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Fábio Seixas

Automobilismo e pitacos sobre tudo o mais

Perfil Fábio Seixas, 38, é jornalista com mestrado em Administração Esportiva

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Por Fábio Seixas
20/03/13 11:45

Chegou a hora da Malásia.

E sempre que me perguntam por que deixei de viajar para as corridas, eu respondo: “Já fui oito vezes para a Malásia. Ninguém merece isso”.

Nada contra o país, que fique claro. Kuala Lumpur é bem bacana, e foi curioso acompanhar o “boom” do país desde 1999, quando a F-1 pisou pela primeira vez por lá.

Mas é o lugar mais longe do mundo para quem sai do Brasil. As conexões são intermináveis, cada esticada é um tormento.

Chega um momento, no voo, que você não sabe se pede suco de laranja ou vinho para acompanhar a comida. Afinal, não tem ideia se o que estão te servindo é o café da manhã ou o jantar.

E o calor? Quando a porta do avião é aberta, as lentes dos óculos embaçam instantaneamente com o bafo quente que entra. Não falha.

Mas minha lembrança mais bizarra de Kuala Lumpur diz respeito à bossa nova. Sim, você leu certo.

Certa vez, fui parar num enorme prédio da capital malaia. Um complexo que lembra o Pentágono. É lá que estão todas (ou quase todas) as emissoras de rádio e TV do país. Uma é vizinha da outra, cada portinha leva a um canal diferente.

Estava esperando um amigo para irmos jantar e comecei a bater papo com um outro cara, que trabalhava na emissora ao lado. Este cara, vejam o non-sense da coisa, apresentava um programa sobre música latina (!!) numa rádio malaia (??). E perguntou se eu poderia participar.

Eu não estava fazendo nada mesmo. Coloquei minha cara-de-pau e topei. E foi aí que me vi, por uma hora no ar, escutando e explicando João Gilberto, Nara Leão, Vinicius de Moraes, Tom Jobim e quetais, em inglês, para os nobres ouvintes daquela rádio malaia…

Pobre ouvintes.

Saí de lá dando risada, e o amigo que me esperava do lado de fora não entendia nada.

Preciso lembrar de acrescentar isso ao meu CV.

Bom, mas vamos à programação do GP deste fim de semana, no horário de Brasília:

quinta-feira
23h: 1º treino livre

sexta-feira
3h: 2º treino livre

sábado
2h: 3º treino livre
5h: Treino classificatório

domingo
5h: GP da Malásia, 56 voltas

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Comentários

  1. Tales comentou em 22/03/13 at 17:18

    É por posts como estes que o blog é praticamente a minha única fonte de informação sobre F-1. Bossa nova em rádio malaia é demais!

  2. Mauricio Varanda comentou em 21/03/13 at 18:35

    boa noite fabio !!!

    qual emissora de televisão irá transmitir a Gp2 em 2013 ???

    grabde abraço
    e parabens pelo blog

  3. bipolar comentou em 21/03/13 at 16:21

    e na radio sabe dizer se deu audiência? rsrsrsrs

  4. José comentou em 21/03/13 at 10:50

    Falando em música brasileira, quando visitei o Japão, ouvi muita mpb e bossa nova tocando em restaurantes. Não eram restaurantes de brasileiros.

  5. Joel Dias comentou em 21/03/13 at 10:39

    Gente,
    Não deseje isto para o Fábio. Espero que ele continue somente no Sportv.

  6. Samuel Pereira de Lima comentou em 21/03/13 at 10:14

    Grande Fábio. Tenho uma dúvida meio boba, vamos lá. Hoje seria aniversário do saudoso Ayrton Senna, tivesse ele sobrevivido. No facebook já começaram os inúmeros compartilhamentos sobre isso e tal. Aí me deparei com uma foto do podium do GP Brasil de 91. Reparei que no ombro esquerdo do Ayrton Senna, existe algo que parece ser uma correia azul com algum tipo de prendedor metálico. Procurei outras fotos daquela temporada e parece que ele utilizou este dispositivo em outras corridas também. Sabe do que se trata? Seria para prender o capacete ao ombro (prevenindo que a cabeça fosse arremessada para a frente em caso de colisão, pois presa ao ombro, seria desacelerada junto com ele, quase que um tipo primitivo de HANS)?

    • Fábio Seixas comentou em 21/03/13 at 10:26

      Pois é, eu nunca tinha reparado. Não acho que seja algo como você sugere, já que achei várias fotos de corridas daquele ano em que ele não usou isso. Talvez tenha sido algo colocado no atendimento médico que ele recebeu antes de ir ao pódio. Mas certamente algum internauta vai aparecer aqui para solucionar essa dúvida.
      Abs

      • Moy comentou em 22/03/13 at 6:00

        Eu creio que fosse para segurar o capacete nas curvas, amenizando a força exercida no pescoço, já que o cockpit naquela época não dava este apoio. Era usado no lado que mais tinham curvas na pista.

        • Paulo - AM comentou em 22/03/13 at 13:47

          É isso mesmo. Aqui tem uma foto de como ele era preso no capacete:

          http://3.bp.blogspot.com/-jdAZ2YlI1eE/Tldae-8YlsI/AAAAAAAABg4/_KEfR4rSrZs/s1600/ayrton-senna1.jpg

  7. Eduardo Schmidt comentou em 21/03/13 at 9:36

    Boas histórias, muito boas mesmo…acho que eu queria realmente fazer na vida seria jornalismo esportivo focado na F-1…hehehe

  8. Nataniel comentou em 21/03/13 at 8:41

    Se vc parou de viajar eu parei de acordar de madrugada pra ver treinos livres, ponho pra gravar e olhe la!! desta vez vou acompanhar o primeiro treino livre a classificação e corrida. Vc vai fazer parte das transmissoes no Sportv novamente? vou confessar, enriqueceu demais as transmissoes, nao duvido nada se daqui a pouco vc se juntar ao Galvao e compania na TV aberta, dai vai ter q voltar a Malasya.

    • Eduardo Schmidt comentou em 21/03/13 at 9:37

      Eu tbm não irei assistir os P2 e P3…

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