Danem-se as pequenas
29/04/13 14:17Uma das últimas (e poucas) coisas boas que Mosley fez para a F-1 foi o incentivo ao ingresso de novas equipes, a partir de 2010.
Ok, a ideia não foi bem executada. Havia marcas mais interessantes na disputa, que desistiram quando o inglês, numa manobra altamente suspeita, impôs a obrigatoriedade do uso de motor Cosworth.
Mas, de certa forma, o objetivo foi alcançado: aos trancos e barrancos, Hispania, Lotus (que depois virou Caterham) e Virgin (atual Marussia) se apresentaram para o GP do Bahrein de 2010.
A primeira já fechou. As outras duas correm risco.
Daí que leio hoje a história de que Ecclestone decidiu romper o bônus financeiro à 11ª colocada no Mundial.
Ele assinou acordos comerciais em separado com cada time, menos com a Marussia, 11ª em 2012. Ou seja, a nanica não terá direito à sua fatia na divisão dos lucros da categoria, algo em torno de R$ 10 milhões.
Não é preciso ser gênio para imaginar o que pode acontecer com ela em 2014.
A lógica é completamente inversa, por exemplo, à do esporte americano. Para citar a NBA: as equipes que terminam a temporada na lanterna têm preferência na escolha de novos jogadores no draft para o ano seguinte. É uma forma de tentar equilibrar as coisas.
Mas a NBA funciona num sistema de franquias, altamente profissional, em que o coletivo atua (e às vezes se sacrifica) em nome de um bem maior, o crescimento da liga.
A F-1 é profissional, sim, mas sua gestão ainda é coronelista e com cada equipe querendo sufocar a outra para se dar bem. É cada um por si, e dane-se o esporte.
Danar-se-ão (está certo isso?) as pequenas, de novo.
Esquecestes de dizer que em 2010, eram para ser 4 equipes novas… a USF1 nem chegou a largar… pior que tinha equipe implorando para entrar, tal qual a Phoenix.
Mesóclise devidamente aplicada. Uso surpreendente e corretíssimo.
Fábio, o problema é que o círculo da F1 tem dono(Ecclestone) e isso dificilmente irá mudar…
Acho que o problema é mais profundo, é cultural.
A cultura Europeia é extremamente individualista, sempre foi.
A própria União Europeia é um sonho que nunca se realizou de verdade. Hoje temos uma situação na qual a Alemanha impõe as próprias regras sobre os outros só porque é a única potencia que cresce. Com isso estrangula todos os seus “parceiros” europeus desde Grécia, Espanha, Itália e até mesmo a “gloriosa” França.
Na Europa é cada um por si sim mesmo!
Eu moro aqui a 12 anos e senti isso já no meu primeiro ano aqui.
Acho que a F1 sente esse problema cultural, pois ainda é extremamente europeia.
E como bem sabem as coisas aqui demoram muito, muito e muito para mudar.
Hj em dia, se vc pensar bem, tem duas equipes que tem 4 carros na verdade.
2 da equipe e 2 disfarçados:
-RedBull -STR
-Ferrari – Sauber
Os carros do fim do Grid estão muito ruins acho muito ruim isso pra categoria.
Até mesmo do 1 até o 10 colocado a difernça dos carros é grotesca.
Para ter equipes que tomam cinco segundos por volta das outras é melhor não tê-las. Fórmula 1 não é entidade filantrópica. Quem não tem dinheiro que vá correr em outra categoria. F-1 é para ser a elite mesmo. Qual a contribuição de uma Caterham para o desenvolvimento do automóvel e do automobilismo? Algum piloto conseguirá revelar-se correndo pela Marussia? Já a ideia de um terceiro carro por equipe grande me agrada. Desde que não seja mais um carro para fazer o jogo de equipe, claro. Salvaguardas deveriam ser criadas para evitar que isso ocorresse.
O FÉÉÉTTEL da mídia:
“TER KIMI COMO COMPANHEIRO DE EQUIPE SERIA MUITO BOM”
O verdadeiro FÉÉÉTTEL:
“MARKO CAOLHO, NUNCA DEIXE A RBR CONTRATAR UM PILOTO DE VERDADE, VC VIU O Q ACONTECEU EM 2010!!”
Fantástica a possibilidade de 3 carros, mas…..
E belo post Fábio, essa questão é de extrema importância, o grid já é tão pequeno…
Mr. Ecclestone, muito obrigado por tudo até hoje, mas suas pantufas o aguardam na mansão…
Sugestao…Sugestao…..aos que caem de pau na F1,vao assistir F INDY,eu nunca havia assistido uma corrida de formula INDY,que mediocridade,pilotos de oculos escuros e parecem pavao,nao sabemos se sao artistas ou pilotos,vendo a corrida vi que nao sao nem uma coisa nem outra.Arquibancadas vazias,vao assistir F Indy..vao….
TMBÉM GOSTARIA DE VER ESSA IDÉIA SENDO EXPERIMENTADA NA F1 – TRÊS CARROS EM TODAS AS EQUIPES, DESDE QUE TODAS TENHAM CONDIÇÕES PRA COMPETIR. PORQ, ESSE NEGÓCIO DE PILOTO PAGAR PRA ENTRAR NA F1 EM MARUSSIAS DA VIDA, CATHERHAM E ETC…É SO PARA PEGAR DINHEIRO DOS OTÁRIOS. O PILOTO VEM TODO CHEIO DE
…ESPERANÇA, FICA BRIGANDO E SUANDO A TANGA PRA CHEGAR EM ÚLTIMO, E DEPOIS A EQUIPE PEGA OUTRA CARINHA QUE VEM COM MAIS GRANA COLOCA NO LUGAR DELE, E LÁ JÁ SE FOI MAIS UM OTÁRIO QUE SÓ PAGOU PRA DAR UMAS VOLTAS NUM F1. ISSO TEM QUE ACABAR.
É Fábio, belo exemplo da NBA que podia ser transferido para os outros esportes, principalmente a F1, embora um pouco mais complicado, mas pisar no bicho que já está com o pé na lama é querer acabar com a categoria. F1 no futuro: carro nr.01 a nr.5 – Ferrari; carro nr.05a 10 – Mclarem; carro nr.11 a 15 -Red bull; e carro nr. 15 a 20 Mercedes/Lotus e só. Isso tem graça???
Esse BERNE tá fazendo hora extra no esporte já. Ta começando a perder o sentido.
Pode apostar que sim, caro Fabio. Bernie nunca escondeu que é a favor de apenas 20 carros no grid. Como se isso fosse algum criterio de seleçao/elitismo na cabeça medonha dele.
Ele fez muito bem a F-1, isso é fato. Mas toda direçao, por melhor que seja, caduca um dia. E a dele, caducou ha uns 5 anos ja…
Beleza de mesóclise, Fábio!
Pô José Luiz, você cometeu um discrepância elevando nível do português semi-analfabeto que usamos para nos comunicar neste blog! Não possuo neurônios (e gramática) suficiente para processar onde estão as suas mesóclises.
Otimo!!!!
Quando vi a notícia também achei péssimo. Acho que a idéia dele é ficar com 10 equipes mesmo.
Seria uma tentativa de abrir “espaço” para o terceiro carro ?
Duvido.
Abs
A política das pequenas foi um movimento fracassado que substituiu o movimento das grandes fábricas. No momento em que se uniram Renault, Ferrari (Fiat), BMW, Toyota, Honda para peitarem a FOM com a ameaça de um futuro campeonato mundial de monopostos em fórmula, o que aconteceu? Sr. Bernnie Ecclestone dividiu a turma, botou água no chopp das montadoras e botou algumas para fora da brincadeira. Sem uma séria restrição a aerodinâmica, movimento das pequenas já nasceu morto! Foi isto que negociou a FOM com as grandes que ficaram.
Fábio
Bernie precisa começar a assistir às corridas de sua confortável poltrona em um asilo da Inglaterra!
Como pode isso? O próprio cara deu um jeitinho de colocar mais equipes na F1 e agora tira? Duvido que, se a Marussia fosse bancada por alguma empresa em que ele tenha interesse, se as coisas não seriam minimamente diferentes.
Abraços
A boa opção seria o que sugere Lucca Di Montezemollo. Que as grandes tenham até3 carros, com o 3o. carro de um piloto principiante na F1. O problema hoje seria definir quem são “as grandes”. A Williams foi grande, a Renault foi grande mas como Lotus não é, até a McLaren esta em processo de diminuição de tamanha, a RBR já corre com 4 carros (2 como Str). Outro dado contra são as ordens de equipe. Bem, a F1 tem muito que mudar, a mudança é tão profunda que é possível até que mude de nome.