Lorenzo e Rossi, na foto oficial dos pilotos em Losail (Karim Jaafar/AFP)
Lorenzo, Crutchlow, Rossi.
Sim, 1-2-3 da Yamaha no primeiro treino livre da temporada da MotoGP que, ufa, começa neste final de semana no Qatar.
Rossi liderou por boa parte do tempo e só foi superado pelo britânico e pelo espanhol nos instantes finais.
Será que vem por aí um campeonato de duelos Lorenzo x Rossi?
Eu aposto que sim. E isso, amigos, vai ser imperdível…
O post com o álbum de figurinhas fez sucesso. Assim como o pedido para que alguém tivesse essa preciosidade em casa escaneasse e mandasse para o blog.
O álbum abaixo é do Luiz Fernando A. Pereira Jr, de Curitiba. Só ficou faltando o cheiro de tutti frutti do Ping Pong.
Álbum de figurinhas da temporada 1982 da F-1
O texto de abertura é do amigo e roqueiro Reginaldo Leme, que menciona George Harrisson e Rod Stewart.
“Muita coisa mudou do tempo em que só corriam os príncipes e barões até hoje. Não existem mais os lenços amarrados ao pescoço nem os óculos extravagantes. Todos correm com capacetes fechados, roupas contra fogo”, escreveu o mestre, num didatismo claro para atrair a molecada.
Funcionou.
Muita gente aprendeu a gostar de F-1 por causa desta iniciativa tão simples: um álbum, com figurinhas que vinham junto com um chiclete.
(Em tempo: duvido que a marca de chicletes tenha pedido autorização à F-1, na época, para fazer o álbum. Hoje, quem tentar algo assim sem pagar uma fortuna para a FOM leva um processo pesado na cabeça.)
Ao Luiz Fernando e a todos que colaboraram, um enorme obrigado.
O Pit Stop desta semana fala bastante sobre os quentes bastidores da F-1 na última semana: Alonso já pressionando a Ferrari e, ainda, a polêmica na Red Bull.
O programa também fala de Indy e GT.
E, no quadro Naftalina, uma homenagem ao mais velho campeão da F-1 vivo: Jack Brabham, que completa 87 anos nesta terça. Uma lenda.
“Last but not least”, como dizem os britânicos, fica aqui o registro da sensacional corrida que a dupla Edward Sandstrom e Frank Stippler fez ontem no FIA GT, em Nogaro.
Stippler largou na última fila com o Audi R8 LMS da equipe WRT. Entregou o carro para o sueco já lá na frente. Sandstrom cruzou a linha de chegada em segundo lugar, o que já seria sensacional. Mas foi mais do que isso: eles ficaram com a vitória após uma punição para o duo Rene Rast e Niki Mayr-Melnhof, que não desligaram o motor no pit stop obrigatório.
Em segundo ficou outro Audi, de Stephane Ortelli e Laurens Vanthoor. Fechando o pódio, a Mercedes de Maximilian Buhk e Alon Day.
Loeb e Parente, que brilharam no domingo, também foram punidos. Duas vezes. Primeiro, porque o francês soltou seu cinto de segurança antes da parada nos boxes. Depois, pelo totó que o português deu em Rast na luta pela liderança. Acabaram em 13º no geral e 8º na categoria Pro.
Entre os brasileiros, Cacá/Khodair fecharam em nono no geral, quinto entre os Pros. Zonta e Jimenez ficaram em 13º no geral e nono na Pro. As duas duplas, novatas, correm pelo também novato BMW Team Brazil.
O BMW Z4 da dupla Cacá e Khodair, em Nogaro (Pro-Photos-Sport)
Resultados bons diante das circunstâncias, pois. O importante, numa estreia assim, é levar o carro até o final, o que fizeram. A equipe agora precisa trabalhar para melhorar os pits stops _e eles sabem disso. Em pistas menos travadas a coisa também deve melhorar. A falta de torque atrapalhou nas saídas das curvas de baixa em Nogaro.
Os gaúchos Matheus Stumpf e Cláudio Ricci foram 15º no geral e sextos na ProAm. E Mascarello-Tozo terminaram em 22º no geral, terceiro no Gentlemen Trophy _categoria mais uma vez vencida por Fabien Barthez, aquele, em parceria com Gerard Tonelli.
A próxima etapa é em Zolder, na Bélgica, dia 21.
Com atraso, porque o dia foi de problemas técnicos por aqui: a melhor história deste início de semana é a do apoio de Carlos Slim à carreira de Pietro Fittipaldi.
Está no Tazio e é da lavra do Ubiratan Leal. E explica muito (tudo) sobre a guinada que o neto de Emerson deu na carreira, até o ano passado totalmente direcionada à Nascar.
Sem exageros: pelos nomes envolvidos, já dá para começar a citar o adolescente de 16 anos na lista de brasileiros na trilha da F-1…
Este cara aí da esquerda venceu nove, NOVE VEZES, o Mundial de Rali.
Achou que estava na hora de uma mudança de ares. “Ver coisas diferentes”, como ele mesmo definiu.
Foi correr de GT.
Pois bem… Neste domingo, Sebastien Loeb venceu sua corrida de estreia na GT Series, em parceria com o português Alvaro Parente, o da direita.
A vitória veio com uma ultrapassagem do próprio francês sobre o Audi de Nikolaus Mayr-Melnhof, a 6 minutos do final, após um zigue-zague que deixou o austríaco sem saber onde fechava a porta.
A equipe é dele mesmo, a Sebastien Loeb Racing, que conta com dois McLaren MP4-12C.
É um gênio.
Os brasileiros da equipe BMW Brasil foram bem, considerando que nenhuma deles jamais havia andado em Nogaro, que o contato com o carro foi mínimo, que choveu nos dois primeiros dias de atividades por lá.
A dupla Cacá/Khodair ficou em sétimo no geral, quinto na categoria Pro. Zonta/Jimenez terminou em oitavo, sexto entre os Pros.
Stumpf/Ricci, da ProAm, ficaram em nono no geral e terceiro na categoria. E Mascarello/Tozzo, do Gentlemen Trophy, foram 17º no geral e segundo na categoria _nesta, o vencedor foi Fabien Barthez. Sim, AQUELE!
“A paz acabou na equipe campeã do mundo (…) A disputa começa a fugir do controle. A prova de ontem foi uma corrida de riscos desnecessários. Os dois andaram no limite do possível.”
O relato é de Mario Andrada e Silva, um dos melhores repórteres de F-1 deste país, e foi publicado nesta Folha em 24 de abril de 1989.
Tratava do GP de San Marino, disputado na véspera, em Imola. A corrida em que a cordialidade entre Prost e Senna foi para o vinagre.
Havia, ali, um acordo de cavalheiros entre os dois: não atacar na curva Tosa na primeira volta. Ambos concordaram que o risco seria grande. Era a segunda corrida do calendário, o campeonato apenas se esboçava, não valia a pena cometer loucuras.
Houve duas largadas. Na primeira, Senna manteve a ponta, mas a prova foi suspensa na quarta volta, depois que Berger arrebentou a Ferrari na Tamburello. Na segunda, Prost pulou à frente logo nos primeiros metros. Veio a Tosa. E acho que aqueles que não viram ou não se recordam podem agora imaginar o que Senna fez.
Foi a declaração de guerra, o estopim para a deflagração de uma das mais agressivas rivalidades do esporte. Prost levaria aquele campeonato 13 corridas depois, jogando seu carro sobre o do companheiro, em Suzuka. O brasileiro daria o troco no ano seguinte. Até o final da vida de Senna, ambos se odiariam e protagonizariam duelos épicos, para sorte do torcedor.
A gênese não é muito diferente do que aconteceu em Sepang, no domingo. Segunda corrida do campeonato longo, equipe dominante nos últimos anos, o piloto mais abusado desrespeitando um acordo, partindo para cima do mais cerebral, vencendo.
Vettel merece críticas pela deslealdade, mas também compreensão por ter feito valer o instinto de competidor. Mais críticas merece a Red Bull, por tentar suspender a disputa, o esporte. Como a Mercedes. Como a Ferrari, tantas vezes criticada pelo mesmo motivo neste espaço.
Mas o ponto é: e o Webber? Vai reagir? Vai endurecer? Vai chutar o balde e se tornar um adversário para Vettel?
Seria sensacional. O australiano não tem muito a perder. Aos 36 e na 12ª temporada na F-1, já começou o Mundial sabendo que provavelmente seria o último.
Desde 2010, quando começou o reinado da Red Bull, foram 60 GPs. Em 18, ou 30%, a primeira fila foi da equipe. É tentador imaginar o que poderia ter acontecido se não houvesse ordens via rádio.
Que Webber se rebele. Que decida não entrar na história como mais um subserviente. Que confronte publicamente a equipe _e a marca Red Bull_ com o irrefutável argumento do espírito esportivo.
Aqueles que não aguentam mais interferências do pitwall agradeceremos aliviados.
(Coluna publicada nesta sexta-feira na Folha de S.Paulo)
A descoberta, em algum porão perdido da internet, foi do Anderson Sank.
É um álbum do Mundial de 1982, uma promoção do “chicle de bola” Ping Pong. (Ainda existe?)
As figurinhas vinham junto com o chiclete, que também lançou os saudosos Futebol Cards _responsáveis, imagino, por criar toda uma generação de moleques fanáticos por futebol e que hoje já estão quarentões.
As imagens não são lá grande coisa, mas valem pela nostalgia.
Alguém aqui tinha este álbum? E alguém ainda tem um desses em casa? Consegue reproduzir e mandar? A turma agradece…
Preciso dizer qual é o assunto principal do Pit Stop de hoje? Acho que não, né?
Lá vai…
O retrato de um sujeito “p…” da vida.
O clique é de Samsul Said, da Reuters.
