A cara da Ferrari
16/03/12 09:52E já que falamos da empolgação de McLaren e Mercedes no post abaixo, segue uma imagem que vem a calhar. Daquelas que valem por mil palavras.
Perfil Fábio Seixas, 38, é jornalista com mestrado em Administração Esportiva
Perfil completoE já que falamos da empolgação de McLaren e Mercedes no post abaixo, segue uma imagem que vem a calhar. Daquelas que valem por mil palavras.
Ecclestone, sempre sem papas na língua, ao site oficial da F-1: “Uma coisa está clara: Felipe não é abençoado pela sorte, mas é rápido. É uma questão de opções para a Ferrari: dos pilotos disponíveis, há algum mais veloz do que ele? Eu não vejo nenhum. Mas tenho certeza de que Kubica estaria sentado agora no seu carro se não tivesse sofrido aquele terrível acidente de rali”.
Vindo dele, com esse certeza toda, é mais que opinião. É informação interna.
Massa não deve ter gostado.
O inglês disse ainda que acorda todos os dias às 7h para trabalhar, que não há motivos para duvidar do GP do Bahrein, que acredita no tri de Vettell, que Raikkonen é um piloto raro e que Schumacher ainda é rápido.
A íntegra está aqui.
A coisa na Ferrari é mais feia do que se imaginava.
O campeonato nem começou e a escuderia já iniciou uma ampla revisão no projeto da F2012. A notícia está na “Gazzetta dello Sport” desta quarta-feira.
As modificações estarão concentradas nas laterais. E são tão profundas que exigirão um novo crash-test da FIA.
“Eu queria entender o porquê de termos de fazer essas modificações”, disse Montezemolo, no Salão de Genebra.
Talvez ele descubra a resposta levantando os resultados da equipe desde que Domenicali assumiu.
A Ferrari já vislumbra mais uma temporada complicada. E não entendo o que falta para Montezemolo se convencer de que o problema é de gestão.
Esse é um dos temas do Pit Stop desta semana, que está no ar.
(Errata envergonhada deste que vos bloga: os testes da Indy já estão acontecendo desde ontem em Sebring. E a sessão do Texas foi adiada para 7 de maio.)
Ferrari, Red Bull e Lotus terão programações diferentes das demais equipes na última bateria de testes, semana que vem, em Barcelona.
As duas primeiras testarão de sexta a segunda. A terceira, de quinta a segunda. Todas as outras estarão por lá de quinta a domingo.
Os motivos são bem diferentes.
No caso da Ferrari, atraso na fabricação de peças. A Red Bull teria decidido adiar a estreia de alguns componentes, para não chamar a atenção da concorrência. Já a Lotus ganhará um dia a mais para compensar o tempo que perdeu nesta semana, após detectar uma falha na construção do chassi.
Para vencer o establishment sem a Ferrari, é preciso muito maquiavelismo.
A última vez em que aconteceu foi na década de 1980. E seu artífice, o detentor do segredo, hoje está do outro lado do balcão.
Um certo Ecclestone.
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A coluna desta sexta comenta mais uma tentativa fracassada de união das equipes. Mais uma vez, foi a Ferrari que comandou a debandada.
A íntegra está aqui, para assinantes da Folha e do UOL. Na Folha Digital e no bom e velho papel, a coluna está na pág. D9.