Aconteceu de (quase) tudo no sábado em Mônaco. Batida, chuva, corre-corre nos boxes.
Houve até ameaça de zebra.
Mas não, isso não aconteceu: deu a lógica desenhada desde quinta-feira, deu Mercedes na primeira fila.
Rosberg na pole, Hamilton em segundo.
É a terceira pole seguida do alemão e a quarta consecutiva da equipe. Desde o GP da China, só dá carrinho prateado na ponta do grid.
Foi o desfecho de um sábado bem agitado.
Pela manhã, Rosberg foi o mais rápido na terceira e última sessão de treinos livres, com 1min14s378, 0s661 melhor do que Grosjean. Depois vieram Vettel, Alonso, Hamilton, Raikkonen…
O treino foi marcado pela forte batida de Felipe Massa. O brasileiro acertou o guard-rail esquerdo na freada da Saint-Dévote, ricocheteou e bateu de bico logo à frente. Ele saiu ileso, mas a Ferrari teve de reconstruir o carro e, com a troca da caixa de câmbio, ele perdeu cinco posições no grid.
Entre este treino e a sessão classificatória, apareceu a chuva para animar mais as coisas.
O treino oficial começou com piso molhado e uma garoa fina. Pneus intermediários para todo mundo no Q1.
Logo de cara, Bianchi encostou, com o motor fumando. Nos boxes ferraristas, o trabalho seguia intenso para tentar mandar Massa para a pista.
Não deu. Sem ir à pista, vai largar em último.
Como é de hábito quando chove no principado, o resultado do Q1 foi dos mais malucos.
O melhor tempo ficou com Maldonado (!?), 1min23s452, 0s247 melhor do que Vergne. Alonso foi o terceiro, seguido por Grosjean, Button, Hamilton, Vettel…
Os cortados foram Di Resta, Pic, Gutierrez e Chilton, além de Bianchi e Massa, claro.
O Q2 começou com a pista mais seca, mas ainda exigindo intermediários.
Grosjean deu sua tradicional escapada na Saint-Dévote, mas conseguiu retornar.
O asfalto foi secando, secando. E, faltando 3min30, Webber foi à pista com pneus lisos, supermacios. Não deu outra: melhor tempo logo de cara.
Todos correram para os boxes para fazer o mesmo.
O troca-troca de posições foi frenético.
(E o Galvão foi brilhante na narração, com a sacada do “já mudou” a cada mudança lá na frente.)
No final das contas, o resultado foi bem mais normal.
Vettel foi o mais rápido, com 1min15s988, folga de 0s052 para Raikkonen. Rosberg foi o terceiro, seguido por Hamilton e Alonso. Fechando o top 10, Sutil, Webber, Button, Vergne e Pérez.
Dançaram Hulkenberg, Ricciardo, Grosjean, Bottas, Van der Garde e Maldonado.
Veio o Q3, com a pista completamente seca. E todo mundo logo saiu dos boxes, para garantir tempo.
As marcas foram caindo, caindo… Webber e Vettel chegaram a ameaçar as Mercedes, mas no último jogo de pneus não teve pra ninguém.
Hamilton tomou a ponta com 1min13s967, mas instantes depois Rosberg cruzou a linha e superou o companheiro em 0s091.
Às Red Bulls, coube o consolo da segunda fila: Vettel sai em terceiro, com Webber ao lado.
Na terceira fila, Raikkonen e Alonso. Na sequência, Pérez, Sutil, Button e Vergne.
Nas quatro provas anteriores em que saiu na ponta, a Mercedes não teve ritmo de corrida para conquistar a vitória. Mas Mônaco é diferente. Um circuito travado, em que a potência fica em segundo plano. E com ultrapassagens dificílimas.
Vettel pode fazer uma largadaça e tomar a ponta? Pode. Alonso e Raikkonen, logo atrás, podem tentar uma estratégia diferente? Podem. Mas são duas as Mercedes lá na frente. A tarefa é complicada.
Mantenho meu palpite lançado aqui após os primeiros treinos livres, acho que a vitória será prateada nas ruas do principado.