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Fábio Seixas

Automobilismo e pitacos sobre tudo o mais

Perfil Fábio Seixas, 38, é jornalista com mestrado em Administração Esportiva

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Tag Archives: indy

Pílulas do Dia Seguinte

Por Fábio Seixas
25/03/13 11:00

Depois de tudo o que li e ouvi e debati sobre o GP da Malásia, vim para a Redação hoje pensando no que escreveria aqui. E a conclusão a que cheguei, enquanto dirigia por esse cenário lindo do Rio, foi a seguinte: “a que ponto chegamos…”;

Sim, a que ponto chegamos. Estamos há mais de 24 horas envolvidos numa polêmica que tem como ponto de origem o fato de um piloto ter ultrapassado o outro. Sim, a essência da F-1, do esporte, da competição. Não vou mais gastar dedo com digressões preventivas contra chatos. Da mesma forma, quero deixar claro que não estou defendendo 100% a atitude de Vettel. Minha opinião sobre o que ele fez está no post abaixo, em que o chamei de desleal. Sei também que a F-1 é também um esporte coletivo, que há interesses de patrocinadores, que o rádio funciona o tempo todo… Tudo o que já discutimos ontem e em situações passadas de interferência de equipes em resultados. Há mil fatores envolvidos. E aí que está o busílis: é tanta coisa envolvida que esquecemos o que ficou lá atrás, na origem: uma disputa de posição;

Deveria ser diferente? Com certeza. Alguns mais radicais sugeriram extinguir o rádio. Ok, até acho que ajudaria. Mas não eliminaria o problema. Basta a equipe combinar um código nas placas aos pilotos. “Olha, Webber, se a gente colocar os números em vermelho, é para você deixar o Vettel passar.” Simples. Não tem jeito, é uma questão de mentalidade. E, sejamos justos, nem toda equipe é assim: a McLaren não mete o bedelho nas disputas entre seus dois pilotos. É o melhor exemplo de que é possível sonhar com uma F-1 menos chata. Mas, repito, é uma questão de mentalidade. E mudar as convicções e condutas de pessoas ou organizações é das tarefas mais complicadas que há;

Segundo a “Autosport”, Webber estava tão furioso que cogitou não ir ao pódio. Ainda segundo o site da revista, Horner sentou com seus dois pilotos no domingo à noite para uma conversa. E marcou um novo papo com Vettel para os próximos dias, quando todos estarão com as cabeças mais frias. Não vai acontecer nada, claro;

Falando em ordens de equipe, frase de Rosberg após a prova: “É claro que foi duro, mas entendi o ponto de vista da equipe.” Pronto. Virou um Coulthard. Uma pena;

Sempre que algo assim acontece, lembro do GP da Austrália de 1998. Era a primeira prova daquela temporada, e a McLaren ressurgia das cinzas após anos difíceis. Hakkinen e Coulthard eram, até então, pilotos promissores, com status semelhantes no paddock. A equipe dominou a primeira fila do grid, com o finlandês na pole. Ocorre que, ao longo da prova, ele entrou nos boxes por engano e acabou ficando atrás do companheiro. A vitória caiu no colo de Coulthard. E poderia mudar os rumos de sua carreira: ele sairia da primeira prova do ano na liderança do campeonato, com punch para se impor na McLaren. Mas não. Ele resolveu respeitar um acordo de cavalheiros estabelecido nos testes de pré-temporada: quem fizesse a primeira curva de uma corrida na frente, mereceria a vitória. Coulthard abriu passagem para Hakkinen. Um gesto que foi decisivo para a carreira de ambos. O finlandês virou bicampeão mundial. O escocês ficou celebrizado como um bundão;

O troféu lambança do final de semana vai para a Ferrari. Alonso tocou em Vettel, ficou com a asa arrastando no asfalto, mas a equipe decidiu mantê-lo na pista. Não durou muito. Na segunda volta, o bico todo voou pelos ares, e o espanhol abandonou a prova, perdendo a chance de marcar pontos importantes no campeonato. “A decisão foi do pitwall. Fernando obviamente não está feliz”, disse Domenicali. E cada vez entendo menos como ele continua na direção da escuderia;

Falando em erro da Ferrari, Massa também considera que foi precipitada a decisão de entrar logo na quinta volta para colocar slicks. Como a pista ainda não estava totalmente seca, ele perdeu tempo e contato com os líderes. Resultado: largou em segundo, terminou em quinto. Duas corridas, dois resultados comprometidos por decisões do pitwall. Algo realmente não anda bem por lá;

A GP2 abriu sua temporada na Malásia com duas boas corridas. Leimer venceu a primeira, Coletti ganhou a segunda. Nasr conseguiu um quarto e um segundo lugares. Um bom começo para o brasileiro. Porque nem Coletti nem Leimer devem entrar efetivamente na luta pelo campeonato. E porque Calado, que deve ser seu rival pelo título, fez lambança e abandonou a segunda prova. Na tabela, Nasr é o terceiro colocado, com 24 pontos. Calado é o quarto, com 18;

Ainda sobre GP2, fiquem de olho num garoto chamado Mitch Evans. Ele é neozeolandês, tem 18 anos e, em 2012, foi campeão da GP3. Pois no final de semana de estreia na categoria, marcou pontos nas duas provas e tornou-se o mais jovem piloto a subir num pódio _foi terceiro colocado no domingo. Piloto bom é assim: chega chegando;

Na Indy, um erro de freada no final da prova custou a vitória a Castro Neves. Hinchcliffe venceu, mas o brasileiro da Penske deu pinta de que pode brigar pelo campeonato. Kanaan fez uma boa prova e terminou em quarto. Bia viveu um final de semana de problemas na sua volta à categoria e abandonou.

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Sexta, coluna

Por Fábio Seixas
21/09/12 11:19

Duas histórias de 2012 ilustram com rara riqueza essa história de vices com sabores diferentes.
A primeira delas foi sacramentada no último sábado.
Depois de liderar a Indy por 10 das 15 etapas, de abrir 36 pontos de vantagem a duas provas do fim do campeonato, de largar para a corrida decisiva nove posições à frente do rival… Power foi vice.
Muito pior: trivice.
É um baque mais inacreditável do que os outros dois.
Porque o primeiro foi até normal, sua estreia lá na ponta da categoria, na disputa pelo título. O segundo também foi no último momento, mas entrou no rol do “acontece”.
Inacreditável é que tenha acontecido de novo. O raio, duas vezes na mesma cabeça. Com cenas de drama, como a batida no muro e o retorno desesperado ao carro para colher mais algumas voltas e tentar tornar mais difícil a tarefa do rival, Hunter-Reay. Não deu. Trivice.
“É deprimente perder o campeonato de novo dessa forma”, disse Power, dando a impressão de que só usou esta definição porque não achou palavra mais funesta.
O contraponto pode estar na F-1.
Com Raikkonen.

A coluna de hoje fala de Power e de Raikkonen. Em tempo: ainda acho que Hamilton tem mais chances de ser vice-campeão _e pode até lutar pelo título_, mas mesmo o terceiro lugar merece ser comemorado pelo finlandês.

A íntegra está aqui. Na Folha Digital e na Folha de papel, pág. D3.

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Passando a régua

Por Fábio Seixas
17/09/12 10:04

Às vezes é bom desconectar do mundo. Passar alguns dias perto da família e longe do computador. E o batizado do sobrinho que mora fora do país parece ser um motivo mais do que razoável para isso…

Assim, segurei minha vontade e não fui para Interlagos no final de semana. Mas acompanhei pela TV boa parte das 6 Horas de São Paulo. Fiz o mesmo com a Indy e com a MotoGP.

O Toyota TS030 Hybrid, de Wurz e Lapierre, vencedor em Interlagos (Jorge Sá)


 

Sobre a etapa do Mundial de Endurace, aplausos para Emerson. Muitos aplausos. O público não foi grande coisa, e o amigo Flavio Gomes já escreveu bastante sobre isso no blog dele. É uma ótima tese: as pessoas já não curtem carros como antigamente.

Na Indy, não há como não se impressionar com a sina de Power. Se não existissem ovais, ele seria tricampeão da categoria. Como há, é tri-vice. Uma benzedeira talvez resolva. Ou não.

De qualquer forma, parabéns para Hunter-Reay. Por lá, vence o piloto mais completo, e foi ele que conseguiu o melhor equilíbrio entre os diferentes tipos de circuitos.

Outro que se deu mal foi Pedrosa. Pole em Misano, teve que sair dos boxes após uma largada abortada. Sua prova não durou muito: ainda na primeira volta, foi acertado por Barberá e teve de abandonar. Para completar, a vítória foi de Lorenzo, que abriu agora 38 pontos de vantagem.

(Talvez ele possa telefonar para Power e negociarem juntos um desconto na benzedeira.)

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Pit Stop #244

Por Fábio Seixas
04/09/12 10:36

O Pit Stop desta semana fala bastante sobre o GP que passou, Bélgica, e sobre o que virá, Itália. Comenta Indy, MotoGP e, no Naftalina, lembra de um piloto marcante, candidato a astro, que morreu há 27 anos em Spa-Francorchamps.

É só clicar…

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Pílulas do Dia Seguinte

Por Fábio Seixas
03/09/12 08:08

Ficou barato para Grosjean. Pelo absurdo da manobra que provocou o acidente e pela reincidência em fazer lambança, ele merecia uns três GPs de gancho. Mas, enfim, a punição está dada. Que volte com a cabeça mais tranquila em Cingapura. (Embora eu ache que ele nunca vai mudar);

O outro trapalhão da F-1, Maldonado, bateu algum recorde no final de semana. Foram três punições por lambanças: uma no sábado, duas no domingo. Em Monza, ele perderá dez posições no grid: cinco por queimar a largada e cinco por bater em Glock. Algo me diz que o venezuelano vai entrar para a história da categoria. Mas não exatamente como imaginava;

A vantagem de Alonso para Vettel é de 24 pontos. No ano passado, o alemão saiu de Monza com pole e vitória. O espanhol e a Ferrari têm todo os motivos do mundo para acender um sinal de alerta;

A foto abaixo provocou desconforto na McLaren. É da telemetria dos carros de Hamilton e Button no treino oficial, e foi postada pelo primeiro no Twitter. A intenção dele era explicar a perda de velocidade em relação ao companheiro, por conta de maior carga aerodinâmica. Mas a McLaren não gostou. “Pedimos que ele tirasse a foto do ar, o que ele fez imediatamente. Ele subestimou a situação e se desculpou. Obviamente, não estava com a cabeça muito boa”, declarou Whitmarsh. Além das informações colhidas pela telemetria, a imagem revela alguns dados importantes (e sigilosos) como a altura do carro…

Massa fez uma boa corrida. Sim, é bom lembrar que quatro pilotos que estavam à frente dele abandonaram logo na primeira curva. Mas o que a Ferrari vai levar em consideração, acho, é o fato de ele ter tirado pontos de Webber. O que ele precisa, agora, é melhorar o trabalho no sábado. Largar em 14º com uma Ferrari é dose…;

Bruno poderia até lutar pelos pontos, mas tudo foi pro espaço com o furo no pneu, nas voltas finais. Usando o mesmo raciocínio que apliquei pro Massa, é um resultado péssimo. Porque, noves fora as circunstâncias, o que interessa no fim do dia é que ele não pontuou. E isso vai ser analisado no momento de conversar sobre contrato;

(Aliás, cada vez tenho mais convicção de que Bottas já está assinado para correr em 2013);

Na Indy, numa corrida cheia de bandeiras amarelas e intervenções do safety car, a vitória de Hunter-Reay levou a decisão do título para a última etapa, Fontana, no dia 15. Power ainda lidera, com 17 pontos sobre o americano. Ainda é o favorito. Mas, tratando-se dele, é sempre bom um pé atrás. O australiano é chegado num drama.

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Lombada

Por Fábio Seixas
31/08/12 16:18

Daí que a Indy inventou de fazer sua penúltima etapa do ano, corrida com grandes chances de decisão de título, nas ruas de Baltimore. E algum gênio resolveu mudar o traçado.

Um gênio tão gênio que fez a pista passar por um trecho onde há um trilho de bonde.

(O detalhe sórdido é que no ano passado já haviam tentado isso e desistiram. Agora, resolveram insistir, alegando que haviam feitos testes e que tudo estava bacana.)

Deu no que deu… O resultado está exemplificado na foto acima, Pagenaud decolando exatamente no tal ponto do trilho de bonde.

Depois de cogitarem uma chicane (a solução adotada em 2011), agora dizem que vão nivelar a pista. Sou capaz de apostar que a chicane vai voltar.

Enfim, é uma pena a categoria passar por um vexame desses, principalmente num momento crucial do campeonato. Não, amigos, não há fronteiras para a burrice…

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Leite derramado

Por Fábio Seixas
14/08/12 15:29

Juro que tento me segurar.

Mas é díficil quando Barrichello dá uma entrevista como esta aqui, com frases como “ainda acho que existe um caminho de volta (à F1)” e “meu coração sangra por não estar lá”.

Embora não tenha conquistado o título, Barrichello não pode reclamar da sua carreira na F1. Foram 19 anos consecutivos por lá, o recorde de GPs disputados (322) e passagens por equipes que conquistaram campeonatos, como Ferrari e Brawn.

Sim, parar é difícil. Mas 1) na F1, ele já deu o que tinha que dar e 2) ele não parou, está na Indy, iniciando uma nova história. E, acho eu, deveria se concentrar nela.

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Pit Stop #234

Por Fábio Seixas
26/06/12 14:37

O Pit Stop desta semana fala de Valencia, de Iowa, de Elkhart Lake.

No quadro Naftalina, uma homenagem a um aniversariante especial.

Lá vai…

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Pílulas do Dia Seguinte

Por Fábio Seixas
11/06/12 09:47

Adoro a língua portuguesa. Entre outros motivos, pela capacidade de sintetizar de forma única eventos tão complexos. É de Massa a frase do final de semana: “Na verdade, para falar a palavra certa, foi uma cagada”. Assim ele respondeu à questão sobre sua rodada no começo do GP do Canadá. Continuou: “Cheguei na curva e não tentei nada demais, não perdi o ponto de freada. Na hora de pegar a zebra, perdi a traseira do carro do nada. Não imaginava que a traseira sairia assim. Foi uma pena, porque seria uma ótima corrida”. Sim, seria. Àquela altura da prova, apenas Vettel, Hamilton, Alonso e Webber estavam à sua frente. Não é absurdo imaginar que o brasileiro poderia ser segundo colocado, lavando a alma após corridas tão ruins. Mas, enfim, foi uma cagada. Quero ver alguém traduzir isso, com todo o peso do seu significado, para outro idioma;

Ainda sobre a cagada: o resultado está no Mundial de Construtores. A ineficiência de Massa em ajudar a Ferrari tem enorme peso na queda da equipe na tabela. A escuderia chegou a Montreal em terceiro lugar. Saiu de lá em quarto, atrás da Lotus. Na Ferrari, um só piloto é o responsável por 89% dos pontos até agora. Na Lotus, dos 108 pontos conquistados, 55 (51%) foram com Raikkonen e 53 (49%) com Grosjean. Montezemolo e Domenicali já devem ter feito essa conta;

Alonso: “Tomamos a decisão para tentar vencer a corrida e não funcionou, não por causa da estratégia, mas por causa do desgaste dos pneus. Quero deixar claro porque vai ter confusão das pessoas que não entendem a corrida. Paramos na mesma volta que Grosjean, e ele terminou em segundo com os mesmos tempos de volta de Hamilton. Então, o problema não foi parar com Hamilton ou não parar. O problema é que Grosjean fez 55 voltas com os pneus em um bom ritmo e fizemos 45. Este foi o único problema.” Assino embaixo. E, nas voltas finais, ele estava sem opção. Se parasse, despencaria na corrida. O jeita era tentar levar como dava, mesmo sabendo que seria presa fácil para quem se aproximasse;

É difícil, admito, analisar a corrida de Bruno. Porque não teve corrida. Ele andou o tempo todo lá atrás, não tentou nada e terminou frustrado, em 17º, reclamando dos pneus. Mais um GP insosso;

O recorde de sete vencedores nos sete primeiros GPs é bacana, é lindo, é histórico, mas acho que a festa acaba por aqui. Sim, Schumacher, Pérez, Raikkonen e Grosjean são pilotos com chances de vencer neste ano, mas talvez não seja em Valência. Seis dos sete que já venceram (Maldonado à parte) me parecem hoje em melhores condições do que esses quatro;

O grande mistério do ano é Button. Venceu na Austrália, foi segundo colocado na China e, depois, ninguém sabe, ninguém viu. Whitmarsh diz que confia na reação do seu piloto e revelou que a McLaren tentou uma nova configuração da suspensão traseira para ajudá-lo no Canadá. Não funcionou. A explicação do dirigente para desempenhos tão diferentes entre seus dois pilotos é parecida com a que já ouvimos tanto da Ferrari: afinidade com os atuais pneus. O curioso é que, até o ano passado, uma das principais qualidades atribuídas a Button (inclusive por este blogueiro) era a capacidade de compreender o comportamento dos compostos. Caímos todos do cavalo. Inclusive o piloto; 

Se sou o chefe da Mercedes, mando um novo contrato para o Schumacher hoje, com um pedido de desculpas por este 2012;

Encerro esta edição das “Pílulas” como comecei: usando o termo usado por Massa. O “troféu cagada” do fim de semana vai pra Graham Rahal. Justin Wilson, claro, agradece.

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Pílulas do Dia Seguinte

Por Fábio Seixas
14/05/12 10:43

O incêndio nos boxes da Williams, ontem (Josep Lago/AFP)

 

Sete integrantes de equipes continuam internados em hospitais de Barcelona após o incêndio que irrompeu na Williams cerca de 1h30 depois da corrida. As imagens impressionam, mas não houve explosão, equipamentos não foram atingidos, corpos não saíram carbonizados. Houve, sim, muita fumaça. Daí o motivo das internações: intoxicação. Segundo a Williams, o fogo aconteceu na “área de combustíveis” dos boxes. Para um relato completo de quem estava lá na hora do susto, recomendo a leitura do blog da colega Vanessa Ruiz;

Agora um relato de quem já acompanhou muita desmontagem de boxes na F-1. Combustível é transportado enquanto mecânicos acionam motores para secar gasolina, mecânicos fumam, caixas são carregadas. Tudo com pressa, porque a turma não vê a hora de se mandar. Pensando bem, agora, é estranho que acidentes assim não sejam mais frequentes. Que o caso da Williams sirva para uma revisão de procedimentos;

Passado o susto, a melhor piadinha que li, nos comentários ao post da corrida: “foi o Schumacher”;

Aliás, sobre a punição ao alemão: foi merecida. Revi o acidente algumas vezes e mantenho minha opinião. Bruno dá uma leve guinada para a direita, mas Schumacher errou mais, exagerou na dose. Resquícios, talvez, da época em que reinava nas pistas e estava acostumado a ver todos lhe abrindo passagem. Deve ser difícil reeducar os instintos;

Impressiona o que apareceu de gente, de ontem pra hoje, dizendo que sempre achou Maldonado um fenômeno das pistas. Minha opinião é que o venezuelano é um piloto em clara evolução. Um cara que cumpriu todas as etapas até a F-1, correndo de F-Renault, World Series, F-3000 italiana, GP2. E se é verdade que ele conseguiu resultados satisfatórios nessas categorias, também é que se notabilizou por lambanças homéricas e acidentes estapafúrdios. Na F-1, talvez por ter finalmente conseguido seu objetivo de correr ali, ficou mais calminho, esfriou a cabeça, tornou-se um piloto melhor. Fez uma temporada de estreia correta _e, sim, acho que aprendeu algumas coisas com Barrichello_ e ontem conseguiu uma vitória surpreendente. (Ou alguém acha que a Williams chegou a Barcelona sonhando com o que aconteceria?) Enfim, é um piloto talentoso e que, com a cabeça no lugar, pode fazer alguma coisa na F-1. E que não tem culpa de contar com um patrocinador forte. Pelo contrário, hoje em dia esse é um enorme mérito;

Com a vitória, Maldonado foi a 29 pontos. Bruno tem 14. Na Ferrari, Alonso tem 61. Massa, apenas 2. Nem nos tempos de vacas magras, quando Barrichello sofria na Jordan e na Stewart, o Brasil passou por situação tão ruim. Diniz, Rosset, Tarso e quetais ficavam atrás de seus companheiros, mas pelo menos Barrichello se garantia. Agora, nem isso. Bruno, tenho a impressão, ainda pode se recuperar. Noves fora o final de semana de Barcelona, ele vinha fazendo um trabalho mais consistente que o do companheiro. Pode, pelo menos, encostar na pontuação do venezuelano. Quanto a Massa, sem chance. Ontem, foi cobrado publicamente por Domenicali. A hora é de começar a procurar emprego para 2013;

A Lotus está batendo na trave. Não sei se será em Mônaco, mas uma vitória de Raikkonen, em seu ano de retorno à F-1, parece cada vez mais próxima;

Na GP2, Razia ganhou a corrida de domingo. Mas a briga com Valsecchi está dura. Os dois começaram o final de semana separados por 24 pontos. Apesar da vitória do brasileiro, a diferença, agora, é de 25;

Na Indy, o final de semana foi agitado em Indianápolis. O mais veloz do domingo foi Saavedra. Kanaan ficou em 12º. Castro Neves, o 22º. Barrichello ficou em 26º, duas posições à frente de Bia. Alesi foi o 30º e penúltimo. O Pole Day é no próximo sábado, dia 19.

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