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Fábio Seixas

Automobilismo e pitacos sobre tudo o mais

Perfil Fábio Seixas, 38, é jornalista com mestrado em Administração Esportiva

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Tag Archives: schumacher

Pílulas do Dia Seguinte

Por Fábio Seixas
25/06/12 09:52

A punição a Maldonado, após o GP, fez justiça duas vezes. Primeiro, porque o venezuelano realmente exagerou na vontade naquela manobra com o Hamilton. É um piloto em evolução, uma das boas surpresas desta temporada, mas às vezes lembra o Maldonado despirocado da GP2. Foi o caso. Os 20 segundos a mais no seu tempo de prova ainda alçaram Bruno ao décimo lugar, o que valeu mais um ponto no Mundial. Taí a segunda justiça. O brasileiro merecia. Fez uma boa prova e não teve culpa nenhuma no acidente com Kobayashi. A única explicação para aquela punição, ao meu ver, é a reincidência. Foi a segunda batida neste ano defendendo posição. Bruno não teve culpa em nenhuma, na minha opinião. Mas acho que a FIA quis dar um sinal de alerta para o brasileiro, algo na linha “fica esperto, meu filho”;

Massa alegou, ao fim da prova, que enfrentou problemas no carro após a sétima volta. Algo no assoalho, talvez. “Comecei a perder o balanço do carro de um momento para outro. Tinha alguma coisa estranha na parte traseira. Eu vinha reclamando para a equipe desde o começo, mas não tinha o que fazer. Então, eu lutei a todo o momento com o problema. Nas curvas de alta velocidade, tinha que ‘arrancar o pé’ e ir lento, senão eu rodava”, explicou. Pode ser, faz sentido, até porque ele fez um bom início de prova. Mas tenho dúvidas de o quanto essas explicações e problemas influenciarão no momento de a escuderia definir sua dupla. Acredito mais na análise da tabela do campeonato. E, nela, Alonso tem 100 pontos a mais que o companheiro;

Domenicali: “Em relação ao começo do ano, nosso carro está em outro nível, mas ainda não é nosso carro que está nos colocando à frente”. Alonso não poderia receber elogio melhor;

Além das duas vitórias, há que se aplaudir a regularidade de Alonso. Muito já foi dito que, em campeonatos tão equilibrados, marcar pontos sempre faz a diferença. E adivinhem que é o único piloto a pontuar em todas as etapas do campeonato?;

O terceiro lugar de Schumacher merece mais um registro. Se seu sorriso no pódio não foi dos maiores, suas declarações pós-GP deram mais uma dimensão histórica do feito. “Quando falaram pelo rádio, não pude acreditar . Eu não esperava. É um daqueles momentos que você curte intensamente. É um sentimento maravilhoso”. Não, não é um novato falando. É um cara que, ontem, subiu pela 155ª vez a um pódio na F-1;

A Renault pediu desculpas a Vettel e Grosjean. Ambos abandonaram com problemas idênticos, pane no alternador. Um prejuízo inestimável. Uma pecinha elétrica provavelmente tirou da montadora uma dobradinha no pódio;

Noves fora o problema de ontem, acho que Grosjean ainda vence um GP neste ano. Está batendo na trave. Raikkonen também deve levar uma;

Aplausos a três brasileiros em outros campeonatos pelo mundo. Na GP2, Razia fez uma manobra sensacional na última volta da corrida para vencer e ficar a um ponto da liderança do Mundial. É o tipo de desempenho que a F-1 acompanha com atenção. Na Indy, Kanaan conseguiu seu segundo pódio consecutivo, mesmo correndo por uma equipe tão modesta. E, na segunda divisão da Nascar, a Nationwide, Nelsinho colheu sua primeira vitória, dando mais um passo no seu novo sonho, de conquistar a América.

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Quinta, coluna

Por Fábio Seixas
14/06/12 09:28

Soa estranho. “Schumacher” e “último” são palavras que não combinam _pelo menos desde que Ralf parou. Daí os relatos de que o maior vencedor da F-1 saiu do circuito de Montréal irritado, bufando, ainda durante a corrida, deixando para trás a reunião de praxe com os engenheiros.
Quando decidiu voltar, Schumacher sabia que enfrentaria dificuldades.
No primeiro ano, o maior obstáculo foi tirar a poeira dele mesmo. No segundo, o difícil desenvolvimento do carro. Agora, quando a Mercedes tem um carro rápido, é o mais puro azar.
O contrato do alemão termina no fim do ano, e pode ter sido o último se sua paciência se esgotar. Montréal pode não ter sido a gota d’água. Mas o copo está bem cheio.

Schumacher é o tema da coluna de hoje. Ele parece em forma. Mas, como Sauber bem disse, nunca vi um piloto com tanto azar como o heptacampeão em 2012.

A íntegra está aqui, para assinantes da Folha e do UOL. Na Folha Digital e na Folha de papel, você encontra a coluna na pág. D9.

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Pílulas do Dia Seguinte

Por Fábio Seixas
11/06/12 09:47

Adoro a língua portuguesa. Entre outros motivos, pela capacidade de sintetizar de forma única eventos tão complexos. É de Massa a frase do final de semana: “Na verdade, para falar a palavra certa, foi uma cagada”. Assim ele respondeu à questão sobre sua rodada no começo do GP do Canadá. Continuou: “Cheguei na curva e não tentei nada demais, não perdi o ponto de freada. Na hora de pegar a zebra, perdi a traseira do carro do nada. Não imaginava que a traseira sairia assim. Foi uma pena, porque seria uma ótima corrida”. Sim, seria. Àquela altura da prova, apenas Vettel, Hamilton, Alonso e Webber estavam à sua frente. Não é absurdo imaginar que o brasileiro poderia ser segundo colocado, lavando a alma após corridas tão ruins. Mas, enfim, foi uma cagada. Quero ver alguém traduzir isso, com todo o peso do seu significado, para outro idioma;

Ainda sobre a cagada: o resultado está no Mundial de Construtores. A ineficiência de Massa em ajudar a Ferrari tem enorme peso na queda da equipe na tabela. A escuderia chegou a Montreal em terceiro lugar. Saiu de lá em quarto, atrás da Lotus. Na Ferrari, um só piloto é o responsável por 89% dos pontos até agora. Na Lotus, dos 108 pontos conquistados, 55 (51%) foram com Raikkonen e 53 (49%) com Grosjean. Montezemolo e Domenicali já devem ter feito essa conta;

Alonso: “Tomamos a decisão para tentar vencer a corrida e não funcionou, não por causa da estratégia, mas por causa do desgaste dos pneus. Quero deixar claro porque vai ter confusão das pessoas que não entendem a corrida. Paramos na mesma volta que Grosjean, e ele terminou em segundo com os mesmos tempos de volta de Hamilton. Então, o problema não foi parar com Hamilton ou não parar. O problema é que Grosjean fez 55 voltas com os pneus em um bom ritmo e fizemos 45. Este foi o único problema.” Assino embaixo. E, nas voltas finais, ele estava sem opção. Se parasse, despencaria na corrida. O jeita era tentar levar como dava, mesmo sabendo que seria presa fácil para quem se aproximasse;

É difícil, admito, analisar a corrida de Bruno. Porque não teve corrida. Ele andou o tempo todo lá atrás, não tentou nada e terminou frustrado, em 17º, reclamando dos pneus. Mais um GP insosso;

O recorde de sete vencedores nos sete primeiros GPs é bacana, é lindo, é histórico, mas acho que a festa acaba por aqui. Sim, Schumacher, Pérez, Raikkonen e Grosjean são pilotos com chances de vencer neste ano, mas talvez não seja em Valência. Seis dos sete que já venceram (Maldonado à parte) me parecem hoje em melhores condições do que esses quatro;

O grande mistério do ano é Button. Venceu na Austrália, foi segundo colocado na China e, depois, ninguém sabe, ninguém viu. Whitmarsh diz que confia na reação do seu piloto e revelou que a McLaren tentou uma nova configuração da suspensão traseira para ajudá-lo no Canadá. Não funcionou. A explicação do dirigente para desempenhos tão diferentes entre seus dois pilotos é parecida com a que já ouvimos tanto da Ferrari: afinidade com os atuais pneus. O curioso é que, até o ano passado, uma das principais qualidades atribuídas a Button (inclusive por este blogueiro) era a capacidade de compreender o comportamento dos compostos. Caímos todos do cavalo. Inclusive o piloto; 

Se sou o chefe da Mercedes, mando um novo contrato para o Schumacher hoje, com um pedido de desculpas por este 2012;

Encerro esta edição das “Pílulas” como comecei: usando o termo usado por Massa. O “troféu cagada” do fim de semana vai pra Graham Rahal. Justin Wilson, claro, agradece.

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Webber, num show de Schumacher

Por Fábio Seixas
26/05/12 10:17

Schumacher deu show em Mônaco, mas a pole é de Webber.

Do alto de seus 43 anos, o heptacampeão cravou o melhor tempo no treino oficial, o que seria sua 69ª pole, e até chegou a comemorar.

Celebrou mais por uma questão pessoal _por mostrar que ainda tem a força necessária_, do que pelo resultado em si. Afinal, desde o GP da Espanha sabia que perderia cinco posições no grid, por conta daquela batida em Bruno.

Sim, para isso serviu. Pelo menos por alguns instantes, o alemão rejuvenesceu uma década.

Schumacher comemora o melhor tempo (Glenn Dunbar/LAT)


 

Assim, a posição de honra do grid ficou com Webber, outro que fez um bom trabalho neste sábado.

É a décima pole do australiano, a primeira desde o GP da Alemanha do ano passado.

Foi um dia agitado no principado.

No último treino livre, Rosberg foi o mais veloz. Cravou 1min15s159, com os supermacios, apenas 0s038 melhor do que Massa, o segundo. Vettel foi o terceiro, seguido por Alonso, Grosjean, Button, Hamilton… Bruno foi o 16º. 

A sessão foi interrompida com bandeira vermelha, após um pancão de Maldonado na aproximação do Cassino. O venezuelano nada sofreu.

O treino classificatório aconteceu num belíssimo início de tarde na Côte d’Azur: 23ºC no ar e 44ºC no asfalto.

Mas com um acidente feio logo de cara.

Pérez perdeu a frente do carro na primeira perna da Piscina _provavelmente um problema na direção_ e bateu com força no guard-rail. Saiu andando, levando seu capacete do Chapolin. Uma batida menos preocupante que a do ano passado, mas que torna Mônaco um local de más lembranças para o mexicano.

Na retomada do Q1, ninguém superou Hulkenberg. O alemão da Force India fez 1min15s418. Kobayashi foi o segundo, a 0s230. Depois vieram Grosjean, Vettel, Schumacher, Raikkonen, Rosberg, Bruno, Massa.

Os cortados, Kovalainen, Petrov, Glock, De la Rosa, Pic, Karthikeyan e, claro, Pérez, que precisará de autorização dos comissários para largar.

No Q2, Rosberg mandou 1min15s022 logo no início. Faltando pouco mais de 2 minutos, foi superado por Massa, com 1min14s911, o primeiro do final de semana a baixar da casa do 1min15s.

Maldonado ficou em terceiro. Webber, em quarto, seguido por Schumacher. Fechando o top 10, Alonso, Hamilton, Grosjean, Vettel e Raikkonen.

Foram cortados Hulkenberg, Kobayashi, Button, Bruno, Di Resta, Ricciardo e Vergne.

“Estou desapontado com a minha performance. Fui acima do meu limite, acabei danificando os pneus um pouco e isso diminuiu minhas chances”, disse Bruno, à TV Globo.

No Q3, Rosberg fez 1min14s572. A expectativa era por Massa, para ver se ele repetiria o duelo do terceiro treino livre e do bloco anterior.

Não. não deu.

Quem brilhou foi Schumacher, com 1min14s301. Webber chegou perto, a 0s080.

Rosberg foi terceiro no treino e fará a primeira fila com o australiano.

A segunda fila terá Hamilton e Grosjean. Na terceira. Alonso e Schumacher. Logo atrás, Massa e Raikkonen. Na quinta fila, Vettel e Hulkenberg _Maldonado ficou em nono, mas perde 10 posições por ter bloqueado Pérez pela manhã.

Quem vence? Webber tem a faca e o queijo (francês) na mão…

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Pílulas do Dia Seguinte

Por Fábio Seixas
14/05/12 10:43

O incêndio nos boxes da Williams, ontem (Josep Lago/AFP)

 

Sete integrantes de equipes continuam internados em hospitais de Barcelona após o incêndio que irrompeu na Williams cerca de 1h30 depois da corrida. As imagens impressionam, mas não houve explosão, equipamentos não foram atingidos, corpos não saíram carbonizados. Houve, sim, muita fumaça. Daí o motivo das internações: intoxicação. Segundo a Williams, o fogo aconteceu na “área de combustíveis” dos boxes. Para um relato completo de quem estava lá na hora do susto, recomendo a leitura do blog da colega Vanessa Ruiz;

Agora um relato de quem já acompanhou muita desmontagem de boxes na F-1. Combustível é transportado enquanto mecânicos acionam motores para secar gasolina, mecânicos fumam, caixas são carregadas. Tudo com pressa, porque a turma não vê a hora de se mandar. Pensando bem, agora, é estranho que acidentes assim não sejam mais frequentes. Que o caso da Williams sirva para uma revisão de procedimentos;

Passado o susto, a melhor piadinha que li, nos comentários ao post da corrida: “foi o Schumacher”;

Aliás, sobre a punição ao alemão: foi merecida. Revi o acidente algumas vezes e mantenho minha opinião. Bruno dá uma leve guinada para a direita, mas Schumacher errou mais, exagerou na dose. Resquícios, talvez, da época em que reinava nas pistas e estava acostumado a ver todos lhe abrindo passagem. Deve ser difícil reeducar os instintos;

Impressiona o que apareceu de gente, de ontem pra hoje, dizendo que sempre achou Maldonado um fenômeno das pistas. Minha opinião é que o venezuelano é um piloto em clara evolução. Um cara que cumpriu todas as etapas até a F-1, correndo de F-Renault, World Series, F-3000 italiana, GP2. E se é verdade que ele conseguiu resultados satisfatórios nessas categorias, também é que se notabilizou por lambanças homéricas e acidentes estapafúrdios. Na F-1, talvez por ter finalmente conseguido seu objetivo de correr ali, ficou mais calminho, esfriou a cabeça, tornou-se um piloto melhor. Fez uma temporada de estreia correta _e, sim, acho que aprendeu algumas coisas com Barrichello_ e ontem conseguiu uma vitória surpreendente. (Ou alguém acha que a Williams chegou a Barcelona sonhando com o que aconteceria?) Enfim, é um piloto talentoso e que, com a cabeça no lugar, pode fazer alguma coisa na F-1. E que não tem culpa de contar com um patrocinador forte. Pelo contrário, hoje em dia esse é um enorme mérito;

Com a vitória, Maldonado foi a 29 pontos. Bruno tem 14. Na Ferrari, Alonso tem 61. Massa, apenas 2. Nem nos tempos de vacas magras, quando Barrichello sofria na Jordan e na Stewart, o Brasil passou por situação tão ruim. Diniz, Rosset, Tarso e quetais ficavam atrás de seus companheiros, mas pelo menos Barrichello se garantia. Agora, nem isso. Bruno, tenho a impressão, ainda pode se recuperar. Noves fora o final de semana de Barcelona, ele vinha fazendo um trabalho mais consistente que o do companheiro. Pode, pelo menos, encostar na pontuação do venezuelano. Quanto a Massa, sem chance. Ontem, foi cobrado publicamente por Domenicali. A hora é de começar a procurar emprego para 2013;

A Lotus está batendo na trave. Não sei se será em Mônaco, mas uma vitória de Raikkonen, em seu ano de retorno à F-1, parece cada vez mais próxima;

Na GP2, Razia ganhou a corrida de domingo. Mas a briga com Valsecchi está dura. Os dois começaram o final de semana separados por 24 pontos. Apesar da vitória do brasileiro, a diferença, agora, é de 25;

Na Indy, o final de semana foi agitado em Indianápolis. O mais veloz do domingo foi Saavedra. Kanaan ficou em 12º. Castro Neves, o 22º. Barrichello ficou em 26º, duas posições à frente de Bia. Alesi foi o 30º e penúltimo. O Pole Day é no próximo sábado, dia 19.

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Ricaços

Por Fábio Seixas
08/05/12 09:36

Ok, a vida nas pistas não anda lá muito fácil, mas Schumacher ainda tem motivos para sorrir.

Ao cancelar a aposentadoria e, assim, ganhar uns trocos na Mercedes, o alemão subiu para a segunda posição na lista dos esportistas que mais ganharam dinheiro ao longo da carreira.

O levantamento é do “Sunday Times” _e, obviamente, foi divulgado no domingo.

O alemão acumula US$ 823 milhões. Está atrás apenas de Tiger Woods que, pobrezinho, já embolsou US$ 869 milhões.

Atrás deles estão nomes como Michael Jordan (US$ 516 milhões), Roger Federer (US$ 316 milhões) e David Beckham (US$ 258 milhões).

Na turma da F-1, Alonso e Raikkonen estão empatados na segunda colocação, com US$ 161 milhões. Depois aparecem Irvine (US$ 129 milhões), Hamilton (US$ 89 milhões) e Button (US$ 85 milhões).

Aliás, vale a pena reproduzir uma das peças da campanha publicitária da lista do “Sunday Times”, que leva a uma reflexão…


 

(Nascido em 1985, Rooney já ganhou US$ 72,7 milhões na carreira. Fergunson, que dirige o time desde 1986, soma US$ 51,6 milhões.)

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Quinta, coluna

Por Fábio Seixas
03/05/12 09:12

Um embate filosófico está em curso na F-1. O estopim, a discordância de dois dos mais experientes pilotos sobre os pneus da categoria.
Após o Bahrein, Schumacher, 290 GPs, disse que o alto nível de desgaste dos Pirelli fere a alma do esporte porque impede os pilotos de dirigirem no limite. Mais importante do que acelerar forte é poupar borracha, alega.
“Eu me pergunto se os pneus deveriam ter tanta importância ou se não seria melhor pilotarmos normalmente, sem parecer que estamos com safety-car o tempo todo.”
Anteontem, em Mugello, Webber, 180 provas na F-1, opinou em sentido oposto. “Nós adoraríamos ter mais velocidade e pneus mais resistentes, porém aquilo não significava exatamente GPs mais empolgantes anos atrás.”

Eu estou com Schumacher nessa. Prefiro corrida pura do que invencionices em nome da competição. Mas, sei lá, talvez eu seja um bobo romântico. E você?

A íntegra da coluna de hoje está aqui, para assinantes da Folha e do UOL. Na Folha Digital e na Folha de papel, é só pular até a página D9.

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Rosberg, Schumacher e um grid surreal

Por Fábio Seixas
14/04/12 04:16

Escrevi ontem sobre a força dos motores Mercedes em Xangai. Some a eles o revolucionário sistema de dutos da equipe alemã. O resultado está no grid.

Primeira fila prateada. Pole para Rosberg, sua primeira na F-1. Ao seu lado, o companheiro de equipe, um certo Schumacher _seu melhor desempenho desde que aposentou a aposentadoria.

E o prenúncio de uma bela prova. Porque a ordem de largada é algo surreal quando lembramos da F-1 dos últimos anos.

O sábado chinês começou com McLaren na frente. Hamilton foi o mais rápido no terceiro treino livre, seguido por Button. O campeão de 2008 cravou 1min35s940, 0s123 melhor melhor que o campeão de 2009.

O treino classificatório aconteceu com tempo seco, uma forte névoa de poluição, 21ºC de temperatura ambiente, 25ºC no asfalto.

No Q1, para alegria do pai, que não pintou na China, deu Pérez: 1min36s198. Alonso foi o segundo, a 0s094. Grosjean foi o terceiro, seguido por Maldonado, Massa, Di Resta, Bruno, Webber, Button, Hamilton…

Um treino dos mais apertados. Todos os 17 que avançaram ficaram no mesmo segundo. Mas sem surpresas lá no fundão. Os cortados foram Vergne, Kovalainen, Petrov, Glock, Pic, De la Rosa e Karthikeyan.

O Q2 viu os dois brasileiros lutando desesperadamente para avançar.

Houve até momentos de esperança. Faltando dois minutos para o fim, Massa era o 10º, Bruno era o 11º colocado.

Durou pouco. Massa terminou em 12º. Bruno foi o 14º. Pior para o ferrarista, que viu o companheiro avançando.

“A gente vinha sofrendo muito com o carro nos treinos. Melhorou na classificação, sem explicação, na verdade. Fomos no limite. Estamos trabalhando pra melhorar, vamos tentar fazer um bom trabalho amanhã”, disse Massa à TV Globo.

“A classificação foi boa, a melhor do ano por enquanto. Cometi um erro ou outro que me fizeram perder um pouco de tempo. Não está fácil, mas tenho um carro bom para a corrida”, afirmou Bruno.

A surpresa foi Vettel, que não avançou para o Q3. Ficou em 11º, a 0s331 do melhor tempo. É, surreal…

Além deles, foram cortados Maldonado, Di Resta, Hulkenberg e Ricciardo,

Para piorar a situação de Vettel, Webber foi o mais veloz: 1min35s700. Rosberg ficou em segundo, seguido por Schumacher. Avançaram ainda Pérez, Kobayashi, Hamilton, Grosjean, Raikkonen, Button e Alonso.

No Q3, a maioria foi para o tudo ou nada. Uma volta rápida e pronto. Faltando 3 minutos para o fim, só 4 pilotos tinham tempo.

E Rosberg logo liquidou a fatura. Cravou 1min35s121, um temporal, e não foi superado por ninguém. Hamilton foi o segundo, a distante 0s505, mas larga em sétimo porque trocou o câmbio.

Por isso Schumacher, dono do terceiro tempo, larga ao lado do companheiro.

Na segunda fila, Kobayashi e Raikkonen. Na terceira, Button e Webber. Logo atrás, Hamilton e Pérez. Alonso e Grosjean foram a quinta fila do grid.

Repararam nas duas primeiras filas? Rosberg, Schumacher, Kobayashi e Raikkonen. É uma nova F-1. Ou uma F-1 bem diferente, pelo menos.

A Mercedes é favorita? Difícil dizer. O sistema de dutos depende da abertura da asa traseira, liberada nos treinos, mas limitada a apenas um trecho na corrida. Ou seja, a mágica funciona menos.

Mas não precisa ser gênio para imaginar que Schumacher vai largar babando.

Odeio ficar em cima do muro mas, pela configuração do grid, é uma corrida imprevisível.

Pensando melhor, isso não é nada mal…

(Juro que, antes de apertar o botão “publicar” deste post, fui dar uma última conferida se o grid era este mesmo..)

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Xangai, 1º e 2º treinos livres

Por Fábio Seixas
13/04/12 09:01

Ah, os motores Mercedes…

Na primeira sessão livre em Xangai, formaram as três primeiras posições. Na segunda, dobradinha na ponta.

Estão sobrando naquelas longas retas.

Schumacher, nesta sexta, em Xangai (Greg Baker/AP)


 

A programação do GP da China começou com pista molhada e pouquíssima atividade na pista. Agito mesmo, só nos 15 minutos finais, quando o asfalto já tinha mais condições e os pilotos puderam colocar pneus slick.

Deu até para rolar um duelo entre Hamilton e Rosberg, vencido pelo inglês por 1s010. Schumacher foi o terceiro, seguido por Pérez, Kobayashi, Webber, Vettel e Button.

Alonso foi o 11º, seguido por Massa. Senna não testou, substituído pelo finlandês Bottas _menos mau que tenha sido num treino quase inutilizado pela água.

Na segunda sessão, Schumacher e Rosberg cravaram a maior velocidade da reta dos boxes, 320 km/h. E o heptacampeão terminou com o melhor tempo do dia, 1min35s973.

Hamilton ficou em segundo, a 0s172 _e é bom lembrar que ele perderá cinco posições no grid por ter trocado o câmbio. Na sequência, Vettel, Webber, Rosberg, Button, Kobayashi e Di Resta.

Os brasileiros foram mal. Massa foi o 17º, sete posições atrás de Alonso. E Bruno foi 18º, duas posições atrás de Maldonado.

(E soa estranho abrir hoje o jornal e ler Massa dizendo que achou a “direção certa” do carro.)

O que esperar para a definição do grid?

Com Hamilton fora do páreo pela pole, a Mercedes pode aparecer, aproveitar o vácuo. A Red Bull, quem diria, seria zebra. Todas as outras ainda só fazem número.

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Sexta, coluna

Por Fábio Seixas
16/03/12 15:33

“Lembro de uma vez… Havia umas 120 crianças tentando se classificar para uma prova de kart organizada pelo Michael. Os 34 melhores participaram e receberam a bandeirada dele. Foi um presente para todos! Um sonho!”
É isso.
Havia uma penca de moleques cheios de amor pelo esporte, loucos para correr para o ídolo, receber a bandeirada do ídolo, ganhar o troféu das mãos do ídolo.
Dali saiu um bicampeão.
Quando você leu algo parecido sobre Emerson ou Piquet? Um multicampeão brasileiro da F-1 “perdendo” um domingo com a molecada? Pode parecer detalhe, mas não é.

A declaração ali no começo é de Vettel.

Não é uma obrigação. Eles já fizeram muito pelo automobilismo brasileiro. Mas Emerson e Piquet poderiam fazer mais, se envolver mais, tentar evitar que a coisa naufrague.

Este é o tema da coluna de hoje na Folha.

A íntegra está aqui, para assinantes do jornal e do UOL. Na Folha Digital e na Folha de papel, a coluna está na pág. D9.

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