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Fábio Seixas

Automobilismo e pitacos sobre tudo o mais

Perfil Fábio Seixas, 38, é jornalista com mestrado em Administração Esportiva

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Alonso, 10

Por Folha
10/05/13 03:00

Faz dez anos que conhecemos Alonso. Ou melhor, faz uma década que sabemos que ele tem aquele quê especial, aquele brilho de campeão.

Aconteceu em Barcelona, no GP da Espanha de 2003.

O asturiano já tinha disputado uma temporada pela Minardi e enfrentado outra como piloto de testes de Jaguar e Renault. Esta o promoveu a titular, e, pela primeira vez, ele chegava à sua corrida de casa em condições de mostrar algo.

Pressão?

Se houve, ele não sentiu.

Alonso largou em terceiro, atrás das Ferraris de Schumacher e Barrichello. Ultrapassou o brasileiro, levou o troco, mas reassumiu a segunda posição nos pit stops.

Com 20 GPs nas costas, partiu para cima do então pentacampeão, que fazia sua 182ª corrida. Foi reduzindo a diferença volta após volta…

Não chegou no alemão. Terminou em segundo, o que era, àquela altura, o melhor resultado de um piloto espanhol desde 1956. Mais do que estatísticas históricas, porém, deixou sinais para o futuro.

Este colunista estava na corrida. No dia seguinte, a Folha publicou:

“Ele tem 21 anos, é filho de um especialista em explosivos e de uma balconista do El Corte Inglés, rede de loja de departamentos. E ontem foi o rei do GP. Correndo pela primeira vez em casa com um carro competitivo, Fernando Alonso, da Renault, levou 96 mil torcedores ao autódromo e não os decepcionou”.

Já foi dito aqui algumas vezes: pilotos bons mostram serviço logo de cara. Alonso foi mais um exemplo. Três meses depois, na Hungria, ele conseguiria a primeira vitória na carreira. Dois anos depois, seria campeão pela primeira vez.

E o que vimos de Alonso nestes dez anos?

Um piloto de muito talento, de tocada arrojada, temperamento explosivo… E, a exemplo da maioria dos grandes campeões, com algumas manchas no currículo.

O espanhol foi pivô dos dois maiores escândalos dos últimos anos: o caso de espionagem da McLaren sobre a Ferrari e a batida proposital de Nelsinho em Cingapura. Na Ferrari, cumpre um roteiro que, de certa forma, pode ser comparado ao desafio encarado por Schumacher.

Ok, a escuderia não está há tanto tempo na fila. Mas não foi tarefa fácil, nos três últimos Mundiais, superar o fosso em relação à Red Bull.

Seu vice em 2012 foi heroico. Em 2013, é o quarto colocado no campeonato, mas é preciso lembrar que, no ano passado, após quatro etapas, ele era apenas o quinto.

Piloto que mais tempo esperou entre o bi e o tri, Lauda o classifica de “mais esperto, mais duro e mais talentoso” do grid. Alonso já está há seis anos atrás do terceiro título.

Pode ser que nunca consiga. Mas, nesses dez anos, mostrou o suficiente: é dos maiores da história.

(Coluna publicada nesta sexta-feira na Folha de S.Paulo)

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Comentários

  1. Lorie R. Crane comentou em 15/05/13 at 2:53

    Aí, pela primeira vez em muitos anos, a FIA percebeu que precisava de um elemento para cortar a dependência aerodinâmica dos carros e achou com a Pirelli a receita: pneus malucos. Agora que cada piloto e cada time tem a responsabilidade de manter os compostos íntegros, ao mesmo tempo que aceleram o máximo possível, o resultado são carros com diferentes níveis de aderência como nos bons tempos das décadas de 1980, que sempre a nostalgia nos convoca a lembrar. E aí temos as ultrapassagens, o espetáculo e a competição para valer entre esportistas, não apenas entre engenheiros.

  2. joão guilherme comentou em 13/05/13 at 20:52

    o Alonso vai ser o melhor tri-vice campeão do mundo

  3. Roberto comentou em 13/05/13 at 19:03

    Fiquei até arrepiado com a reportagem. Alonso é o melhor piloto que vi correr desde Nelson Piquet e especialmente depois de Ayrton Senna. Vejo Schumacher pequeno frente a Alonso. Se ele vai conseguir mais títulos ou não, é outra coisa, mesmo porque para ser campeão o carro é pelo menos 50% do processo. Mas é um prazer vê-lo correr. Mágico, arrojado, veloz. Esse é Alonso.

  4. PAULO L. FILHO comentou em 11/05/13 at 7:56

    Ops, eu ia esquecendo desta parte importante, ví e vejo vários comentários chamando o Fábio Seixas de “Alonsete, puxa-saco e outros”. Eu não vejo desta forma, e não acho legal usarem estes termos, beira a falta de respeito completa.
    Se é para discordar do Fábio, façam como outros que comentaram este post (são comentários bem embasados, lí e leio muitos), mas se entram aqui para postar uma frase só, chamando o Fábio de puxa-saco, ou Alonsete..ora “criatura”, procure usar a cabeça..se é que tem e faça um comentário sem ofensas (ou será que o problema não está em sua própria mediocridade e por isto posta comentários tão medíocres)!!!

    • Fábio Seixas comentou em 11/05/13 at 9:02

      Obrigado, Paulo, mas já estou acostumado. Este é um recurso típico de quem não sabe argumentar. Se eu escrevesse uma coluna elogiando o Webber, iriam me chamar de puxa-saco do mesmo jeito, como se eu precisasse disso e como se ele fosse ler minha coluna…
      Abs

      • PAULO L. FILHO comentou em 11/05/13 at 17:49

        De nada Fábio, realmente vejo que voce está acostumado com esta intolerância e entendo que voce compreende (já ví estas manifestações sem sentido quando voce posta algo sobre outros pilotos). Mas creio que na realidade e a meu ver, voce ao se dizer “acostumado”, mostra o excelente profissional que é, sem abdicar do tremendo ser humano que também é, pois não se abala e segue em frente com
        toda a determinação, caráter e respeito.
        Parabéns Fábio, tremenda lição de vida.
        Grande abraço,
        Paulo L. filho

  5. PAULO L. FILHO comentou em 11/05/13 at 7:41

    O que sei é o que vejo, que Alonso é insuportável, é sim, pedante, manipulador e centralizador. Mas se uma equipe o deixa ser assim..oras, ele veste a camisa, adota esta posição já conhecida e pronto.
    A equipe que o contrata sabe como ele é e como agirá, se deixam ele tomar conta é por que queriam isto, gostam e apoiam o modo dele, então..é o casamento perfeito. Por outro lado, as equipes também sabem que ele é um tremendo piloto (não há como negar isto), e que vai trazer pontos e se neste “pacote Alonso” está embutido um patrocínio fortíssimo e a possibilidade de ver um cara lutar por qualquer ponto possível (como foi a corrida em que ele quebrou a asa dianteira e ficou sem o DRS) até o final e consegue (como conseguiu) os pontos, aí mesmo é que a equipe lhe dá liberdade total. Eu particularmente não gosto da “pessoa” Alonso, mas admito que ele é um tremendo piloto e se deixam ele crescer, ele se impõe mesmo. Mas que é um “mala”..rs..é sim..rs.
    ABS.

  6. clodoaldo lelli comentou em 11/05/13 at 7:06

    espero que nao fique mais nove como o rubinho

    e a proposito sem o briatore pra dar uma trapaceadinha nao conseguiu mais nada

  7. Felipe Brait comentou em 11/05/13 at 3:12

    “Mas, nesses dez anos, mostrou o suficiente: é dos maiores da história.”

    Eu ri!

  8. Vanessa comentou em 11/05/13 at 1:02

    Putz, os leitores aqui são rabugentos, viu? Na temporada passada, quando o Fábio elogiava o Vettel todo mundo reclamava porque o Alonso dava show de direção num carro muito ruim e não exaltava o espanhol o suficiente. que o Fábio era apaixonado pelo Vettel, torcedor, etc. Agora toso mundo o acusa de puxar o saco do alemão. Não sei como o Fábio agüenta manter esse blog.

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