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Fábio Seixas

Automobilismo e pitacos sobre tudo o mais

Perfil Fábio Seixas, 38, é jornalista com mestrado em Administração Esportiva

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Tag Archives: raikkonen

Pílulas do Dia Seguinte

Por Fábio Seixas
26/11/12 10:11

Como se não bastasse ser tricampeão aos 25 anos, Vettel mostrou um baita conhecimento da história. Ontem ele contou um causo divertido que aconteceu assim que ele cruzou a linha de chegada. “O Christian veio no rádio e mencionou os nomes dos pilotos que conquistaram três títulos… E ele esqueceu do Prost!  Ele começou com o Michael, depois falou de Senna, Lauda, Piquet… E então começou um barulho e eu comecei a gritar que ele esqueceu do Prost, que ganhou quatro vezes”. É, este é um garoto especial. No esporte, talento até gera conquistas. Mas para ser verdadeiramente grande, é preciso também ter inteligência. E Vettel une as duas coisas;

Três títulos seguidos aos 25 anos? Acho que este é um recorde que ficará eternizado, sem figura de linguagem;

Ainda sobre Vettel, questionado sobre as chances de algum dia igualar as marcas de Schumacher: “Non sense”. Não, não é. Se nada de errado acontecer, o alemãozinho tem no mínimo mais uns 12 anos de F-1 pela frente. Mesmo se diminuir o ritmo das conquistas, dá pra fazer muita coisa;

Alonso classificou esta temporada de “a melhor da carreira”. E foi mesmo. Se lembrarmos da porcaria que era o carro da Ferrari no começo do ano… Para o caso do espanhol, vale aquele chavão do esporte: ele não perdeu o campeonato, foi Vettel quem ganhou;

Não deu para ficar indiferente à emoção de Massa no pódio e nas entrevistas pós-corrida. Não é que ele chorou. Ele chorou muito. Um choro de desabafo, de peso que escorre dos ombros, de fim de uma temporada de tantas dificuldades e tantos sapos engolidos. Massa vomitou alguns ontem. Ao dizer no pódio, por exemplo, que deveria ter colhido um resultado melhor na prova. Deveria mesmo. Nos últimos dois finais de semana de F-1 do ano, Massa foi melhor que Alonso;

Bruno derrapou nas declarações pós-GP ontem: “Quando se está na briga pelo campeonato, é preciso tomar mais cuidado ao andar no meio do pelotão”. Um recado para Vettel, que, segundo ele, “estava por fora e veio para dentro com tudo”. Vi algumas vezes o replay. E não entendi assim. Bruno acertou o alemão;

Falando em Bruno, as próximas semanas serão de negociação intensa. Em Interlagos, já houve jornalista que cravasse o acerto de Bottas com a Williams. Não sei, não tenho essa informação e não vou chutar. Mas acho que não vai demorar muito para vir uma notícia sobre o futuro do brasileiro;

Saber perder é uma tarefa difícil. Sei como é… Julia, minha filha, fica louca da vida quando perde em algum jogo. Chora, esperneia, tenta mudar a situação. A Ferrari é parecida. “Estamos orgulhosos de Alonso. Ele é o piloto que realmente merecia este título”, disse Domenicali ontem. A Julia tem 5 anos, espero que ela aprenda. Quanto à Ferrari, é caso perdido;

Raikkonen foi o único piloto da temporada a terminar todos os GPs. E só não marcou pontos em um, Xangai, quando ainda estava se adaptando nesse retorno à F-1. É um pilotaço, e embora não vá comemorar o terceiro lugar, merece aplausos pelo que fez neste ano;  

Uma das cenas bizarras da corrida foi o finlandês pegando um trecho da pista auxiliar, ali na Junção. E a explicação dele é sensacional: “Eu fiz aquilo em 2001, e o portão ali estava aberto. Desta vez, alguém fechou. No ano que vem, vou me certificar de que estará aberto”;

Hulkenberg é um baita piloto, estranhamente subvalorizado pela categoria;

Fica, Koba! (E você, já deu sua contribuição?)

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A foto

Por Fábio Seixas
05/11/12 16:10

Se você não conseguiu ver a corrida, não esquente: as expressões dos três primeiros colocados falam tudo…


 

O clique é de Dimitar Dilkoff, da France Presse.

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Pílulas do Dia Seguinte

Por Fábio Seixas
05/11/12 09:55

Foi a melhor corrida do ano ou ainda estamos sob o impacto do que aconteceu ontem? Os GPs de Valencia, da China e do Canadá também foram ótimos, mas parece que muita gente esquece rápido do que passou. Enfim, é sintomático que essa discussão exista, sinal da bela temporada a que estamos assistindo. Abu Dhabi foi um GP memorável;

22ª volta
Engenheiro: “Ok, Kimi, o carro imediatamente atrás de você é Alonso, 5 segundos atrás de você. Eu te manterei informado sobre a distância, eu te manterei informado sobre o ritmo.”
Raikkonen: “Não me encha o saco. Eu sei o que fazer.”
41ª volta
Engenheiro: “Ok, Kimi, continue aquecendo os quatro pneus.”
Raikkonen: “Sim, sim, sim, estou fazendo isso o tempo todo. Você não precisa ficar me lembrando toda hora.”
*
As respostas de Raikkonen pelo rádio foram um dos pontos altos da prova e, enquanto a FOM deixar, estão no Youtube…


Entram para a antologia pessoal do finlandês, ao lado da cena do picolé no GP da Malásia de 2009 e da resposta a Brundle no grid de Interlagos em 2006. Além de um baita piloto, o cara é uma figuraça. Ainda bem que voltou;

(Quando alguém vai fazer uma camiseta com a foto de Kimi e a frase: “I know what I’m doing”?);

Segundo Boullier, chefe da Lotus, o segredo para trabalhar com Raikkonen é justamente deixá-lo a vontade para trabalhar. Não perturbá-lo com detalhes insignificantes, compromissos com patrocinadores e mimimis em geral. Escrevi isso outro dia e repito hoje: não entendo como nenhuma equipe grande puxou o finlandês para 2013;

Outra da série “coisas inexplicáveis”: Kobayashi ainda sem vaga para o ano que vem. Ontem o japonês largou em 15º e terminou em 6º;

Hamilton, sobre Vettel: “A escalada dele foi incrível. Ele deve ser o piloto mais sortudo da F-1”. Dor de cotovelo pouca é bobagem;

Bruno: “Apanhei bastante neste final de semana. Cheguei na corrida com certo cansaço. Mas automobilismo é assim, tem que continuar lutando sempre, não desistir, e hoje valeu.” Ele largou em 14º e viu cinco pilotos à sua frente abandonarem. Terminou em oitavo. Ou seja, não foi nenhuma fantástica exibição de pilotagem, mas sempre ressalto que ficar na pista numa prova tão acidentada é, também, um mérito. Mas foi para o vinagre a ideia de terminar o ano à frente de Maldonado na classificação. Embora pontuando em mais provas que o venezuelano (9×4), foi o companheiro que conseguiu os dois melhores resultados do time no ano: a vitória na Espanha e a quinta posição ontem;

Ainda Bruno: independentemente da notificação de sua saída da Williams, gente que trabalha com ele ainda tenta assegurar a vaga na equipe para 2013. Executivos da P&G (Gillette), sua patrocinadora, estiveram em Abu Dhabi no final de semana e conversaram com a Williams. E não foi um papo de despedida;

Sobre Massa, largou em oitavo e terminou em sétimo. Tivesse chegado entre Alonso e Vettel, seria festejado. Não foi caso;

Kubica vai disputar duas provas importantes até o fim do ano, ao volante de um Citroen C4 WRC: o Rali de Como e o Rali du Var. Ou seja, ele não está morto ou incapacitado como muita gente acreditava. Vamos ficar de olho.

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Raikkonen vence, Vettel e Alonso brilham

Por Fábio Seixas
04/11/12 12:57

A vitória foi de Raikkonen. Merecida por tudo o que fez neste ano. Naquele rodízio de vitórias no começo do ano, ficou faltando a dele.

Raikkonen comemora, sob aplausos de Vettel (Luca Bruno/AP)


 

Mas o nome do GP de Abu Dhabi foi Vettel.

O alemão saiu em último, ganhou posições, caiu para último de novo e terminou em terceiro. Desempenho de campeão, calando muita gente que bradava que ele só se dá bem largando na frente.

Alonso também merece aplausos. Foi arrojado, foi consistente, foi inteligente. Largando em sexto, terminou em segundo.

Digno, mas talvez não o suficiente.

Porque o resultado de tudo isso para o Mundial é que a disputa pode ser fechada na próxima etapa, nos EUA, dia 18.

A matemática é simples. Hoje, 10 pontos separam os rivais. Se essa vantagem subir para 25, fim, de papo. Se Vettel vencer e Alonso ficar em quinto, a fatura está encerrada.

(Sim, sei o quanto isso é difícil e acredito em decisão no Brasil. Mas é emblemático que a matemática já dê essa possibilidade ao alemão.)

A 18ª etapa da temporada de 2012 foi uma bela corrida, que começou com um entardecer quente em Abu Dhabi: 29ºC no ar, 33ºC no asfalto.

Na largada, Hamilton manteve a ponta. E Raikkonen brilhou. Não tomou conhecimento da concorrência e pulou de quarto para segundo. Alonso também foi bem: tomou a posição de Webber na chicane.

Um pouco mais atrás, confusão: Bruno e Hulkenberg se tocaram, e o alemão abandonou.

Ainda mais atrás, lá no fundão, Vettel passou Grosjean e Di Resta e ganhou as posições de Hulkenberg e De la Rosa _que teve problemas ainda no grid e também partiu dos boxes.

O top 10 na primeira volta, Hamilton, Raikkonen, Maldonado, Alonso, Webber, Button, Massa, Kobayashi, Pérez e Schumacher.

Veio então o rádio. “Sebastian, sua asa dianteira está danificada. Estamos prontos para recebê-lo. Você decide se quer parar ou não”, informou a Red Bull ao bicampeão. O motivo, um totó no pneu traseiro esquerdo de Bruno.

Vettel preferiu continuar na pista. Na quinta volta, já tinha deixado mais cinco para trás: Glock, Petrov, Bruno, Pic e Rosberg _este se tocou com Grosjean na largada, e ambos tiveram de passar pelos boxes. Era o 16º.

Virou uma corrida de um olho no peixe, outro no gato.

Lá na frente, Hamilton tinha 2s5 sobre Raikkonen na sexta volta, livrando-se do aperto inicial e começando a cravar voltas rápidas.

Lá atrás, Vettel já era o 14º.

Na nona volta, pancão. Batida feia entre Rosberg e Karthikeyan. O alemão veio como uma vaca louca na traseira do HRT, bateu forte, decolou, passou raspando pela cabeça do indiano.

Barbeiragem grotesca do alemão, que não soube lidar com um carro tão lento à sua frente.

Safety car.

A disputa foi retomada na 14ª volta, e Vettel aproveitou para fazer seu pit stop e trocar pneus e bico. Caiu para 21º e último.

Hamilton manteve a ponta. Webber partiu pra cima de Alonso, mas não levou.

Recomeçou a escalada de Vettel. Na 15ª volta, passou De la Rosa e Di Resta. Na 16ª, Pic e Grosjean, numa manobra curiosa: ultrapassou o francês usando a faixa azul, devolveu a posição e daí passou de novo.

Na 17ª, após ganhar as posições de Petrov e Glock, já era o 15º.

Abu Dhabi, então, soltou um “ohhhh!”. Na 21ª volta, Hamilton apareceu se arrastando na pista, levando o carro para a grama, abandonando. A liderança caiu no colo de Raikkonen.

Alonso se animou. Quase que simultaneamente, pisou fundo e aproveitou-se de um errinho de Maldonado, assumindo a segunda posição.

Vettel? Era o 11º.

Na 23ª, Maldonado e Webber se estranharam. O australiano tentou uma ultrapassagem, os dois se tocaram, o veterano foi parar na área de escape. Incidente de corrida, na opinião deste blogueiro e dos comissários.

Na volta seguinte, Button tentou o mesmo e se deu melhor. Deixou o venezuelano para trás, assumiu o terceiro lugar.

O top 10 na 25ª volta, Raikkonen, Alonso, Button, Maldonado, Pérez, Massa, Webber, Kobayashi, Schumacher e Vettel.

Vettel? Passou Schumacher e, com a parada de Kobayashi, subiu para oitavo.

Massa tinha uma vida dura. Sem pneus, mas orientado pela Ferrari a ficar na pista, perdeu posição para Webber, bateu roda com o australiano e acabou rodando. Acabou indo para os boxes.

Vettel? Cravava a volta mais rápida da prova no momento, em sétimo lugar.

Começou então o corre-corre nos boxes, com todo mundo fazendo sua parada.

Vettel? Deve ter aberto um sorriso do tamanho do mundo dentro do capacete.

Porque, na 32ª volta, com o fim da janela de pits, ele era o segundo colocado. Sim, você leu direito. Depois de largar em último, ganhar posições, enfrentar o problema na asa e cair para último de novo… O alemão assumiu a vice-liderança da corrida!

A questão, então, passou a ser se os pneus de Vettel aguentariam ou não. A resposta definiria a corrida e mostraria a nova cara do campeonato.

Em termos de ritmo de prova, o alemão vinha mais lento que os outros ponteiros. Virava na casa de 1min46s9, enquanto Alonso fazia 1min46s4 e se aproximava volta a volta.

Na 35ª volta, o top 10: Raikkonen, Vettel, Alonso, Button, Grosjean, Di Resta, Pérez, Webber, Maldonado e Kobayashi.

Veio então a tal resposta. A Red Bull chamou Vettel para os boxes. Foi bem: no ritmo em que ele estava, o prejuízo de um pit seria menor.

Com pneus macios, voltou em quarto, atrás de Button.

E abriu outro sorrisão: na 39ª volta, Grosjean e Pérez bateram e levaram Webber junto. Francês e australiano abandonaram. Veio o safety car, juntando todo o pelotão.

Prova reiniciada na 43ª volta, faltando 12 para o fim. Era o momento da decisão.

Vettel, de pneus novinhos em folha. partiu para cima de Button. Foi duro. Brigou, brigou… E passou, a três voltas do fim.

O top 10 na linha de chegada: Raikkonen, Alonso, Vettel, Button, Maldonado, Kobayashi, Massa, Bruno, Di Resta e Ricciardo.

Com o resultado, a diferença de Vettel para Alonso caiu de 13 para 10 pontos: 255 a 245. Raikkonen tem 198.

No Mundial de Construtores, a Red Bull foi para 422 contra 340 da Ferrari. Ainda não fechou o tri, mas vai fechar.

Será um belo fim de campeonato, entre dois bicampeões que estão dando aula de pilotagem. Sorte a nossa.

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Pílulas do Dia Seguinte

Por Fábio Seixas
29/10/12 09:14

A Lotus renovou com Raikkonen por mais uma temporada. Era a lógica, apesar dos rumores sobre o mau momento financeiro do grupo. O que não entendo é nenhuma equipe maior ter feito proposta pelo finlandês, um dos grandes talentos da atualidade. O anúncio da renovação foi feito de forma diferente, por vídeo…


No sábado, Alonso cutucou Vettel ao dizer que seu grande rival no campeonato era Newey. Uma clara deselegância. Ontem, o alemão se vingou, com classe: “Não é só um fator que faz diferença”. Tomou, Alonso?

Besteiras à parte _e todos falamos algumas de vez em quando_, Alonso fez uma pilotagem magistral na Índia. Saindo em quinto, superou as duas McLaren e a Red Bull de Webber. Foi ao limite do possível, portanto. Por essas e outras é que o considero o melhor da atualidade _e isso não é demérito para craques como Vettel, Hamilton e Raikkonen;

Momento estatístico: na história da F-1, sempre que um piloto venceu quatro GPs consecutivos numa temporada, terminou o ano como campeão. Não por coincidência, a última vez que isso aconteceu foi em 2009, com Button;

Mais uma estatística, esta um oferecimento do leitor Gustavo Vazquez.  No quadro abaixo, estão as chances de título após o GP da Índia…

 

O comentário do Gustavo no blog dele: “Em metade dos cenários Vettel será campeão. A chance de Alonso ainda é alta: 2 em 5. Alonso precisa tirar 4,23 pontos por corrida de Vettel, o que _na teoria_ não é tanto. Raikkonen e Webber precisariam ganhar todas sem Vettel marcar mais nenhum ponto _em suma, muito provável que saiam da disputa no próximo GP”;

Guardadas as devidas proporções, Bruno foi outro que fez uma bela corrida. Numa prova com poucos abandonos, largou em 13º e terminou em 10º. Voltou a pontuar. Não, ele não deve terminar o Mundial à frente do Maldonado, como cheguei a acreditar. Embora mais regular que o venezuelano, suas últimas três provas anteriores foram muito ruins. Mas é correto dizer que ele já entra para aquela turma de pilotos competentes e que merecem ficar no ano que vem, como Di Resta, Hulkenberg e Kobayashi;

Massa: “Foi um susto. Logo no começo, já tive a informação de que teria de salvar combustível, então durante a maior parte da prova, tive de poupar gasolina sempre com um carro próximo de mim [Raikkonen]. Então a corrida foi bem difícil e sofrida do início ao fim”. Saiu em sexto, terminou em sexto, está de bom tamanho. Mas, mais uma vez, ele falhou na tarefa de tentar roubar pontos da Red Bull;

Em Abu Dhabi, a Red Bull deve garantir o tri no Mundial de Construtores. Hoje, a equipe tem 91 pontos sobre a Ferrari. Pode perder cinco pontos dessa vantagem no próximo domingo que ainda assim garante matematicamente a taça;

Schumacher teve um final de semana para esquecer, mas pelo menos sai com um belo consolo: segundo o “Bild”, a Mercedes vai dar a ele o carro com que ele disputou esta sua última (mesmo) temporada na F-1. É um belo item de decoração para uma casa, digamos;

Passou batido aqui no blog nos últimos dias, mas nunca é tarde para comemorar: Paul Ricard deve voltar à F-1 em 2013, na vaga do GP de Nova Jersey. Seria sensacional;

Em Phillip Island, Pedrosa caiu na segunda volta, quando liderava. Não quebrou nenhum osso desta vez, mas foi uma queda das mais doloridas: com seu abandono, Lorenzo, segundo colocado na prova, conquistou o bicampeonato. Merecido. Ele foi mesmo o melhor piloto do ano na MotoGP. Outra festa legal foi a de Stoner, vencendo sua prova de casa pelo sexto ano seguido, a duas semanas de pendurar o capacete. Uma das grandes personalidades da moto, ele vai fazer falta.

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Sexta, coluna

Por Fábio Seixas
21/09/12 11:19

Duas histórias de 2012 ilustram com rara riqueza essa história de vices com sabores diferentes.
A primeira delas foi sacramentada no último sábado.
Depois de liderar a Indy por 10 das 15 etapas, de abrir 36 pontos de vantagem a duas provas do fim do campeonato, de largar para a corrida decisiva nove posições à frente do rival… Power foi vice.
Muito pior: trivice.
É um baque mais inacreditável do que os outros dois.
Porque o primeiro foi até normal, sua estreia lá na ponta da categoria, na disputa pelo título. O segundo também foi no último momento, mas entrou no rol do “acontece”.
Inacreditável é que tenha acontecido de novo. O raio, duas vezes na mesma cabeça. Com cenas de drama, como a batida no muro e o retorno desesperado ao carro para colher mais algumas voltas e tentar tornar mais difícil a tarefa do rival, Hunter-Reay. Não deu. Trivice.
“É deprimente perder o campeonato de novo dessa forma”, disse Power, dando a impressão de que só usou esta definição porque não achou palavra mais funesta.
O contraponto pode estar na F-1.
Com Raikkonen.

A coluna de hoje fala de Power e de Raikkonen. Em tempo: ainda acho que Hamilton tem mais chances de ser vice-campeão _e pode até lutar pelo título_, mas mesmo o terceiro lugar merece ser comemorado pelo finlandês.

A íntegra está aqui. Na Folha Digital e na Folha de papel, pág. D3.

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Pílulas do Dia Seguinte

Por Fábio Seixas
30/07/12 10:02

Grosjean, durante o GP da Hungria (Darko Vojinovic/AP)

 

Depois de Hockenheim, escrevi sobre Raikkonen. O finlandês ainda foi tema da minha coluna de quinta, na Folha. Hoje não vou abrir o texto com ele, mas com um assunto relacionado. Sua equipe, a Lotus. Como é bom, num meio que atrai tantos picaretas, ver gente de corrida comandando uma equipe. Legítimos “racers”. Pessoas do ramo, que entendem do assunto. A Lotus, claro, vem de uma base ótima: era a Renault, que era a Benetton, que um dia foi a Toleman. A estrutura já estava lá. Mas já cansei de ver boas estruturas se desmancharem por maus comandos. (Lembram o que houve com a Jaguar? Ou com a Jordan?) Enfim, a turma da Lotus está lá para competir, não para fazer marketing, dinheiro e vazar no ano que vem. Não é coincidência o time estar hoje em terceiro no Mundial. Sem contar que é uma bela forma de honrar um nome com tanta história no automobilismo; 

Ainda sobre a Lotus, aplausos para a postura de Grosjean sobre a dividida com Raikkonen, que definiu suas posições na corrida: “Ele fez o que tinha que fazer. Peguei detritos de borracha nos meus pneus e tive dificuldade para me recuperar, mas é o que é. Apenas aconteceu”. Sim, além de tudo, a Lotus mostra uma postura esportiva. A equipe é, na minha opinião, a grande boa novidade do ano; 

Para passar a régua no assunto Lotus: Boullier disse que não acredita na saída de Raikkonen para a Ferrari no fim do ano, o grande boato do paddock de Budapeste. Ok, o finlandês tem contrato até o fim de 2013, mas sabemos que isso não vale muito na F-1. O principal motivo, diz o cartola, é que “não há motivos para ele nos deixar”. É, talvez o francês tenha razão;

Sobre Hamilton: quando ele está com a cabeça boa, num final de semana bom, é difícil de ser batido. Talento, ele tem. Muito. Seu problema é a instabilidade emocional. Se um dia ele conseguir mais auto-controle, será páreo mais frequente para Alonso;

Eu já disse isso algumas vezes no Pit Stop e agora está ficando claro como Bruno faz uma temporada mais consistente do que Maldonado. O venezuelano ganhou em Barcelona, enfiou um monte de pontos no bolso, mas não fez muito além do que isso: pontuou em apenas mais um GP, China. Já o brasileiro marcou pontos em 6 das 11 corridas e está a apenas cinco pontos do companheiro. Aposto que termina na frente. A concorrência com Bottas por uma vaga em 2013 é grande, Maldonado leva um caminhão de dinheiro, mas pelo menos Bruno pode provocar um constrangimento para a Williams ao fim da temporada. Dispensar seu melhor piloto pode soar estranho. De mais a mais, será um bom cartão de visitas se for preciso bater em outras portas;

A participação de Massa nos pontos da Ferrari, passadas 11 das 20 etapas da temporada: 13,23%. Assim fica difícil renovar. Cada vez mais, seus melhores argumentos são o bom relacionamento com a equipe e a falta de bons pilotos no mercado. O primeiro resolve-se com um “amigos, amigos, negócios à parte”. O segundo não é exatamente uma verdade. Argumentos frágeis, enfim;

A F-1 entra agora em férias. GP, só em Spa, no início de setembro. Quem entra nas férias em alta: Hamilton, McLaren, Alonso, Vettel, Raikkonen, Lotus, Bruno. Quem vai passar esses dias de cabeça quente e/ou com pulgas atrás da orelha: Ferrari, Massa, Webber, Button, Sauber, Schumacher, Mercedes;

Na GP2, com dois terceiros lugares na Hungria, Razia manteve a liderança do campeonato. É se é verdade que sua folga para Valsecchi caiu de 10 para 7 pontos, também é que faltam agora duas corridas a menos para o fim da temporada. São seis pela frente: rodadas duplas em Spa, Monza e Cingapura. Não está fácil. Mas está bem possível;

Na MotoGP, Stoner voltou a vencer depois de passar duas corridas fora do pódio. E foi uma vitória sólida, com ultrapassagens sobre Pedrosa e Lorenzo, seu concorrentes pelo título. Com o resultado, foi a 173 pontos, 32 a menos que o espanhol da Yamaha. Pedrosa soma 182.

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Quinta, coluna

Por Fábio Seixas
26/07/12 11:24

Está atrás apenas de Alonso, Webber e Vettel, o trio que inicia a segunda metade da temporada na luta pelo título. E só não pontuou em um GP, Xangai, regularidade pior apenas que a do espanhol.
Isso, com um carro mediano. Isso, após dois anos fora da F-1. Isso, apesar da falta de ritmo em classificação _ainda não largou no top 3.
“Não podemos descartar nada”, declarou, questionado sobre as chances de entrar na luta pelo campeonato.
Braço, ele tem. E a Lotus promete reciprocidade, um carro melhor após as “férias”.
É difícil, a diferença técnica é grande. Mas, GP a GP, ele se firma como o segundo melhor piloto da temporada _Alonso está impossível.
Mesmo sem sair nas fotos.

Raikkonen é o personagem da coluna desta semana, em novo formato.

A íntegra está aqui, para assinantes da Folha e do UOL. Na Folha Digital e na Folha de papel, a coluna está na pág. D10.

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Pílulas do Dia Seguinte

Por Fábio Seixas
23/07/12 10:22

Puniram o Vettel. Levou 20 segundos, caiu de segundo para quinto. Revi algumas vezes a manobra. E recebi, de alguns internautas, a dica abaixo. Em 2003, Schumacher passou Trulli exatamente no mesmo ponto, da mesma forma. Não foi punido. Até onde sei, as duas cenas, ainda que separadas por nove anos, são de um mesmo esporte, a F-1. O que, no mínimo, mostra incoerência e inconsistência da FIA. Mantenho minha opinião: eu não puniria Vettel;


Só mais um toque sobre a polêmica. No fundo, tanto faz pra mim se Vettel foi segundo, quinto ou 18º. O que me interessa no caso é a mensagem que a FIA passa para os pilotos e os efeitos que ela pode ter daqui pra frente. Ao punir o alemão, a entidade diz “comportem-se, sejam robozinhos, não façam graça”. É isso. A FIA quer um esporte sem graça. Todos andando nos trilhos, sem espaço para o arrojo ou a inventividade. F-1 com mimimi, enfim;

Para Domenicali, Alonso não tinha o melhor carro de Hockenheim, o que só aumenta o tamanho de seu feito. “Ele está no seu pico de performance. Está num grande momento e vamos tentar manter este momento pelo máximo de tempo possível. Não temos ainda o melhor carro. Fernando teve que fazer 67 voltas em ritmo de qualifying”;

Massa: “Fernando precisa de mim. Em um campeonato como este, é muito importante ter os dois carros na zona de pontuação”. Aí é que mora o busílis. É essa a maior pressão a que o brasileiro será submetidos nos próximos meses. Eu diria até que é isso que vai definir sua permanência na equipe. Mas Massa terá que melhorar. Muito. Enquanto Alonso tem 154 pontos e lidera o Mundial, o brasileiro soma 23 e é o 14º. Enquanto Alonso acumula seis pódios em dez GPs, Massa não fica entre os três primeiros colocados desde outubro de 2010;

Falando em pressão, a Hungria marca o início da segunda metade do campeonato. E Bruno continua com 18 pontos, só à frente dos pilotos da Toro Rosso e das nanicas. Nada mais que a obrigação, portanto. Para usar um jargão futebolístico, é outro que não conseguiu acumular gordura na primeira fase do Mundial e que vai ter meses de sufoco pela frente;

Para não passar batido: que campeonato vem fazendo o Raikkonen! Não aparece, porque ainda não venceu. Mas pouco a pouco vem subindo na classificação. Em Hockenheim, ganhou mais uma posição na tabela. Superou Hamilton e já é o quarto. Ah, sim: ele estava parado havia dois anos. E pilota uma Lotus;

Na GP2, um bom final de semana para Nasr. Não foi tão bacana para Razia, mas foi ainda pior para seu rival pelo título, Valsecchi. Assim, o baiano segue na liderança da tabela, com 171 pontos, 10 a mais que o italiano;

Na Indy, Castro Neves se colocou definitivamente na luta pelo título. Em Edmonton, conseguiu sua segunda vitória a temporada e subiu para a vice-liderança do campeonato. Tem, agora. 339 pontos, 23 a menos que Hunter-Reay. E importante: está crescendo na hora certa. Faltam quatro etapas para o fim do campeonato;

(Em tempo: se algum piloto da F-1 inventasse de escalar um alambrado após uma vitória não tenho dúvidas de que seria ameaçado de punição por quebra de protocolo, por atrasar o pódio, por prejudicar a transmissão internacional. A FIA quer robozinhos, afinal).

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Pílulas do Dia Seguinte

Por Fábio Seixas
09/07/12 10:38

“Nada mal para um segundo piloto.” A célebre frase de Webber após a vitória em Silverstone, dois anos atrás, encaixa perfeitamente na situação atual. O australiano está na luta pelo campeonato não apenas por suas duas vitórias mas também por sua regularidade. Depois de Alonso, é o piloto que pontuou em mais GPs até agora. Só não marcou pontos na Espanha. Sim, Vettel está em terceiro, não pode ser descartado, mas não vem mostrando o mesmo brilho de temporadas passadas. Estou curioso para acompanhar o comportamento da Red Bull nas próximas provas caso essa distância aumente;

“Há muitas especulações sobre a Ferrari, e não podemos controlar o que outras pessoas dizem. Mas Mark quer continuar na equipe no ano que vem e vamos conversar sobre isso nas próximas semanas”, disse Horner. Até pela falta de opções na Toro Rosso, acho que o veterano renova;

Quando corria na World Series, Maldonado correu risco de banimento por suas atitudes na pista. Na GP2, também vivia se metendo em lambanças. Ontem, após ter feito o que fez com Pérez, o venezuelano declarou que não vai mudar seu estilo. Tem a ver, claro, com as punições brandas da FIA. Deixar para julgá-lo após a prova foi um erro. A punição dada foi outro equívoco: € 10 mil e um puxão de orelha. Bandeira preta existe para quê?;

Aliás, vale uma comparação com Bruno. Com os dois pontos em Silverstone, o brasileiro chegou a 18. São 11 a menos que o companheiro. Uma questão importante é que Bruno pontuou em 5 dos 9 GPs até agora. Maldonado, em apenas dois. E 25 de seus 29 pontos são pela vitória em Barcelona. Minha aposta é que Bruno termina o ano à frente do companheiro. E meu diagnóstico é que é injusto dizer que ele está fazendo um mau campeonato;

Massa fez ontem sua melhor prova em muito tempo. Não chegou ao pódio porque a Red Bull foi mais esperta na estratégia e porque Vettel acelerou muito antes daquele primeiro pit. Mas seu campeonato continua bastante ruim;

Comendo pelas beiradas, Raikkonen já é o quinto no campeonato. Taí um pilotaço;

Começa a pintar um cheirinho de crise pelos lados de Woking. Descontente com o desempenho em Silverstone, Hamilton saiu atirando: “Ainda estamos na briga, mas vai ser difícil continuar assim. Não são apenas Ferrari e Red Bull que estão à nossa frente. Um monte de carros está.” Questionado por um repórter se o carro era “defeituoso”, respondeu: “Eu não estou usando essa palavra, mas vou deixar que você a use”;

Na GP2, parabéns para Razia. Prova a prova, o baiano vem consolidando sua condição de grande piloto da categoria nesta temporada. Mais do que o título, o importante ali é que Ecclestone é dono da bagaça e, até para valorizar seu produto, faz questão de ver o campeão correndo na F-1 no ano seguinte. Para registro: após algumas provas ruins, Nasr se recuperou na Inglaterra e vem fazendo um campeonato ok para um piloto estreante;

MotoGP: Stoner não deve ter dormido nesta noite;

Indy: Power vai conseguir a façanha de perder outro campeonato. Vencedor em Toronto, Hunter-Reay merece a liderança.

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