Rosberg, de ponta a ponta
26/05/13 11:27Deu a lógica em Mônaco. Pela nona vez em dez anos, o pole venceu.
Corrida chata, poucas emoções, vitória de Rosberg.
O alemão saiu na frente, terminou na frente.
É a primeira vitória da Mercedes na temporada e a segunda nesta nova aventura na F-1 _a anterior também havia sido com Rosberg, em Xangai, no ano passado.
Vettel foi o segundo, seguido por Webber.
Foi de ponta a ponta. E, com poucas ultrapassagens, o agito ficou restrito aos acidentes: houve duas intervenções do safety car e uma bandeira vermelha.
Na largada, Rosberg manteve a primeira posição, deixando Hamilton para se virar com os ataques de Vettel.
Alguns toques, Van der Garde e Maldonado passaram pelos boxes para colocar novos bicos, mas nada de muito grave. Lá atrás, Massa ganhou três posições e pulou para 18º.
O top 10 na primeira volta, Rosberg, Hamilton, Vettel, Webber, Raikkonen, Alonso, Pérez, Button, Sutil e Vergne.
Pelo rádio, Button reclamou de Pérez. Caguetou o companheiro para a FIA. “Sei que somos companheiros de equipe, mas ele cortou a chicane!”
Que fase vive a McLaren…
Com Vettel preso atrás de Hamilton e sem grandes ataques no meio do pelotão, aconteceu o que todos temíamos: o GP virou uma procissão, um trenzinho.
Até a décima volta, só Button ganhou posições entre os dez primeiros colocados. Primeiro de Sutil, depois de Pérez, para seu alívio.
Corrida chata, chata, chata…
Para a Mercedes, a boa notícia foi o baixo desgaste do pneus. Pelo menos no principado, o fantasma dos pneus-farofa não apareceu.
Na 23ª volta, Ricciardo e Bottas abriram a janela de pits. Na 25ª, Webber e Chilton pararam. Na 26ª, Raikkonen e Button.
Na 27ª, Massa, que largou com os pneus mais duros à disposição, mas não conseguiu levar adiante a ideia de apenas um pit stop.
Alonso entrou na 29ª, junto com Pérez…
E foi então que assistimos a um replay do sábado. Massa perdeu o controle no mesmíssimo lugar do terceiro treino livre. Virou passageiro do carro.
Bateu nos mesmíssimos pontos, embora com menos violência. Mas foi o suficiente para deixá-lo atordoado e exigir a entrada do safety car.
Corre-corre nos boxes, entre aqueles que não pararam. E Hamilton se deu mal.
A Mercedes não chamou seus pilotos imediatamente para os boxes. E quando o fez, na volta seguinte, Hamilton precisou ficar esperando Rosberg ser atendido. Resultado: o inglês perdeu posições para Vettel e Webber.
Entrou nos boxes em segundo, saiu em quarto. Deve ter ficado muito feliz dentro do capacete…
A relargada veio só na 39ª volta. Sem grandes ataques.
Na 41ª (ufa!), Hamilton deu o bote sobre Webber. Fizeram a Rascasse lado a lado, mas o australiano conseguiu manter a terceira posição.
Em seguida, um rádio importante: “Lewis, você tem que dar mais 46 voltas com esses pneus”. Ou seja, ele também iria tentar apenas uma parada.
Na 42ª, Button tentou passar Alonso. Deu um totó com o bico no pneu traseiro do espanhol. Perdeu ritmo, Pérez aproveitou, passou e partiu para cima do bicampeão. Tentou ultrapassá-lo na saída do túnel e só não conseguiu porque o ferrarista cortou a chicane. Pelo rádio, reclamou.
(Na falta de Kobayashi, o papel de showman da corrida deste ano coube ao mexicano.)
Quatro voltas depois, bandeira vermelha, corrida interrompida. O motivo: Chilton mandou Maldonado para o espaço na Tabacaria.
Barbeiragem horrorosa, imperícia inadmissível e perigosa, passível de punição severa. Chilton não é piloto para a F-1.
A FIA? Deu apenas um drive-through para o inglês. Brincadeira…
O impacto do venezuelano foi tão forte que a barreira de pneus ficou destruída, obstruindo parte da pista. Não tinha mesmo como continuar, pelo menos nisso a direção de prova acertou…
Péssima notícia para Hamilton e todos aqueles que planejavam fazer o GP com apenas um pit, já que a troca de pneus é permitida sob bandeira vermelha. Dali pra frente, ninguém mais pararia.
Enquanto todos esperavam no grid, veio a notícia de punição ao Alonso. Ele foi avisado de que teria de ceder a sexta posição ao Pérez. Justa: ele só se manteve à frente do mexicano porque cortou a chicane.
A segunda relargada aconteceu faltando 30 voltas para o final.
Rosberg manteve a ponta, seguido por Vettel, Webber e Hamilton. Completando o top 10, Raikkonen, Pérez, Alonso, Button, Sutil e Vergne.
O pelotão ficou bem compacto. Sutil aproveitou e passou Button na Lowes _não adianta, para mim, vai sempre chamar Lowes. Na 57ª volta, no mesmo ponto, o alemão deixou Alonso para trás.
Na 63ª volta, Grosjean, que estava calminho até então, resolveu aparecer. Tentou superar Ricciardo passando no meio do carro da Toro Rosso. Acertou o australiano por trás na Saint-Dévote, uma panca respeitável. Safety car de novo.
A relargada veio na 66ª volta, a 12 do final.
Na 70ª, Pérez e Raikkonen, que já vinham se estranhando, bateram. O mexicano abusou do otimismo ao tentar passar de novo na chicane. Pior para o finlandês, que teve de passar nos boxes e voltou à pista em 16º.
O show (algumas vezes no mau sentido) de Pérez terminou a quatro voltas do final. Ele encostou e abandonou.
“A bola pune”, diria Muricy, fosse isso um jogo de futebol.
Rosberg cruzou a linha de chegada com 3s8 sobre Vettel, que fez questão de cravar a volta mais rápida na penúltima, para desespero do seu engenheiro. Webber ficou a 2s4 do companheiro.
Fechando o top 10, Hamilton, Sutil (muito bem), Button, Alonso (muito mal), Vergne, Di Resta e Raikkonen.
Esta décima posição merece uma menção pra lá de honrosa. Porque foi sensacional. O finlandês ganhou seis posições em sete voltas e terminou nos pontos pela 23ª corrida seguida. Mais uma e iguala o recorde histórica da F-1, de Schumacher.
No Mundial de Pilotos, Vettel tem agora 107 pontos, contra 86 de Raikkonen e 78 de Alonso. No Mundial de Construtores, 164 pontos para a Red Bull contra 123 da Ferrari.
A Mercedes vai sair ganhando corridas agora? Não dá para dizer. Mônaco é um circuito à parte, que provoca circunstâncias exclusivas.
O que dá pra dizer é que, caso controle o desgaste dos pneus, sim, a equipe pode entrar na briga. Tem velocidade e, ao que tudo indica agora, um carro confiável.
Daí a importância da polêmica sobre os testes secretos em Barcelona.
Isso vai dar pano pra manga, será o assunto dos próximos dias, podem esperar.
Comentários sobre os autódromos da F1 tem sido sempre o mesmo, é impossível ultrapassar. Ora então pra que F1. Se não tem lugar pra ultrapassar muda-se o lugar ou simplesmente vamos até uma estação ferroviária e assistir um trem de carga passar é a mesma coisa.
Tudo parecia ótimo para Barrichello até a volta 45, quando Timo Glock bateu forte no muro o provocou nova intervenção do safety car. Alguns segundos depois, ele estava nos boxes. Na hora do reabastecimento, um funcionário errou e Barrichello arrancou abruptamente, derrubando alguns mecânicos.
A corrida foi chata por causa das presepadas do Massa, Maldonado e Chilton e principalmente pela covardia das RBR em atacar as mercedes. Vettel bundão, mais covarde que cachorro atrás do portão, e Alonso El Fodon de la Tortuga
Na minha opinião, o Massa não teve culpa. A própria Ferrari assumiu a cupla dizendo que teve algum problema na suspensão. O Maldonado tava até comportado nessa corrida e tomou panca do Grosjean…
As presepadas foram do Perez, Chilton, Grosjean. Já o Alonso mostrou que em Mônaco, não sabe nada…
Se o cara fica “comportado” na filinha (vettel, webber, raikonen, e outros ponteiros) é bundão… se o cara tenta passar e ser diferente (Perez) o cara é maluco, doente mental… vai entender…
Pérez quer mostrar ao mundo que pilotar é sair rasgando tudo e todos.
As loucuras de um piloto não agradam aos amantes da F1, onde deve haver sanidade mental para pilotar.
O circuito de Mônaco é simplesmente sensacional. O problema dessa pista hoje é uma combinação de: 1 – Falta de braço (pode falar o que for mas a safra atual não tem braço para rodar Mônaco como se deve) somado a 2 – Pneus farofa onde mais do que correr o importante é fazer o mínimo de paradas possível. Infelizmente, enquanto isso não mudar a corrida vai ser chata. Na minha opinião Mônaco deve permanecer no calendário sim, e lá diferencia pilotos de PILOTOS. De resto, corrida sem grandes emoções, desfile de carros de Fórmula 1 em 90% das voltas. Parei de ver quando ouvi o terceiro rádio falando “Save your tires!!”, se eu quiser ver isso vou assistir as 24h de Le Mans.
Chamar isso de corrida é quase uma inverdade. A F1 simplesmente não consegue mais fazer corridas nesse circuito. Não dá para ultrapassar, mesmo que à sua frente vá um ônibus, como sugeriu Vettel. Só tenta quem não tem nada a perder. Além disso, é perigoso: os acidentes com Massa e Maldonado poderiam ter sido bem mais sérios. Já que Mônaco é um evento tão especial e importante, poderiam pensar em algum formato diferente, mais emocionante.
Aquela chicane no final do túnel é triste… Sei que ela foi feita para dar segurança antes da piscina/tabacaria, mas seria um único ponto para ultrapassagens. No mais, qualquer tentativa é sempre com risco.