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Fábio Seixas

Automobilismo e pitacos sobre tudo o mais

Perfil Fábio Seixas, 38, é jornalista com mestrado em Administração Esportiva

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Tag Archives: massa

Pílulas do Dia Seguinte

Por Fábio Seixas
11/06/12 09:47

Adoro a língua portuguesa. Entre outros motivos, pela capacidade de sintetizar de forma única eventos tão complexos. É de Massa a frase do final de semana: “Na verdade, para falar a palavra certa, foi uma cagada”. Assim ele respondeu à questão sobre sua rodada no começo do GP do Canadá. Continuou: “Cheguei na curva e não tentei nada demais, não perdi o ponto de freada. Na hora de pegar a zebra, perdi a traseira do carro do nada. Não imaginava que a traseira sairia assim. Foi uma pena, porque seria uma ótima corrida”. Sim, seria. Àquela altura da prova, apenas Vettel, Hamilton, Alonso e Webber estavam à sua frente. Não é absurdo imaginar que o brasileiro poderia ser segundo colocado, lavando a alma após corridas tão ruins. Mas, enfim, foi uma cagada. Quero ver alguém traduzir isso, com todo o peso do seu significado, para outro idioma;

Ainda sobre a cagada: o resultado está no Mundial de Construtores. A ineficiência de Massa em ajudar a Ferrari tem enorme peso na queda da equipe na tabela. A escuderia chegou a Montreal em terceiro lugar. Saiu de lá em quarto, atrás da Lotus. Na Ferrari, um só piloto é o responsável por 89% dos pontos até agora. Na Lotus, dos 108 pontos conquistados, 55 (51%) foram com Raikkonen e 53 (49%) com Grosjean. Montezemolo e Domenicali já devem ter feito essa conta;

Alonso: “Tomamos a decisão para tentar vencer a corrida e não funcionou, não por causa da estratégia, mas por causa do desgaste dos pneus. Quero deixar claro porque vai ter confusão das pessoas que não entendem a corrida. Paramos na mesma volta que Grosjean, e ele terminou em segundo com os mesmos tempos de volta de Hamilton. Então, o problema não foi parar com Hamilton ou não parar. O problema é que Grosjean fez 55 voltas com os pneus em um bom ritmo e fizemos 45. Este foi o único problema.” Assino embaixo. E, nas voltas finais, ele estava sem opção. Se parasse, despencaria na corrida. O jeita era tentar levar como dava, mesmo sabendo que seria presa fácil para quem se aproximasse;

É difícil, admito, analisar a corrida de Bruno. Porque não teve corrida. Ele andou o tempo todo lá atrás, não tentou nada e terminou frustrado, em 17º, reclamando dos pneus. Mais um GP insosso;

O recorde de sete vencedores nos sete primeiros GPs é bacana, é lindo, é histórico, mas acho que a festa acaba por aqui. Sim, Schumacher, Pérez, Raikkonen e Grosjean são pilotos com chances de vencer neste ano, mas talvez não seja em Valência. Seis dos sete que já venceram (Maldonado à parte) me parecem hoje em melhores condições do que esses quatro;

O grande mistério do ano é Button. Venceu na Austrália, foi segundo colocado na China e, depois, ninguém sabe, ninguém viu. Whitmarsh diz que confia na reação do seu piloto e revelou que a McLaren tentou uma nova configuração da suspensão traseira para ajudá-lo no Canadá. Não funcionou. A explicação do dirigente para desempenhos tão diferentes entre seus dois pilotos é parecida com a que já ouvimos tanto da Ferrari: afinidade com os atuais pneus. O curioso é que, até o ano passado, uma das principais qualidades atribuídas a Button (inclusive por este blogueiro) era a capacidade de compreender o comportamento dos compostos. Caímos todos do cavalo. Inclusive o piloto; 

Se sou o chefe da Mercedes, mando um novo contrato para o Schumacher hoje, com um pedido de desculpas por este 2012;

Encerro esta edição das “Pílulas” como comecei: usando o termo usado por Massa. O “troféu cagada” do fim de semana vai pra Graham Rahal. Justin Wilson, claro, agradece.

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Webber, vitória e recorde histórico

Por Fábio Seixas
27/05/12 10:56

Seis provas, seis vencedores diferentes. A F-1 de 2012 bate um recorde histórico.

Webber, Alonso e a festa em Mônaco (Tom Gandolfini/AFP)

 

A vitória em Mônaco foi de Webber. Antes dele, Button, Alonso, Rosberg, Vettel e Maldonado já haviam vencido GPs neste ano.

Nunca a categoria havia visto tanta gente diferente celebrando. E é irônico que a quebra da marca de 1983 tenha vindo com Webber, que reclamou dessa diversidade no começo da semana.

Acho que agora ele não vai chiar, né?

Enfim, foi a oitava vitória do australiano, a primeira desde o GP Brasil do ano passado.

Ao seu lado, no camarote real, Rosberg e Alonso.

Uma prova morna, sem ultrapassagens, em que o grande atração foi o nervosismo pela espera de uma chuva que nunca veio.

O agito ficou quase todo na largada, com um enrosco entre Schumacher e Grosjean. Eles tentaram dividir a primeira curva, sobrou vontade, mas faltou espaço. Resultado, um toque entre os dois.

Pior pra Grosjean, que ficou na contramão e, com a suspensão traseira esquerda detonada, teve de abandonar. Mais atrás, Maldonado também acabou no guard rail.

Safety car.

O top 10 na primeira volta, Webber, Rosberg, Hamilton, Alonso, Massa, Vettel, Raikkonen, Schumacher, Hulkenberg e Bruno.

A relargada, na quarta volta, foi mais tranquila. Webber manteve a ponta, sem ser ameaçado por Rosberg. Logo atrás, tudo como estava.

Começou então o trenzinho. Todos muito próximos, mas com poucas tentativas de ultrapassagens. Na décima volta, Webber tinha 1s4 sobre Rosberg, que tinha 1s3 para Hamilton. Entre Alonso e Massa, apenas 0s5 _e o espanhol segurava atrás de si um fila compacta até Hulkenberg.

Começaram, também, conversas mais firmes sobre mudanças no tempo. Na 13ª volta, o engenheiro de Raikkonen o alertou sobre a possibilidade de chuva “dentro de 15 voltas”. Virou o assunto nos papos via rádio. 

(E, confesso, passou a ser a minha torcida, na expectativa por mais agito na pista, já que ninguém passava ninguém.)

Na 28ª volta, enquanto todo mundo esperava a chuva, Rosberg entrou nos boxes e colocou os pneus macios. Só o desespero puro explica: seus supermacios estavam no bagaço, no limite da segurança, e não dava para esperar a chuva.

Outros também não conseguiram esperar. Webber, Hamilton, Raikkonen, Bruno e Hulkenberg pararam na 29ª. Na 30ª, Alonso. Na 31ª, Massa.

Vettel, então, assumiu a ponta. Com os mesmos compostos macios da largada.

Ou seja, com condições de adiar sua parada, colocar os pneus de chuva junto com todo mundo e, assim, mandar a vitória pro bolso.

Mas não deu certo. Até caiu uma garoa, na altura da 39ª volta, mas nada que demandasse pneus de chuva.

Vettel aguentou até a 45ª volta, mas precisou entrar. Foi bem, mesmo assim. Retornou em quarto, com supermacios para 33 voltas.

Ordem reestabelecida lá na frente, portanto. Na 48ª volta, o top 10 tinha Webber, Rosberg, Alonso, Vettel, Hamilton, Massa, Schumacher, Vergne, Di Resta e Hulkenberg. Bruno era o 12º.

Na 62ª volta, aleluia! Uma ultrapassagem. Com dificuldades com os pneus, Schumacher foi superado por Vergne.

Cinco voltas depois, um quase aleluia! Guarda-chuvas foram abertos no principado, mas a água que caiu não foi suficiente para ensopar o asfalto.

Lá na frente, a coisa também ficava mais interessante. Com pneus desgatados, Webber reduziu o ritmo e o primeiro pelotão ficou embolado. Faltando sete voltas para o fim, apenas 3s1 separavam os seis primeiros colocados.

Vergne parou para colocar os intermediários, mas a aposta não se pagou. Na 75ª volta, ele girava 13 segundos mais lento que os líderes. Bom para Bruno, que, com isso, entrou na zona de pontos.

Webber cruzou a linha de chegada com 0s6 sobre Rosberg, que impôs 0s3 sobre Alonso. Vettel foi o quarto, seguido por Hamilton e Massa. Fechando a zona de pontos, Di Resta, Hulkenberg, Raikkonen e Bruno.

Com o resultado, Alonso lidera o Mundial, com 76 pontos. Webber e Vettel têm 73. Hamilton tem 63. Rosberg, 59. Bruno, com 15, é o 13º colocado no campeonato. Massa, agora com 10 pontos, é o 14º.

Nos Construtores, a Red Bull tem 146 pontos contra 108 da McLaren.

Tudo continua embolado na luta pelo campeonato. Mas Massa tirou um peso dos ombros.

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Quinta, coluna

Por Fábio Seixas
24/05/12 14:49

Pior do que tudo isso, talvez, seja o fato de não demonstrar gana para reagir. Aparece sempre acabrunhado, encolhido, aéreo, como que sem forças para lutar.
Não há nada menos Ferrari -não à toa, o maior mito da escuderia italiana é um canadense dos tempos de seca, mas brigador e ousado até a tampa.
Massa tem só mais este final de semana para brigar.
Ok, se não corresponder pode até conseguir uma sobrevida até o final do ano.
Mas todos por lá, inclusive o chefe, já o enxergarão como um ex-ferrarista.

A coluna de hoje comenta a carta de Montezemolo aos funcionários da Ferrari. Dois nomes são citados. O de Alonso, para elogiar. E o de Massa, para pressionar. A situação está ficando complicada…

A íntegra está aqui, para assinantes da Folha e do UOL. Na Folha Digital e na Folha de papel, a coluna orna a pág. D11.

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Pílulas do Dia Seguinte

Por Fábio Seixas
14/05/12 10:43

O incêndio nos boxes da Williams, ontem (Josep Lago/AFP)

 

Sete integrantes de equipes continuam internados em hospitais de Barcelona após o incêndio que irrompeu na Williams cerca de 1h30 depois da corrida. As imagens impressionam, mas não houve explosão, equipamentos não foram atingidos, corpos não saíram carbonizados. Houve, sim, muita fumaça. Daí o motivo das internações: intoxicação. Segundo a Williams, o fogo aconteceu na “área de combustíveis” dos boxes. Para um relato completo de quem estava lá na hora do susto, recomendo a leitura do blog da colega Vanessa Ruiz;

Agora um relato de quem já acompanhou muita desmontagem de boxes na F-1. Combustível é transportado enquanto mecânicos acionam motores para secar gasolina, mecânicos fumam, caixas são carregadas. Tudo com pressa, porque a turma não vê a hora de se mandar. Pensando bem, agora, é estranho que acidentes assim não sejam mais frequentes. Que o caso da Williams sirva para uma revisão de procedimentos;

Passado o susto, a melhor piadinha que li, nos comentários ao post da corrida: “foi o Schumacher”;

Aliás, sobre a punição ao alemão: foi merecida. Revi o acidente algumas vezes e mantenho minha opinião. Bruno dá uma leve guinada para a direita, mas Schumacher errou mais, exagerou na dose. Resquícios, talvez, da época em que reinava nas pistas e estava acostumado a ver todos lhe abrindo passagem. Deve ser difícil reeducar os instintos;

Impressiona o que apareceu de gente, de ontem pra hoje, dizendo que sempre achou Maldonado um fenômeno das pistas. Minha opinião é que o venezuelano é um piloto em clara evolução. Um cara que cumpriu todas as etapas até a F-1, correndo de F-Renault, World Series, F-3000 italiana, GP2. E se é verdade que ele conseguiu resultados satisfatórios nessas categorias, também é que se notabilizou por lambanças homéricas e acidentes estapafúrdios. Na F-1, talvez por ter finalmente conseguido seu objetivo de correr ali, ficou mais calminho, esfriou a cabeça, tornou-se um piloto melhor. Fez uma temporada de estreia correta _e, sim, acho que aprendeu algumas coisas com Barrichello_ e ontem conseguiu uma vitória surpreendente. (Ou alguém acha que a Williams chegou a Barcelona sonhando com o que aconteceria?) Enfim, é um piloto talentoso e que, com a cabeça no lugar, pode fazer alguma coisa na F-1. E que não tem culpa de contar com um patrocinador forte. Pelo contrário, hoje em dia esse é um enorme mérito;

Com a vitória, Maldonado foi a 29 pontos. Bruno tem 14. Na Ferrari, Alonso tem 61. Massa, apenas 2. Nem nos tempos de vacas magras, quando Barrichello sofria na Jordan e na Stewart, o Brasil passou por situação tão ruim. Diniz, Rosset, Tarso e quetais ficavam atrás de seus companheiros, mas pelo menos Barrichello se garantia. Agora, nem isso. Bruno, tenho a impressão, ainda pode se recuperar. Noves fora o final de semana de Barcelona, ele vinha fazendo um trabalho mais consistente que o do companheiro. Pode, pelo menos, encostar na pontuação do venezuelano. Quanto a Massa, sem chance. Ontem, foi cobrado publicamente por Domenicali. A hora é de começar a procurar emprego para 2013;

A Lotus está batendo na trave. Não sei se será em Mônaco, mas uma vitória de Raikkonen, em seu ano de retorno à F-1, parece cada vez mais próxima;

Na GP2, Razia ganhou a corrida de domingo. Mas a briga com Valsecchi está dura. Os dois começaram o final de semana separados por 24 pontos. Apesar da vitória do brasileiro, a diferença, agora, é de 25;

Na Indy, o final de semana foi agitado em Indianápolis. O mais veloz do domingo foi Saavedra. Kanaan ficou em 12º. Castro Neves, o 22º. Barrichello ficou em 26º, duas posições à frente de Bia. Alesi foi o 30º e penúltimo. O Pole Day é no próximo sábado, dia 19.

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Mugello, dia 2

Por Fábio Seixas
02/05/12 13:50

Em Mugello deu… um raro empate.

Grosjean foi o mais rápido pela manhã, com 1min21s603, mas, no finalzinho do dia, Kobayashi foi lá e igualou a marca.

O bom desempenho da Sauber pode ter bases bem concretas. A equipe suíça é a que apareceu com mais novidades em Mugello _visíveis, pelo menos: uma nova asa dianteira, mais ondulada, e um novo desenho do difusor.

Kobayashi checa a asa da Sauber após uma escapada (Alessandro Bianchi/Reuters)


 

Um dia, enfim, bem aproveitado. A quarta-feira teve pista seca e transcorreu sem grandes incidentes.

Massa e Bruno estiveram na pista. Ficaram em quinto e 14º lugares, respectivamente. E foi só: amanhã, Alonso testa novamente pela Ferrari e Maldonado assume o carro da Williams.

Aos tempos…

1º. Romain Grosjean (FRA/Lotus-Renault), 1min21s603 (97 voltas)
2º. Kamui Kobayashi (JAP/Sauber-Ferrari), a 0s000 (87)
3º. Sebastian Vettel (ALE/Red Bull-Renault), a 0s222 (64)
4º. Mark Webber (AUS/Red Bull-Renault), a 0s394 (54)
5º. Felipe Massa (BRA/Ferrari), a 0s654 (106)
6º. Jean-Éric Vergne (FRA/Toro Rosso-Ferrari), a 0s819 (65)
7º. Daniel Ricciardo (AUS/Toro Rosso-Ferrari), a 0s985 (22)
8º. Michael Schumacher (ALE/Mercedes), a 1s801 (144)
9º. Charles Pic (FRA/Marussia-Cosworth), a 2s379 (46)
10º. Vitaly Petrov (RUS/Caterham-Renault), a 2s709 (112)
11º. Gary Paffett (ING/McLaren-Mercedes), a 2s877 (59)
12º. Timo Glock (ALE/Marussia-Cosworth), a 2s896 (37)
13º. Paul di Resta (ESC/Force India-Mercedes), a 3s146 (14)
14º. Bruno Senna (BRA/Williams-Renault), a 3s239 (100)

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Pobres pistas brasileiras

Por Fábio Seixas
18/04/12 15:13

Porque o caso merece, um trecho do e-mail que acaba de chegar aqui:

“Pouco mais de dois anos depois de sua estreia nos autódromos brasileiros, onde foi introduzida com o propósito de contribuir para o fortalecimento da base do automobilismo nacional, a Fórmula Futuro deixará de ser disputada. A decisão foi anunciada hoje pelos organizadores da categoria, que confirmaram a abertura do Racing Festival _agora constituído pela Copa Fiat e a recém-criada R1 GP 1000 (motos)_ para dias 2 e 3 de junho em Londrina (PR).

A Fórmula Futuro nasceu da preocupação de Felipe Massa com a continuidade da representação do Brasil na Fórmula 1 e evitar que a garotada saísse do kart diretamente para o exterior, sem a devida experiência de vida e de pista.

Nas duas temporadas, vencidas respectivamente pelo carioca Nicolas Costa e pelo mineiro Guilherme Silva, contou com grid médio em torno de 10 carros.

Nem mesmo o baixo orçamento, sem comparação com qualquer similar existente em outros centros importantes do esporte a motor, o atraente pacote promocional (provas ao vivo no SporTV, por TV na Internet e compactos na TV Globo, entre outras contrapartidas de mídia) e uma estrutura técnica profissional foram capazes de ampliar o número de participantes. Sem a garantia de adesão expressiva, decorrente em grande parte do momento difícil atravessado no país pelo kartismo, a RM Racing Events, empresa detentora dos direitos da Fórmula Futuro, entendeu que a melhor alternativa seria possibilitar aos pilotos já comprometidos com a série procurar outros caminhos .

Os dirigentes da RM Racing Events admitem que a medida amarga foi inevitável e estão fechando o balanço da Fórmula Futuro com a consciência de que tudo foi feito para a sobrevivência da única categoria-escola do nosso automobilismo.”

E assim o Brasil perde a ÚNICA categoria que fazia a ponte entre o kart e os monopostos. Resta apenas a F-3 Sul-Americana, com uma potência que não é a ideal para quem acabou de deixar o kartismo _e que também passa por sérias dificuldades.

Uma pena enorme. E não é coincidência que iniciativas como a de Massa e a de Pedro Paulo Diniz _na época da F-Renault_ fiquem pelo caminho.

Tem a ver com a escassa formação de pilotos no kartismo _fruto dos valores extorsivos cobrados por preparadores e organizadores_, com a falta de apoio da indústria automobilística _que não se restringe apenas às montadoras_, com a concorrência da Stock e suas categorias-satélite _que estão fazendo apenas seu trabalho, registre-se_ e com um incompreensível preconceito do governo federal com o automobilismo.

“Nosso projeto de captação de recursos via lei de incentivo ao esporte do governo federal foi rejeitado com a alegação de que a categoria contava com apoio de empresas, mas na verdade todas elas eram originárias da Copa Fiat.  Não tivemos o mesmo tratamento de outros agentes do esporte”, diz Carlinhos Romagnolli, executivo da RM Racing Events, parceiro de Massa na empreitada.

O resultado disso tudo vai estourar lá na frente, daqui a alguns anos, quando não houver pilotos brasileiros em categorias lá fora. Se eu fosse você, começaria a estudar o UFC.

Massa fez a sua parte. Não deu certo, mas ele tentou. O que é mais do que a maioria faz.

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Pílulas do Dia Seguinte

Por Fábio Seixas
16/04/12 09:44

Três corridas, três vencedores de três equipes diferentes. A McLaren está na frente, mas essa mistureba na relação de forças da categoria deve impedir que um piloto dispare na classificação. Não será surpresa se Schumacher, Raikkonen, Webber, Vettel, Pérez e até Massa também vencerem corridas ao longo do ano;

Disse Massa: “É claro que um 13º lugar não é algo que me deixe feliz, mas acho que demos um passo à frente em relação às duas primeiras corridas. Pelo menos pude fazer uma corrida normal, e sei que fiz o possível”. A estratégia dele não era ruim, em tese. Rosberg também fez duas paradas e venceu. A diferença é que, para um plano assim dar certo, o piloto precisa conservar bem os pneus, que serão usados por mais voltas do que a concorrência. E essa não é exatamente uma qualidade do brasileiro. Ele também perdeu tempo atrás de alguns carros que deveria despachar logo, como o Force India de Di Resta. Deu no que deu. Sete pilotos não pontuaram neste ano. As duplas das nanicas Hispania, Marussia e Caterham. E o ferrarista. Está ficando feio…;

Vettel também não tem a tal manha para conservar os pneus. Não foi por acaso que virou saco de pancadas nas últimas voltas. “Não tinha mais pneus no final da corrida. Eu estava reagindo com o balanço de freio, diferencial, tentando tudo para manter os pneus”, afirmou. Pensei algumas vezes em escrever, no post abaixo, que ele fez uma boa corrida. Mas não, não era o caso. Num GP de 56 voltas, não adianta ir bem em 53. Este 2012 será um ano de muito aprendizado para o bicampeão;

Outro que está aprendendo muito, a olhos vistos, é Bruno. Ele ainda peca em largadas, é verdade, e desta vez o prejuízo foi um pedaço da asa dianteira. Mas, em ritmo de corrida, tem mostrado cada vez mais consistência. Se acertar a mão na classificação, seu ponto forte nos tempos de Lotus, pode conquistar ainda mais;

Whitmarsh, em Xangai (Aly Song/Reuters)

Uma declaração do chefe da McLaren causou polêmica no final de semana. Ao falar sobre a decisão de ir para o Bahrein, Whitmarsh citou o exemplo do Brasil. “Vamos para o Brasil e para outros lugares. Sempre tomamos cuidados especiais em alguns países. Nem sempre estamos totalmente confortáveis, mas não é uma decisão nossa.” Não entendi a grita. O cartola inglês não falou nenhuma mentira. Integrantes da F-1 vira-e-mexe são vítimas de assaltos nos arredores de Interlagos. Também não são raros os furtos dentro do autódromo. Em São Paulo, as equipes contratam seguranças particulares armados, o que é impensável na imensa maioria das corridas do calendário. Isso é uma coisa. Outra coisa, com a qual não concordo, é a confusão que muitos internautas fazem ao equiparar a guerra civil do Bahrein à criminalidade em São Paulo. O cenário por aqui é péssimo, todo mundo tem uma história de assalto para contar, mas não há batalhas no meio das ruas, não há uma má vontade específica de manifestantes furiosos contra a F-1, não há coquetéis molotov voando pelos ares. Não confundam as coisas…;

Assisti à Indy. Corrida boa, mas que terminou de forma patética, com aquele congestionamento de carros rodados na última curva. Ruim para Barrichello, já que a classificação final levou em conta a penúltima volta. Assim, em vez de terminar em sétimo, ele apareceu em oitavo na classificação. Duas observações: 1) Foi culpa de Castro Neves, que pediu desculpas, o que é bacana; 2) Barrichello chiou após a prova. “Gostaria apenas que as pessoas tivessem mais respeito um pelo outro na pista. Fui atingido por todos os lados do meu carro.” Não, ele não vai conseguir mudar o estilo da Indy. Acho que é mais fácil ele se adaptar.

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Xangai, 1º e 2º treinos livres

Por Fábio Seixas
13/04/12 09:01

Ah, os motores Mercedes…

Na primeira sessão livre em Xangai, formaram as três primeiras posições. Na segunda, dobradinha na ponta.

Estão sobrando naquelas longas retas.

Schumacher, nesta sexta, em Xangai (Greg Baker/AP)


 

A programação do GP da China começou com pista molhada e pouquíssima atividade na pista. Agito mesmo, só nos 15 minutos finais, quando o asfalto já tinha mais condições e os pilotos puderam colocar pneus slick.

Deu até para rolar um duelo entre Hamilton e Rosberg, vencido pelo inglês por 1s010. Schumacher foi o terceiro, seguido por Pérez, Kobayashi, Webber, Vettel e Button.

Alonso foi o 11º, seguido por Massa. Senna não testou, substituído pelo finlandês Bottas _menos mau que tenha sido num treino quase inutilizado pela água.

Na segunda sessão, Schumacher e Rosberg cravaram a maior velocidade da reta dos boxes, 320 km/h. E o heptacampeão terminou com o melhor tempo do dia, 1min35s973.

Hamilton ficou em segundo, a 0s172 _e é bom lembrar que ele perderá cinco posições no grid por ter trocado o câmbio. Na sequência, Vettel, Webber, Rosberg, Button, Kobayashi e Di Resta.

Os brasileiros foram mal. Massa foi o 17º, sete posições atrás de Alonso. E Bruno foi 18º, duas posições atrás de Maldonado.

(E soa estranho abrir hoje o jornal e ler Massa dizendo que achou a “direção certa” do carro.)

O que esperar para a definição do grid?

Com Hamilton fora do páreo pela pole, a Mercedes pode aparecer, aproveitar o vácuo. A Red Bull, quem diria, seria zebra. Todas as outras ainda só fazem número.

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Pit Stop #222

Por Fábio Seixas
03/04/12 12:47

Correr no Bahrein será total falta de bom senso.

Sem mais delongas, este é o tema principal do Pit Stop desta semana. As imagens da violência por lá são chocantes.

 

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A imagem da diferença

Por Fábio Seixas
28/03/12 14:02

O engenheiro Thiago Pomkerner, que adora F-1 e números e já colaborou algumas vezes com o blog, resolveu analisar os tempos de voltas de Alonso e Massa na Malásia.

Jogou os dados no computador e fez dois gráficos comparativos.


 

“É legal reparar no quanto os tempos sobem após a chuva, e uma certa vantagem do Massa nessas condições. Depois, com os pneus intermediários e lisos, o espanhol deu um banho. Descontei as voltas que teve pit in e pit out. Só considerei os tempos em voltas normais de corrida”, explicou.

As diferenças a partir da 13ª volta são mesmo grandes.

E, de volta em volta, a galinha enche o papo.

Na linha de chegada, a folga era de 1min37s319 _e isso porque, como de praxe, o vencedor aliviou o pé nas últimas voltas.

A Ferrari certamente tem essa informação, já analisou essas diferenças na reunião pós-GP.

Para seu bem, Massa precisa resolver isso. Logo.

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