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Fábio Seixas

Automobilismo e pitacos sobre tudo o mais

Perfil Fábio Seixas, 38, é jornalista com mestrado em Administração Esportiva

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Dia de anúncios

Por Fábio Seixas
16/07/13 11:49

Vários anúncios hoje na F-1…

O mais impactante para o Brasil é a confirmação de que a Marussia usará motor e câmbio da Ferrari em 2014.

Desde o acerto com Bianchi para esta temporada, especula-se que a nanica estaria sendo usada como um trampolim para que o francês seja companheiro de Alonso.

(Em outros termos: na estratégia ferrarista, a Marussia seria a nova Sauber. Foi lá que a Ferrari preparou Massa durante três temporadas até levá-lo de vez para Maranello, em 2006.)

Agora, para mim, não restam dúvidas. É isso mesmo. Só resta saber quando a Ferrari pretende importar Bianchi. Já em 2014? Ou vai deixá-lo por lá por mais um ano, pegando o jeito do seu motor?

O futuro de Massa depende dessas respostas.

Falando em Massa, ele está envolvido em outro anúncio: foi confirmado para a bateria de testes de Silverstone.

Ele vai testar na sexta de manhã. O resto dos testes ficará a cargo do italiano Davide Rigon, 26, ex-GP2, hoje líder do campeonato de endurance do Mundial de GT.

Na Red Bull, a novidade é que Ricciardo foi escalado. Já está claro que ele é o favorito para a vaga de Webber caso o negócio com Raikkonen não dê certo.

Entre a molecada, muita gente da GP2, da GP3, da F-Renault: Ellinas, Frijns, Cecotto, Calado, Da Costa…

E nenhum jovem piloto brasileiro, o que é preocupante…

Por fim, a Williams anunciou que Pat Symonds (aquele) será seu novo diretor-técnico, substituindo Mike Coughlan (aquele!).

Notícia que não fede nem cheira. Mas torço para que a Williams cresça.

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Pit Stop #284

Por Fábio Seixas
16/07/13 10:40

O Pit Stop desta semana fala bastante sobre os contratos de Senna e Piquet com a Lotus, sobre os testes de jovens pilotos, sobre Indy e MotoGP.

(Em tempo, faço aqui um pedido de desculpas: vi a notícia pela metade e lancei-a no ar de forma equivocada. É Kimyia Sato, 23, que corre na Auto GP, o piloto escalado pela Sauber para os testes de Silverstone.)

Lá vai…

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Joguinho interessante...

Por Fábio Seixas
16/07/13 10:10

Não entendo de videogames, fiquei para trás depois que abandonei meu Atari.

Mas tem um monte de gente empolgada por aí com a notícia de que a nova edição do game oficial da F-1 trará carros, pilotos e pistas dos anos 80 e 90.


Pilotar a Williams FW12 com o Mansell em Jerez? Assim talvez até eu me anime…

A dica do vídeo foi do Gabriel Rocha.

Bom? Ruim? Especialistas no assunto, manifestem-se!

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A Sauber e os russos

Por Fábio Seixas
15/07/13 11:14

A despeito de ter sido expulso por Peter Sauber dos boxes de Interlagos, em 1997, sempre simpatizei com sua equipe.

Uma sensação que ganhou força em 1999, quando tive a chance de visitar Hinwill. Diniz foi apresentado oficialmente para sua primeira temporada pelo time, e um grupo de jornalistas foi convidado para conhecer a fábrica.

Impressionou.

Não pela grandiosidade, pelo contrário. Já estive na Williams, na Ferrari, na ex-BAR, na antiga Arrows… Todas com estruturas muito maiores.

Mas a Sauber chamou a atenção pela organização.

Suíça. Como adjetivo.

Uma estrutura minimalista, mas com tudo funcionando à perfeição.

A história de Peter também merece simpatia. A começar por desenvolver o automobilismo num país em que as corridas são proibidas. Passando pelo fato de ter dado chance para tantos e tantos pilotos: Schumacher, Frentzen, Wendliger, Raikkonen… E terminando no que considero um oásis de humanidade numa categoria tão profissional, no mau sentido: todos os seus carros são batizado com a letra C, em homenagem a Christiane, sua mulher. O deste ano é o C32.

E há também o fato de o suíço ser um peixe fora d’água. Um velho garagista em meio a megaconglomerados internacionais. Só restam ele e Frank Williams.

(Porque Ron Dennis há anos já esqueceu que um dia colocou a mão na graxa.)

Toda essa introdução porque receio que a história da Sauber começou a acabar. Hoje.

Em sérias dificuldades financeiras, com boatos de que estaria correndo o risco de fechar as portas após o GP da Hungria,  o time anunciou hoje uma “parceria de longo prazo” com três empresas russas: Investment Corporation International Fund, State Fund of Development of Northwest Russian Federation e National Institute of Aviation Technologies.

No pacote, a promoção do GP de Sochi, em 2014, e a quase-confirmação de que Sergey Sirotkin, de apenas 17 anos, correrá pelo time no próximo Mundial.

Um “detalhe”: ele disputa neste ano a F-Renault 3.5 e só o oitavo colocado. Tem 34 pontos, enquanto o líder, Stoffel Vandoorne, soma 136.

“Este acordo de cooperação vai levar as inovações russas à principal categoria do automobilismo”, diz o comunicado.

Sempre acho estranho _e temerário_ quando esses grupos de investimento aparecem como a salvação da lavoura.

Lembrei quando um picareta de um príncipe nigeriano surgiu no paddock e investiu na Arrows. Ou quando a tal Midland comprou a Jordan.

Vocês sabem o que aconteceu com ambas.

No ranking de GPs disputados na F-1, a Arrows é 10ª colocada, com  291. A Sauber vem a seguir, com 263.

Por todos os motivos mencionados ali no começo, espero estar enganado. Mas acho que há enorme risco de a marca da velha equipe ficar segura por um bom tempo.

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Nós, os Nakajimas

Por Folha
12/07/13 03:00

Olhar para o passado é a melhor forma de entender o presente.

No caso dos documentos da F-1 que este colunista recebeu e mostrou nos últimos dias, essa compreensão tem ora tom de decepção, ora tom de alívio.

Vai além das curiosidades. Vai além da reconstituição de uma época marcante. Vai além da exatidão de salários nunca divulgados e da comparação com valores atuais. Tem a ver com a forma como este país vê o esporte, a F-1 em especial.

Os contratos de Senna e de Piquet com a Lotus, disponibilizados na internet pela biblioteca da Universidade da Califórnia, revelam detalhes de uma era que muitos já esqueceram e que outros não viveram.

Quando éramos grandes.

Sim, tanto Senna em 87 como Piquet em 88 e 89 tinham em seus contratos cláusulas que davam a eles status de primeiros pilotos. No caso do primeiro, essa deferência conferia prioridade no uso de peças. No caso do segundo, que negociou com a equipe na condição de bicampeão mundial em luta pelo tri, havia até um “Código de Conduta”.

O outro piloto, Nakajima, era impedido de ultrapassá-lo a não ser que houvesse sinalização expressa.

“Da mesma forma, quando o carro número 2 estiver à frente do número 1, ele vai aceitar ordens dos pits para ceder a posição”, diz o contrato de Piquet, que assegura logo na primeira cláusula que o japonês concordava com tudo.

Familiar? Muito. Não dá para não lembrar de Zeltweg-2002, de Cingapura-2008 ou de Hockenheim-2010, quando estávamos (e ainda estamos) do outro lado. Quando os Nakajimas éramos (somos) nós.

Daí as reações nos cerca de 600 comentários que chegaram ao blog entre terça-feira e ontem.

Muitos acusam desapontamento. “Perdi um ídolo”, lançou um piquetista.

E vários revelam um peso a menos nos ombros, como que vibrando de forma retroativa, jogando para longe o complexo de vira-latas. “Hoje achamos um absurdo. Mas que delícia quando era a nosso favor”, escreveu outro leitor.

O passo seguinte, acredito, é o cair da ficha. É entender a realidade, sem floreios, sem patriotadas, sem torcida, sem chiliques, sem choro.

A F-1 é assim. Já era há 25 anos, continua agora, independentemente de nacionalidades. Em Silverstone e Nurburgring, Grosjean teve que abrir para Raikkonen.

Graças a esses documentos, hoje temos ideia do que está escrito no contrato dos dois. Sabemos o que passou nas cabeças de Barrichello, Nelsinho _que ironia_ e Massa quando ouviram ordens pelo rádio.

Essa é a maior contribuição daquele passado para este presente.

(Coluna publicada nesta sexta-feira na Folha de S.Paulo)

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O contrato de Piquet em 1988

Por Fábio Seixas
11/07/13 10:12

Há mais tesouros da F-1 guardados na biblioteca da Universidade da Califórnia.

Como a minuta do contrato de Piquet com a mesma Lotus para os Mundiais de 1988 e 1989. E um “código de conduta” estabelecendo os papéis dele e de Nakajima no time inglês.

Em “circunstâncias normais”, o japonês não poderia terminar uma corrida melhor que o companheiro. Por força de contrato, só poderia ultrapassá-lo caso recebesse um “sinal claro” e era obrigado a ceder posição caso estivesse sua à frente.

Com a saída de Senna para a McLaren, anunciada em setembro do ano anterior, a equipe precisou correr atrás de um piloto de ponta. A melhor opção era Piquet, já às turras com a Williams.

Mas o já veterano valorizou. Fez valer o preço dos seus então dois títulos mundiais e seu tino para os negócios. A Lotus precisou colocar a mão no bolso.

Foi ganhando muito mais do que o compatriota.

(E sem Fla-Flu aqui. A situação é normal. Os dois viviam momentos bem diferentes. Senna tinha 27 anos, era então apontado como futuro campeão mundial, mas ainda com muito a provar. Aos 35, Piquet estava consagrado, rumava para o tricampeonato, já se aproximando do fim de carreira.)

O que temos, em primeiro lugar, é um memorando de entendimento entre Piquet, Lotus e R.J. Reynolds, a dona da marca Camel. São 6 páginas, que você pode ler na íntegra aqui.

O documento começa com o mesmo padrão do contrato de Senna, estabelecendo que a equipe terá direito a seus serviços como piloto, assim como a explorar “seu nome e sua fama”.

Logo na primeira cláusula, garante que ele terá status de piloto número 1 e traz uma curiosidade: Satoru Nakajima, o número 2, assinou um “código de conduta”.

Piquet, à frente de Nakajima, no GP de San Marino de 1988 (Reprodução)

Estabelece que Piquet estava liberado de fazer propagandas de cigarro “como indivíduo”, mas que sua imagem de membro da equipe poderia ser usada.Fato bem importante está na cláusula seguinte. A data. Este memorando foi assinado em 5 de agosto de 1987, e garantia a Piquet o fornecimento de motores Honda à equipe na temporada seguinte.

Isso é relevante por dois aspectos.

Se há a suspeita de que Senna descumpriu seu contrato com a Lotus ao negociar com a McLaren antes de 8 de agosto, o vice-versa não guarda dúvidas.

Existe agora a prova de que a Lotus transgrediu o que estava acordado: negociou com outro piloto, Piquet. Mais: assinou com ele.

O segundo ponto curioso: Piquet não guardou segredo.  No mesmo dia, seu empresário, Eduardo Antônio da Silva Prado, que estava em São Paulo, anunciou o negócio. Piquet disputou 8 das 16 corridas daquele campeonato de 1987 já assinado com a Lotus. Mesmo assim, ganhou o título com a Williams.

A equipe garantia a permanência de Ducarouge como engenheiro-chefe em 1988 e manifestava a intenção de mantê-lo para o ano seguinte.

Piquet não tinha direitos a boné ou a espaços no macacão. Tudo tinha de ser dos patrocinadores da equipe. Ele podia fazer propagandas de outras marcas, mas tinha de submeter os contratos à Lotus, para evitar conflitos.

À grana, em valores da época.

Piquet ganhou em 1988 US$ 220 mil de luvas, mais salário de US$ 5 milhões naquele ano _US$ 3,5 mi pagos pela equipe e US$ 1,5 mi, pela R.J. Reynolds. Senna recebeu, no ano anterior, US$ 1,5 milhão.

Para 1989, o salário foi de US$ 5,5 milhões.

Ou seja, uma grande diferença, mas não tão enorme como Piquet sempre alardeou.

Como Senna, ele recebeu uma “ajuda de custos” de US$ 40 mil para viagens, bônus de US$ 4 mil por ponto conquistado e tinha a promessa de US$ 250 mil extras em caso de título mundial.

Mas não é só. Há um outro documento, assinado entre a Lotus e a empresa que representava Piquet, a Race Ace Management Corporation, com base nas Antilhas Holandesas, um paraíso fiscal. Está aqui.

Estabelece o seguro de vida para o brasileiro: £ 750 mil em caso de morte _sete vezes o valor acertado com Senna no ano anterior.

E garante mais uma vez que Piquet “é e será o piloto número 1 da equipe” durante a validade do contrato.

Lembram do tal “código de conduta”? Está na íntegra, no anexo 1 do documento.

É contrato, preto no branco.

O carro reserva tinha de ser sempre preparado para Piquet.  A estratégia era sempre “positiva” para o primeiro piloto.

Segue um tradução livre do texto acima: “Em circunstâncias normais, presumindo que o carro número 1 esteja em boas condições mecânicas, é esperado que ele termine a corrida na frente do carro número 2. Para esse propósito, o carro de apoio deve aceitar que não poderá tentar nenhuma ultrapassagem a não ser que o número 1 faça um aceno, por conta de problema mecânico, ou que receba uma mensagem clara dos pits. Da mesma forma, quando o carro número 2 estiver à frente do número 1, ele vai aceitar ordens dos pits para ceder a posição”.

Isso tem 25 anos. Mas remete a situações atuais. Não dá para não lembrar e não entender melhor as situações vividas por Barrichello e Massa na Ferrari, por exemplo.

Nada como investigar o passado para entender o presente.

Mil agradecimentos aos internautas-perdigueiros que me ajudaram nesta pesquisa: Speroff, Bruno Gibin e Leandro Galleti.

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O contrato de Senna em 1987

Por Fábio Seixas
10/07/13 10:12

Senna tinha uma empresa nas Bahamas, exigia status de primeiro piloto, era proibido de esquiar, andar de moto e voar de asa-delta, dava parte dos prêmios aos mecânicos e era obrigado a lidar com a imprensa de “forma totalmente profissional”.

Tudo isso estava em contrato.

Ou pelo menos em um dos seus contratos na F-1.

Está na rede, no site da Legacy Tobacco Documents Library, o contrato do brasileiro com a Lotus para os Mundiais de 1987 e 1988.

A equipe tinha fortes ligações com a R.J. Reynolds, naquela época utilizando a marca Camel. Daí que o documento foi parar no tal arquivo, um compêndio virtual sobre a indústria de cigarro mantido pela Universidade da Califórnia.

O link direto é este aqui.

A dica foi do Bruno Gibin, a quem o blogueiro agradece.

São 19 páginas de um documento histórico, cheio de curiosidades, que ajuda a entender um trecho importante da carreira do tricampeão, então um piloto em busca da consagração.

Vale, ainda, pela raridade do fato. Eu nunca havia lido um contrato de piloto de F-1. Até hoje.

Senna estreou na categoria em 1984, pela Toleman. No ano seguinte, já era piloto da Lotus.

Estamos falando, portanto, do contrato para suas terceira e quarta temporadas pela equipe. Esta última acabaria não acontecendo: o brasileiro fez valer uma cláusula, rompeu com o time e acertou com a McLaren para 1988.

Começando pelo começo.

O contrato foi assinado em 1º de janeiro de 1987. E isso já guarda uma curiosidade: não leva a lavra do brasileiro, mas de um advogado, seu procurador. No sentido literal da coisa, Senna não assinou o papel.

As duas partes são Team Lotus International Limited, com sede de Wymondham, na Inglatera, e Ayrton Senna da Silva Promotions Limited, com sede em Nassau, nas Bahamas. Um paraíso fiscal.

É válido por dois anos, mas estipula uma data-limite para rescisão, partindo de qualquer lado, sem exercício de preferência ou multas: 8 de agosto de 1987.

Sabemos, agora, que Senna usou esta saída quando se viu descontente com o desempenho do carro e recebeu um aceno da McLaren.

O contrato também determina que, antes desta data, nenhuma parte negociasse com terceiros. Senna provavelmente não seguiu esta cláusula à risca: no dia 9 de agosto, na Hungria, a imprensa já cravava sua ida para a McLaren, o que foi oficializado menos de um mês depois, em 4 de setembro.

Há obrigações para os dois lados, como em qualquer contrato.

Senna cede para a Lotus a “exploração de seu nome e fama”. Compromete-se a mudar da Inglaterra, por uma questão fiscal _foi morar em Mônaco, como sabemos. Abre mão de praticar os esportes radicais já citados.E garante presença em eventos de patrocinadores da equipe, até 31 de dezembro, desde que avisado com dez dias de antecedência. Despesas por conta do patrocinador.

Já a Lotus faz um seguro de vida de £ 50 mil para o piloto, o que, com todas as correções, hoje equivaleria a R$ 405 mil. Uma piada. Desobriga-o a fazer propagandas de cigarro. Cede espaços no capacete e no macacão para seus patrocinadores pessoais. Garante que naquele ano terá motores Honda, patrocínios da Elf, da R.J. Reynolds (Camel) e da própria Honda, e que o francês Gerald Ducarouge será o engenheiro-chefe.

Mais: na cláusula 4.3, a Lotus concorda em “empenhar todos os esforços para que os carros da equipe sejam os mais idênticos dentro do possível” e que o status de Senna “será o de número 1, com todas as prioridades na alocação de equipamentos, se houver necessidade”. Pobre Nakajima.

O capítulo grana está nos apêndices.

Por aquele primeiro ano, Senna ganhou salário de US$ 1,5 milhão. Com todas as correções e conversões, isso equivaleria a US$ 4,7 milhões atuais, ou R$ 10,7 milhões.

(Alonso e Hamilton ganham, hoje, US$ 25 milhões, segundo a “Business F1” . Massa recebe US$ 7,7 milhões. Sinal dos tempos.)

O acerto para 1988 era de US$ 1,65 milhão.

Deve ter ido ganhar muito mais na McLaren, contrato anunciado à época como “o maior da história”.

Havia ainda um acerto de bônus por ponto que ele conquistasse: US$ 4 mil no primeiro ano, US$ 5 mil no segundo.

Senna terminou aquele Mundial em terceiro, com 57 pontos. Mais US$ 228 mil pra conta, portanto.

O título valeria US$ 250 mil extras.

Ele recebeu ainda US$ 40 mil por ano para custear despesas de viagens e estadia.

Em caso de prêmios em dinheiro oferecidos por promotores de corridas, equipe e piloto ficavam com 45% cada. Os 10% restantes iam para os mecânicos.

E uma curiosidade que sempre tive: com quem ficam os troféus?

Este contrato rezava que metade ia para a sede da equipe, metade ficava com o piloto. Mas a prioridade na escolha era da Lotus.

Ah, sim: algo de que eu não lembrava. Lembram do indefectível boné do banco Nacional? Em 1987, Senna não o usou por força de contrato.

“Em consideração aos esforços da Lotus por recursos, a Ayrton Senna Promotions concorda que o piloto usará o boné que a equipe definir em áreas públicas dos circuitos, testes, eventos com a imprensa e entrevistas de TV, substituindo o boné do Nacional que ele usou em 1986. Continua a obrigatoriedade pelo uso do boné da Goodyear nas cerimônias de pódio.”

Como se vê na foto acima, em Jacarepaguá, o time acabou vendendo o boné para a Elf.

Um achado, um tesouro. Vale a pena ler e guardar.

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Pit Stop #283

Por Fábio Seixas
09/07/13 10:36

O Pit Stop desta semana fala do GP da Alemanha e da situação de Massa. Ele precisa voltar ao ritmo do início de temporada.

O programa ainda traz imagens deste comentarista-piloto em Paul Ricard.

E, no quadro Naftalina, por pura coincidência, os 23 anos da última corrida de F-1 no circuito francês, que quase terminou com uma enorme zebra.

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Vai pra parede de casa

Por Fábio Seixas
09/07/13 09:17

O Bruno Mantovani é um artista talentosíssimo e bem humorado, um apaixonado pela velocidade e um desses amigos que a gente conhece pela internet e fica torcendo para um dia encontrar numa mesa de bar. Uma hora vai acontecer.

Pois ele curtiu minha experiência num F-1, na semana passada, e me deu esse baita presente.

 

Vai virar pôster aqui em casa. Só não entendi aquela protuberância saindo do capacete…

Para quem ainda não conhece o trabalho do Bruno (como assim??), o site dele é este aqui.

(E a charge pós-GP da Alemanha é genial!)

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Pílulas do Dia Seguinte

Por Fábio Seixas
08/07/13 07:09

Vettel disse que se a corrida tivesse mais um ou duas voltas, talvez ele não a vencesse. É quase isso. Ele cruzou a linha de chegada, ao final da 60ª volta, com 1s008 sobre Raikkonen. Na 59ª, a diferença era de 1s077. Na 58ª, de 1s265. Na 57ª, de 1s603. Ou seja, o finlandês tirou 0s595 em três voltas. Neste ritmo, com mais cinco voltas ele jantaria Vettel. Um ritmo alucinante para um fim de prova;

Já Raikkonen terminou o GP com uma pulga atrás da orelha. Acha que teria conseguido alcançar o alemão se não tivesse parado para trocar pneus a 11 voltas do fim. Cabe, mais uma vez, uma análise. No primeiro trecho da prova, os pneus macios do finlandês duraram 8 voltas. Ele então colocou os médios, que aguentaram 16 voltas. Seu terceiro jogo de pneus, médios, aguentou outras 25. Para fazer a prova sem a última parada, ele teria que rodar 36 voltas com os mesmos pneus. Nem Button, célebre poupador de borracha, conseguiu isso _seu stint mais longo teve 27 voltas. Nesta, estou com os engenheiros da Lotus. Acho que Raikkonen não conseguiria manter o ritmo até o final com pneus tão gastos;

E o Grosjean, hein? O que deram pro rapaz no almoço de ontem? Preciso saber;

Alonso foi direto ao falar sobre sua situação no campeonato. “Preciso começar a ficar na frente do Vettel.” É isso, não tem segredo. O grande, o enorme problema é conseguir colocar isso em prática. A Ferrari, por mais um ano, me dá a impressão de estar perdida;

Massa, como de hábito, foi franco na entrevista coletiva após a corrida. “A equipe não viu nada no carro.” Em outras palavras, ele admitiu que errou. “Os pneus traseiros travaram, tentei corrigir, mas rodei. O carro estava engatado em quinta marcha e não descia para primeira, então foi um pouco estranho. Não tenho ideia exata do que aconteceu”, declarou. O fim do mundo? Ainda não. No ano passado, após nove etapas, ele era o 13º no Mundial, com 23 pontos. Conseguiu se recuperar na fase final do campeonato e, mais importante, ganhou um novo contrato com a Ferrari. Hoje ele tem 57 pontos e é o sétimo. Dá para crescer bem na segunda metade da temporada. Mas a cabeça precisa estar no lugar. O problema dele parece ser mais de afobação e agonia para conseguir um bom resultado do que má fase técnica;

(Em tempo, vi ontem na TV uma propaganda da Gillette com um “piloto de F-1”. O sujeito logicamente faz a barba e a peça termina com ele, todo pimpão, de macacão, num festejado grid de largada. A marca precisou usar um ator para o comercial. Que fase…)

A ironia das ironias, com um toque de cara de pau, foi a Mercedes colocando a culpa nos pneus por seu mau desempenho na corrida. Segundo Ross Brawn, o veto à inversão  da montagem dos pneus traseiros derrubou sua equipe. Vou dar uma sugestão: inscrever os carros em corridas de dragster. Não vai ter pra ninguém;

Como se não bastasse, a Mercedes vai recorrer da punição pelo teste secreto. Quer testar por pelo menos um dia em Silverstone, na semana que vem. É demais…;

Após a morte de um fiscal no GP do Canadá, escrevi que a FIA precisa olhar com mais atenção para o treinamento desses caras. Daí, ontem, o carro de Bianchi se solta do guincho e sai rolando sozinho pelo gramado, numa cena dantesca. Instantes antes, um pneu de Webber acertou em cheio um cinegrafista, que trabalhava no pit lane sem nenhuma proteção especial. Nada de macacão, capacete, nada… Bato novamente na tecla de outro texto, a coluna da última quinta-feira: a FIA está contando demais com a sorte. Tanto descaso uma hora vai cobrar seu preço;

Nasr chegou a Nurburgring 22 pontos atrás de Coletti na tabela da GP2. Deixou o circuito com uma defasagem de 27 pontos em relação ao líder. A primeira metade do campeonato já foi. Restam 10 das 22 corridas. O brasileiro é o piloto mais regular da temporada, o que pontuou em mais provas (11 das 12), mas isso não basta. Coletti pontou em dez, mas venceu três. Está aí a diferença;

Na Indy, 1-2-3 da Ganassi, com Dixon, Kimball e Franchitti no pódio. Helinho foi oitavo, Tony ficou em 13º. E o lance da corrida foi protagonizado por Sato, que encheu a traseira de Hunter-Reay em plena entrada dos boxes, ao errar o ponto do freada. Os dois abandonaram, sendo que o americano andava até então entre os primeiros. Por mais chato que tenha sido seu domingo, amigo, não foi pior que o dele.

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