Para não repetir o pai
15/02/12 10:24
O dinamarquês Kevin Magnussen, 19, vice-campeão da última temporada da F-3 inglesa, ganhou um teste com a McLaren.
Vai demorar, será só no fim do ano, mas é um passo importante para este piloto que já integra, desde 2010, o programa de desenvolvimento da equipe.
Enquanto espera, ele vai disputar a World Series.
Talento precoce, garoto festejado, na mira de uma grande equipe… Até aí, a história é idêntica à de seu pai.
Para o bem de Kevin, é bom que as coincidências terminem aí.
Jan Magnussen é um dos maiores exemplos de uma “promessa” que desapareceu na F-1.
Multicampeão de kart e de categorias de base na Europa, estreou na McLaren em 95, substituindo Hakkinen, que se recuperava de uma cirurgia. Foi décimo colocado, o que deixou muita gente impressionada.
Tentou a Indy no ano seguinte e, em 97, foi contratado pela Stewart com status de “a próxima grande estrela”. Barrichello, que já tinha quatro anos de F-1, ficou num segundo plano naquela apresentação.
Foi sufocado pelo brasileiro. Não marcou nenhum ponto em 97, enquanto Barrichello cravou 6 _ótimo resultado para uma equipe estreante.
Em 98, fez 7 corridas, marcou apenas 1 ponto e então perdeu o emprego.
Jos Verstappen o substituiu pelo fim daquele ano.
Sem lugar na F-1, Jan tentou novamente a Indy. Não emplacou.
Virou piloto de GT. Com algum sucesso, conseguindo até vitórias em Sebring e Le Mans _não na categoria principal.
Mas não, Jan nunca foi aquilo que se esperava dele.
Acontece de vez em quando. Aconteceu com brasileiros, com Pizzonia, com Zonta…
Histórias que são, para este que vos bloga, a prova cabal de que não adianta um piloto fazer história na base. O que realmente importa (só o que importa) é chegar à equipe certa na hora certa.
Kevin tem a vantagem de já saber disso desde criancinha…