Pílulas do Dia Seguinte
15/10/12 10:19Duas notícias esquentam o pós-GP…
A primeira é oficial, vem do site da Ferrari: Montezemolo revelando que vai encontrar Massa amanhã, em Maranello, para discutir o futuro. O amigo Lito Cavalcanti, jornalista muito bem informado, cravou na sexta que a renovação do brasileiro será anunciada justamente amanhã. A Ferrari, em princípio, desmentiu. Mas parece coincidência demais, não?;
A segunda vem da BBC. A respeitada rede britânica é mais uma a escrever que Vettel será companheiro de Alonso em 2014. O contrato, diz, já foi assinado. O que explicaria o porquê de a Ferrari ter “deixado escapar” Pérez. Acho difícil. Acho surpreendente. Mas a experiência nesse negócio de F-1 já me mostrou, alguma vezes, que quando começa a surgir muita fumaça, de muitos pontos diferentes da floresta, é melhor se preparar para o incêndio;
Outra da BBC, menos impactante, mas digna de nota: a emissora também crava que Hulkenberg, que está atualmente na Force India, e Esteban Gutierrez, da GP2, formarão a dupla da Sauber em 2013. Kobayashi estaria à procura de emprego, portanto. Má notícia para Bruno;
Sobre Hulkenberg, aliás, antes tarde do que nunca, minhas homenagens à ultrapassagem dupla do alemão sobre Grosjean e Hamilton, na 40ª volta do GP. A imagem é forte candidata ao clipe dos melhores momentos da temporada;
A Ferrari diz que não há motivos para pânico. E usa um argumento meio estranho para isso. “Não esqueçam que, das últimas cinco corridas, não disputamos duas”, disse Domenicali, referindo-se aos abandonos de Alonso na Bélgica e no Japão. Ok, é verdade. Mas o fato é que esses abandonos entram na conta, e a conta hoje é desfavorável ao espanhol. Mas a pior notícia para a Ferrari não está no passado. Está no presente: a Red Bull, hoje, tem um carro melhor;
Tem muita gente braba nos comentários ao post anterior por eu ter escrito que o comportamento de Massa, ao não partir pra cima de Alonso, foi “normal, compreensível, esperado”. Alguns acusam-me de compactuar com a anti-esportividade de Maranello. Outros, de estar comprado pela categoria. Não. Nem uma coisa, nem outra. Sou um dos primeiros a bater pesado quando há cheiro de marmelada. E a aplaudir quando uma equipe, como McLaren ou Red Bull, se nega a usar o rádio para alterar posições. Mas fato é que, nesta altura do campeonato, o “normal”, sim, é o jogo de equipe. E Alonso tem 209 pontos na tabela, lutando pelo título, contra 81 de Massa, em nono e lutando pela renovação. Anormal seria se o brasileiro ultrapassasse o companheiro;
(Em tempo: se isso acontecesse, eu o aplaudiria de pé. Acharia anormal, ficaria surpreso, mas aplaudiria);
Na MotoGP a briga pelo título está escancarada. Pedrosa venceu em Motegi e reduziu de 33 para 28 pontos a desvantagem para Lorenzo.