Altos e baixos
24/06/13 09:12
O piloto no meio da foto é Tom Kristensen. Dinamarquês, 45 anos, disputou ontem sua 17ª edição das 24 Horas de Le Mans.
Ganhou pela nona vez.
Um recorde ampliado. Um monstro. Um mito vivo do automobilismo.
Uma vitória que trouxe pelo menos algo belo a um final de semana tão ruim.
A 81ª edição da mais tradicional prova do endurance foi marcada pela morte de Allan Simonsen, 34, compatriota de Kristensen, que bateu na 3ª das 348 voltas da prova.
“Emocionalmente foi uma corrida cheia de altos e baixos para mim”, disse o eneacampeão, que dirigiu a última volta com lágrimas nos olhos.
À direita na foto, o francês Loic Duval, vencedor pela primeira vez. À esquerda, o escocês Allan McNish, na terceira conquista.
Atrás do trio, Dr. Wolfgang Ullrich, chefe da divisão de esportes a motor da Audi, um gênio.
Aplausos ainda para Di Grassi. Em sua primeira participação em Le Mans, ele pilotou como um veterano, foi usado pela Audi em momentos importantíssimos da prova, empreendeu uma caçada ao Toyota de Nakajima no seu último turno e foi grande responsável pelo seu carro ter cruzado em terceiro lugar.
O contrato do brasileiro para disputar o Mundial de Endurance ia só até Le Mans. Depois, ele seria escalado apenas para testes do modelo 2014. Mas algo me diz que a montadora vai usá-lo mais em corridas.
Bruno também foi bem, rumo à vitória na categoria GTE Pro. Mas seu companheiro Fred Makoviecki deu um pancão na 249ª volta. “O carro moeu”, resumiu o brasileiro, que continua disputando o Mundial.
Mas o final de semana do esporte a motor não foi trágico apenas em Le Mans.
Em Interlagos, o piloto gaúcho Cristiano Ferreira, 29, morreu num acidente durante etapa da Moto 1000 GP. Ele caiu na segunda perna do S do Senna e foi atropelado por outro piloto que vinha atrás. Sofreu parada cardíaca, traumatismos no crânio e no tórax e não resistiu.
Trabalho com isso há 16 anos. E este é o tipo de notícia que mais odeio publicar.
Que as famílias de ambos encontrem conforto e paz.