Naftalina: Divina
13/08/13 10:45Hoje não tem Pit Stop, e é estranho dizer isso numa terça após mais de seis anos de programa.
Mas pensei em pelo menos manter vivo o meu quadro preferido, o Naftalina.
Então lá vai…
Hoje a mocinha sorridente da foto abaixo completa 67 anos. Já uma senhora, pois.
E que merece todo o respeito: a inglesa Divina Mary Galica é uma das cinco mulheres com passagem pela F-1. E não foi só isso. Antes, ela disputou três Olimpíadas de Inverno. A primeira aos 19, em Innsbruck-64. Depois, em Grenoble-68 e Sapporo-72.
Era celebridade no Reino Unido, capitã do time de esqui e, por isso, certa vez foi convidada para uma corrida de famosos.
Gostou do negócio. A velocidade, afinal, já estava na sua vida. Começou a correr de kart, passou para a F-2 e, em 1976, foi inscrita para disputar o GP da Inglaterra com um Surtees de uma equipe independente, a Shellsport/Whiting.
Como quebrar tabu pouco é bobagem, adotou o número 13, tido como maldito no automobilismo. Coincidência ou não, falhou ao tentar uma vaga no grid: ficou com o 28º tempo, quando havia apenas 26 vagas.
(Uma curiosidade: outra mulher, Lella Lombardi também ficou pela pré-classificação nesta corrida, em último.)
Em 1978, Divina recebeu um convite da Hesketh para disputar o Mundial. Levou com ela o patrocínio da Olympus. Mas não foi bem.
Na abertura do Mundial, na Argentina, ficou em última na pré-classificação. A história se repetiu em Jacarepaguá, duas semanas depois.
Foi demais para a Hesketh e para ela.
A equipe, que já estava mal financeiramente, contratou um novo piloto, Eddie Cheever _meses depois, fecharia as portas.
Divina voltou a disputar provas regionais na Inglaterra. E nunca largou as pistas: correu de carros esporte, de caminhão e hoje trabalha na iRacing.com, uma empresa de simuladores de corridas.
No vídeo abaixo, de 2009, ela acelera o Hesketh de James Hunt num festival de carros clássicos de F-1 nos EUA…
É bom para matar a saudade do ronco dos motores nessas semanas de abstinência.
À dona Divina, nossos parabéns.