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Fábio Seixas

Automobilismo e pitacos sobre tudo o mais

Perfil Fábio Seixas, 38, é jornalista com mestrado em Administração Esportiva

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Colonização predadora

Por Folha
26/07/13 03:00

Parece que foi ontem que Yeongam recebeu a F-1 pela primeira vez.

Os sul-coreanos fizeram festa, encararam aquela inauguração como a realização de um sonho.

Foi o desfecho de um processo longo, com etapas que tiveram de ser cumpridas à risca, para que o país recebesse um GP.

Tilke, o arquiteto preferido de Ecclestone, foi contratado. Um circuito foi construído a 360 km de Seul ao custo de US$ 200 milhões. Outros US$ 264 milhões foram pagos à FOM pelos promotores. Os boxes são espaçosos, a sala de imprensa é ampla, o paddock é dotado de suntuosos prédios para as equipes. Nenhuma exigência foi esquecida.

O lugar recebeu a categoria em 2010, 2011 e 2012. Receberá a 14ª etapa do campeonato, em outubro.

E corre o risco de não receber a F-1 nunca mais.

Nesta semana, a Red Bull anunciou que seu circuito receberá o GP da Áustria no ano que vem. Já tem até a data: 6 de julho. É a velha pista de Zeltweg: traçado mantido, mas com instalações novíssimas.

Os russos também divulgaram um acordo com Ecclestone: o GP de Sochi acontecerá em 19 de outubro, dizem.

O inglês ainda tem acordo para a estreia de um segundo GP dos EUA, nas ruas de Nova Jersey, em 2014. É o seu mercado dos sonhos, uma velha obsessão.

São 19 corridas nesta temporada. No máximo, serão 20 no ano que vem, palavra de Ecclestone.

A aritmética é simples e cruel: dois circuitos atuais vão dançar.

O da Coreia é favorito à degola. Seu acordo com a FOM é de sete anos, mas quem acompanha F-1 sabe que, por lá, contratos existem para serem rasgados. O de Nova Jersey pode não sair do papel, o que salvaria temporariamente lugares como Malásia e Bahrein.

E, assim, Yeongam se juntaria a Istambul, outro autódromo moderníssimo, projetado por Tilke, e que hoje é um parque fantasma. Com a sanha da F-1 em tomar dinheiro de “novos mercados”, locais sem tradição no automobilismo, a lista será ampliada nos próximos anos.

Uma sugestão: que sejam usados para viagens escolares, em aulas práticas sobre os limites da ambição e do desrespeito.

*

Na semana passada, esta coluna tentou apontar motivos para o fato de nenhum brasileiro ter participado dos testes da F-1 para jovens pilotos, em Silverstone.

Nesta semana, de terça a domingo, acontece o Brasileiro de kart, em Eusébio, no Ceará. Os dois primeiros dias foram cancelados porque o asfalto precisou ser refeito.

Só ontem os pilotos receberam a notícia de que o evento seria levado adiante. O campeonato é organizado (?!) pela Confederação Brasileira de Automobilismo.

Tem tudo a ver.

(Coluna publicada nesta sexta-feira na Folha de S.Paulo)

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Comentários

  1. Ricardo Churros comentou em 30/07/13 at 8:52

    Os circuitos que estao abandonados pelo mundo a fora ainda estao em melhores condicoes que os circuitos brasileiros exceto Interlagos quando preparado para receber a F1.

  2. Vinicius comentou em 27/07/13 at 19:47

    Mas Istambul é muito mais pista que aquela aberração de Yeongam.

  3. flavio comentou em 26/07/13 at 23:09

    Quando existiam brasileiros disputado títulos eu não via ninguém reclamando. Agora é um chororô só. Aposto que, mesmo com todos esses problemas, se os brasileiros estivessem bem, ninguém estaria aqui chorando. Bando de incompetentes!!

  4. Celso SP comentou em 26/07/13 at 9:57

    Podiam aproveitar e incluir esta do próximo domingo… eita corridinha chata.

    Com os pneus farofas e mais uma asa aqui e acolá quem sabe ainda aconteça 2 ultrapassagens.

  5. Igor Freiberger comentou em 26/07/13 at 9:15

    Brilhante comentário. Ecclestone é a síntese do capitalismo mais selvagem e a categoria que dirige representa bem isso: um negócio em que o esporte se tornou quase decorativo. Os administradores em SP, RJ e SC deveriam observar o passado recente da FOM antes de levar adiante seus projetos. E nós deveríamos boicotar tanto as corridas quanto seus patrocinadores já que a F1 que um dia nos brindou Fittipaldi, Piquet e Senna não existe mais.

    • raimundo.costafilho@gmail.com comentou em 26/07/13 at 9:32

      Quando os pilotos correrem de graça e novos materiais luta leves forem encontrados na esquia termos grandes prêmios apenas na Europa.

  6. Mauricio Garcelan comentou em 26/07/13 at 9:04

    Fábio, a única solução é a formula 1 deixar de ter um único dono e passar por uma reformulação onde o esporte seria a prioridade! Pouco provável… Abs.

    • Murilo Rodrigues comentou em 26/07/13 at 15:41

      Pode ser que seja possível com a morte do Velho gagá que, aliás, já esta fazendo hora extra por aqui.

  7. Glauber comentou em 26/07/13 at 8:49

    Fabio, isso nao eh particularidade da F-1. Nao eh a mesma coisa com a FIFA e suas Copas do Mundo? Tambem nao chupam dinheiro publico dos paises para construir estadios que depois ficam abandonados? No Brasil, tinhamos mais do que quantidade suficiente de estadios para realizar o evento, mas veio a desculpa de que “nao tinham padrao FIFA” para fazer com que todos estadios fossem reconstruidos, como se nunca os tivessemos tido, de fato!
    Nao eh coincidencia, eh o modus operandi do grande capital, de grandes “companies”: sugam dinheiro do Estado atraves de sua influencia, e convencendo a populacao a achar tudo maravilhoso e benefico. O titulo que voce deu a esta postagem nao poderia ser mais conveniente, alias.

    • Murilo Rodrigues comentou em 26/07/13 at 15:42

      Ótima comparação.

  8. André Miranda comentou em 26/07/13 at 8:37

    Será que automobilismo no Brasil se resumirá a campeonatos em simuladores de corrida?

  9. André Luis comentou em 26/07/13 at 6:24

    Devido a essa bagunça é que não temos nenhum piloto com condições de ingressar nas categorias de base do automobilismo.O Senna só conseguiu competir na Europa porque vinha de uma família rica.Já passou da hora de o Bernie Ecclestone responder pelos inúmeros prejuízos que causa a equipes e organizadores de GPS.A sua sanha por tomar dinheiro dos outros é surreal,visto que a F1 não é sinônimo de audiência e público há muito tempo.O prefeito do RJ está construindo um novo autódromo,com certeza pela promessa desse dirigente para sediar no futuro uma prova da categoria, e está exigindo horrores do governo de SP para manutenção da prova por lá.Periga os 2 se darem mal e gastarem recursos públicos a troco de nada quando o Bernie trocar o Brasil por outra praça que lhe ofereça mais dinheiro e condições,ainda mais que a perspectiva de não termos um piloto na F1 a curtíssimo prazo é mais do que uma realidade.

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