Programe-se
03/07/13 01:40Nomes serão poupados por motivos óbvios. Apenas informo que o Flavio Gomes estava, porque ele não tem que ser poupado de nada. Mas aconteceu em Nurburgring, palco da corrida deste final de semana.
O ano, não lembro. Acho que foi em 2002, por aí.
Assim como já relatei sobre Silverstone, é difícil arrumar um restaurante decente para jantar em Nurburgring. Há o “La Lanterna”, em Kelberg, ali pertinho, que vale tanto pela comida como pela amizade que criamos ao longo dos anos com o Maurizio e sua família, os simpáticos donos do lugar.
Mas às vezes é bom variar.
Foi o que fizemos naquela noite de sábado. Saímos do circuito e resolvemos ficar ali mesmo na rua ao lado, bebendo cerveja e comendo todos os tipos de salsichão que você possa imaginar: bratwurst, frankfurt, blutwurst, sülzewurst e quetais.
De repente, passou um ônibus. Um ônibus bem animado. Um ônibus cheio de gente cantando. E a gente ficou curioso com aquilo.
Passaram-se uns 20 minutos, e o ônibus apareceu de novo. Ainda mais animado. E daí percebemos do que se tratava.
Havia, a uns 2 km do circuito, atrás dos acampamentos, uma enorme tenda. Mas não era um circo. Ou era. Um circo da luxúria, digamos assim.
A missão do ônibus era fazer um catadão da turma nas barraquinhas e levar para lá. Foi logo apelidado por nós, fluentes em alemão, de “puttenbus”.
O ônibus passou mais uma vez. Outra. “Vou entrar no próximo”, alguém disse, talvez eu. Entramos todos. Fomos ver de perto o que era.
Nos 5 minutos até lá, ensinamos pitorescas expressões do nosso rico vocabulário para os alemães com cerveja até a tampa. Uma bonito intercâmbio cultural.
Chegamos. E era uma festa. Sim, de tempos em tempos uma menina subia no palco e fazia um striptease. Mas não era nada de muito diferente do que você vê no Carnaval ou na TV depois das 23h. Pensando bem, era quase inocente.
Mas era uma festa, enfim. E curtimos. E foi bacana.
O único detalhe é que a missão do “puttenbus” era levar a turma pra lá. Mas a volta, aparentemente, não estava programada. Tivemos que descer aquele morro a pé e caminhar até a pensão do “Norman Bates”, carinhoso apelido dado anos depois pelo colega Pedro Bassan ao dono do lugar onde nos hospedávamos. Ele tinha/tem um jeitão meio estranho.
Se você for a Nurburgring neste ano, não deixe de pegar o “puttenbus”. Se você não for, segue a programação do GP da Alemanha, no horário de Brasília:
sexta
5h-6h30: 1º treino livre
9h-10h30: 2º treino livre
sábado
6h-7h: 3º treino livre
9h: treino classificatório
domingo
9h: GP da Alemanha, 60 voltas
(Vou lá acelerar agora. São dois carros, um Prost e um Arrows. Se eu sobreviver, conto como foi. Até.)
cara, ótima história. Diz o nome dos outros também. Só o Flavio Gomes leva na cabeça? Puttenbus, ótima ideia! Vou montar um desse para descer a r. Augusta.
Norman Bates foi de chorar de rir, pra quem já assistiu ao Psicose mais de 10x
Adorei sua história parabéns!
Fábio, se você e o Flavio Gomes reunissem estas histórias num livro, venderiam pra caramba. Pensem nisso.
Abraço, pisa fundo nessa bagaça aí, divirta-se e conta pra gente depois como foi!
Caraca… que idéia! o Fábio deve ter MUITA historia pra contar. Se lançar o livro eu compro!
Fabio,qual a previsao do tempo para o gp da Alemanha?Abraço.
“PUTTENBUS” foi demais kkkkkkk vou passar o dia inteiro hoje rindo disso hahahaha