A decisão ficou para Interlagos.

Os três caubóis chegam ao pódio do Texas (Timothy A. Clary/AFP)
Hamilton venceu o GP dos EUA, Vettel ficou em segundo, Alonso foi o terceiro.
Com isso, a folga do alemão no Mundial subiu de 10 para 13 pontos. Só uma tragédia tira o título de suas mãos na corrida do domingo que vem. (Mas tragédias acontecem.)
Um GP que começou mal antes mesmo da largada.
Porque a Ferrari fez sujeira. Pegou o trabalho do Massa no sábado, sua boa sexta colocação no grid, e jogou no lixo. No lixo.
Não, não infrigiu o regulamento. Mas foi malandra. E malandragem, tirando aquela da turma de sapato branco da Lapa, nunca é legal.
“É difícil encontrar um piloto como eu”, disse Massa, no grid. Deixo para vocês interpretarem como quiserem.
Na largada, Vettel manteve a ponta, seguido por Webber e Hamilton. Alonso foi bem e pulou de sétimo para quarto.
O top 10 na primeira volta, Vettel, Webber, Hamilton, Alonso, Schumacher, Hulkenberg, Raikkonen, Grosjean, Di Resta e Massa.
Na segunda volta, Grosjean respirou fundo e passou Raikkonen e Schumacher.
Na terceira, Hamilton tentou passar Webber, mas acabou na área de escape. Tudo bem. Na volta seguinte, tentou de novo e conseguiu: assumiu a vice-liderança.
Na sétima volta, Grosjean rodou. Massa passou Schumacher e ganhou a posição do francês, subindo para oitavo.
Lá na frente, Vettel não conseguia escapar. Na décima volta, a folga para Hamilton era de 1s5 na décima volta.
Na 11ª, Massa abriu a asa e passou Di Resta: sétimo.
Na 13ª, um dos grandes momentos da prova: Raikkonen mergulhou na sequência de S e passou Hulkenberg para assumir a quinta colocação.
E coube a Kobayashi abrir os pits, na 14ª volta. Schumacher parou na seguinte, quando Massa deixou Hulkenberg para trás e reassumiu, enfim, o sexto lugar que ele e a Ferrari jogaram no lixo.
Na 17ª volta, a sorte voltou a sorrir para Alonso: Webber abandonou, com um problema no Kers. O espanhol subiu para terceiro. “Você é quinto. Neste ritmo, pode chegar ao pódio”, disse o engenheiro da Ferrari para Massa.
Hamilton e Alonso entraram nos boxes na 20ª volta _e a Ferrari se embananou para trocar o pneu traseiro direito do espanhol. Na 21ª, Vettel entrou. Na 25ª, Raikkonen _e a Lotus também errou no traseiro direito, devolvendo a Alonso o tempo que ele havia perdido. Na 27ª, foi a vez de Massa entrar.
E Hamilton resolveu apertar Vettel. Na 33ª, estava a 1s2. Na seguinte, a 0s6.
Button só entrou nos boxes na 36ª volta, devolvendo normalidade à classificação. O top 10, então: Vettel, Hamilton, Alonso, Raikkonen, Massa, Grosjean, Button, Hulkenberg, Bruno e Maldonado.
Massa também resolveu partir pra cima de Raikkonen. E deu certo. Na 40ª volta, se deu melhor após uma briga acirrada com o finlandês. Quarto colocado.
E Hamilton ia chegando, chegando… E chegou. Na 42ª, abriu a asa, jogou o carro pra direita e fez a ultrapassagem da vitória pouco antes da curva 12.
Vettel até tentou ficar por perto para tentar o troco, mas não conseguiu. Teria muito a perder, diga-se. Ficou em segundo, cruzando a 0s6 do inglês.
O top 10 final: Hamilton, Vettel, Alonso, Massa, Button, Raikkonen, Grosjean, Hulkenberg, Maldonado e Bruno.
A tabela mostra agora 273 pontos para Vettel contra 260 de Alonso. Caso abandone em Interlagos, o alemão de que torcer para o rival não ir ao pódio.
A tarefa de Alonso é a seguinte: precisa obrigatoriamente chegar ao pódio para sonhar com o título. Se vencer, será campeão se Vetter chegar no máximo em quinto. Se for segundo, torcerá para o alemão não passar de oitavo. E, se for terceiro, para o rival ficar no máximo em décimo.
Em resumo: Vettel corre por um quarto lugar.
O Mundial de Construtores acabou. Com o segundo lugar de Vettel, a equipe foi a 440 pontos e não pode mais ser alcançada por ninguém. Tricampeã.
(Antes de ir, uma reflexão: quem diria que Hamilton seria o grande apoio para Alonso neste final de campeonato?)