A hora da atitude
29/03/13 03:00“A paz acabou na equipe campeã do mundo (…) A disputa começa a fugir do controle. A prova de ontem foi uma corrida de riscos desnecessários. Os dois andaram no limite do possível.”
O relato é de Mario Andrada e Silva, um dos melhores repórteres de F-1 deste país, e foi publicado nesta Folha em 24 de abril de 1989.
Tratava do GP de San Marino, disputado na véspera, em Imola. A corrida em que a cordialidade entre Prost e Senna foi para o vinagre.
Havia, ali, um acordo de cavalheiros entre os dois: não atacar na curva Tosa na primeira volta. Ambos concordaram que o risco seria grande. Era a segunda corrida do calendário, o campeonato apenas se esboçava, não valia a pena cometer loucuras.
Houve duas largadas. Na primeira, Senna manteve a ponta, mas a prova foi suspensa na quarta volta, depois que Berger arrebentou a Ferrari na Tamburello. Na segunda, Prost pulou à frente logo nos primeiros metros. Veio a Tosa. E acho que aqueles que não viram ou não se recordam podem agora imaginar o que Senna fez.
Foi a declaração de guerra, o estopim para a deflagração de uma das mais agressivas rivalidades do esporte. Prost levaria aquele campeonato 13 corridas depois, jogando seu carro sobre o do companheiro, em Suzuka. O brasileiro daria o troco no ano seguinte. Até o final da vida de Senna, ambos se odiariam e protagonizariam duelos épicos, para sorte do torcedor.
A gênese não é muito diferente do que aconteceu em Sepang, no domingo. Segunda corrida do campeonato longo, equipe dominante nos últimos anos, o piloto mais abusado desrespeitando um acordo, partindo para cima do mais cerebral, vencendo.
Vettel merece críticas pela deslealdade, mas também compreensão por ter feito valer o instinto de competidor. Mais críticas merece a Red Bull, por tentar suspender a disputa, o esporte. Como a Mercedes. Como a Ferrari, tantas vezes criticada pelo mesmo motivo neste espaço.
Mas o ponto é: e o Webber? Vai reagir? Vai endurecer? Vai chutar o balde e se tornar um adversário para Vettel?
Seria sensacional. O australiano não tem muito a perder. Aos 36 e na 12ª temporada na F-1, já começou o Mundial sabendo que provavelmente seria o último.
Desde 2010, quando começou o reinado da Red Bull, foram 60 GPs. Em 18, ou 30%, a primeira fila foi da equipe. É tentador imaginar o que poderia ter acontecido se não houvesse ordens via rádio.
Que Webber se rebele. Que decida não entrar na história como mais um subserviente. Que confronte publicamente a equipe _e a marca Red Bull_ com o irrefutável argumento do espírito esportivo.
Aqueles que não aguentam mais interferências do pitwall agradeceremos aliviados.
(Coluna publicada nesta sexta-feira na Folha de S.Paulo)
Fábio, duas questões:
Normalmente o jogo de equipe protege o piloto com maiores chances de vitória do campeonato ou com maior prestígio, como no caso Massa e Alonso, que imagino que continuará durante o campeonato. No caso do Vettel e Webber, seria mais um jogo a ser criticado se tivessem pedido para que o Webber cedesse a posição. Minha visão é de que apenas queriam guardar motor, já que tem número limitado para usar durante a temporada, e que evitassem o erro de alguns anos atrás, quando o Vettel, tentando ultrapassar, perdeu o controle do carro e bateu no colega. No caso desta corrida, não critico a posição da equipe.
O segundo ponto: se não me engano, o Prost e o Senna fizeram as pazes cerca de um ano antes do acidente.
Que falta de assunto!!!!
EU ESCREVI QUE A RED BULL FEZ TEATRO COM O TOSCO DO WEBBER KKKKKKK AGORA SURGE A INFORMAÇÃO QUE A EQUIPE PEDIU PARA O WEBBER BAIXAR MAIS O GIRO DO MOTOR QUE O CHORÃOTELL KKKKK FALEI QUE ERA PAPO DE COELHINHO E PAPAI NOEL O WEBBER É SEGUNDO E ACABOU…. MASSA É SEGUNDO E ACABOU….. E ASSIM VAI….
QUE MERDA DE ESPORTE…… A RED BULL TEM UM DISCURSO E NA PRATICA FAZ A MESMA COISA QUE A FERRARI E OUTRAS…..É BOM PARA O MARKETING…. NÃO QUEIMA A MARCA KKKK TUDO É DINHEIRO MEUS CAROS ….E FIM KKKKKKKK DEPOIS O CHORÃOTELL FAZ CARA DE ARREPENDIDO E TUDO VOLTA AO NORMAL….UMA PERGUNTA…..OS PONTOS NÃO DEVERIA SER SO PARA AS EQUIPES??????????????????????? NÃO É JUSTO ESTA PALHAÇADA DE PONTOS PARA PILOTOS…..ESTA COMPARAÇÃO COM OS COMPANHEIROS DE EQUIPES É MUITO SACANAGEM…… A IMPRENSA SABE BEM COMO É E INSISTE EM NÃO FALAR AS COISAS PARA TER AUDIENCIA….E ASSIM MANTEM SEUS EMPREGOS….NÃO É MESMO PESSOAL????????? SE FALAR A VERDADE ESTA FORA….. O SISTEMA É ASSIM…….
Fábio, gostaria que comentasse o seguinte trecho.
“Mark Webber em 2011: “É claro que ignorei as ordens da equipa”
Em Silverstone, Webber também desobedeceu mas não conseguiu passar Vettel”
Como pode Webber reclamar de algo que ele mesmo já fez, ou tentou, porque não teve êxito. Seria hipocrisia da parte dele, ou existem mais fatos que desconheço?
fonte
http://www.autoportal.iol.pt/desporto/f1-desporto/mark-webber-em-2011-e-claro-que-ignorei-as-ordens-da-equipa
Reportagem da autoPortal, site português:
http://www.autoportal.iol.pt/desporto/f1-desporto/mark-webber-em-2011-e-claro-que-ignorei-as-ordens-da-equipa
eu não lembrava disso, mas tem até uma declaração do Webber entre aspas…
“É claro que ignoro as ordens da equipa porque queria tentar subir mais um lugar. O Seb estava no seu melhor e eu também. Não ia bater em ninguém! Tento sempre fazer o meu melhor e neste caso era passar o homem que ia à minha frente”
O homem a frente era Vettel, com ordens claras de deixas as posições como estavam.
Pimenta nos olhos dos outros é refresco? Pra que se fazer de coitadinho agora?
Estou contigo, quanto mais ignorarem as ordens “Estratégicas” de posições das equipes melhor…
Webber só não fica se não tiver estômago! Se sair a RBR não tem um outro piloto pronto no momento, vão ter que contratar alguém experiente para um mandato tampão de 1 ou 2 anos, quem sabe chamam o Rubinho Barrichello! Aí é só puxar a descarga da F1.
Acho que, pra muitas pessoas, bastava um grid com Vettel, Alonso e Kimi Haikkonen.
Acho que, pra muitas pessoas, os espelhos dizem: “Vocês são plânctons, não conseguiriam ser campeões em nada, nem num torneio de kart indoor organizando no bairro”.
Acho que, pra muitas pessoas, Webber (o péssimo piloto) está na F1 pedindo favor, como Barrichello esteve, como Massa e os outros 17 pilotos do grid estão.
Oxalá Massa tivesse a mesma atitude de Vettel… Instinto de campeão e nada mais!
Vagabundo.
Senna não odiou Prost até o final da vida….reveja aí.
Escrevam e pendurem: Vettel perdeu o tetra naquela ultrapassagem.
Comparar senna x prost com vettel x webber eh forçar demais a boa vontade e inteligencia dos leitores desse espaço.
Como todos podem ver, a Fórmula 1 SEMPRE foi deste jeito. Com posições cedidas, equipes desrespeitando regulamentos técnicos, pilotos (bons e ruins) pagantes, pessoas querendo lucrar, imprensa querendo polemizar… Todos gostaríamos que fosse de outro jeito.
Enfim, A FÓRMULA 1 É O MAIOR BARATO!!!!
Quem não aguentar procure a NASCAR e suas brigas e empurrões durante e nos finais de corrida ou a Indy com seu regulamento técnico equilibrado (?).
Muito boa a revisão histórica dos fatos na F1. Acho que esta polemica já foi longe demais . Parabéns tambem para Bernie Eclestone pela lucidez de seus comentários sobre o a ultrapassagem de Vetel sobre Webber no ultimo GP. Situação parecida ocorreu em uma dobradinha da equipe em 2010. Naquela epoca Vetel era mais rápido e estava em segundo e mais rápido , com todas as condições de vencer e a equipe mandou não disputar e trazer os carros com segurança até o final. Agora a Red bul pissou na bola com Vetel , o cara e tri campeão, e tem todo potencial para o tetra, não tem que deixar para traz a possibilidade de vitoria. E instinto de vencedor, todo grande campeão tem isso , quer vencer todas. Quanto a Weber já mostrou até onde pode ir , mesmo com bom equipamento. O cara da Red bul chama- se Vettel. Se alguém deve discupar- se e a Red Bull com Vettel.
Estimado Fabio,
Acho que você está errado. Senna estava disputando com Alain Prost, o homem a ser batido na época. Senna era campeão do mundo, Prost, bi campeão.
Senna estava buscando seu espaço numa verdadeira guerra frente ao francês, que como disse Jo Ramirez, era especialista em detonar companheiros de equipe.
Por isso, não acredito que a manobra do tri campeão Vettel, na segunda prova do campeonato em cima do mediano Webber, não tem nada haver com San Marino 89.
Absolutamente fora de contexto.
Pra quem vc torce,pro vettel quê foi lá passou seu companheiro,ou pro banana do rosberg quê assim como o massa baixa a cabeça e aceita ficar atrás?
Pra mim sempre Vettel,alguém lembra quê no último por vettel estava a 1 segundo do weber,achou ruim? Senra bota meu filho
Nao sei como estes caras de elevados Qis nao percebem que eles so perdem grana e o interesse do publico que garante seus astronomicos salarios e razao de ser com essas taticas burras! na pista, o que vale e o que o piloto decidir e ponto, ta certo o kimi em mandar os caras calarem a boca!
Sinceramente, eu acho que a F1 deveria acabar com o campeonato de pilotos, deixando apenas o de construtores. Se o que interessa é unicamente os interesses das equipes, porque ter o campeonato de pilotos?
Outra sugestão é regulamentar apenas um carro por equipe e permitir que as equipes vendam carros para equipes independentes. Dessa forma acabaria o “jogo de equipes”.
Gostaria de ler a opinião do Fábio sobre isso.
Valeu por ter publicado a coluna na íntegra. Eu sonhava com este dia (também porque nunca pensei em assinar a Folha). Abs.
Também tivemos em 1981 aqui no Brasil …
http://cdn.jalopnik.com.br/wp-content/uploads/2011/08/81-Reut-Jones-placa.jpg
Pra mim o que vc sugere Fábio já está acontecendo faz tempo: o Webber já está jogando duro desde 2010. Ele já ignorou ordens da equipe pelo menos duas vezes que eu lembre, uma delas na corrida final do ano passado. Só que ele disputou com Vettel nessas ocasiões e acabou ficando pra trás, não dando repercussão. Se o Webber conseguisse segurar o Vettel no GP Brasil (ou no outro de 2011, que acho que foi Canada), será que essa polêmica já não teria começado? Ele vai continuar engrossando contra o Vettel, que deve continuar levando a melhor. E isso é que deixa ele irritado e frustado. O cara que tem o carro considerado melhor de todos não consegue nem o segundo lugar no campeonato… isso não irrita? Terminar em sexto e ver um moleque, com mesmo carro, em primeiro… Tem piloto que perde o jogo psicológico abaixando a cabeça. Tem outros que surtam.
Muito bom para a F1 esse “desrespeito” do alemão! Chega de pilotos subservientes! E que Webber tenha liberdade para dar o troco! Já passou da hora dos pilotos decidirem corridas na pista, e não suas equipes nos bastidores!
Para quem quiser ler um pouco mais sobre o duelo Senna vs. Prost, segue uma dica:
http://www.livrariacultura.com.br/Produto/LIVRO/SENNA-VERSUS-PROST/22031064
Se ele tem que tomar uma atitude? Então que tome! O Webber perdeu sua grande chance de ser campeão em 2010, sendo atropelado pelo Vettel na última corrida daquele campeonato. A Red Bull é basicamente toda do Vettel que é um Tricampeão Consecutivo, então ele que tome uma atitude agora de encarar o Vettel, mas como ele não tem força política, assim fica difícil. O Webber deveiria se inspirar no Nelson Piquet em 1987 que estava na Williams basicamente toda contra ele, e ainda foi Tricampeão! Apesar dos pesares eu acho que a Red Bull está satisfeita em termos de pista!
Alguém sabe se existe e onde encontro um vídeo mostrando esta ultrapassagem do senna sobre o prost ? fabio ?
Pois é Seixas, e ainda tem gente que diz que o Senna era um Santo, e que quem não prestava era o Prost.
Já tinha até citado esta comparação nos post’s anteriores, a combinação era que não haveria ultrapassagens na primeira curva depois da largada, Senna argumentou que a Tamburello era uma curva e por isso a Tosa seria a segunda e ainda argumentou que como seria uma segunda largada a combinação não valeria mais, migué total para justificar o injustificável.
A questão principal é: se não concorda não combina! Combinar e depois passar por cima é desonesto. Ok vamos falar em dar prioridade ao “esporte”, então na hora da reunião na equipe diga não! Dizer sim lá na reunião é abaixar a cabeça para os chefes o que não é nada “esportivo” ou poético.
Pessoal, acho que todos estão perdendo o foco da questão. Se existem ordens de equipe, se são aceitáveis ou não, isso já foi e vai ser batido por muito tempo, desde que existem mais de um piloto em uma mesma equipe.
O foco da questão é que sentam-se numa mesa dois cavalheiros e seus patrões, determinam um acordo que naquele momento está bom para os dois e na hora “H” um se beneficia do acordo para levar vantagem sobre o outro. Sem essa que todo piloto quer vencer e que não tem mocinho no esporte de nível e tal, isso é óbvio, mas essas atitudes de Sena, Prost, Shumi e agora Vettel são tão antiesportivas ou mais do que às ordens das próprias equipes, pois pelo menos estas, ao que se sabe, tentam cumprir o script.
Essas atitudes devem sim ser defenestradas e servir de não exemplo para qualquer desportista, mesmo que ele seja o diabo ou número 1 no que faz.
http://mestrejoca.blogspot.com/2013/03/com-palavra-ricardo-achcar.html
“Nos anos 50 teve um piloto que disse NÃO a equipe, o nome dele, Luigi Musso”
Quem diria, até você Juan Manuel Fangio?
Luigui Fagioli ficou famoso por sua determinação e por seu temperamento explosivo. Em 1934 muito antes da F-1 existir, correndo uma prova pela Mercedes em pleno Nurburgring, recebeu ordens para ceder a vitória a um companheiro de equipe. Furioso, parou o carro na beira da estrada (a corrida era disputada em uma rodovia) e voltou para casa, deixando a equipe.
Em 1951 Fagioli era companheiro de equipe de Juan Manuel Fangio, e à altura do Grande Prêmio da França o argentino disputava o título com Giuseppe Farina. Durante a prova Fangio teve problemas com seu carro, e usando um artifício permitido pelo regulamento, a Alfa chamou Fagioli (líder da prova) para os boxes e entregou seu carro a Fangio(para Fagioli ceder na liderança é porque tinha algo no contrato). O argentino venceu a prova, mas de acordo com o regulamento, a vitória e os pontos foram repartidos com Fagioli. Bom lembrar, Fagioli entregou NA LIDERANÇA e terminou em 11º lugar. Era apenas a terceira prova da temporada de um total de sete, ou seja, Fangio foi favorecido muito antes da temporada terminar.
Em 1956 Peter Collins chegou à ultima prova do campeonato em Monza numa posição em que poderia ser campeão do Mundo. Fangio liderava a corrida mas teve um problema na coluna de direção indo para os boxes. A equipe ordenou a Luigi Musso para que cedesse seu carro a Fangio(de novo?), mas o italiano recusou. Contudo, o piloto argentino teve carro para prosseguir a corrida e alcançar o título. Carro cedido por… seu rival, Peter Collins. Como podem ver, a coisa era até pior que nos dias de hoje, Collins tinha chance de ser campeão, mas foi obrigado a favorecer Fangio.
O Argentino pegou duas vezes carro na liderança pra terminar sua prova, em uma delas, pegou carro de Collins que liderava a corrida e disputava o título justamente com Fangio!
Mais tarde, quando a corrida terminou, Fangio celebrava o seu segundo lugar na corrida (vencida por Stirling Moss) e conseguia os pontos suficientes para ser campeão do mundo pela quarta vez. Perguntou-se a Collins o porquê deste gesto de aparente fair-play. A resposta foi simples, mas hilária:
“Sou demasiado novo para ser Campeão do Mundo”
Peço licença a quem estiver lendo…kkkkk
Em 1958 no temido Inferno Verde, circuito alemão de Nurburgring, Collins morreria em um gravíssimo acidente. O piloto foi cuspido para fora do carro ao bater contra uma árvore, causando traumatismos graves na cabeça. Transportado de imediato para Colônia, o inglês morreria no final dessa tarde, aos 26 anos.
Acredite quem quiser, mas eu não engoli essa desculpa “Sou demasiado novo para ser Campeão do Mundo”, Collins recebeu ordens da equipe para ceder o carro a Fangio. Luigi Musso se recusou(Fangio tinha vários capachos?), mas Collins aceitou sem reclamar bem ao estilo Coulthard!!! Collins foi um banana essa que é a verdade, tinha chance de ser campeão, mas se rendeu aos caprichos do time que bajulava Fangio. Em 56 Stirling Moss tinha 27 anos e estava acelerando pra ser campeão, essa desculpa de Collins não cola!
Alguns vão lembrar que as corridas em duplas ou trincas eram permitidas na década de 50. OK, mas porque Fangio era sempre o favorecido? O argentino nunca cedia seu carro, sempre ele era o piloto que pegava carro emprestado. Em alguns casos, sequer o carro quebrava, Fangio sentia que o carro não estava bem, parava no boxes e pegava carro do companheiro que estava melhor(basta lembrar Fagioli e Collis acima liderando). Oras, assim é fácil ser pentacampeão…E ainda tem gente que sataniza o Schumacher, o alemão sequer dependeu de pontos de Rubens pra ser campeão! Sem os pontos que Massa cedeu, Alonso não brigaria pelos títulos de 2010/12. O espanhol é um baita piloto, mas também precisa de ajuda pra se manter na briga. Não da pra fazer dramas já que vários campeões foram favorecidos!
Jogo de equipe nos dias de hoje é piada perto do que acontecia na década de 50. Se Fangio podia ser favorecido nas equipes Alfa e Ferrari, Schumacher e Alonso não podem em suas épocas? A equipe Ferrari é a mesma, o esporte o mesmo, a ética pelo jeito também não existia só importava a vitória. Collins quis sair pela tangente dizendo que foi camarada(foi é trouxa), mas o fato é que um piloto foi favorecido em Monza-56 e outro prejudicado…
Como podem ver, ordens na F-1 existem desde a década de 50, e Fangio não era nenhum “santinho”, era até pior que Schumacher. Tirar o companheiro da liderança, pegar seu carro emprestado pra terminar a prova, tenha dó! Parabéns a Luigi Musso, “o Vettel da época”. Fangio queria só filé e deixava o osso para os outros, ele tinha vários capachos a disposição, menos Musso…
Luigui Fagioli também disse NÃO em Nurburgring 1934, mas depois ABRIU AS PERNAS para Fangio no GP da França em 51.
Nao sabia disso… Fangio devia ser um chefão da máfia… para todos cederem para ele os campeonatos… 🙂
Repetição de comentário feito a dias atras. Primeiramente, o regulamento autorizava a troca de pilotos em um carro da mesma equipe. A primeira vez que isso ocorreu, foi logo na primeira etapa do campeonato de 1950, o GP da Inglaterra. Naquela corrida, Brian Shawe Taylor e Joe Fry dividiram o comando de uma Maserati e Peter Walker e Tony Rolt dividiram o comando de um ERA. No GP da França, Fagioli cedeu o carro a Fangio que venceu a corrida e esta foi também a única vitória de Fagioli na Formula 1. Os pilotos que lideraram aquela prova foram Fangio, Farina e Ascari. Portanto, Fagioli não teve nenhum prejuizo naquela corrida e nem mesmo chegou a lidera-la. Musso também dividiu o carro com Fangio no GP da Argentina de 1956. Novamente Fangio venceu aquela corrida e aquela também foi a única vitória de Musso na Formula 1. Naquela corrida, apenas Fangio, Gonzales, Moss e Menditeguy lideraram a corrida. Logo, também o italiano não foi prejudicado. Portanto, em nenhuma das ocasiões Fangio tirou seus companheiros da liderança e sim, acabou dando parte das vitórias a eles, coisa que ambos jamais conseguiriam por si só. Quanto a Peter Collins, realmente ele cedeu o carro ao campeão argentino por vontade unica e exclusivamente sua. Não houve qualquer interferencia da Ferrari no caso, pois ambos os pilotos disputavam o título contra Stirling Moss. Além disso, Fangio estava de saida equipe (correria pela Maserati em 1957) e Collins permaneceria na equipe. Logo, para a Ferrari, muito mais interessante seria que Collins fosse o campeão. Logo após deixar o carro, Collins foi questionado de sua decisáo e realmente respondeu que era jovem e tinha tempo para ser campeão. De fato, na ocasião, tinha 24 anos e ao morrer dois anos depois num acidente em Nurburgring, liderava o Campeonato Mundial. Seu gesto é considerado até hoje um simbolo de desportividade. Por isso, antes de vc falar bobagens como dizer que Fangio era pior que Schumacher, ou que Musso nunca foi “capacho”de Fangio, ou – pior de tudo – chamar um desportista como Peter Collins de trouxa. Mas afinal, num pais que vive sob o enunciado da “Lei de Gerson”, atitudes como a do piloto ingles deve ser algo impossivel de se entender.
Outra babaquice que precisa acabar é chamar um piloto que obedece ordens de equipe – e que nada mais é que o seu patrão – de “capacho”ou algo pejorativo. Gostaria de saber se esses valentões revoltados tem o mesmo tipo de atitude quando, em seus ambientes de trabalho, recebem alguma ordem com a qual não concordam. Nessas horas, será que são tão machos a ponto de dizer “não faço” a seus patrões? Não estou dizendo que concordo com ordens para que um piloto deixe outro vencer. Mas entendo perfeitamente aqueles que acatam tais ordens. Afinal, Piloto de corrida também é um profissional e muito bem pago. Mas nem por isso está acima do bem e do mal, para desobedecer ordens daqueles que o pagam.
Marcelo, acho que Schumacher dependeu, sim, dos pontos de Rubens Barrichello. Não só dos pontos diretamente, mas até jogos de pneus de Rubinho que demonstravam melhor desempenho eram trocados para o carro de Schumacher.
Em outras ocasiões, baixavam o desempenho do motor do brasileiro, como naquele GP dos EUA em que os carros com pneus Michelin só deram uma volta depois da largada e voltaram para os boxes.
Schumacher era favorecido em todos os detalhes. Esses favorecimentos tiravam pontos de Rubinho e davam para Schumacher. E isso sempre foi óbvio.
Muito bacana seu post amigo, mesmo não concordando da parte do Schumacher pois lembro que ele diversas vezes utilizou em corrida chassi acertado pelo Rubinho, agradeço por ser parte da história da F1 que não conhecia. Abraço.
“O Vettel da época”.Menos ,lembre-se que se não fossem as ordens de equipe Vettel não teria ganho na Malásia, pois foi a equipe que pediu para Webber mudar o mapeamento do motor.Vettel sabe pediu desculpas porque sabe que sem as ordens de equipe sua vida fiacará bem difícil.
Excelente comentario! mas concordo com o bloguista… tambem gostaria de um esporte mais esporte mesmo e terminasse essa palhacada q como vc disse perdura desde os anos 50…