Quando motores rugiam
15/08/13 13:24A dica é do Samuel Siqueira Bueno e levanta novamente uma questão já abordada por muitos de vocês quando da divulgação do vídeo com o motor da Mercedes para 2014, no começo do mês.
Para facilitar a comparação, vou copiar aqui aquele vídeo. Mais importante do que ver é ouvir.
Nos comentários àquele post, houve quem comparasse este ronco ao de um liquidificador.
Agora fiquem com o Matra V12 da Ligier de Jacques Laffite em Monza-78.
No começo, alguém, talvez Laffite, diz: “Este é o som da potência”.
Nada a acrescentar.
Fato: no primeiro vídeo, temos um pernilongo voando baixo (literalmente) sobre Monza entre dois pratos de farofa. No segundo vídeo, temos um motor de Fórmula-1, também em Monza! :O)
A voz no começo do vídeo é do Mario Andretti.
Esse vídeo da Ligier serve também para ilustrar o quadro “F1 sem mimimi” ! Viram quanta gente em pé ao longo do box ?
Escutem o som de um super carro muito superior aos de fórmula 1, o Audi R18 E-Tron Quattro “Long Tail” LMP1 2013 (V6 Diesel): http://www.youtube.com/watch?v=ODgMxeaVuDY .
Este carro tem a média mais veloz de Le Mans de 241,4 km/h, média mais veloz que Monza na F1, feito de um carro que durou 24 horas correndo, que consome menos combustível. A diferença de som tornas os F1 de hoje e do passado som de calhambeques, é a diferença de um avião à hélice para um jato. Antes o récorde da volta de LeMans era do Porsche 917 turbo de 1971 (flat 12), esta média durou até o AUDI R15 TDI (V10 diesel) de 2010.
Concordo que é legal ouvir o ronco de motores maiores, mas o downsizing é inevitável.
E tem mais: a Fórmula 1 historicamente sempre trouxe inovações tecnológicas para serem usadas posteriormente em carros de passeio. Manter motores antigos, poluentes e pouco eficientes como os atuais, comparados aos novos turbo, não faz sentido. Se isso será bom ou não para os ouvidos dos fãs, pouco importa neste momento.
A F1 já foi bem mais inovadora para transmitir benesses para os carros comuns…Ela atualmente é personalista…E falar de poluição e não contabilizar a montanha de pelotes dos pneus” Farelli” soa falso, não???
Fabio, boa materia e só pra confirmar: no momento em que o Lafite retorna á pista fora das sombras, ele ultrapasa um carro amarelo: tenho quase certeza que era um Copersucar, será?
É.
Abs
Aproveitem enquanto ainda temos algum ronco. Em pouco tempo, o som que vamos ouvir será esse:
https://www.youtube.com/watch?v=lipRfJx0aHg
Que tragédia!
Direto do túnel do tempo… Esse ronco (sic) me fez lembrar dos legendários motores Mura 20 e Mura Grin que tracionavam os bólidos nas pistas de autorama da minha infância querida que os anos não trazem mais, “debaixo da bananeira, sem nenhum laranjais”! :O)
Pois é…
Pouco a acrescentar ao que os mais velhos (como eu) já disseram. Motores mais antigos, em especial os aspirados, era outra coisa. Só de brincadeira, para quem gosta, sugiro procurar os Porsche 917. Meu amigo, aquilo assusta. Era carro pra piloto macho mesmo.
Esse video aqui ilustra melhor o som do Matra:
https://www.youtube.com/watch?v=aFRA-0o87FE
Cayayo, mano!!! Thanx for sharingo!! :O) #coolenough!
Aquela cornetaiada apontada pra cima parece o frontline da OSESP em dia de Sala São Paulo! A música, pelo menos, é bem parecida!! :O)
Mais uma dose de Matra sem gelo pra quem curte… :O)
https://www.youtube.com/watch?v=xZwlI6U3pLg
(repara no carro… parece uma bacia de tomar banho com uma carenagem de plástico de encapar caderno por cima… se sentar ali pra pilotar não é coisa de doido, não sei mais o que possa ser!)
Olha Fábio Seixas, não é questão de ser saudosista mas existe um abismo entre uma coisa tecnologicamente controlada e uma força bruta, que seus próprios fabricantes desconheciam em toda sua plenitude. É a diferença:
– do RUMM, RUMM,URÓÓÓÓÓÓ ( ardido e monocórdio) do motor Mercedes e
– a miríade de entonações do MATRA, que transmite a sensação e emoção de força e poder…Eu vejo assim…
Isso sem imaginar a lástima de uma F1 sem o criticado artifício da asa móvel e 24 RUMM, RUMM,URÓÓÓÓÓÓ’s. Em fila e azucrinando a mente!!
Tenho 57 anos, sou aposentado a 4 anos; trabalhava em concessionaria de moto, acompanho F-1 desde garotinho, eu vi lafitte, emerson, pace, prost, nigel, acompanhei motociclismo de velocidade, nacional e internacional, bem, depois da aposentadoria me afastei de tudo, até porque não temos mais pilotos; mas será que tem alguém que não gosta do som de um v-12, não sou saudosista; mas que arrepia, arrepia não é?
Sacanagem. O motor 2014 parece uma Mobilete turbo. O da Ligier é emoção pura, principalmente qdo acelera nas retomadas e nas reduções de marcha
é o que sempre digo, o mundo só piora…
Em 1978 isso realmente tinha som de potência. Em 2013, tem som de liquidificador, desculpa…
Já sei de onde reconheci o barulho do motor Mercedes 2014: do dentista!
Este som de V8 Ferrari é pura música. Se bem que foi colada no filme pela sonoplastia (o carro que fez o trajeto era uma Mercedes 450)…
(não há ele completo no Youtube, mas pode-se baixar ele de várias fontes, um clássico do curta metragem) http://www.youtube.com/watch?v=pAg9fg_523k
Como já disseram aqui, tem que esperar para ver (ouvir no carro) mesmo. É muito difícil imaginar que um V6 com o escapamento certo não faça um bom som. Aliás acho que a cavalaria (trabalho dos cilindros) vai ser mais perceptível que os 12V trabalhando, eu acho!
Eu ficaria muito feliz em trocar o motor do meu Sandero 1.6 8v com apenas 82cv, por este Mercedez ai!
Certo, e aí você sequer conseguiria sair no sinal, já que não há volante entre o motor e o câmbio. Além disso, só andaria em giro alto – senão apaga – e o motor duraria 1000km. Duvido que você ficaria feliz, rs
Assisti no autódromo de Interlagos ao GP Brasil de F1 de 1974, ao vivo, com direito a vitória espetacular do Emerson. O som era ensurdecedor, uma coisa de que jamais me esqueci. Principalmente os V12 das Ferraris. Realmente, esses motores de hoje parecem mesmo liquidificadores.
Sem comparação, o primeiro nem parece motor de F1. Agora, que saudade da antiga di lesmo… Era pé embaixo.
É, Fabio, o som do motor 35 anos atrás dava de 10 a 0 nos turbo de 2014. E naquela época não tinha kers e nem outros artificios eletrônicos. Era potência mesmo.
O problema é qur nos acostumamos com o som delicioso dos aspirados. A diferença do V12 para o V10 foi sentida, assim como a do V10 para o V8. Mas me lembro do choque que causou a transição dos turbo para os aspirados.
Lembro-me perfeitamente num dia de teste de pneus em Jacarepaguá, janeiro de 1989, o grande mestre Edgard Mello Filho dizendo nos microfones da Rádio Bandeirantes, que o som do Renault V10 aspirado que empurrava a Williams “fazia arrepiar até o último fio de cabelo da espinha”!!!
Vai levar tempo para nos acostumar com o barulhinho do liquidificador. Mas fazer o quê, né. A gente é sempre obrigado a nos acostumarmos com escandelabros, degrau no bico, penduricalhos aerodinâmicos, enfim, o som do novo turbo será apenas mais um para termos que acostumar.
Um abraço, Fabio.
é impressão minha ou o motor turbo v6 tem trocas de marchas muito curtas? em algumas tomadas de video num espaço de 4 segundos foram engatadas 3 marchas…isso poderia significar carros mais lentos na proxima temporada…limitando mais ainda as velocidades
Assisti o video da Ligier e minha gata veio correndo ver o que era e ficou parada ouvindo, coloquei o video do motor Mercedes, a gata arregalou os olhos e pulou fora… nem tem mais o que comentar.
Os V12 da Ferrari (fim dos anos 80 e começo dos 90) também tinham um som espetacular.
Sem comentarios…Nao ha nada como o rugido dos motores da verdadeira Era Turbo.
Da para perceber algumas “imprefeicoes” no barulho do motor do Laffite pois a pilotagem era feita muito mais “no braco” do que hoje em dia, uma marcha que o piloto errava e podia ser o fim da prova, ou seja que o piloto realmente pilotava.
Hoje em dia o esforco fisico ‘e bem maior mas convenhamos que a pilotagem muito mais simples.
Valeu, Fabio!
Putz, q diferença gritante, realmente parece um liquidificador!! É estranho isso, porque as coisas antigas parecem bem mais legais que as atuais?? Abs
O barulho do motor na hora das reduções de marcha é sacanagem… arrepia.
mimimi…. de velhos que nunca evoluirão.
V6 Turbo é o futuro…depois vira a geração… tudo elétrico… passa a régua , próximo assunto.
E assim falou a voz do modernoso, insípido e descartável…
não gosta do assunto , nos acha velhos ??? o que tá fazendo aqui ??
Boa noite Fábio!
É de chorar de tão ruim que são estes novos V-6. Com todo o respeito.
Sempre fui F-1nático desde os 5 anos. Hoje tenho 32. Já vi e ouvi pela TV e ao vivo os motores V-10, V-12, V-8…
É simplesmente um absurdo o que estão fazendo com a F-1.
F-1 é motor, é ruído, é barulho. É “estampido”!!
Sinceramente, estou muito “desempolgado” com esta nova F-1.
Para mim, a F-1 está perdendo a magia.
Pode até ser que eu me surpreenda, mas… creio que não.
Já ouvi também o Renault V-6, agora este Mercedes “som de videogame”…
Como li em um comentário no próprio vídeo, se a F-1 quer ser ecológica e tal, que tal reduzir as viagens? Gastar menos combustível com os aviões, fazendo uma logística mais inteligente? Que tal fazer pneus que gastem bem menos? (pneu vem do petróleo…)
Só sei que estão conseguindo destruir a F-1.
A GP2 ano que vem pelo visto vai ser bem mais interessante de se ver.
Claro, vou continuar vendo a F-1 por força do hábito. Mas, com estes motores que mais parecem aspirador de pó, perdeu todo o encanto…
Quem ouviu o Renault V-10, o Honda V-10, o Ferrari V-12 etc…, simplesmente chora ao ouvir este novo motor.
Enfim… é de se lamentar.
Abraços.
F1 se motor com muito barulho é como Rock and roll sem bateria Guitarra e baixo.
Fabio vendo o vídeo da pra ver porque hoje e duro a ultrapassagem, o cara tinha que vir freando longe da curva e jogando marcha, a evolução dos freios. Queria saber quantos metros o piloto de 78 precisava usar em relação ao F! de hoje, tem essa comparação?
Boa pergunta…
Mais ou menos no 0:37 do primeiro video e no 2:55 do segundo, vc conseguir comparar.
No primeiro você vai ver que vem de “pé em baixo” até depois da placa de 100, freia e reduz ao mesmo tempo “jogando marcha”.
No segundo vc vai ver que lá na placa de 150 ou até antes, o piloto tira o pé, começa a freiar, depois da de 100 reduz apenas 1 marcha e faz a curva.
Além do freio, a relação de marchas, o cambio manual, tudo isso influencia, o piloto não podia ficar segurando o carro no cambio toda hora se não quebrava.
repare tb que a zebra da época não era baixa e isso dificultava mais ainda a tangência.
Espero ter ajudado.
abs
Não entendo muito sobre carro, mas realmente isso que você falou faz sentido.
Os freios parecem ter evoluído muito e influenciam nas corridas.
Segundo li uma vez, os caras tinham condições de construir carros “inultrapassáveis” hoje. Por isso a FIA vive limitando pelo regulamento.