Vida loka
15/06/13 10:09Há exatos 20 anos, em 15 de junho de 1993, morria James Hunt.
Um marco para a F-1, e isso independe de concordar ou não com seu estilo de vida.
Imagine um piloto, hoje em dia, costurar um emblema no macacão com a inscrição “Sexo, o café-da-manhã dos campeões”, ao lado de marcas que pagam fortunas para estar ali.
Pensem num piloto chegando de volta ao seu país, aguardado por 2.000 pessoas no aeroporto, e descendo do avião bêbado, amparado pela mãe e pela mulher.
Um playboy, um libertino, um fumante, um drogado… Mas que era também piloto de F-1. Rápido, arisco, ousado. E campeão mundial.
Uma passagem descrita na biografia “Shunt: The Story of James Hunt”, de Tom Rubython, resume o que era seu jeito de ser.
Nas duas semanas que antecederam o GP do Japão de 1976, a prova em que conquistaria o título mundial, a “concentração” de Hunt foi no Tokyo Hilton, ao lado do seu parceiro de baladas Barry Sheene, campeão das 500 cc, outro doidão. Rolou de tudo, inclusive cocaína e maconha. Mas, principalmente, aeromoças da British Airways, que usavam o hotel como ponto de parada por 24 horas antes de seguir viagem. Hunt contava ter transado com 33, além de um sem número de fãs japonesas que se aglomeravam no lobby.
Uma parceria tão intensa, entre Hunt e Sheene, que virou um filme.
“When Playboys Ruled the World”.
Logo no começo, uma declaração de Moss vai direto ao ponto: “Nos meus tempos, quando terminava uma corrida, os pilotos iam atrás de mulheres. Hoje eles vão agradecer a Vodafone”.
O filme está aqui, na íntegra:
Como os leitores do blog já sabem, Hunt voltará às telas neste ano, na superprodução “Rush”. Não vejo a hora.
O maior “vida loka” do automobilismo morreu em sua casa em Wimbledon, vítima de um ataque cardíaco fulminante.
Se a seção “F1 sem Mimimi” tivesse um patrono, seria ele.
Fábio, o pit stop vai continuar? É o melhor programa de esporte, apesar de ser muito curto!
Abs.
Vai, sim.
Abs
“Racionalmente, é a Revolta Brasileira”.
A camada fina de gelo sobre a hipocrisia social democrática em que vivemos vai se quebrando por força dos repetidos erros da classe dominante. Por muito menos famílias reais foram degoladas e déspotas tiveram seus corações arrancados.
A Justiça prende desafortunadas pessoas por crimes banais enquanto condenados pelo Supremo exercem cargos eletivos.
Governantes têm seus modos corruptos escancarados por antigos aliados enquanto inversamente os mesmos que denunciam sofrem e são condenados a pagar fortunas por dizerem a verdade.
Saúde Publica funciona de forma pior que em tempos de guerra enquanto os Planos de Saúde e os empresários donos de grandes hospitais enriquecem sugando verbas do sistema único de saúde.
A violência chegou ao nível de dar medo ao capeta e escandalizar a Al Qaeda, Hamas e Hizbollah porque aqui no Brasil se mata por cinco reais, se mata no transito se mata no futebol, se mata com farda, se mata por desvio de verba da saúde, educação e cultura e a culpa de tudo sempre é colocada nas drogas. É a desculpa oficial e padrão.
As televisões e os jornais anteriormente se dividiam entre os que defendiam a verdade e os que buscavam sua estabilidade econômica apoiando a mentira, só que agora com o advento da Internet e temendo a bancarrota, todos criaram uma simbiose e interdependência inacreditável com quem esta no poder ou com quem quer tomar o poder, devido às fortunas aplicadas em propaganda.
O processo eleitoral é uma mentira, pois esta embasada nos moldes antigos de dominação no seguinte tripé: Partidos Políticos sem personalidade, sem singularidade, transparência e sem foco na defesa dos pobres. Candidatos sem originalidade, repetidos, incapazes, elitistas e representantes da classe dominante. Informação, orientação e educação política direcionada e parcial, doutrinante, formadora de tijolos e alienante, sem conteúdo, sem verdade e memória.
O processo e a estrutura do Sistema educacional é uma piada e funciona como pequenos presídios ou creches de mendigos, desaparelhada e com professores e servidores desvalorizados e pessimamente remunerados e assistidos.
Pega tudo isso embrulha em um papel cheio de merda e escreve a “Copa é Nossa, Vamos lá Brasil!” e dá para o jovem esclarecido comer. Uma hora ele vai vomitar.
É isso e muito mais.
Sérgio Alberto Bastos da Paixão
http://www.facebook.com/sergio.paixao.35
Prezado Sr.
na falta do que fazer resolvi ler seu blog,sempre nacionalista xiita,tanto que arrumou uma boquinha na Globo do ufanista Galvão(Deus terá que me perdoar por citar o nome dessa coisa).
James Hunt foi bom piloto e melhor viciado e maluco.Ganhou um campeonato sabes como.
Suas matérias estão defasadas,pois não noticiou nem comentou a morte recente e a vida de Jose Froilan Gonzales ,”El Cabezon”que em 14 de Julho de 1951 deu a primeira vitória da Scuderia Ferrari,a equipe mais vencedora da F1,a mesma que o Sr.detesta e só enxerga defeitos e chama de treteira pela falta de caráter de 2 brasileiros,principalmente o Pé de Chinelo.
Quer saber as historias verdadeiras ,ou deixa barato ?
A única que constrói tudo que aplica em seus carros ,contra uma turma de “garagistas”que compram e usam o que os outros inventam e fabricam,e nem assim batem a Ferrari.Tenho dito.Abraços e abra sua mente.
Como piloto, não era brilhante. Foi um campeão de ocasião, ou seja, um bom piloto que estava no carro certo e na hora certa.
Mas esse estilo de vida tão destoante dos demais pilotos (isso numa época em que a F1 tinha muito mais porra louquice do que hoje) e o carisma já são um interesse por si só.
Outra coisa que eu destaco também é que sempre que o vi em documentários ou li declarações suas, sempre me pareceu uma pessoa lúcida, com opiniões equilibradas (até contrastando com o estilo de vida e a fama adquirida). Gostaria de tê-lo visto como comentarista.
Ainda bem que temos o Kimi Raikkonen , gosto de ver a sinceridade dos pilotos, não apenas pilotos, mas esportistas em geral, sei que ser conservador é o correto a se fazer, ainda mais em um mundo tão burocrático.
O Caldwell resume tudo: “when racing was dangerous and sex was safe”.
FS, é possível encontrar biografias em português de Hunt e Villeneuve na internet?
Em português não conheço.
Abs
Fábio,
Acompanho o seu blog há muito tempo, não tem uma vez que entro na internet e não confiro se você postou alguma atualização.
Gostaria de dar uma sugestão.
Pelo menos eu, sinto falta de um “programe-se” para outras categorias e não somente a F1, como Stock, MotoGP, Indy e etc.
Abraços.
Acabei de assistir… PQP! Que época diferente!!! Quando o esporte a motor era perigoso… e muito menos entediante!
Em larga medida todos os pilotos da F1 são um tanto quanto “desparafusados” por viverem abraçados com o risco. A diferença é que alguns extrapolam. Quando vejo os getstores da F1 querendo implantar o fair play nas pistas , me vem a mente uma palavra : hipocrisia. Já se viu por mais de uma vez pilotos rodarem e trocarem tapas na caixa de brita ! Também se presenciou o desespero de Emerson Fitipaldi que parou durante uma prova tentando retirar do carro em chamas um colega (se não me engano Niki Lauda), enquanto os demais passavam ventando se preocupando apenas com um eventual pódio ! Tudo isso sem falar de Nelson Piquet que após a conquista de um campeonato mandou um sonoro “não enche o saco” a um reporter que tentava entrevistá-lo , e depois saiu correndo para festejar sozinho não sei onde! São todos malucos.
Maluco é quem paga pro Massa correr . . . .hehe
Fábio,
constatei que os seus artigos estão mais livres, com um tom que não via antes (vida loka, drogado, etc…)
já é visto que sua saída da Folha começou benéfica, pois parece que não se importa tanto agora com algumas regras de redação interna, ou seja, há uma tendência boa de ótimos e memoráveis textos daqui para frente!
então uma dúvida:
1 – esse texto seria aprovado para divulgação no jornal?
2 – como é (era ) o processo de revisão do texto?
Acho que é impressão sua. Nunca tive que submeter nenhum texto do blog a ninguém, e continuo não fazendo.
De qualquer forma, obrigado pela força.
Abs
Concordo, em parte, com esta impressão do “rolemberg”. No mínimo, mais liberdade criativa você está demonstrando. E isto ajuda o teu estilo literário, que sempre foi interessante. Acho que o próximo passo será aumentar o teu gosto pela NASCAR. Daí sim você será um crítico completo de automobilismo. Parabéns pelos avanços…
Quem disse que o Emmo “acertava” carro pro Hunt ser campeão? Hunt por si só era um grande acertador de carros, apesar de fazer muita lambança na pista. Tanto é que ele foi considerado um azarão no ano que ele foi campeão, quebrou o horizonte de espectativas criado acerca do Lauda. O ano era dele (do Lauda) sem dúvida e a Ferrari, depois de anos tropeçando, conseguiu desenvolver um carro competitivo antes da cadeira elétrica 126 C, de 1982. Acerca da vida do Hunt, o cara se deleitou enquanto pode, foi um bon vivant de fato, isso não tem o que contestar. Na época deu uma nova face a F1, cheia de “glamour”. Infelizmente para nossa tristeza esses tempos voltaram, onde os pilotos ao invés de mostrar seu talento, devem mostrar serviço…..
O Hunt era um Playboy Farrista, e essa era a sua marca, mas quis o destino premiá-lo com o campeonato de 1976 para que o torcedor o enxergue pelo menos na galeria dos campeões da F1 só por curiosidade!
Desculpe, mas nāo admiro o JH. ganhou Em 76 com o carro que o Emerson tinha acertado. Só foi campeāo porque o Lauda se retroussé na última prova, protestando contra a direćāo da prova. Playboy por playboy, fico com o Piquet, que aproveitou a vida sem abusar das drogas e sem dormer com o seu chefe de equipe…
Pelo que já li sobre o Hunt, o Kimi – tido como seu sucessor no estilo de vida – não passaria dum escoteiro travesso -rs
Lembro de uma cena dele no pódium agarrando uma gartota e tacando a mão no traseiro dela.
Hehe
Numa época aonde até roqueiros morrem de infartos, avc ou por decorrência de cirurgias plásticas, o que esperar do higienizado mundo comercialmente perfeito da F1?
O cara ai embaixo que escreve uma biblia em cada comentário diz que o Hunt morreu cedo. E eu pergunto, o que adianta viver 100 anos se ele é abstêmio, nunca aprontou algo que poderia ter levado à morte ou é monogâmico?
Semana passada meu amigo que nunca comeu carne, tinha uma refeição vegetariana e praticava esportes 6 dias por semana morreu de…… Ataque Cardíaco Fulminante.
Então…. Viva os Hunts da Vida!!!!!!!!!!!!!!
Hunt aproveitou a vida adoidado mas a bebedeira, cigarro e drogas cobraram seu preço, morreu muito jovem aos 45 anos. Sua sorte foi Lauda sofrer acidente em 76, em condições normais nunca buscaria Lauda na tabela(na época de Ferrari, Lauda tinha uma “RBR” nas mãos, muito graças ao seu projetista Mauro Forghieri). O retorno do austríaco em Monza foi assombroso, a desistência do título na última corrida fica em segundo plano. Lauda tinha coragem de sobra, deixou uma grande lição a vida em primeiro lugar. Lauda hoje tem 64 anos e não se arrepende de nada que fez dentro da F-1.
Voltando ao presente…
“Não é a toa que Alonso e Hamilton estão mordidos com o sucesso do alemão”
A revista Quatro Rodas instituiu em 1989 o Ranking de todos os tempos(semelhante ao Ranking Oficial da FIA). Os 6 primeiros de cada campeonato recebem pontos(9,6,4,3,2 e 1). A soma é multiplicada pelo resultado da divisão do número de vitórias pelo total de GPs disputados. Este critério valoriza os títulos, a regularidade e a média de vitórias. Esse critério vale apenas para quem venceu uma vez na F1.
Ex: M.Schumacher 91 / 307 X 92 = 27,27
Fonte para dados: http://www.statsf1.com/
Desde 89 me baseio por essa lista, como foi criada por uma revista brasileira tem que ser levada em consideração, mas estranhamente a revista deixou de publicar a lista no final dos anos 90(o vento começou a soprar contra os pilotos brasileiros, acabou o interesse). Mesmo assim, resolvi atualizar ano a ano para ver como fica, acredito ser uma boa base para saber o nível dos pilotos. Para maioria no Brasil, por causa da raivinha dos pilotos de fora, ela não que dizer muito. Mas ninguém pode negar o aproveitamento que cada piloto conseguiu na F-1(fora as conquistas históricas, como por exemplo, formar um time em torno de si começando por baixo até os títulos, casos de Lauda, Piquet, Prost, Schumacher, Alonso e Vettel). Bom lembrar, mais de 700 pilotos passaram pela categoria, entrar nessa lista já é um grande feito mesmo vencendo apenas uma vez no mundial.
A lista abaixo esta atualizado até o GP de Brasil 2012. Achei melhor separar os campeões dos pilotos sem títulos, mostra melhor a realidade. Essa coisa de colocar S.Moss entre os super-campeões, na minha opinião é forçar muito a barra. Pela média, ele ficaria a frente de tricampeões como Vettel, Lauda, Piquet e Brabham, de vários bicampeões e todos campeões. Uma coisa fica bem claro, em termos de eficiência, Moss foi disparado o melhor piloto sem títulos da F-1.
Lista de pilotos Campeões da F-1:
https://fbcdn-sphotos-g-a.akamaihd.net/hphotos-ak-frc1/p480x480/1589_656712867679125_1237307462_n.jpg
Se Vettel fosse campeão no GP do Canadá sua situação na lista seria 29 / 108 x 42 = média 11,27. Ficaria somente atrás de Prost, teria o mesmo número de títulos do francês, mas ficaria atrás por causa da média menor. Como podem ver o número de títulos e média de aproveitamento faz diferença na Formula 1.
Novembro de 2012!!!
Coluna Superpole, por Victor Martins: Quem é melhor: Alonso ou Vettel?
http://www.grandepremio.com.br/f1/noticias/coluna-superpole-por-victor-martins-quem-e-melhor-alonso-ou-vettel
Abaixo, os melhores pilotos da F-1 sem títulos:
https://fbcdn-sphotos-a-a.akamaihd.net/hphotos-ak-prn1/6309_656712394345839_357721970_n.jpg
Caramba! E eu pensava que entendia de F1 ! Obrigado pela aula. Nessa tabela de grandes pilotos sem título é triste ver Villeneuve pai, Pironi, Arnoux, Peterson, que tantas emoções nos proporcionaram. Se bem que os números são frios, não traduzem que na época deles o arrojo cobrava o preço, seja com quebras ou mortes. O Grande Emerson foi bi com “apenas” 14 vitórias, pela técnica e regularidade. Abs.
Escreva o quanto precisar, porque eu sempre procuro ler. O que importa é a boa informação. Abs.
Marcelo, como sempre, postando estatísticas importantes a respeito da F-1. Mais uma vez, meus parabéns !
Parabéns pela análise (ou continuação do trabalho iniciado pela Quatro Rodas)! Acho que esse foi o melhor critério que já vi sendo utilizado para “rankear” os pilotos. A minha única ressalva é que deveria ter um ranking geral com todos os pilotos, independente da quantidade de títulos. No fim das contas, para a história acaba tendo mais peso um Stirling Moss que por diversas vezes quase foi campeão do que um James Hunt ou Keke Rosberg que foram campeões e depois sumiram.
O retorno do Lauda após sua recuperação foi realmente impressionante, mas eu não diria que a desistência de correr a última prova tenha ficado em 2º plano. Para quem chegou ao Japão com vários pontos à frente do Hunt, podendo ser campeão sem vencer a prova, a decisão de não largar demonstrou desprendimento e coragem para enfrentar os desmandos da FIA que colocavam a F1 prá correr em qualquer lugar, pouco se preocupando com a segurança de pilotos e público. O mesmo que o Rato fez ao desistir nas primeiras voltas do GP da Espanha em Montjuic, 1975. Lembro ainda que 1976 fez a estreia do Japão no calendário da F1.
Quanto ao Hunt, admiro-o mais pela gandaia do que pelas qualidades de piloto. O título em 76 foi obra do destino.