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Fábio Seixas

Automobilismo e pitacos sobre tudo o mais

Perfil Fábio Seixas, 38, é jornalista com mestrado em Administração Esportiva

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Tag Archives: alonso

Bahrein, 1º e 2º treinos livres

Por Fábio Seixas
19/04/13 09:39

Raikkonen, Alonso e Massa. Estes foram, na minha opinião, os três pilotos mais fortes no Bahrein nesta sexta-feira.

Na primeira sessão de treinos livres, deu Massa. O brasileiro fez 1min34s487, 0s077 melhor do que Alonso. Rosberg foi o terceiro, seguido por Vettel, Di Resta, Button… Todo mundo com os pneus duros.

Raikkonen, nesta sexta, no Bahrein (Tom Gandolfini/AFP)

 

Na segunda sessão, Raikkonen fez o melhor tempo com facilidade. Foi um dos últimos a colocar os pneus médios e, quando o fez, cravou logo 1min34s154. Webber ficou a 0s030. Depois vieram Vettel, Alonso, Di Resta, Massa…

Ué, mas e a Red Bull? Por que não está entre as favoritas?

Posso estar enganado, sempre, mas vi tanto Vettel quanto Webber se esforçando para virar voltas mais rápidas e não conseguindo. Enquanto isso, a Ferrari pensou mais na corrida e, mesmo assim, andou bem.

Veremos amanhã.

(Ah, sim: abençoado seja o homem que decidiu não levar os pneus macios para o Bahrein. Os médios já emporcalharam a pista, imagine o que aconteceria com aquele chiclete usado na China…)

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Pílulas do Dia Seguinte

Por Fábio Seixas
15/04/13 10:43

Não gosto de provas em que os pneus provocam tantas variações de estratégia. Do primeiro pit stop (Webber, na 1ª volta) ao último (Di Resta, a 3 voltas do fim), a classificação que se via na tela não correspondia à realidade. Hulkenberg liderava? Sim, mas todo mundo sabia que aquilo era irreal. Vettel em segundo? Seria por pouco tempo. Button na briga? Não, pura ilusão. Não gosto. Confunde o público. Fico imaginando uma criança começando a acompanhar a F-1, sem entender que aquele piloto na liderança não deveria estar lá e não vai estar ao fim do GP. A F-1 precisa entregar um produto mais direto e reto ao público, não um espetáculo que exija calculadora, caneta e papel. Sim, eu entendo a intenção de Ecclestone ao pedir que a Pirelli produza pneus-farofa. Mas um pneu que dura seis voltas, como aconteceu com os macios em Xangai, não aumentam em nada a emoção (porque todos os usaram por pouquíssimo tempo) e complicam um esporte já complexo por natureza;

Alonso foi cauteloso ao falar em chances de título: “Acho que é muito cedo para dizer. Precisamos esperar até as férias no verão para apontar um candidato claro”. O espanhol tem toda a razão. Ele venceu bem, teve uma pilotagem impecável no domingo, mas carro por carro hoje não há nenhum muito superior a outro;

Para Massa, seu mau desempenho na prova foi causado pelo comportamento dos pneus médios após o primeiro pit. “Após algumas voltas, comecei a ter graining nos pneus dianteiros”, disse, referindo-se àqueles macarrõezinhos que se formam na borracha. Segundo ele, isso provavelmente foi causado por uma conjunção das condições da pista com seu estilo de pilotagem. Ok, faz sentido. Mas que o timing do primeiro pit stop não ajudou, também é verdade. Só ali ele perdeu três posições na pista;

Horner, contam, ficou furioso quando repórteres sugeriram que a Red Bull trabalhou contra Webber no final de semana: “Isso é uma enorme idiotice. Esqueçam teorias da conspiração. Como sempre, tentamos levar nossos dois carros às melhores posições possíveis. Qualquer um que sugira uma conspiração contra um ou outro piloto não sabe o que está falando. Mark sabe exatamente o que aconteceu”. Ok, a fúria de Horner é compreensível. Mas ele precisa entender que, dado o histórico recente, a desconfiança também é;

Como se a vida de Webber não estivesse dura o suficiente, ele foi considerado culpado pelo toque em Vergne e perdeu três posições no grid do GP do Bahrein. Em tempo: a FIA acertou nessa, o australiano forçou mesmo a barra;

Falando em acidente, vi e revi o choque entre Pérez e Raikkonen. Considero o finlandês um dos melhores da atualidade, já escrevi isso algumas vezes. Mas, neste caso, acho que o erro foi dele, otimista demais ao colocar o bico do carro ao lado do McLaren e achar que a ultrapassagem estava feita. O mexicano não o fechou de forma agressiva, apenas manteve a trajetória normal;

Finalmente uma boa notícia no quesito pneu. A partir da Espanha, os pilotos de testes escalados para o primeiro treino livre devem ter um jogo a mais à disposição. Hoje, com a distribuição de compostos para todo o final de semana, o que acontece é que as equipes disponibilizam apenas um jogo para o primeiro treino livre. Por isso tão poucas voltas. De Barcelona pra frente, os pilotos de teste terão este jogo habitual e mais um, extra. É um incentivo para as equipes usarem a molecada e, de quebra, para aumentar o movimento na pista. Parece mentira, tão raros são os acertos.

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Alonso, mordido, iguala Mansell

Por Fábio Seixas
14/04/13 05:50

Quem ficou acordado viu uma exibição de gala de Alonso nesta madrugada, em Xangai.

Alonso comemora em Xangai (Eugene Hoshiko/AP)

 

O espanhol estava claramente mordido. E transformou isso em pé fundo no acelerador.

Largando em terceiro, venceu o GP da China. Foi a 31ª vitória na carreira, o que o coloca como quarto piloto mais vitorioso da história, ao lado de Mansell. 

Raikkonen foi o segundo, seguido por Hamilton e Vettel. Massa teve um bom início de prova, mas depois se perdeu: terminou em sexto.

Na largada, Hamilton manteve a ponta e a Ferrari foi o destaque.

Alonso pulou para segundo e Massa, para terceiro. Raikkonen, segundo no grid, caiu para quarto.

O top 10 na primeira volta, Hamilton, Alonso, Massa, Raikkonen, Rosberg, Grosjean, Ricciardo, Button, Vettel  e Hulkenberg.

Lá atrás, Webber saiu com pneus macios, deu uma volta, parou nos boxes e colocou os médios. Partiu para uma estratégia maluca.

Alonso não deu sossego para Hamilton. Na quinta volta, partiu pra cima, jogou para a esquerda e passou. Massa aproveitou o embalo, jogou para a direita e também fez a ultrapassagem. Sensacional.

Na volta seguinte, Hamilton foi para os boxes, seguido por Rosberg.

Sutil também foi, mas por um motivo ainda mais complicado: foi acertado por Gutierrez no final da reta, ao melhor estilo torpedo desgovernado celebrizado por Schumacher.

Líder, Alonso parou na sétima volta. Massa entrou na seguinte e se deu mal. Perdeu posições para Hamilton, Raikkonen e até para Webber.

Na décima volta, o brasileiro passou o australiano.

“Alonso está muito rápido”, disse Hamilton, pelo rádio. É, estava mesmo: o espanhol vinha babando no capacete, passando para trás mesmo aqueles pilotos que ainda não haviam passado pelos boxes.

Na 14ª, Hulkenberg e Vettel pararam.

Simultaneamente, Webber tinha problemas: bateu em Vergne, e foi para os boxes trocar pneus e bico. Na volta, a vida continuou complicada: instantes depois, ele perdeu a roda traseira direita e abandonou.

Que vexame para a Red Bul…

O líder? Button, que ainda não tinha parado.

Na 20ª, Massa e Rosberg entraram nos boxes pela segunda vez. Na 21ª, Alonso não quis saber de esperar: partiu para cima de Button, passou, reassumiu a liderança.

Na volta seguinte, Hamilton e Raikkonen pararam.

Alonso parou na 24ª, exatamente quando Button entrou para seu primeiro pit. Pérez só parou na 25ª.

Admirável, o comportamento dos McLaren com os pneus médios.

Lá na frente, continuava tudo embaralhado entre pilotos com uma e com duas paradas. Vettel (1 pit) liderava, seguido por Alonso (2), Hulkenberg (1), Button (1) e Hamilton (2).

Na 29ª, Hamilton passou Button. Instantes depois, Alonso passou Vettel. A diferença de estratégias significou briga zero em ambas as disputas.

Três voltas depois, Vettel parou. Retornou atrás de Massa e passou o brasileiro voando, na curva 6 _Massa não deve ter visto até agora.

Vettel continuou acelerando forte. Na 34ª, passou Hulkenberg. Sua próxima vítima seria Button. E foi: levou três voltas para que o tricampeão fizesse a ultrapassagem.

Enquanto Vettel dava show, Massa e Hulkenberg paravam mais uma vez. Hamilton entrou na seguinte.

Foi quando veio uma indicação surreal na tela: Vettel, Webber, Raikkonen, Bottas, Ricciardo, Chilton, Button e Grosjean seriam investigados após a prova por uso do DRS fora da área delimitada.

Surreal, repito. Incompreensível. Demora em julgamentos de acidentes em até entendo. Envolve questões subjetivas, depoimentos, etc.

Mas não entende demora para olhar na tela e ver se o sujeito usou a asa no lugar errado da pista. Não dá. Inacreditável.

Na 41ª, Alonso fez seu terceiro e último pit. Voltou atrás de Vettel. Passou voando, no mesmo estilo de Vettel contra Massa, pouco antes.

Button, então, começou a perder ritmo. Normal, ainda estava com os pneus de sua única parada.

O inglês só entrou na 50ª. Voltou atrás de Massa e usou a asa para deixar o brasileiro para trás. Vettel entrou na 51ª e voltou à pista em quarto.

Pelo rádio, a Ferrari já pedia para Alonso tirar o pé e administrar. “É o que estou fazendo”, respondeu.

Na linha de chegada, o espanhol tinha 10s1 sobre Raikkonen. Hamilton e Vettel brigaram até o fim, com vantagem para o inglês.

“Fenomenal, fenomenal. Um grande final de semana, depois de tanta pressão”,  disse o engenheiro ferrarista ao espanhol.

Massa fez uma prova apagada, apagada. De quebra, perdeu a dianteira sobre Alonso no Mundial. 

Na classificação, a liderança ainda é de Vettel, com 52 pontos. Depois aparecem Raikkonen, com 49, e Alonso, com 43. Hamilton é o quarto, com 40. Massa é o quinto, com 30.

No Mundial de Construtores, a Red Bull tem 78 pontos, contra 73 de Ferrari e 60 de Lotus.

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Xangai, 1º e 2º treinos livres

Por Fábio Seixas
12/04/13 04:52

Quando a fase é boa…

Massa faz treino de pit em Xangai (Ed Jones/AFP)


 

Sim, Massa foi o mais rápido do dia em Xangai. O brasileiro da Ferrari fez 1min35s340 na segunda sessão de treinos livres para o GP da China e quebrou um jejum que já durava quase um ano e meio.

Desde o segundo treino do GP da Índia de 2011 ele não liderava uma sessão na F-1.

Seu tempo foi conquistado com pneus macios, o que não é demérito: todos, em algum momento, fizerem uso do mesmo composto.

Não é nada, não é nada, mas é mais uma cravadinha no Alonso. Daqui a pouco as piadinhas vão ficar sem sentido.

Raikkonen foi o segundo, a 0s152. O espanhol ficou em terceiro. Depois vieram Rosberg, Webber, Button, Hamilton… Vettel fechou em décimo.

Na manhã chinesa, o destaque foi a Mercedes. Rosberg fez o melhor tempo na primeira sessão, 1min36s717, 0s454 melhor do que Hamilton.

Webber foi o terceiro, seguido por Vettel, Alonso, Button e Massa.

A lambança do dia aconteceu justamente neste primeiro treino: Pérez conseguiu errar o ponto de freada na entrada dos boxes, bateu e voltou a pé. Coisa feia…

Ah, sim: pelo visto, Xangai vai bater o recorde de farofa de borracha na pista até agora nesta temporada.

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Fora da ordem

Por Folha
12/04/13 03:00

Alguma coisa está fora da ordem, também na F-1.

Primeiro, Vettel é recriminado mundialmente por lutar pela vitória. Por desobedecer uma ordem antidesportiva. Por fazer valer seus instintos de atleta. Por ignorar contrato, patrocínio, rádio e leis das relações-públicas em nome da bandeira quadriculada.

Agora, é condenado por ter falado com sinceridade. A crise da Red Bull, claro, seria o assunto na chegada dos pilotos a Xangai. E foi.

(Previsível, imagino, até pelo repórter chinês que, em 2004, indagou Schumacher se a Ferrari estava de vermelho em homenagem ao país.)

Vettel teve três semanas para se preparar para o bombardeio de perguntas. Conversou com Horner, com a assessoria de imprensa da equipe, com seu estafe. Nada do que ele disse, portanto, foi na base do susto, da surpresa.

O que ele disse foi que Webber não merecia vencer o GP da Malásia, que o australiano nunca o ajudou e que faria tudo de novo, igual, caso a situação se repetisse.

E concluiu: “No fundo tudo se resume aos fatos de que aquilo era uma corrida, eu estava mais rápido que ele, fiz a ultrapassagem e venci”.

Pronto. A imprensa inglesa ontem chamou o alemão de “agressivo”, “arrogante”, de ter “mudado o tom”. Um colega italiano, do “La Reppublica”, relatou que o ambiente na sala de imprensa de Xangai foi de incredulidade.

No Twitter, o piloto Marino Franchitti, irmão de Dario, escreveu que foi como ver Anakin Skywalker se transformando em Darth Vader.

Será? Para os consultores de imagem, talvez. Para jornalistas, não deveria ser. Para o público, menos ainda.

Porque a verdade por ser cruel, mas ainda é a verdade.

Vettel falou com sinceridade sobre seus sentimentos, concordem com eles ou não. Sua declaração é melhor do que 99% dos embustes distribuídos pelas equipes em seus press releases coloridos e impressos em papel caro.

Coincidentemente, outro campeão do mundo falou ontem sobre a situação na sua equipe. Em entrevista à imprensa espanhola, no paddock chinês, Alonso foi questionado sobre ter ficado atrás de Massa nos quatro últimos treinos classificatórios.

Saiu-se com ironia: “Não durmo desde a Austrália, só estou comendo arroz e estou perdendo cabelo. É mesmo um enorme drama”.

Provocou gargalhadas.

Postura mais ofensiva para o companheiro do que a de Vettel. Porque debocha da boa fase do brasileiro, trata como piada sua reação, despreza qualquer possibilidade de preocupação em ficar para trás no duelo interno.

Conteúdo à parte: Vettel falou do companheiro com seriedade, Alonso debochou. Mas não, ninguém ligou para o desrespeito. Futriquinha interessa mais.

Alguma coisa está fora da ordem, também na F-1.

(Coluna publicada nesta sexta-feira na Folha de S.Paulo)

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Pit Stop #269

Por Fábio Seixas
02/04/13 11:05

O Pit Stop desta semana fala bastante sobre os quentes bastidores da F-1 na última semana: Alonso já pressionando a Ferrari e, ainda, a polêmica na Red Bull.

O programa também fala de Indy e GT.

E, no quadro Naftalina, uma homenagem ao mais velho campeão da F-1 vivo: Jack Brabham, que completa 87 anos nesta terça. Uma lenda.

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Pílulas do Dia Seguinte

Por Fábio Seixas
25/03/13 11:00

Depois de tudo o que li e ouvi e debati sobre o GP da Malásia, vim para a Redação hoje pensando no que escreveria aqui. E a conclusão a que cheguei, enquanto dirigia por esse cenário lindo do Rio, foi a seguinte: “a que ponto chegamos…”;

Sim, a que ponto chegamos. Estamos há mais de 24 horas envolvidos numa polêmica que tem como ponto de origem o fato de um piloto ter ultrapassado o outro. Sim, a essência da F-1, do esporte, da competição. Não vou mais gastar dedo com digressões preventivas contra chatos. Da mesma forma, quero deixar claro que não estou defendendo 100% a atitude de Vettel. Minha opinião sobre o que ele fez está no post abaixo, em que o chamei de desleal. Sei também que a F-1 é também um esporte coletivo, que há interesses de patrocinadores, que o rádio funciona o tempo todo… Tudo o que já discutimos ontem e em situações passadas de interferência de equipes em resultados. Há mil fatores envolvidos. E aí que está o busílis: é tanta coisa envolvida que esquecemos o que ficou lá atrás, na origem: uma disputa de posição;

Deveria ser diferente? Com certeza. Alguns mais radicais sugeriram extinguir o rádio. Ok, até acho que ajudaria. Mas não eliminaria o problema. Basta a equipe combinar um código nas placas aos pilotos. “Olha, Webber, se a gente colocar os números em vermelho, é para você deixar o Vettel passar.” Simples. Não tem jeito, é uma questão de mentalidade. E, sejamos justos, nem toda equipe é assim: a McLaren não mete o bedelho nas disputas entre seus dois pilotos. É o melhor exemplo de que é possível sonhar com uma F-1 menos chata. Mas, repito, é uma questão de mentalidade. E mudar as convicções e condutas de pessoas ou organizações é das tarefas mais complicadas que há;

Segundo a “Autosport”, Webber estava tão furioso que cogitou não ir ao pódio. Ainda segundo o site da revista, Horner sentou com seus dois pilotos no domingo à noite para uma conversa. E marcou um novo papo com Vettel para os próximos dias, quando todos estarão com as cabeças mais frias. Não vai acontecer nada, claro;

Falando em ordens de equipe, frase de Rosberg após a prova: “É claro que foi duro, mas entendi o ponto de vista da equipe.” Pronto. Virou um Coulthard. Uma pena;

Sempre que algo assim acontece, lembro do GP da Austrália de 1998. Era a primeira prova daquela temporada, e a McLaren ressurgia das cinzas após anos difíceis. Hakkinen e Coulthard eram, até então, pilotos promissores, com status semelhantes no paddock. A equipe dominou a primeira fila do grid, com o finlandês na pole. Ocorre que, ao longo da prova, ele entrou nos boxes por engano e acabou ficando atrás do companheiro. A vitória caiu no colo de Coulthard. E poderia mudar os rumos de sua carreira: ele sairia da primeira prova do ano na liderança do campeonato, com punch para se impor na McLaren. Mas não. Ele resolveu respeitar um acordo de cavalheiros estabelecido nos testes de pré-temporada: quem fizesse a primeira curva de uma corrida na frente, mereceria a vitória. Coulthard abriu passagem para Hakkinen. Um gesto que foi decisivo para a carreira de ambos. O finlandês virou bicampeão mundial. O escocês ficou celebrizado como um bundão;

O troféu lambança do final de semana vai para a Ferrari. Alonso tocou em Vettel, ficou com a asa arrastando no asfalto, mas a equipe decidiu mantê-lo na pista. Não durou muito. Na segunda volta, o bico todo voou pelos ares, e o espanhol abandonou a prova, perdendo a chance de marcar pontos importantes no campeonato. “A decisão foi do pitwall. Fernando obviamente não está feliz”, disse Domenicali. E cada vez entendo menos como ele continua na direção da escuderia;

Falando em erro da Ferrari, Massa também considera que foi precipitada a decisão de entrar logo na quinta volta para colocar slicks. Como a pista ainda não estava totalmente seca, ele perdeu tempo e contato com os líderes. Resultado: largou em segundo, terminou em quinto. Duas corridas, dois resultados comprometidos por decisões do pitwall. Algo realmente não anda bem por lá;

A GP2 abriu sua temporada na Malásia com duas boas corridas. Leimer venceu a primeira, Coletti ganhou a segunda. Nasr conseguiu um quarto e um segundo lugares. Um bom começo para o brasileiro. Porque nem Coletti nem Leimer devem entrar efetivamente na luta pelo campeonato. E porque Calado, que deve ser seu rival pelo título, fez lambança e abandonou a segunda prova. Na tabela, Nasr é o terceiro colocado, com 24 pontos. Calado é o quarto, com 18;

Ainda sobre GP2, fiquem de olho num garoto chamado Mitch Evans. Ele é neozeolandês, tem 18 anos e, em 2012, foi campeão da GP3. Pois no final de semana de estreia na categoria, marcou pontos nas duas provas e tornou-se o mais jovem piloto a subir num pódio _foi terceiro colocado no domingo. Piloto bom é assim: chega chegando;

Na Indy, um erro de freada no final da prova custou a vitória a Castro Neves. Hinchcliffe venceu, mas o brasileiro da Penske deu pinta de que pode brigar pelo campeonato. Kanaan fez uma boa prova e terminou em quarto. Bia viveu um final de semana de problemas na sua volta à categoria e abandonou.

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Barcelona, dia 2

Por Fábio Seixas
01/03/13 14:40

O dia em Barcelona começou com chuva e com Button na frente.

Teve até alguns momento de pista seca. Mas terminou com mais chuva e com Grosjean na ponta. 

Grosjean e Button nesta sexta, em Barcelona (Albert Gea/Reuters)


 

Ele é o primeiro piloto a liderar dois dias de testes na pré-temporada _o que só reforça como não dá pra levar esses tempos a sério.

Alonso fez uma simulação de corrida, sem preocupação com voltas lançadas. E saiu dizendo que o carro deste ano é “duzentas vezes melhor” que aquele que começou o último Mundial.

Razia continuou fora do carro.

Aos tempos:

1º. Romain Grosjean (FRA/Lotus-Renault), 1min22s716 (88 voltas)
2º. Jenson Button (ING/McLaren-Mercedes), a 0s465 (72)
3º. Pastor Maldonado (VEN/Williams-Renault), a 0912 (75)
4º. Sebastian Vettel (ALE/Red Bull-Renault), a 1s027 (65)
5º. Nico Hulkenberg (ALE/Sauber-Ferrari), a 1s028 (79)
6º. Adrian Sutil (ALE/Force India-Mercedes), a 1s499 (62)
7º. Daniel Ricciardo (AUS/Toro Rosso-Ferrari), a 2s767 (61)
8º. Max Chilton (ING/Marussia-Cosworth), a 2s882 (75)
9º. Giedo van der Garde (HOL/Caterham-Renault) a 3s600 (48)
10º. Nico Rosberg (ALE/Mercedes), a 3s939 (120)
11º. Fernando Alonso (ESP/Ferrari), a 5s162 (102)

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Festa da firma

Por Fábio Seixas
08/12/12 12:08

Aconteceu ontem, em Istambul, a festa de premiação da F-1.


 

Coulthard, de kilt, mestre de cerimônias. Raikkonen sorrindo e sem gravata. Alonso com a namorada dizendo que foi o melhor ano de sua carreira. Vettel classificando a temporada de “maluca”, assim como a corrida de Interlagos. Ecclestone, piadista, dizendo que a Red Bull ganhou “por sorte”.

O vídeo oficial está aqui.

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Pílulas do Dia Seguinte

Por Fábio Seixas
26/11/12 10:11

Como se não bastasse ser tricampeão aos 25 anos, Vettel mostrou um baita conhecimento da história. Ontem ele contou um causo divertido que aconteceu assim que ele cruzou a linha de chegada. “O Christian veio no rádio e mencionou os nomes dos pilotos que conquistaram três títulos… E ele esqueceu do Prost!  Ele começou com o Michael, depois falou de Senna, Lauda, Piquet… E então começou um barulho e eu comecei a gritar que ele esqueceu do Prost, que ganhou quatro vezes”. É, este é um garoto especial. No esporte, talento até gera conquistas. Mas para ser verdadeiramente grande, é preciso também ter inteligência. E Vettel une as duas coisas;

Três títulos seguidos aos 25 anos? Acho que este é um recorde que ficará eternizado, sem figura de linguagem;

Ainda sobre Vettel, questionado sobre as chances de algum dia igualar as marcas de Schumacher: “Non sense”. Não, não é. Se nada de errado acontecer, o alemãozinho tem no mínimo mais uns 12 anos de F-1 pela frente. Mesmo se diminuir o ritmo das conquistas, dá pra fazer muita coisa;

Alonso classificou esta temporada de “a melhor da carreira”. E foi mesmo. Se lembrarmos da porcaria que era o carro da Ferrari no começo do ano… Para o caso do espanhol, vale aquele chavão do esporte: ele não perdeu o campeonato, foi Vettel quem ganhou;

Não deu para ficar indiferente à emoção de Massa no pódio e nas entrevistas pós-corrida. Não é que ele chorou. Ele chorou muito. Um choro de desabafo, de peso que escorre dos ombros, de fim de uma temporada de tantas dificuldades e tantos sapos engolidos. Massa vomitou alguns ontem. Ao dizer no pódio, por exemplo, que deveria ter colhido um resultado melhor na prova. Deveria mesmo. Nos últimos dois finais de semana de F-1 do ano, Massa foi melhor que Alonso;

Bruno derrapou nas declarações pós-GP ontem: “Quando se está na briga pelo campeonato, é preciso tomar mais cuidado ao andar no meio do pelotão”. Um recado para Vettel, que, segundo ele, “estava por fora e veio para dentro com tudo”. Vi algumas vezes o replay. E não entendi assim. Bruno acertou o alemão;

Falando em Bruno, as próximas semanas serão de negociação intensa. Em Interlagos, já houve jornalista que cravasse o acerto de Bottas com a Williams. Não sei, não tenho essa informação e não vou chutar. Mas acho que não vai demorar muito para vir uma notícia sobre o futuro do brasileiro;

Saber perder é uma tarefa difícil. Sei como é… Julia, minha filha, fica louca da vida quando perde em algum jogo. Chora, esperneia, tenta mudar a situação. A Ferrari é parecida. “Estamos orgulhosos de Alonso. Ele é o piloto que realmente merecia este título”, disse Domenicali ontem. A Julia tem 5 anos, espero que ela aprenda. Quanto à Ferrari, é caso perdido;

Raikkonen foi o único piloto da temporada a terminar todos os GPs. E só não marcou pontos em um, Xangai, quando ainda estava se adaptando nesse retorno à F-1. É um pilotaço, e embora não vá comemorar o terceiro lugar, merece aplausos pelo que fez neste ano;  

Uma das cenas bizarras da corrida foi o finlandês pegando um trecho da pista auxiliar, ali na Junção. E a explicação dele é sensacional: “Eu fiz aquilo em 2001, e o portão ali estava aberto. Desta vez, alguém fechou. No ano que vem, vou me certificar de que estará aberto”;

Hulkenberg é um baita piloto, estranhamente subvalorizado pela categoria;

Fica, Koba! (E você, já deu sua contribuição?)

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