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Fábio Seixas

Automobilismo e pitacos sobre tudo o mais

Perfil Fábio Seixas, 38, é jornalista com mestrado em Administração Esportiva

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Tag Archives: vettel

Pílulas do Dia Seguinte

Por Fábio Seixas
15/10/12 10:19

Duas notícias esquentam o pós-GP…

A primeira é oficial, vem do site da Ferrari: Montezemolo revelando que vai encontrar Massa amanhã, em Maranello, para discutir o futuro. O amigo Lito Cavalcanti, jornalista muito bem informado, cravou na sexta que a renovação do brasileiro será anunciada justamente amanhã. A Ferrari, em princípio, desmentiu. Mas parece coincidência demais, não?;

A segunda vem da BBC. A respeitada rede britânica é mais uma a escrever que Vettel será companheiro de Alonso em 2014. O contrato, diz, já foi assinado. O que explicaria o porquê de a Ferrari ter “deixado escapar” Pérez. Acho difícil. Acho surpreendente. Mas a experiência nesse negócio de F-1 já me mostrou, alguma vezes, que quando começa a surgir muita fumaça, de muitos pontos diferentes da floresta, é melhor se preparar para o incêndio;

Outra da BBC, menos impactante, mas digna de nota: a emissora também crava que Hulkenberg, que está atualmente na Force India, e Esteban Gutierrez, da GP2, formarão a dupla da Sauber em 2013. Kobayashi estaria à procura de emprego, portanto. Má notícia para Bruno;

Sobre Hulkenberg, aliás, antes tarde do que nunca, minhas homenagens à ultrapassagem dupla do alemão sobre Grosjean e Hamilton, na 40ª volta do GP. A imagem é forte candidata ao clipe dos melhores momentos da temporada;

A Ferrari diz que não há motivos para pânico. E usa um argumento meio estranho para isso. “Não esqueçam que, das últimas cinco corridas, não disputamos duas”, disse Domenicali, referindo-se aos abandonos de Alonso na Bélgica e no Japão. Ok, é verdade. Mas o fato é que esses abandonos entram na conta, e a conta hoje é desfavorável ao espanhol. Mas a pior notícia para a Ferrari não está no passado. Está no presente: a Red Bull, hoje, tem um carro melhor;

Tem muita gente braba nos comentários ao post anterior por eu ter escrito que o comportamento de Massa, ao não partir pra cima de Alonso, foi “normal, compreensível, esperado”. Alguns acusam-me de compactuar com a anti-esportividade de Maranello. Outros, de estar comprado pela categoria. Não. Nem uma coisa, nem outra. Sou um dos primeiros a bater pesado quando há cheiro de marmelada. E a aplaudir quando uma equipe, como McLaren ou Red Bull, se nega a usar o rádio para alterar posições. Mas fato é que, nesta altura do campeonato, o “normal”, sim, é o jogo de equipe. E Alonso tem 209 pontos na tabela, lutando pelo título, contra 81 de Massa, em nono e lutando pela renovação. Anormal seria se o brasileiro ultrapassasse o companheiro;

(Em tempo: se isso acontecesse, eu o aplaudiria de pé. Acharia anormal, ficaria surpreso, mas aplaudiria);

Na MotoGP a briga pelo título está escancarada. Pedrosa venceu em Motegi e reduziu de 33 para 28 pontos a desvantagem para Lorenzo.

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Vettel, o novo dono do Mundial

Por Fábio Seixas
14/10/12 04:47

Aconteceu: o Mundial tem novo dono.

Vettel comemora a vitória em Yeongam (Diego Azubel/Efe)


 

Vettel venceu o GP da Coreia do Sul, nesta madrugada, superou Alonso na pontuação e retomou o posto que já tinha ocupado por dois GPs nesta temporada. A liderança.

Foi sua quarta vitória neste ano, a terceira consecutiva. Mais: foi a 25ª da carreira. Com isso, Vettel supera Fangio e iguala os mitos Clark e Lauda. Apenas seis pilotos, em toda a história da categoria, venceram mais.

Webber foi o segundo, com Alonso logo atrás.

Massa fez uma belíssima prova, ficou em quarto. E só não foi ao pódio porque a Ferrari não deixou. Bruno cruzou em 15º.

Se a corrida não foi das melhores, a largada pelo menos foi das mais bonitas.

Vettel tomou a ponta, Webber emparelhou logo depois, talvez até fazendo um teatrinho, mas teve de tirar o pé na curva. Alonso superou Hamilton. Kobayashi tocou Button. E Grosjean, aleluia, não acertou ninguém.

O top 10 na primeira volta, Vettel, Webber, Alonso, Hamilton, Massa, Raikkonen, Hulkenberg, Grosjean, Pérez e Schumacher. 

Pelo rádio, Button chamou Kobayashi de “idiota!”. E os comissários, pelo visto, concordaram: drive-through para o japonês.

Lá na frente, Vettel e Webber aceleravam forte, mas não abriam tanto para a concorrência. Na décima volta, o alemão tinha 1s9 sobre o australiano, que estava 3s5 à frente de Alonso.

Na 14ª volta, Hamilton abriu os pits. Foi seguido por Hulkenberg, Grosjean, Schumacher, Vergne, Kovalainen…

Na 15ª, Webber, Massa, Raikkonen, Ricciardo e Bruno entraram. Na 16ª, Vettel e Alonso.

E nada mudou. Quase tudo na mesma.

O “quase” é por conta de Maldonado. Que, largando com os pneus mais duros, apostou numa estratégia de apenas uma parada e de repente apareceu ali no melê da ponta.

Ao fim da primeira janela de pits, o top 10 tinha Vettel, Webber, Alonso, Hamilton, Massa, Raikkonen, Maldonado, Hulkenberg, Grosjean e Schumacher,

Na 21ª, Massa foi bem: após se aproximar de Hamilton, deu o bote, colocou pela direita e conseguiu uma bela ultrapassagem.

Hamilton, então, ganhou outra encrenca: Raikkonen. E Yeongam assistiu, então, à melhor disputa da prova. Porque Raikkonen passou, mas Hamilton deu o troco logo depois, com muita categoria. O campeão de 2007 não arrefeceu o ritmo e continuou a perseguição ao campeão de 2008.

Foi isso por três voltas completas até que, na 27ª, Hamilton foi aos boxes abrir a segunda janela de pits.

Vettel? Continuava bem, obrigado. Na 30ª volta, tinha 8s3 sobre Webber, que mantinha 2s3 sobre Alonso.

A novidade era Massa, que vinha num ritmo muito forte, reduzindo a desvantagem para o companheiro. Na 29ª volta, cravou o melhor tempo da corrida até então.

Na 32ª volta, Grosjean parou. Na volta seguinte, Webber, Hulkenberg, Schumacher e Bruno. Pérez entrou an 34ª. Na 35ª, Vettel, Massa e Raikkonen.

Massa, então, encostou em Alonso. Com um ritmo muito forte, semelhante ao de Vettel.

Seria a forra? O dia do “Fernando, Felipe is faster than you”? Não, não foi exatamente o caso…

Na 39ª volta, veio o rádio: “Você não precisa ficar tão próximo de Fernando. Pode aliviar o ritmo. Você tem uma vantagem suficiente para o carro atrás”.

Normal. Compreensível. Esperado. 

Mas uma pena. Porque Massa tinha carro para lutar com os Red Bulls.

Com problemas de equilíbrio por todo o GP, Hamilton ainda fez um terceiro pit, a 12 voltas do fim. Despencou para décimo.

O top 10 na linha de chegada, Vettel, Webber, Alonso, Massa, Raikkonen, Hulkenberg, Grosjean, Vergne, Ricciardo e Hamilton.

Com o resultado, Vettel foi a 215 pontos. Alonso tem 209. Depois aparece Raikkonen, com 167: esquece.

No Mundial de Construtores, a Red Bull já faz as contas para fechar a fatura: tem 367, contra 290 da Ferrari. Pode selar a conquista daqui a dois GPs, em Abu Dhabi.

(E, tudo indica, será só o primeiro do ano…)

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Yeongam, 1º e 2º treinos livres

Por Fábio Seixas
12/10/12 07:58

É… A fase agora é toda da Red Bull. E isso quer dizer Vettel, o líder da equipe na pontuação.

Pole position na última prova e vencedor das últimas duas, o alemão foi o mais rápido desta sexta-feira em Yeongam. É, desde já, o favorito a largar na ponta do grid.

Porque tem o melhor carro. Porque está naquele momento em que tudo dá certo. Porque está embalado. E porque a concorrência não dá sinais de reação.

Tá ficando cada vez mais feio pra Alonso…

Na primeira sessão na Coreia do Sul, ok, deu Hamilton: 1min39s148. Alonso ficou em segundo, a 0s302. Depois vieram Webber, Massa, Vettel, Schumacher… Bruno não treinou, foi substituído por Bottas _que marcou o 18º tempo.

Mas na tarde sul-coreana a Red Bull resolveu deixar a brincadeira de lado. Dobradinha.

Vettel fez 1min38s832, 0s032 melhor do que Webber. Alonso ficou em terceiro, a distante 0s328 do alemão. Button foi o quarto, seguido por Schumacher e Massa. Bruno ficou em 12º.

É como escrevi na coluna de hoje, no post abaixo: sem poder contar com um carro que o coloque na ponta do grid, Alonso não tem escolha: precisará de cinco pilotagens impecáveis em cinco corridas para ser campeão.

Qualquer outra possibilidade dá o título a Vettel.

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Pílulas do Dia Seguinte

Por Fábio Seixas
08/10/12 10:08

Vettel teve um final de semana perfeito, apenas o segundo “grand chelem” de sua carreira. Em Suzuka, como ele mesmo definiu, o carro esteve imbatível. Mas continuará assim? Muita gente na F-1 acha que não. Ou, pelo menos, que a McLaren voltará a andar bem a partir da Coreia do Sul. Enfim, talvez vejamos algo curioso a partir de agora: a maior aliada de Alonso e da Ferrari nessa reta final pode ser a McLaren de Hamilton e Button; 

E a festa da torcida pra Kobayashi? Sem dúvida, uma cena para o clipe de encerramento da temporada. Emocionante;

Massa escorregou no pódio, a garrafa de champanhe estourou antes da hora, mas o que conta é que encerrou um jejum que já ia para dois anos. Após a corrida, seu discurso era todo otimista em relação à permanência na Ferrari em 2013. “A conversa que tivemos até agora é que deve acontecer. Estou muito empolgado para que isso aconteça bem rápido”, disse;

Uma informação apurada por este blogueiro é forte indício de que, se ainda não assinou, o brasileiro já conta com a renovação. Na semana passada, ele anunciou a transferência do seu Desafio das Estrelas de dezembro para janeiro. O motivo, problemas com datas. Quais datas? A Stock termina em 9 de dezembro. E, no dia 16, acontece o “Natal da Ferrari”. Massa estará lá, mas, ok, alguém pode argumentar que isso é normal, ele foi piloto da equipe em 2012. A notícia mora na virada do calendário.  A corrida de kart acabou sendo marcada para 12 e 13 de janeiro. O final de semana seguinte até foi cogitado, mas Massa vetou. O motivo: o tradicional evento da Ferrari em Madonna di Campiglio, que dá o abre as atividades da equipe todos os anos, será no final de semana de 19 e 20 de janeiro;

Webber saiu bufando contra Grosjean, ontem. Rotulou o francês de “maníaco da primeira volta” e sugeriu que “outro feriado” talvez fizesse bem a ele. A novidade é que a Lotus agora reconhece que seu piloto precisa mudar. Foi o oitavo acidente de Grosjean num começo de corrida nesta temporada. “Conversei muito com ele. Mudamos algumas rotinas da equipe, tentamos deixá-lo o mais confortável possível. Mas só ele pode corrigir isso, ninguém mais. Ele tem que achar um equilíbrio”;

Se eu apitasse alguma coisa na Lotus, procuraria outro piloto para 2013. Grosjean pode ser rápido em classificações, mas não paga o investimento. O que adianta largar em quarto, bater na primeira volta, receber uma punição e terminar em 19º?;

O recorde mundial do mimimi foi batido por Hamilton, ontem à noite. Estávamos todos ali no Twitter, discutindo eleições, coisa e tal, quando o inglês surgiu na timeline com um sequência desastrosa de mensagens.  A primeira veio às 19h35 (horário de Brasília): “Acabei de notar que @jensonbutton me deu unfollow. Que pena. Após três anos como companheiros de equipe, achava que respeitávamos um ao outro. Mas claramente, ele não me respeita”. Dois minutos depois, continuou a choradeira: “O engraçado é que nós AINDA somos companheiros de equipe. De qualquer forma, vou me dedicar totalmente a essa equipe e aos fãs até cruzar a linha de chegada no Brasil”. E o que já estava constrangedor, piorou às 20h22. Alguma boa alma avisou Hamilton que Button nunca o seguiu no Twitter. “Foi mal. Acabei de descobrir que Jenson nunca me seguiu. Não o culpem. Preciso usar mais o Twitter”;

Chororô porque o colega não o segue no Twitter? Alguém arrume uma laje pro Hamilton encher, urgentemente;

(Replico aqui um tweet meu, ontem, durante o caso: “Imagina se tivesse Twitter nos anos 80, o que o Mansell ouviria se reclamasse que levou unfollow do Piquet…”);

Pra passar a régua neste assunto: a McLaren até hoje não engoliu aquela história do Hamilton tuitar dados da telemetria. Button também não. O campeão de 2008 é seguido por mais de 1 milhão de pessoas. Numa categoria em que piloto nenhum dá entrevista sem assessor de imprensa do lado, o Twitter pode causar danos. A postura de Hamilton é ótima para jornalistas e torcedores, que o veem sem filtros, mas não pega bem no paddock. A Mercedes provavelmente vai tentar controlar seus impulsos.

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Vettel vence e encosta em Alonso

Por Fábio Seixas
07/10/12 04:39

Lembram quando eu disse, dois GPs atrás, que Alonso tinha colocado uma mão na taça?

Pois bem. Tirou-a hoje.

Lembram quando eu disse que um de seus trunfos era a indefinição sobre o piloto que o perseguiria no campeonato?

Então… Vettel firmou-se na posição.

Massa e Vettel no pódio de Suzuka (Issei Kato/Reuters)

 

O alemão venceu o GP do Japão, 15ª etapa do Mundial. E Alonso abandonou a prova ainda na primeira curva.

Resultado: a vantagem do espanhol na tabela, que era de 29 pontos, despencou para apenas 4. E faltam cinco etapas para o fim do ano.

É, Alonso… Este finalzinho de ano vai ser mais tenso do que você imaginava.

Massa foi o segundo colocado, seu primeiro pódio em quase dois anos. Merecido: driblou muito bem as confusões na largada, fez uma bela prova, tirou um peso dos ombros.

Kobayashi completou o pódio, para festa dos 103 mil japoneses nas arquibancadas. Foi o segundo pódio de um japonês em casa, igualando o feito de Aguri Suzuki em 1990.

Um resultado impactante para o campeonato, mas numa corrida que, convenhamos, não foi das mais emocionantes.

Foi um domingo bonito em Suzuka. Clima ameno, 23ºC no ar, 32ºC no asfalto.

A largada começou tranquila, parecia que tudo iria bem… Mas logo teve confusão.

Alonso dividiu a primeira curva com Raikkonen e, num lance normal, eles se tocaram. Pior para o espanhol, que teve o pneu traseiro esquerdo furado, rodou, abandonou.

Repito: foi um lance normal. Mas talvez tenha sido pouco inteligente por parte do Alonso. Exagerou um pouco na dose e viu suas chances de título diminuirem drasticamente.

E houve mais confusão, com Grosjean tocando Webber e um enrosco entre Bruno e Rosberg. O alemão abandonou a prova, o francês acabou punido com um stop and go… E o safety car foi acionado.

O top 10 na primeira volta, Vettel, Kobayashi, Button, Massa, Raikkonen, Pérez, Hamilton, Hulkenberg, Maldonado e Ricciardo.

Webber, Bruno e Grosjean passaram pelos boxes. Os dois últimos, para trocar o bico.

A relargada veio já na terceira volta. E Vettel tratou de acelerar, sem dar chances para o azar.

Na décima volta, o alemão já tinha 6s2 sobre Kobayashi. O top 10 permanecia idêntico. Nada de ultrapassagens.

Na 14ª volta, Hulkenberg, Raikkonen e Button abriram os pits. Colocaram pneus duros. Uma volta depois, Kobayashi fez o mesmo. Na 16ª, Pérez parou. Na seguinte, Hamilton, Maldonado e Bruno entraram.

Massa e Vettel entraram na 18ª. E o brasileiro se deu bem: ganhou a posição de Kobayashi e se estabeleceu em segundo lugar.

Na 19ª volta, Pérez aprontou. Quis passar Hamilton, por fora, no hairpin. Pois é, só isso. Perdeu a traseira do carro, rodou, foi parar na brita, abandonou o GP.

(Imagino que o inglês, dentro do capacete, tenha deixado escapar um risinho…)

Ah, sim: lembra daquele enrosco entre Bruno e Rosberg na largada? Pois só na 22ª volta veio uma punição ao brasileiro: drive-through.

Lá na frente, Massa ia bem, mas Vettel seguia em voo de cruzeiro. Na 25ª volta, a diferença entre os dois era de 10s1. Kobayashi era o terceiro, seguido por Button.

Depois, fechando o top 10, Raikkonen, Hamilton, Hulkenberg, Maldonado, Webber e Ricciardo.

Na 27ª volta, Webber abriu a segunda janela de pits. Quatro voltas depois, Raikkonen entrou. Na 32ª, pararam Kobayashi, Hamilton e Hulkenberg _na saída, o inglês dividiu a primeira curva com Raikkonen e, numa manobra ousada, colocou-se à frente.

E os pits continuavam… Di Resta parou na 33ª. Maldonado, na 34ª. Ricciardo e Bruno, na 35ª. Button, na 36ª.

(Bocejei, admito.)

Massa entrou na 37ª e voltou na segunda posição. Vettel parou na volta seguinte e, claro, manteve a ponta.

E assim foi, até o final.

Na linha de chegada, o alemão colocou 20s6 em Massa. Kobayashi cruzou a 3s8 do brasileiro, levando o público ao delírio.

Fechando a zona de pontos da etapa japonesa, Button, Hamilton, Raikkonen, Hulkenberg, Maldonado, Webber e Ricciardo.

Foi a 24ª de Vettel, que assim supera Piquet e iguala um mito: Fangio. E com direito a pole, melhor volta e liderança de ponta a ponta. Um “grand chelem”.

Na tabela, Alonso mantém seus 194 pontos, mas Vettel tem agora 190. Depois aparecem Raikkonen, com 157, e Hamilton, com 152. Massa foi a 69, na nona colocação. No Mundial de Construtores, a Red Bull tem 324, contra 283 de McLaren e 263 da Ferrari.

Ainda com a prova acontecendo, Alonso tentou minimizar o efeito do seu abandono: “Para o Mundial, não muda nada. É como se fosse um campeonato curto, de cinco GPs. Basta fazer um ponto a mais que todos os outros”.

Tá bom, Alonso… Disfarçou bem a preocupação…

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Vettel, pole histórica em Suzuka

Por Fábio Seixas
06/10/12 03:13

Em Suzuka, um banho de Vettel.

O alemão dominou o sábado e conquistou a pole sem dificuldades.

Alonso, que larga em sexto, descobriu agora quem será seu grande rival pelo título.

E tem motivos para estar realmente preocupado.

Mas, talvez mais importante do que os reflexos para o momento, são os contornos históricos do que aconteceu neste sábado em Suzuka.

É a 34ª pole de Vettel. Com isso, ele supera as 33 poles de Clark. Um número mítico, um recorde que durou 21 anos até ser derrubado por Senna, em Phoenix-89.

Prost parou nas 33. Schumacher tem 68. E é isso, pois: apenas Schumacher e Senna, em toda a história, fizeram mais poles do que Vettel. Nada mal, não? 

O show do alemão começou no final da noite de sexta por aqui, final da manhã de sábado por lá.

Foi quando ele começou a dirimir as dúvidas plantadas nos dois primeiros treinos: foi o mais rápido na terceira sessão livre, em dobradinha com Webber.

O tempo do alemão, 1min32s136, 0s235 melhor que o australiano. Massa foi o terceiro, seguido por Schumacher, Pérez, Kobayashi. A McLaren colocou Button em oitavo e Hamilton apenas em 13º. Bruno ficou em 16º.

O treino classificatório aconteceu com céu azul, 26ºC no ar, 35ºC no asfalto.

E o mais rápido, no Q1, foi Grosjean: 1min32s029, 0s013 melhor que Kobayashi. Pérez foi o terceiro, seguido por Raikkonen, Alonso, Vettel, Hulkenberg… Massa foi o décimo.

Os cortados, Bruno, Kovalainen, Glock, De la Rosa, Pic, Petrov, Karthikeyan.

“É uma piada. Um cara totalmente sem consideração. Perdi minha chance de passar, eu estava tranquilo… Mas, enfim, é isso aí”, disse Bruno, à TV Globo.

O “cara” é Vergne, que realmente atrapalhou o brasileiro na sua última volta. Mas Maldonado, com uma volta rápida, ficou com o oitavo tempo. Schumacher, com uma volta rápida, e de pneus duros, passou. É…

E veio o Q2. E a vez de Massa ficar.

O brasileiro da Ferrari fez o 11º tempo e não conseguiu avançar. Também ficaram Di Resta, Schumacher, Maldonado, Rosberg, Ricciardo e Vergne.

“Eu estava muito contente com o carro. Fiz meu melhor tempo com um pneu mole usado. Parei, coloquei um novo, mas não consegui melhorar. Não tinha grip… Não sei se foi um problema do pneu, mas não consegui melhorar”, explicou Massa.

Vettel fez 1min31s501, o melhor tempo. A 0s271, Button. Depois, ainda avançaram Raikkonen, Alonso, Kobayashi, Webber, Grosjean, Hamilton, Pérez e Hulkenberg.

Chegou, então, a hora de decisão.

E Vettel não estava pra brincadeira. Logo de cara, foi pra pista e arrasou a concorrência: 1min30s839, a melhor marca do final de semana. Não foi superado por mais ninguém. 

Webber ficou a 0s251.

Button foi o terceiro, mas perderá cinco posição no grid por ter trocado o câmbio.

Assim, a segunda fila terá Kobayashi e Grosjean. Na terceira, Pérez e Alonso. Logo atrás, Raikkonen e, agora sim, Button. Hamilton sai em nono, com Massa em décimo _Hulkenberg também trocou câmbio.

Palpite para o GP? Outro banho de Vettel. E Alonso correndo como um louco para chegar ao pódio. Tudo isso, num dos circuitos mais espetaculares do automobilismo.

Ou seja, perspectivas de corrida muito boa. Programe o despertador.

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Vettel vence, Alonso vibra

Por Fábio Seixas
23/09/12 11:10

“Sorte de campeão”, diria um. Sorte de tricampeão, emendaria eu.

O objeto das frases, claro, Alonso.

Mais uma vez ele não ganhou. Porém, mais uma vez, viu seu adversário direto no Mundial tendo problemas e abandonando. E assistiu a uma nova troca na vice-liderança do campeonato.

Assim, enquanto ninguém se estabelece na condição de perseguidor pelo título, o espanhol segue em seu velocidade de cruzeiro, rumando para mais um título.

A vitória em Cingapura foi de Vettel, sua segunda na temporada. Button foi o segundo. E Alonso completou o pódio.

Mas e Hamilton, que largou na pole, cheio de confiança e favoritismo? A explicação está logo abaixo…

Na largada, tudo limpo. Hamilton disparou na frente e Maldonado perdeu duas posições, para Vettel e Button.

O top 10 ao fim da primeira volta, Hamilton, Vettel, Button, Maldonado, Alonso, Di Resta, Webber, Grosjean, Rosberg e Schumacher. Bruno cruzou em 18º. Massa teve um furo no pneu traseiro esquerdo, caiu pra último e precisou passar pelos boxes.

Na quinta volta, Hamilton tinha 1s8 sobre Vettel. Mas o interesse de todo mundo era nos pneus. Enquanto a maioria do grid optou por largar com os supermacios, alguns poucos arriscaram os macios _mais resistentes.

Massa e Petrov, que pararam logo no começo, também aproveitaram para colocar os macios. E, na quarta volta, Massa cravou o melhor tempo até então, mostrando que aquela era a melhor opção.

Assim, não demorou para que a primeira janela de pits fosse aberta. Logo na nona volta, Webber parou e colocou os macios. Duas voltas depois, Vettel e Bruno pararam. E o brasileiro estava com um “probleminha” para sair dos boxes: sem a primeira marcha.

Na 12ª, Alonso, Schumacher e Ricciardo entraram. Na 13ª, Hamilton, Di Resta e Rosberg. Na seguinte, Raikkonen, Maldonado e Glock. Na 15ª, Button e Grosjean fizeram suas paradas.

Só na 19ª, Pérez e Hulkenbeg, que largaram com os macios, fizeram seus primeiros pits.

O resultado prático desses trocentos pit stops foi… Zero. Nada mudou. Hamilton continuou na ponta, seguido por Vettel, Button, Maldonado e Alonso. Some isso à falta de ultrapassagens na pista e a conclusão é que a corrida, àquela altura, estava uma enorme chatice.

Tanto que a maior emoção foi um abandono. Na 23ª volta, a TV mostrou Hamilton se arrastando, tentando desesperadamente trocar marchas, dando até umas porradas no volante pra ver se pegava no tranco… Não deu. Abandonou o GP de Cingapura.

Pelo rádio, a McLaren informou que foi quebra da caixa de câmbio. O inglês deixou o carro cabisbaixo, ciente de que estava dando adeus à vice-liderança do Mundial e a boa parte de suas chances de título.

E vale a pergunta: será que isso vai influenciar na sua decisão sobre 2013? A ver.

A liderança da prova caiu no colo de Vettel. Mas quem mais sorriu, imagino, foi Alonso. Não bastasse sua técnica exuberante, o espanhol está numa onda de sorte que é brincadeira…

Na 29ª volta, Webber abriu a segunda janela de pits lá na frente. Tirou os macios e colocou os supermacios.

Na 30ª, Maldonado, terceiro colocado, e Alonso, quarto, entraram nos boxes. 

O venezuelano colocou os supermacios, mas Alonso manteve os macios. Cada um com sua aposta, e o espanhol louco para superar o adversário e beliscar o pódio.

A corrida, finalmente, melhorou. Na 33ª volta, Alonso partiu pra cima, colocou duas vezes o carro lado a lado com o do Maldonado, mas não conseguiu a manobra.

E veio então o safety-car, oferecimento Karthikeyan no muro.

Corre-corre pros boxes, todo mundo que não tinha feito o segundo pit aproveitando para trocar os pneus.

E lembra da sorte de Alonso? Pois é… Maldonado sofreu um problema hidráulico, precisou passar pelos boxes mais uma vez, despencou para décimo e logo depois abandonou. Assim, Alonso subiu para terceiro.

O safety car só saiu na 38ª volta.

O top 10 tinha Vettel, Button, Alonso, Di Resta, Hulkenberg, Webber, Pérez, Rosberg, Grosjean e Vergne.

E não demorou muito para um novo safety car. Ainda na volta da relagada, Schumacher veio como um torpedo na traseira de Vergne, uma lambança de dar gosto. Ambos abandonaram.

A nova relargada veio na 43ª volta. Com Bruno em nono, Massa em décimo e um duelo forte entre os dois, com direito a roda batendo. Após alguns momentos de tensão, o ferrarista conseguiu a ultrapassagem.

Mas veio um mimimi pra tentar estragar a brincadeira: a FIA colocou a disputa sob investigação, entendendo que Bruno teria sido agressivo demais na manobra.

Discordo. Discordo muito. Mas não sei porque ainda fico chocado com as frescuras da FIA… GP após GP, fica claro que os cartolas e comissários querem uma F-1 burocrática, chata, insípida. Uma pena.

(Não, não houve punição. Mas o simples fato de ter começado uma investigação diz muito sobre o atual estágio das coisas na FIA…)

Com tanto tempo de safety car na pista, a corrida foi encerrada pelo cronômetro, no limite de duas horas.

Vettel cruzou com 8s9 sobre Button, que teve 6s2 sobre Alonso.

Na sequência, Di Resta, Rosberg, Raikkonen, Grosjean, Massa _fez uma boa prova, até_, Ricciardo e Webber. Bruno abandonou a duas voltas do fim, reclamando de perda de potência do motor.

Com o resultado, Alonso foi a 194 pontos, contra 165 de Vettel. Sua folga na ponta, que era de 37 para Hamilton, agora é de 29 para o alemão. Mas falta um GP a menos para o fim.

Nada está garantido, mas me parece mais lógico apostar no tri de Alonso do que em qualquer outro resultado. Ou você apostaria em outro?

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Pílulas do Dia Seguinte

Por Fábio Seixas
23/07/12 10:22

Puniram o Vettel. Levou 20 segundos, caiu de segundo para quinto. Revi algumas vezes a manobra. E recebi, de alguns internautas, a dica abaixo. Em 2003, Schumacher passou Trulli exatamente no mesmo ponto, da mesma forma. Não foi punido. Até onde sei, as duas cenas, ainda que separadas por nove anos, são de um mesmo esporte, a F-1. O que, no mínimo, mostra incoerência e inconsistência da FIA. Mantenho minha opinião: eu não puniria Vettel;


Só mais um toque sobre a polêmica. No fundo, tanto faz pra mim se Vettel foi segundo, quinto ou 18º. O que me interessa no caso é a mensagem que a FIA passa para os pilotos e os efeitos que ela pode ter daqui pra frente. Ao punir o alemão, a entidade diz “comportem-se, sejam robozinhos, não façam graça”. É isso. A FIA quer um esporte sem graça. Todos andando nos trilhos, sem espaço para o arrojo ou a inventividade. F-1 com mimimi, enfim;

Para Domenicali, Alonso não tinha o melhor carro de Hockenheim, o que só aumenta o tamanho de seu feito. “Ele está no seu pico de performance. Está num grande momento e vamos tentar manter este momento pelo máximo de tempo possível. Não temos ainda o melhor carro. Fernando teve que fazer 67 voltas em ritmo de qualifying”;

Massa: “Fernando precisa de mim. Em um campeonato como este, é muito importante ter os dois carros na zona de pontuação”. Aí é que mora o busílis. É essa a maior pressão a que o brasileiro será submetidos nos próximos meses. Eu diria até que é isso que vai definir sua permanência na equipe. Mas Massa terá que melhorar. Muito. Enquanto Alonso tem 154 pontos e lidera o Mundial, o brasileiro soma 23 e é o 14º. Enquanto Alonso acumula seis pódios em dez GPs, Massa não fica entre os três primeiros colocados desde outubro de 2010;

Falando em pressão, a Hungria marca o início da segunda metade do campeonato. E Bruno continua com 18 pontos, só à frente dos pilotos da Toro Rosso e das nanicas. Nada mais que a obrigação, portanto. Para usar um jargão futebolístico, é outro que não conseguiu acumular gordura na primeira fase do Mundial e que vai ter meses de sufoco pela frente;

Para não passar batido: que campeonato vem fazendo o Raikkonen! Não aparece, porque ainda não venceu. Mas pouco a pouco vem subindo na classificação. Em Hockenheim, ganhou mais uma posição na tabela. Superou Hamilton e já é o quarto. Ah, sim: ele estava parado havia dois anos. E pilota uma Lotus;

Na GP2, um bom final de semana para Nasr. Não foi tão bacana para Razia, mas foi ainda pior para seu rival pelo título, Valsecchi. Assim, o baiano segue na liderança da tabela, com 171 pontos, 10 a mais que o italiano;

Na Indy, Castro Neves se colocou definitivamente na luta pelo título. Em Edmonton, conseguiu sua segunda vitória a temporada e subiu para a vice-liderança do campeonato. Tem, agora. 339 pontos, 23 a menos que Hunter-Reay. E importante: está crescendo na hora certa. Faltam quatro etapas para o fim do campeonato;

(Em tempo: se algum piloto da F-1 inventasse de escalar um alambrado após uma vitória não tenho dúvidas de que seria ameaçado de punição por quebra de protocolo, por atrasar o pódio, por prejudicar a transmissão internacional. A FIA quer robozinhos, afinal).

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Alonso, em dia de Vettel x Button

Por Fábio Seixas
22/07/12 10:50

Alonso e Vettel no pódio de Hockenheim (Wolfgang Rattay/Reuters)

 

Alonso foi muito bem, largou na frente, segurou a pressão, venceu pela terceira vez no ano, abriu mais folga na liderança do campeonato.

Mas os nomes da prova, na opinião deste que vos bloga, foram Vettel e Button.

Vettel, pela manobra que fez na penúltima volta, superando Button e conquistando a segunda posição.

Button, pela postura combativa durante as 67 voltas. Saindo em sexto, ultrapassou Maldonado na largada, deixou Hulkenberg e Schumacher para trás, superou Vettel nos boxes e pressionou Alonso no final.

Resultado que pode mudar. A FIA investiga a ultrapassagem de Vettel sobre Button, por ele ter colocado as rodas fora da pista. Pelo rádio, o inglês protestou.

Espero muito que não mude. Não vi nada demais na manobra. Foi arrojada, foi agressiva, nada além disso. Não teve malandragem, não teve risco à segurança do outro. Se a F-1 capitular para esse mimimi, será uma tristeza.

Sobre a prova, sejamos sinceros: Button x Vettel à parte, não foi das mais emocionantes.

Na largada, Alonso não deu chance para Vettel e disparou na frente. O alemãozinho manteve a segunda posição, seguido pelos compatriotas Schumacher e Hulkenberg. 

Para os brasileiros, um início desastroso. Massa e Ricciardo se tocaram, e o brasileiro precisou parar nos boxes para trocar o bico. Bruno deu uma escapada até Frankfurt e também precisou passar pelo pit para reparos.

Com os detritos na pista, outros pilotos tiveram problemas. Grosjean também precisou trocar o bico. E Hamilton teve o pneu traseiro esquerdo furado.

Todos esses aproveitaram a parada para tirar os pneus macios e colocar os médios.

Lá na frente, voo de cruzeiro. Ao final da décima volta, Alonso tinha 1s3 sobre Vettel. Schumacher era o terceiro, seguido por Button, Hulkenberg, Maldonado, Webber, Raikkonen, Pérez e Kobayashi. Massa foi o 19º.Bruno, o 24º.

Na volta seguinte, Button, que havia superado Hulkenberg um pouco antes, ultrapassou Schumacher sem dificuldade.

Na 12ª, Raikkonen abriu os pits entre a turma da ponta. Hulkenberg, Webber e Rosberg pararam logo depois. Maldonado entrou na 14ª. Schumacher, na seguinte.

Na 16ª, com apetite, Schumacher superou Hulkenberg. Raikkonen aproveitou o embalo e também passou.

Líder, Alonso fez seu primeiro pit na 19ª. Button entrou na 20ª. Vettel, na 21ª, enquanto Raikkonen ultrapassava Schumacher na luta pela quarta posição. 

Kobayashi entrou na 22ª volta, fechando a primeira janela de pits.

Na 23ª, Alonso tinha 2s1 sobre Vettel, que mantinha 3s5 para Button. Depois vinham Raikkonen, Schumacher, Hulkenberg, Pérez, Webber, Di Resta e Kobayashi.

Na 26ª, adivinhem? Sim, mais boxes. Desta vez, para Massa, que só havia parado lá no comecinho.

Então, enfim, um pouco de emoção de verdade. Na ponta, Vettel começava a apertar Alonso. A diferença despencou para 0s9 na 28ª volta. Na 29ª, caiu para 0s7. Na 30ª, embutiu.

“Alonso e Vettel estão batalhando”, a McLaren alertou Button, pelo rádio. O inglês aproveitou para também pisar fundo.

Foi quando a turma encontrou Hamilton, retardatário, Pelo rádio, o time pediu para ele não atrapalhar Button.

Hamilton fez mais do que isso. Passou Vettel, causando protestos do alemão que, de quebra, passou a sofrer com um problema no Kers.

Alívio para Alonso, que, na 38ª volta, já tinha de novo 2s sobre o alemão. 

Na 41ª, Button abriu a janela de pits da turma da frente. Alonso e Vettel responderam e entraram na 42ª.

Pior para Vettel, que perdeu a posição para o inglês na saída dos boxes.

“Podemos vencer a corrida”, disse o engenheiro, para Button.

E, àquela altura, parecia que podiam mesmo. Button partiu para cima de Alonso, chegou a reduzir a folga do espanhol para 0s7, mas em nenhum momento conseguiu uma brecha para tentar a ultrapassagem.

Nas últimas voltas, ainda teve que lidar com a pressão de Vettel. Que, na penúltima volta, colocando rodas na grama e tudo, fez a tão polêmica ultrapassagem.

Na linha de chegada, Alonso tinha 3s7 sobre Vettel. Button cruzou a 3s2 do alemão.

Fechando o top 10, Raikkonen, Kobayashi, Pérez, Schumacher, Webber, Hulkenberg e Rosberg. Massa foi o 12º. Bruno, o 17º.

No Mundial de Pilotos, Alonso agora tem 154 pontos, 34 a mais do que Webber. Vettel tem 118. Essa turma começa a se destacar bem do próximo grupo, quw tem Raikkonen com 95 e Hamilton com 92.

Nos Construtores, Red Bull tem 238 pontos, contra 177 da Ferrari, 157 da McLaren e 156 da Lotus.

Alonso agora tem um carro bom. E, quem diria, um campeonato que começou tão equilibrado, chega à sua primeira metade com um franco favorito ao título.

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Alonso x Vettel, 1ª fila emblemática

Por Fábio Seixas
21/07/12 10:16

Em Hockenheim, primeira fila com Alonso x Vettel.

Duelo pela primeira curva, confronto pela vitória, disputa emblemática, que simboliza o que deve ser a segunda metade de campeonato.

Vai ser curioso acompanhar. Até pelo fator psicológico.

Mais curioso ainda se o domingo for tão agitado quanto o sábado.

O dia em Hockenheim, hoje, foi de muito trabalho.

Pela manhã, com pista seca por 55 minutos, Alonso foi o mais rápido: 1min16s014. Hamilton ficou a 0s077, seguido por Pérez, Raikkonen, Webber, Vettel… Massa foi o oitavo. Bruno, o décimo.

Nos cinco minutos finais, choveu, molhando bastante a pista e deixando todo mundo escaldado para o treino oficial.

E não deu outra: no início da sessão classificatória, o que se viu foi os engenheiros olhando pro céu e os pilotos correndo logo pra pista para garantir tempo. A meteorologia indicava chuva a qualquer momento.

No Q1, não choveu. O primeiro tempo ficou com Raikkonen, 1min15s693, a melhor marca do final de semana. Pérez foi o segundo, a 0s033. Depois vieram Rosberg, Alonso, Maldonado, Hamilton, Massa. Bruno passou em 11º.

Os cortados foram os suspeitos de sempre: Vergne, Kovalainen, Petrov, Pic, Glock, De la Rosa e Karthikeyan.

Ninguém mais superaria o tempo do finlandês. Porque, instantes após o final do Q1, a chuva voltou a dar as caras em Hockenheim.

A chuva foi apertando, apertando… Quem fez tempo no começo, fez; quem não fez, dançou.

Massa e Bruno ficaram neste segundo grupo. O ferrarista, em 14º. O piloto da Williams, em 16º.

Ainda dançaram Ricciardo, Pérez, Kobayashi, Grosjean e Rosberg _estes dois, além de Webber, ainda perderão cinco posições no grid por terem trocado câmbio.

O top 10, Hamilton, Schumacher, Vettel, Alonso, Button, Maldonado, Webber, Hulkenberg, Di Resta e Raikkonen. A marca do inglês dá uma boa dimensão do aguaceiro por lá: 1min37s365.

“Difícil de dizer o que aconteceu. Talvez tenha sido pressão do pneu… A diferença é muito grande entre eu e o Pastor”, disse Bruno, à Globo.

“A pista vinha piorando a cada volta, mas errei na primeira, e perdi totalmente o tempo ali. Foi uma pena, porque o carro estava bom, competitivo. Chuva, se você não fizer tudo perfeito, na hora certa, acontece isso”, afirmou Massa.

(As estatísticas dos dois, no confronto com seus companheiros em grids, não estão lá muito bonitas. Na Ferrari, 10 a 0 para Alonso. Na Williams, 8 a 2 para Maldonado. Que coisa…)

O Q3 já foi com chuva o tempo todo. A ponto de Schumacher, pelo rádio, pedir à equipe para avisar a FIA de que a coisa estava complicada.

Faltando poucos segundos para o cronômetro zerar, Vettel tinha 1min42s342. Mas Alonso e Webber o superaram. O tempo do espanhol, 1min40s621.

Na última tentativa, o alemão até conseguiu melhorar, mas suficiente apenas para bater o companheiro.

A primeira fila, portanto, terá Alonso e Vettel. Na segunda, Schumacher e Hulkenberg. Depois, Maldonado e Button. Na quarta fila, Hamilton e Webber _punido, lembram? Di Resta e Raikkonen fecham o top 10.

É a 22ª pole do Alonso. Ele deixa Hamilton pra trás e se torna o terceiro piloto da atualidade em poles, atrás de Schumacher (68) e Vettel (33).

Para amanhã, a previsão é de tempo seco, o que deixa tudo bem imprevisível. Só o que dá para garantir é uma disputa acirrada Alonso x Vettel na primeira curva. Quem a contornar primeiro torna-se franco favorito.

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