempo seco, o que deixa tudo bem imprevisível. Só o que dá para garantir é uma disputa acirrada Alonso x Vettel na primeira curva. Quem a contornar primeiro torna-se franco favorito.

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Pit Stop #236

Por Fábio Seixas
10/07/12 15:14

O Pit Stop desta semana fala bastante sobre Webber. Ainda acho que Vettel recupera terreno, mas o australiano é, até agora, a surpresa da temporada.

O programa também fala de Indy, MotoGP, Stock Car… E, no quadro Naftalina, uma homenagem ao mexicano Pedro Rodriguez.

Lá vai…

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Pílulas do Dia Seguinte

Por Fábio Seixas
09/07/12 10:38

“Nada mal para um segundo piloto.” A célebre frase de Webber após a vitória em Silverstone, dois anos atrás, encaixa perfeitamente na situação atual. O australiano está na luta pelo campeonato não apenas por suas duas vitórias mas também por sua regularidade. Depois de Alonso, é o piloto que pontuou em mais GPs até agora. Só não marcou pontos na Espanha. Sim, Vettel está em terceiro, não pode ser descartado, mas não vem mostrando o mesmo brilho de temporadas passadas. Estou curioso para acompanhar o comportamento da Red Bull nas próximas provas caso essa distância aumente;

“Há muitas especulações sobre a Ferrari, e não podemos controlar o que outras pessoas dizem. Mas Mark quer continuar na equipe no ano que vem e vamos conversar sobre isso nas próximas semanas”, disse Horner. Até pela falta de opções na Toro Rosso, acho que o veterano renova;

Quando corria na World Series, Maldonado correu risco de banimento por suas atitudes na pista. Na GP2, também vivia se metendo em lambanças. Ontem, após ter feito o que fez com Pérez, o venezuelano declarou que não vai mudar seu estilo. Tem a ver, claro, com as punições brandas da FIA. Deixar para julgá-lo após a prova foi um erro. A punição dada foi outro equívoco: € 10 mil e um puxão de orelha. Bandeira preta existe para quê?;

Aliás, vale uma comparação com Bruno. Com os dois pontos em Silverstone, o brasileiro chegou a 18. São 11 a menos que o companheiro. Uma questão importante é que Bruno pontuou em 5 dos 9 GPs até agora. Maldonado, em apenas dois. E 25 de seus 29 pontos são pela vitória em Barcelona. Minha aposta é que Bruno termina o ano à frente do companheiro. E meu diagnóstico é que é injusto dizer que ele está fazendo um mau campeonato;

Massa fez ontem sua melhor prova em muito tempo. Não chegou ao pódio porque a Red Bull foi mais esperta na estratégia e porque Vettel acelerou muito antes daquele primeiro pit. Mas seu campeonato continua bastante ruim;

Comendo pelas beiradas, Raikkonen já é o quinto no campeonato. Taí um pilotaço;

Começa a pintar um cheirinho de crise pelos lados de Woking. Descontente com o desempenho em Silverstone, Hamilton saiu atirando: “Ainda estamos na briga, mas vai ser difícil continuar assim. Não são apenas Ferrari e Red Bull que estão à nossa frente. Um monte de carros está.” Questionado por um repórter se o carro era “defeituoso”, respondeu: “Eu não estou usando essa palavra, mas vou deixar que você a use”;

Na GP2, parabéns para Razia. Prova a prova, o baiano vem consolidando sua condição de grande piloto da categoria nesta temporada. Mais do que o título, o importante ali é que Ecclestone é dono da bagaça e, até para valorizar seu produto, faz questão de ver o campeão correndo na F-1 no ano seguinte. Para registro: após algumas provas ruins, Nasr se recuperou na Inglaterra e vem fazendo um campeonato ok para um piloto estreante;

MotoGP: Stoner não deve ter dormido nesta noite;

Indy: Power vai conseguir a façanha de perder outro campeonato. Vencedor em Toronto, Hunter-Reay merece a liderança.

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