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Fábio Seixas

Automobilismo e pitacos sobre tudo o mais

Perfil Fábio Seixas, 38, é jornalista com mestrado em Administração Esportiva

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Rebelde com causa

Por Folha
14/06/13 03:00

No ano passado, após sete etapas, o líder do campeonato era Hamilton, com 88 pontos. Alonso tinha 86. Vettel aparecia em terceiro, com 85.

No final da temporada, tricampeonato do alemão: 281 pontos contra 278 de Alonso.

Raikkonen se intrometeu na terceira posição. O inglês, em crise com a McLaren, terminou apenas em quarto.

Em 2013, após as mesmíssimas sete corridas, o cenário é bem diferente. Vettel soma 132 pontos, contra 96 de Alonso e 88 de Raikkonen.

Ok, 2012 foi atípico, de equilíbrio inédito na história da F-1 _até aquele momento, sete pilotos haviam vencido GPs. A distribuição de pontos foi farta. Tanto que a pontuação do líder, há um ano, é a do terceiro colocado hoje.

Mas, como os carros pouco mudaram de uma temporada para outra, o sistema de pontos é idêntico e os protagonistas _salvo Hamilton_ continuam os mesmos e nas mesmas escuderias, a comparação parece honesta.

E a conclusão salta aos olhos: a não ser que uma inesperada revolução aconteça, Vettel deve conquistar o tetra.

A pergunta que se faz, então, é: como isso aconteceu?

A explicação mais rasa e óbvia está linhas acima: este está sendo um campeonato “normal”, e o último é que foi um ponto fora da curva.

O buraco, porém, é mais embaixo. O motivo para isso nada tem a ver com o acaso.
Foi fruto de ação humana. Teve o dedo de Vettel.

Malásia, 44ª volta da segunda etapa do Mundial. Em vez de seguir as ordens da equipe, o alemão partiu para cima de Webber, fez a ultrapassagem, ganhou a prova.

O australiano chiou. A polêmica tomou o paddock.

Vettel foi crucificado, acusado de desleal _com razão.

Depois pediu desculpas. Que me convenceram tanto quanto promessa de político.

Mas o fato é que ali, no início do Mundial, com aquela desobediência, seguindo seus instintos de competidor em vez de instruções pelo rádio, Vettel aniquilou qualquer chance de equilíbrio no ano.

A questão não está nos sete pontos que separam vencedor e segundo colocado. Isso é detalhe. Está nos reflexos daquela atitude.

Se aquela vitória tivesse ficado com Webber, teríamos assistido a um início de Mundial dos mais igualitários. Teriam sido quatro vencedores nas quatro provas iniciais. E cinco nas primeiras sete.

E há ainda o aspecto psicológico. Vettel detonou a pior crise da história da Red Bull, mas saiu fortalecido.

Tanto que, no início desta semana, renovou o contrato por mais uma temporada, até dezembro de 2015. Webber? Nunca mais deu um pio.

Se o alemão levar mesmo este título, os livros de estatística deveriam se permitir uma justificada transgressão: registrar, como data da conquista, aquele agitado 24 de março.

(Coluna publicada nesta sexta-feira na Folha de S.Paulo)

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F-1 sem mimimi (18)

Por Fábio Seixas
13/06/13 15:10

Segundo o Frederico Tamagnini, que mandou a foto, o cenário é Monza.

Não sei a ocasião, não sei o ano. Mas parece ser um carro de F-1. Então tá valendo…

Se alguém tiver mais alguma pista sobre a imagem, manifeste-se, por favor.

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Pit Stop #279

Por Fábio Seixas
11/06/13 12:53

O GP do Canadá é o prato principal do Pit Stop desta semana.

Mas o programa ainda fala de Indy, Stock, GP3… E, no quadro Naftalina, uma triste ironia envolvendo a McLaren.

Lá vai…

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Pílulas do Dia Seguinte

Por Fábio Seixas
10/06/13 10:14

Começando pelo mais importante: a morte do fiscal. Porque danem-se a corrida, o campeonato, as disputas, os atritos, as polêmicas. Uma vida se foi, e isso teve relação direta ao esporte. Não fosse a corrida, ele estaria vivo. O nome dele ainda não foi divulgado, apenas que tinha 38 anos. Minha idade, portanto. Ele estava ajudando na remoção do carro de Gutierrez, abaixou para pegar um rádio que caiu no chão e foi atropelado pelo operador de um guindaste que não o viu. “Minha profundas condolências à família do fiscal que perdeu a vida hoje, nossas orações são para ele e sua família hoje”, escreveu o mexicano no Twitter. A F-1 não registra morte de pilotos desde 1994, graças a uma série de medidas de choque tomadas pela FIA após as tragédias de Imola. Mas esta é a terceira morte de um fiscal desde 2000. Algo precisa ser feito. O treinamento precisa ser mais profissional. Os procedimentos precisam ser seguidos à risca. Protocolos precisam ser revistos. A vida de um fiscal vale tanto quanto a vida de um piloto, do Todt, do Ecclestone, a minha ou a sua;

Vettel cruza a linha de chegada em Montreal (Luca Bruno/AP)

 

O alemão recebeu algumas vaias no pódio. Se alguém souber o motivo exato, me explique. Mas suponho que seja aquela universal torcida contra o mais forte. E ontem ele foi o mais forte, imbatível, inalcançável;

O maior reconhecimento à superioridade de Vettel no final de semana veio de Alonso: “Este segundo lugar tem sabor de vitória”. O comentário ganha outra intensidade vindo de um cara como ele, que odeia perder. (Certa vez, em Mônaco, vi o espanhol chutar mesas e cadeiras do motorhome da Renault após um abandono);

Hamilton voltou a falar dos freios para justificar não ter feito uma corrida melhor: “Estamos progredindo, mas ainda não resolvemos nada. Estou aprimorando algumas técnicas que me ajudam”. O inglês é um baita piloto, tem crédito, não há motivos para desconfiar dele. E o caso ilustra o quão complexo é um carro de F-1. Um dos melhores pilotos do mundo, campeão, em seu sétimo ano na categoria, de repente encontra um problema numa questão teoricamente básica e se estrepa. Na F-1, amigos, não há detalhes;

E o Bottas? Largando em terceiro, festejado por todos _inclusive por mim, na transmissão das rádios Bandeirantes e BandNews FM_, terminou em 14º. “Eu e a equipe demos de tudo. Não importa o que fizéssemos em questão de estratégia, terminaríamos nessa posição mesmo”, disse. Resumindo: o carro é uma porcaria e só se classificou lá na frente por uma enorme conjunção de fatores, entre eles sua perícia no molhado. Mas essas coisas ficam na memória dos torcedores e, principalmente, dos chefes de equipe. Alguém escreveu no Twitter que, em sete GPs, Bottas já conseguiu mais do que Bruno: um brilhareco. É verdade;

Maldonado acha que a punição foi injusta. Ah, tá. Senta lá, meu filho;

Massa fez uma boa corrida, repito. Cometeu um erro no sábado? Sim. Mas estava inspirado no domingo. Fez uma boa largada e brilhou no primeiro trecho da prova. Mas pecou na estratégia, ao colocar pneus supermacios no primeiro pit stop. E reconheceu isso após a prova. “Acho que eu poderia ter ganho mais um ou duas posições se tivesse colocado os médios”, disse. Ok, reconhecer o erro é um mérito. E isso ele sempre faz, diga-se. O que falta é o passo seguinte: agir para que o erro não se repita. E aí vem minha maior crítica: não é a primeira vez que ele dança na estratégia por uma escolha errada de pneu. Não é a segunda, não é a terceira. Será que não está na hora de um papinho mais sério com a direção técnica da equipe? Será que não chegou o momento de trocar de engenheiro?;

Raikkonen pontuou pela 24ª corrida seguida e igualou o recorde histórico da F-1, que pertencia apenas a Schumacher. Já a McLaren ficou fora dos pontos após uma série de 64 GPs, encerrando uma marca também histórica. Nada disso é coincidência. O finlandês é de um talento nato impressionante. E a equipe inglesa começa a sentir os efeitos de uma situação que, repito, só deve começar a amainar em 2015, quando chegarem os motores Honda ;

Na Indy, show dos brasileiros na noite de sábado. Helinho venceu, com Tony em terceiro. Entre os dois, Hunter-Reay. Foi uma vitória com autoridade, reflexo direto do equilíbrio do carro e de sua habilidade na preservação dos pneus. Com o resultado, Helinho voltou à liderança do campeonato. Tem agora 259 pontos, contra 237 de Andretti;

Ainda sobre a Indy: impressiona o equilíbrio da temporada. Foram sete vencedores em oito etapas até agora. Apenas Hinchcliffe venceu duas vezes, em St.Petersburg e São Paulo. Hunter-Reay, Sato, Tony, Conway, Pagenaud e Helinho já tiveram o gostinho da vitória e há vários outros com chances de chegar lá. O campeonato está escancarado;

Em tempo: por todo o sempre vou achar uma enorme babaquice esse ritual de comemorar a vitória no Texas com revólveres, ainda que de brinquedo.

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Vettel, vitória-desabafo no Canadá

Por Fábio Seixas
09/06/13 16:39

Nos últimos dois anos Vettel largou na frente em Montreal, mas não conseguiu vencer.

Desta vez decidiu que seria diferente. E fez uma prova impecável.

Perdoem o clichê, mas não pensei em nada melhor: o alemão correu com a faca nos dentes.

Foi uma vitória-desabafo.

Mandou 13s586 de vantagem sobre Alonso, o segundo colocado. Hamilton ficou o terceiro. Massa terminou em oitavo.

Foi a 29ª vitória do alemão na F-1 e a terceira em sete corridas nesta temporada. Foi, ainda, o primeiro triunfo dele e da Red Bull na Ilha de Notre Dame.

A corrida não foi das melhores, mas teve lances interessantes.

Vettel não deu moleza na largada e manteve a primeira posição. Hamilton também segurou seu segundo lugar. Rosberg pulou para terceiro, seguido por Webber. 

Alonso e Bottas protagonizaram um bonito duelo, acirrado e leal, com vantagem para o espanhol.

O top 10 ao final da primeira volta, Vettel, Hamilton, Rosberg, Webber, Alonso, Bottas, Vergne, Sutil, Ricciardo e Raikkonen. Massa ganhou duas posições e cruzou em 14º.

Mantendo sua tática de não dar sopa para o azar, Vettel tratou de abrir vantagem. Na quinta volta, já tinha 4s3 sobre Hamilton.

Na sexta volta, Sutil rodou, mas não acertou ninguém. Foi parar atrás de Massa, que agradeceu. Na sequência, o alemão ainda levou um toque de Maldonado, que ganhou mais um drive-through para sua coleção.

Com tudo meio igual lá na frente, o brasileiro virou a atração do começo da prova, escalando o pelotão. Na nona volta, já era o 11º. Na décima, entrou na zona de pontos.

Um ritmo sensacional, que bom se fosse sempre assim.

Massa chegou então em Raikkonen, que estava preso atrás de Ricciardo. Tentou, tentou, mas foi o finlandês que conseguiu a ultrapassagem sobre o australiano.

O brasileiro então partiu pra cima de Ricciardo. Teve sua vida facilitada quando, na 13ª volta, o adversário entrou nos boxes. Nona colocação.

Na 14ª volta, Webber abriu os pits entre os pilotos do pelotão da frente. Tirou os supermacios e colocou os médios.

Rosberg parou na seguinte, mas colocou outro jogo de supermacios. Uma aposta estratégica que teria consequências mais à frente.

Vettel parou na 16ª. Alonso, na 17º. Ambos colocaram os médios. Massa entrou na 18ª e manteve os supermacios.

Então líder, Hamilton entrou na volta seguinte. Colocou os médios e saiu 11s atrás de Vettel.

Raikkonen parou na 23ª e perdeu tempo nos boxes.

As duas histórias da prova permaneciam boas. Vettel continuava abrindo para Hamilton, e Massa seguia acelerando fundo.

Na 28ª volta, o alemão tinha 15s5 sobre o inglês. E o brasileiro era o décimo, mas atrás de dois pilotos que ainda não haviam parado, Di Resta e Grosjean.

Surgiu, então, outra boa história: Rosberg x Webber x Alonso na briga pela terceira posição. Mas essa foi facilmente resolvida.

Na 31ª, Webber passou o alemão. Alonso veio no embalo e fez o mesmo poucas curvas depois.

Não foi coincidência. A tal estratégia diferente de Rosberg não se sustentou. Com os pneus no bagaço, ele teve de parar na 32ª. Aposta errada.

Massa tornou-se então o único piloto na pista com os supermacios. De novo não foi coincidência: empacou atrás de Sutil. Outro que errou.

Na 38ª, Van der Garde aprontou: retardatário, fechou Webber, que perdeu um pedaço da asa dianteira. Stop and go de 10 segundos para o holandês.

O top 10 na 40ª volta tinha Vettel, Hamilton, Webber, Alonso, Rosberg, Vergne, Di Resta, Grosjean, Massa e Pérez. Com um detalhe: Di Resta e Grosjean ainda não haviam parado.

Só então Hamilton e Alonso começaram a apertar o ritmo. Deu certo para o espanhol, que na 42ª volta passou Webber e assumiu o terceiro posto.

Na 43ª, Massa foi para seu segundo pit. É…

Grosjean parou na 43ª. Di Resta tornou-se o único na pista que não havia passado pelos boxes. Aplausos. 

Na 47ª, Webber parou, o primeiro pit “normal” entre a turma lá da frente. Alonso entrou na sequência. Na 49ª, foi a vez de Vettel e Hamilton trocarem os pneus.

Vettel? Tomou um susto na 52ª volta. Quase escapou na primeira chicane, mas se manteve na pista. Típica falta de concentração de quem está tranquilo na liderança _ele tinha, àquela altura, 14s8 sobre Hamilton.

“Fique tranquilo”, disse o engenheiro pelo rádio, mais um “pelamordedeus” do que um conselho.

Na 54ª, Massa enfim passou Grosjean e retornou à zona de pontos.

E o Di Resta? Lembram dele? Pois é, fez seu primeiro e único pit na 57ª volta e voltou à pista em sétimo. 

Os pneus dele vão ter que ser dissecados para estudos.

Das histórias da prova, Vettel continuava bem. Massa nem tanto: após o erro estratégico, ficou ali mesmo em décimo.

O barato da prova tornou-se a aproximação de Alonso sobre Hamilton. Faltando 10 voltas para o fim, 0s4 separavam os rivais.

Na 63ª, Alonso tentou pela primeira vez e não conseguiu. Na 64ª, não teve jeito, colocou sua Ferrari à direita da Mercedes e com precisão milimétrica tomou o segundo lugar.

Hamilton grudou na caixa de câmbio do espanhol, tentou dar o bote algumas vezes, mas não conseguiu finalizar a manobra.

Quem conseguiu um brilhareco no final foi Massa. Fez uma bela ultrapassagem sobre Raikkonen e tomou-lhe o oitavo lugar.

“Sim! A gente venceu no Canadá”. gritou Vettel, quando cruzou a linha de chegada.

O top 10 na bandeira quadriculada, Vettel, Alonso, Hamilton, Webber, Rosberg, Vergne, Di Resta, Massa, Raikkonen e Sutil.

Com o resultado, Vettel continua na liderança do Mundial.

Soma 132 pontos, contra 96 de Alonso, que tomou a vice-liderança de Raikkonen. O finlandês agora tem 88, em terceiro. Hamilton tem 77, seguido por Webber, com 69. Depois aparecem Rosberg, com 57, e Massa, com 49.

Entre os Construtores, a Red Bull tem 201, contra 145 da Ferrari e 134 da Mercedes.

Nesta temporada, Vettel é o piloto que mais venceu (3), o que mais subiu ao pódio (4, empatado com Raikkonen), o que mais fez poles (3, empatado com Rosberg) e o que mais cravou melhores voltas (3).

Seu tetracampeonato já começa a parecer a mais forte das possibilidades para o fim do ano.

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O último palpite

Por Fábio Seixas
09/06/13 14:19

Céu nublado em Montreal, mas não deve chover.

Acho que dá Vettel, seguido por Rosberg e Alonso.

E você?

(Ah, sim: uma linda lista de links para ver o final da corrida está aqui.)

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Vettel, pole pelo 3º ano seguido

Por Fábio Seixas
08/06/13 15:18

Deu Vettel em Montreal.

O alemão da Red Bull cravou a 39ª pole da carreira, a terceira no ano, a terceira consecutiva na Ilha de Notredame.

Hamilton quase estragou sua festa, mas errou no momento decisivo. Larga em segundo.

Bottas é o grande destaque. Mostrando uma tremenda habilidade no piso molhado, sai em terceiro.

Foi um sábado de muito trabalho para a pilotada

Pela manhã, problemas no terceiro treino livre. Uma pancada numa corrida preliminar, com modelos Ferrari, destroçou o guard rail no hairpin.

O local precisou de reparos. E o regulamento da F-1 exige duas horas de intervalo entre as sessões. Ou seja, depois das 12h (horário de Brasília) ninguém mais poderia ir à pista.

O treino começou com meia hora de atraso, às 11h30. Resultado: durou apenas meia hora. Webber foi o mais veloz, com 1min17s895, 0s353 melhor que Sutil. Na sequência, Hamilton, Alonso, Vettel, Rosberg, Di Resta, Massa…

Como se isso não bastasse, o treino oficial começou com aquela situação que os pilotos odeiam e os fãs adoram: pista molhada, mas secando rapidamente.

Mesmo com um trilho já bem formado, a turma optou pelos intermediários.

No Q1, várias escapadas e momentos de descontrole. Hamilton, Sutil, Alonso, Bianchi, Massa e Rosberg levaram seus sustos.

O mais veloz foi Vettel, com 1min22s318. Alonso ficou a 0s906. Depois vieram Webber, Bottas, Massa, Hamilton, Rosberg…

Os cortados foram Van der Garde, Chilton, Bianchi, Grosjean, Pic e Di Resta.

Grosjean ainda carrega dez posições de punição pelo acidente que provocou em Mônaco. Ou seja, sai em último, com honras e louvores.

No Q2, a chuva apertou e o trilho desapareceu. Os 16 sobreviventes continuaram na opção dos intermediários, mas com muita gente cogitando os pneus de chuva pelo rádio.

Alonso, Hamilton e Sutil escaparam, mas sem grandes prejuízos. Com Massa foi pior. Escapou no começo. E, no final, errou na freada da curva 3 e foi de lado ao encontro da barreira de pneus.

Fim de sábado para ele. E pensar que o chassi era novinho em folha…

Bandeira vermelha. E pouco mais de 1 minuto para todo mundo tentar algo diferente quando a luz verde acendeu na saída do pit lane.

Alguns conseguiram melhorar. Outros dançaram, como Button. Além do inglês e de Massa, ficaram pelo caminho Hulkenberg, Pérez, Maldonado e Gutierrez.

O melhor foi Hamilton, com 1min27s649. Webber ficou a 0s496. Avançaram, ainda, Vettel, Bottas, Rosberg, Vergne, Raikkonen, Alonso, Sutil e Ricciardo.

E veio o Q3. Com o mesmo cenário: pista molhada, todo mundo de intermediários.

Vettel logo se impôs, mas nos instantes finais Hamilton pintou como grande candidato à pole. O inglês vinha bem, baixando as parciais… Mas errou no último instante. Teve que se consolar com o segundo tempo.

A corrida de domingo depende basicamente de um fator: o tempo.

A meteorologia, por ora, prevê céu nublado, com algumas pancadas de chuva pela manhã, mas com tempo seco na hora da corrida.

Vencerá quem escapar das armadilhas do circuito. 

E Vettel, que nunca ganhou por lá, está com essa entalada na garganta…

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Te devo uma caipirinha

Por Fábio Seixas
08/06/13 10:32

Nada me deixa mais orgulhoso do que as amizades conquistadas ao longo de vida.

E o animal do Flavio Gomes me fez chorar em plena madrugada quando li isso aqui.

Ok que ele esqueceu das multas em Bolonha, do parque das estátuas em Budapeste, das corridas de kart em Magny-Cours, das muambas compradas e furtadas em Bangcoc, do histórico torneio de truco em Cherating, dos capuccinos com o falecido Paolo em Riolo Terme, das absurdas gambiarras que fazíamos para levar som ambiente dos autódromos mundo afora para o rádio do Brasil, dos meganhas de Suzuka, do que fizemos com aquele Audi TT na autobahn entre Hockenheim e Heildeberg e de otras cositas más.

Ele tá ficando velho, a memória começa a falhar, acontece.

Mas valeu, seu bosta. Vamos ao futuro, que certamente será bacana. E acho que deveríamos fazer alguma coisa juntos. 

Proponho uma reunião para discutir isso. Eu pago a(s) caipirinha(s).

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Montreal, 1º e 2º treinos livres

Por Fábio Seixas
07/06/13 16:51

Quando dizíamos que a Ferrari voltaria ao normal…

Pois é, voltou.

Alonso foi o mais rápido desta sexta-feira em Montreal. 

Usando os pneus supermacios, o espanhol cravou 1min14s818 na segunda sessão de treinos livres, 0s012 melhor do que Hamilton.

Grosjean ficou em terceiro, seguido por Webber, Rosberg, Massa e Vettel.

Uma sessão das mais movimentadas, tentativa clara de recuperar o tempo perdido pela manhã.

(Sim, é melhor esquecer o primeiro treino, que começou com pista molhada e que consagrou Di Resta com o melhor tempo, 1min21s020. Ou seja, não dá para levar nada em consideração.)

Além da melhor marca, Alonso foi também o piloto que mais andou à tarde: 48 voltas. Webber, Rosberg e Maldonado deram 46. Hamilton, Gutierrez e Chilton, 45. E por aí vai.

A corrida, é bom lembrar, tem 70 voltas.

O que fica? 

Que a Ferrari voltou a andar bem, após os tropeços circunstanciais de Mônaco. Mas que a Mercedes deve ser páreo duro para o treino classificatório.

A Red Bull, quem diria, corre por fora.

Fora da pista, outras histórias agitaram o paddock.

Primeiro, Hamilton disse ainda sofrer com os freios. “É algo inédito na minha carreira, mas que cabe a mim resolver. Tem a ver com a modulação do pedal”, disse.

É de se imaginar o que ele conseguiria caso se entendesse com o carro,

Depois, Hembery, diretor da Pirelli, decidiu não ir à entrevista coletiva dos chefes de equipe, para a qual estava convocado pela FIA. Seguiu conselhos dos advogados da empresa. O objetivo, claro, não voltar a se enrolar no caso do teste secreto da Mercedes.

Os outros entrevistados serão o réu Brawn e os acusadores Horner e Domenicali.

A batata vai assar neste fim de tarde por lá.

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O garoto é bom

Por Folha
07/06/13 01:54

Não vou lembrar o nome do hotel. Mas fica em Manama, praticamente a única cidade do Bahrein. E tem um bar.

Também não lembrava da data, mas isso foi fácil de consultar: 12 de março de 2006.

O que não esqueço é que naquele fim de tarde, no tal bar do tal hotel, um campeão da F-1, de bigode farto e barriga acentuada, bebia com gosto. Comemorava, feliz da vida, repleto de orgulho.

Com toda a razão.

Horas antes, seu filho, de apenas 20 anos, havia feito seu primeiro GP. Saindo de 12º no grid, terminou na zona de pontos, em sétimo. E ainda cravou a melhor volta.

“O garoto é bom,o garoto é bom”, repetia Keke Rosberg, pagando drinques a quem se aproximasse do balcão.

Não era discurso de mãe de miss. Mas só agora o mundo começa a se render.

Nascido na Alemanha mas criado em Mônaco, o garoto de Keke cumpriu com cuidado o passo-a-passo até a F-1.

Ganhou a F-BMW em 2002, fez dois anos de F-3 e, em 2005, tornou-se o primeiro campeão da GP2 numa temporada que tinha pilotos à época mais badalados, como Nelsinho, Prémat e Speed.

E se é verdade que estreou na Williams com ajuda de Ecclestone, que queria valorizar sua nova categoria-escola, também é que só se firmou na F-1 porque mostrou serviço.

No ano de estreia ficou em 17º no Mundial, mas só três posições atrás do companheiro, Webber _então em sua quinta temporada na F-1.

De lá para cá, nunca mais terminou um campeonato atrás do companheiro.

Menção honrosa aos três últimos, em que dividiu os boxes prateados da Mercedes com um certo Schumacher.

O que a F-1 enxergou como copo meio vazio (“o velho campeão está acabado”) neste 2013 salta aos olhos como o copo meio cheio (“O garoto é bom”, já dizia Keke.)

E isso acontece porque, agora, ele mede forças com uma estrela no auge da forma e da fama: Hamilton.

Um duelo bonito de ver.

Em seis GPs, Nico conseguiu três poles e uma vitória. Hamilton largou na pole apenas uma vez, ainda não venceu, mas soma 15 pontos a mais no campeonato por conta da maior regularidade.

Nico não faz pirotecnias dentro e fora das pistas, não dá declarações polêmicas. E talvez tenha sofrido por uma “culpa” que não é dele, uma desconfiança coletiva por ser filho de um dos campeões mais chochos da história.

Mas pouco a pouco vem conquistando respeito.

Sete anos depois, acho que no tal bar do tal hotel Keke foi até modesto demais.

*

Noves fora o bom duelo interno, a Mercedes deve dançar no Tribunal da FIA. O delito é tão óbvio e flagrante que fico curioso para ver a tentativa defesa.

(Coluna publicada nesta sexta-feira na Folha de S.Paulo)

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