Ver algo nascer é bacana. Renascer, melhor ainda.

Porque tem a ver com superação, com reconstrução, com tirar os problemas da frente. Zerar tudo. Recomeçar.
É o que vive Cascavel neste final de semana. E a cada volta que dou pelo autódromo, percebo um clima mais entusiasmado.

Automobilismo roots. Na veia. Gente acampada. Caixas de som acionadas.
Churrasqueiras a mil, por todos os lados. Sejam daquelas bacaninhas, sejam na base do tijolo e da grelha. Pra que mais?

O autódromo? Vale dividir em duas partes.
O circuito em si está ótimo: asfalto novinho, áreas de escape feitas com cuidado, zebras bem posicionadas.

(E o que é o tal Bacião, a parabólica em declive na saída da reta principal? Nos primeiros treinos, os caminhões chegavam ali a 205 km/h e faziam aquilo em quinta marcha, a 145 km/h. É a Eau Rouge daqui, dizem: separa os meninos dos homens.)

Já o extra-pista ainda tem algumas obras em andamento. Coisas de acabamento, que devem estar prontas antes da corrida da Stock, daqui a 40 dias _e seria legal pensarem num túnel mais largo no acesso ao miolo.

Mas, enfim, o saldo é dos mais positivos. Abandonado nos últimos anos, o autódromo de Cascavel não recebia a Stock desde 92 e havia cinco temporadas não tinha a Truck. Neste final de semana, está fazendo a cidade bombar. Hotéis e restaurantes cheios, aeroporto agitado, dinheiro circulando. Não tem segredo, é relação direta.
Parabéns à prefeitura, que assumiu o espaço e partiu para sua revitalização.
O automobilismo brasileiro, tão mal acostumado a ver circuitos e categorias definhando, agradece esse renascimento.