Melbourne, 1º e 2º treinos livres
15/03/13 16:45Ufa, o blog voltou!
Problemas técnicos impediram que eu postasse ainda na madrugada os pitacos sobre os dois primeiros treinos na Austrália. Mas lá vão.
Pintou o tetra?
Já tem muita gente dizendo que sim. Há uma grande chance de acertarem e, no final do ano, gabarem-se do palpite.
É tentador. Mas prefiro a cautela.
Não que a Red Bull não esteja sobrando. Está.
Mas a Ferrari parece realmente começar este Mundial melhor do que 2012. Quando, mesmo com um carro ruim nas primeiras provas, Alonso levou a decisão do título até Interlagos.
Parece-me imprudentes riscar, já, as chances do espanhol.
Mercedes e Lotus cresceram. Estão, hoje, num terceiro degrau.
A McLaren, quem diria, está um abaixo. Mas tem potencial, dinheiro e estrutura para reagir. Não seria inédito.
No primeiro treino livre, Vettel cravou 1min27s211, 0s078 para Massa, o segundo colocado. Na sequência, Alonso, Hamilton, Webber.
Na segunda sessão, com os pilotos andando mais e lançando mão dos pneus supermacios, Vettel mandou 1min25s908, 0s264 mais rápido que Webber. Rosberg ficou a 0s414, seguido por Raikkonen e Grosjean.
A terceira sessão começa à 0h. E este que vos bloga estará ao vivo no Sportv, nos comentários.
Espero vocês por lá.
Parabéns Fábio pela ponta feita no treino livre. Vejo uma Red Bull muito bem afinada e o Button e o Perez lá atrás. Fato que responde que o problema está na equipe e não nos pilotos. Vejo um Rosberg andando bem, me parecendo uma Mercedes muito mais projetada e ajustada para ele do que para o Hamilton. Já o Hamilton, parece que vi uma Mercedes que não dobrava ou não dobra. Se for assim, não justifica somente o fato de ela ser boa de linha reta e simplesmente não dobrar nas curvas. Ela tem que estar satisfatória em todos os aspectos. E acho que não estou enganado, pois na pré temporada do ano passado, notei uma Mercedes muito pesada e não quis comentar, principalmente na parte traseira, mas fiquei com receio de comentar. Eu poderia estar errado, mas no fim, acho que não e, esse ano, talvez, a Mercedes não vingue novamente. Eles não estão conseguindo projetar um bom carro. Agora porquê, só alguém entrosado mesmo, pode responder.
E se acontecer alguma coisa com ele que o impeça de correr?
Se não olharmos, teleologicamente para trás, de certo não teremos ainda nada suficientemente indicativo para isso que não seja também uma mera especulação.
MOTIVOS PELOS QUAIS NÃO ACOMPANHO MAIS O MUNDIAL DE FORMULA 1 DA FIA
Tecnologia de ponta, liberdade criativa , bólidos impressionantes, emoção de correr nos limiares das forças físicas ,genuíno talento, atos heroícos, genialidade,nobres traços de personalidade e uma boa dose de verdadeira competição. A Fórmula 1 já foi admirada por milhões quando reunia todas estas características. De certa forma, o lado ruim que existia desde o início da formula 1 – política, risco de vida, excesso de rivalidade ,tentativa de manipulação de resultados – era sobrepujado pelo lado positivo ,com os aspectos já mencionados.Entretanto, de vários anos para cá e de forma crescente, fica evidente que o lado ruim da F1 passou a dominar, fazendo deste evento tão importante no cenário esportivo mundial algo indigno de se assistir.
Se antes a fórmula 1 era capaz de produzir novidades úteis para a indústria automobilística, hoje ela parece gastar fortunas em detalhes que provavelmente nunca farão diferença em um carro de passeio. Quando ela gastava dezenas de milhões de dólares no desenvolvimento de freios ABS, câmbio automático, suspensão ativa, motores turbo, entre outros desenvolvimentos tecnológicos que tanto agregaram à indústria automobilística, até que se achava algum sentido. Mas gastar centenas de milhões em detalhes referentes principalmente à aerodinâmica dos carros que se aplicam quase que completamente à F1 é quase a mesma coisa que queimar dinheiro. E isto em plena crise econômica que talvez seja a mais grave desde 1929 ! E eles não estão conseguindo convencer as pessoas sobrea real utilidade deste tal de Kers e a estranha asa móvel . A uniformidade da estética e estrutura dos bólidos da F1 é outro problema. Não faz tanto tempo, a variedade dos carros, inclusive de motores , faziam um espetáculo impressionante. Os F1 da atualidade são padronizados em quase todos os aspectos e não são esteticamente lá essas coisas, parecendo uma mistura de inseto gigante com colheitadeira e máquina de raspar neve. Só demonstram alguma beleza se olhados de lado e não rodam bonito na pista como os carros de algumas décadas atrás . Além disso, a moderna tecnologia fez com que os carros atuais sejam muito estáveis, eliminando boa parte dos imprevistos que tornavam os grandes prêmios interessantes.
Com relação as pistas, em certo sentido houve uma involução. Os autódromos construídos nos últimos anos, com raríssimas exceções, parecem ter sido mal projetados, contribuindo para que as corridas sejam previsíveis e burocráticas. Parece que estão dando muito valor a estrutura em volta, tipo arquibancadas, boxes, hotéis e não na pista propriamente dita. A mistura de carros que dependem muito da aerodinâmica e pistas previsíveis tem feito da Fórmula 1 uma frescura sem tamanho!
No que diz respeito a correr nos limiares das forças da física, ainda é uma realidade que os atuais carros de F1 são extremamente rápidos e contornam curvas de forma impressionante. Por outro lado ,os carros parecem ter ganhado rapidez principalmente devido ao sistema de freios que hoje é muito mais eficiente . Pouca diferença se vê na velocidade final e em potência. Na verdade, eles até passam uma impressão de menos força, talvez por terem perdido muito torque.É bem verdade que os bólidos de hoje são relativamente mais seguros , o que em si é um aspecto muito positivo, – embora pilotar um carro de corrida a altas velocidades seja sempre colocar a vida em risco desnecessariamente ( é só lembrar de pessoas jovens, algumas milionárias e com fama mundial ,que perderam a vida em corridas de carro), porém, com a tecnologia atual, tanto da estrutura de proteção quanto da segurança das pistas dava para os carros serem um mais velozes, principalmente em retas.Por outro lado nós, simples motoristas, muitas vezes corremos mais riscos dirigindo nossos carros pelas estradas cheias de motoristas irresponsáveis e egoístas do que os pilotos de F1 que correm em um ambiente controlado e ainda assim recebem salários na casa dos milhões de dólares .
Virtudes como determinação, coragem, senso de justiça, força de vontade, integridade, respeito ao colega e respeito pela vida eram bem mais comuns a algumas poucas décadas . Quando estes nobres traços de personalidade se aliam a genialidade e verdadeiro talento , torna-se algo muito interessante de se ver. Tanto mais se existirem em um habilidoso piloto ,um inteligentíssimo engenheiro ou um perspicaz chefe de equipe.Quantas vezes observamos habilidades especiais e até de certa forma ilógicas que nos deixavam pasmados pensado – Como ele fez isso? Infelizmente tais características praticamente já não existem na F1, fazendo desta, de certa forma ,um reflexo do mundo em que vivemos. Nos dias de hoje, tanto pilotos quanto os demais profissionais parecem pessoas “sem personalidade”, que quase nunca transmitem verdadeira emoção. No caso dos pilotos, já faz anos que eles parecem fazer apenas alguma diferença e não “A Diferença!”São competentes e eficientes, é verdade. Alguns são bem jovens e conseguem ser melhores que alguns mais experientes – isto também é verdade. Porém, parece que são apenas isso mesmo – eficientes no que tem de fazer – pilotar um F1. O talento destes pilotos parece não completamente desenvolvido. Em suma, um reflexo do que vem acontecendo em várias partes do mundo – pessoas impacientes que se acham merecedoras de muito mais do que realmente merecem – E o pior é que os dirigentes e chefes de equipes de alguma forma acabam acreditando nisso também, pois por algum motivo isto é lucrativo. Neste ambiente, pilotos e outros profissionais com más características de personalidade como falsidade, desonestidade , manipulação e engano não raro tem se sobressaindo . É o pensamento maquiavélico de que os fins justificam os meios.
Por último vem a questão da competição genuína e este parece ser o problema mais sério da F1. Em várias ocasiões, nas últimas décadas e em ordem crescente, ficou evidente que existe uma forte tendência de que os resultados tanto de pilotos quanto de equipes sejam influenciados por interesses muito além da esfera meramente esportiva. E não se trata simplesmente de questão tecnológica, econômica, jogo de equipe justificável pelo campeonato ou diferença de perfomance dos carros, o que é absolutamente normal em um esporte tão ligado à alta tecnologia e que é formado por um campeonato de pilotos e outro de equipes . Eu explico: décadas atrás , era mais fácil discernir o falso e o verdadeiro, o bom e o mau, o limpo e o sujo ,em suma, o preto e o branco na F1. Hoje a coisa é muito pior, pois deixou de preto e branco e passou a ser cinzento. Eu falo de manipulação de resultados, erros evidentemente propositais a fim de favorecer um piloto e desfavorecer outro, fortes interesses financeiros relacionados a exageradas reputações de determinados esportistas, conchavos visando proteger pessoas de determinadas nacionalidades, tentativa de passar para o público a existência de amizades ou inimizades que na verdade são simuladas e até mesmo simulação de quebras e acidentes . Estas e outras coisas são em si tão ruins que fazem todo aquele ambiente fisicamente limpo e de aparência hi-tech esconder vários tipos de podridão e se tornar uma afronta à inteligência . Nos últimos anos, pelo menos dois poderosos dirigentes, um ligado a FIA e outro considerado o chefão da F1 , escandalizaram milhões ao revelarem ser pessoas com idéias nazistas ou neo-nazistas. Pessoas assim costumam se achar intocáveis e não estão nem ai para o ser humano, a não ser que exista algum interesse financeiro. Mais recentemente descobriu-se um jogo sujo de espionagem envolvendo duas importantes equipes e um escândalo envolvendo acidente para mudar o resultado de uma corrida. E não se enganem, isto é apenas o que aparece, vê lá o que fica escondido! Se antes , o foco da F1 era a competição entre pilotos e equipes , hoje o foco é fazer um pacote fechado, um campeonato que seja acima de tudo rentável financeiramente, mesmo que para isso ele seja ,em muitos aspectos ,artificial. Um filme com roteiro e final pré-definido, no qual os atores , principalmente os pilotos, precisam simplesmente colaborar para que as coisas ocorram como foi estabelecido. E aí de quem tentar alterar o roteiro do filme, pois muito dinheiro está envolvido.
Vejo comentários de pessoas fazendo paralelos entre carreiras de pilotos da atualidade com os do passado, aparentemente com o intuito de estabelecer o raciocínio de que se trata de “uma simples evolução natural das coisas” . Além disso, tem se comentado muito que em 2014 vão mudar os motores, alguma coisa na aerodinâmica, regras e etc, o que tem trazido boas expectativas aos fãs do esporte. Porém, é preciso que se entenda que a dinâmica da coisa como um todo é muito diferente do que era. Sendo assim, não acredito em melhoras significativas neste que é o evento mais rentável da FIA .
Olhando em uma esfera mais ampla, parece que não apenas a F1 ou o automobilismo estão contaminados com manipulação de resultados e desonestidade. Como era de se esperar, coisas ruins acabam vindo à tona. Recentemente, o até então maior ciclista de todos os tempos, pelo menos em números (sete títulos na volta da França), chocou o mundo ao tornar público que fez amplo uso de doping. Ano passado, o esporte como um todo, sofreu um choque ainda maior quando autoridades descobriram que existe uma rede mundial de manipulação de resultados envolvendo inúmeros países em todos os continentes do mundo . Inúmeras modalidades esportivas, inclusive o futebol, tiveram resultados manipulados por interesses financeiros! E a coisa parece ser muito mais monstruosa do que o que foi descoberto até o momento.
Devido a tudo isso, não perco mais o meu tempo acompanhando corridas de F1 ou outras categorias cuja finalidade é levar pessoas à categoria máxima do automobilismo. Confesso que para mim não foi fácil. Desde criança sempre fui fascinado com alta tecnologia e a F1 de certa forma me atraia justamente por envolver muita tecnologia. Não quero com isso incentivar ninguém a assistir ou deixar de assistir eventos automobilísticos e respeito opiniões diferentes, mas, pelo menos no meu caso, refletir em fatos e acontecimentos recentes e passados me fizeram tomar esta importante decisão.
MOTIVOS PELOS QUAIS NÃO ACOMPANHO MAIS O MUNDIAL DE FORMULA 1 DA FIA
Tecnologia de ponta, liberdade criativa , bólidos impressionantes, emoção de correr nos limiares das forças físicas ,genuíno talento, atos heroícos, genialidade,nobres traços de personalidade e uma boa dose de verdadeira competição. A Fórmula 1 já foi admirada por milhões quando reunia todas estas características. De certa forma, o lado ruim que existia desde o início da formula 1 – política, risco de vida, excesso de rivalidade ,tentativa de manipulação de resultados – era sobrepujado pelo lado positivo ,com os aspectos já mencionados.Entretanto, de vários anos para cá e de forma crescente, fica evidente que o lado ruim da F1 passou a dominar, fazendo deste evento tão importante no cenário esportivo mundial algo indigno de se assistir.
Se antes a fórmula 1 era capaz de produzir novidades úteis para a indústria automobilística, hoje ela parece gastar fortunas em detalhes que provavelmente nunca farão diferença em um carro de passeio. Quando ela gastava dezenas de milhões de dólares no desenvolvimento de freios ABS, câmbio automático, suspensão ativa, motores turbo, entre outros desenvolvimentos tecnológicos que tanto agregaram à indústria automobilística, até que se achava algum sentido. Mas gastar centenas de milhões em detalhes referentes principalmente à aerodinâmica dos carros que se aplicam quase que completamente à F1 é quase a mesma coisa que queimar dinheiro. E isto em plena crise econômica que talvez seja a mais grave desde 1929 ! E eles não estão conseguindo convencer as pessoas sobrea real utilidade deste tal de Kers e a estranha asa móvel . A uniformidade da estética e estrutura dos bólidos da F1 é outro problema. Não faz tanto tempo, a variedade dos carros, inclusive de motores , faziam um espetáculo impressionante. Os F1 da atualidade são padronizados em quase todos os aspectos e não são esteticamente lá essas coisas, parecendo uma mistura de inseto gigante com colheitadeira e máquina de raspar neve. Só demonstram alguma beleza se olhados de lado e não rodam bonito na pista como os carros de algumas décadas atrás . Além disso, a moderna tecnologia fez com que os carros atuais sejam muito estáveis, eliminando boa parte dos imprevistos que tornavam os grandes prêmios interessantes.
Com relação as pistas, em certo sentido houve uma involução. Os autódromos construídos nos últimos anos, com raríssimas exceções, parecem ter sido mal projetados, contribuindo para que as corridas sejam previsíveis e burocráticas. Parece que estão dando muito valor a estrutura em volta, tipo arquibancadas, boxes, hotéis e não na pista propriamente dita. A mistura de carros que dependem muito da aerodinâmica e pistas previsíveis tem feito da Fórmula 1 uma frescura sem tamanho!
No que diz respeito a correr nos limiares das forças da física, ainda é uma realidade que os atuais carros de F1 são extremamente rápidos e contornam curvas de forma impressionante. Por outro lado ,os carros parecem ter ganhado rapidez principalmente devido ao sistema de freios que hoje é muito mais eficiente . Pouca diferença se vê na velocidade final e em potência. Na verdade, eles até passam uma impressão de menos força, talvez por terem perdido muito torque.É bem verdade que os bólidos de hoje são relativamente mais seguros , o que em si é um aspecto muito positivo, – embora pilotar um carro de corrida a altas velocidades seja sempre colocar a vida em risco desnecessariamente ( é só lembrar de pessoas jovens, algumas milionárias e com fama mundial ,que perderam a vida em corridas de carro), porém, com a tecnologia atual, tanto da estrutura de proteção quanto da segurança das pistas dava para os carros serem um mais velozes, principalmente em retas.Por outro lado nós, simples motoristas, muitas vezes corremos mais riscos dirigindo nossos carros pelas estradas cheias de motoristas irresponsáveis e egoístas do que os pilotos de F1 que correm em um ambiente controlado e ainda assim recebem salários na casa dos milhões de dólares .
Virtudes como determinação, coragem, senso de justiça, força de vontade, integridade, respeito ao colega e respeito pela vida eram bem mais comuns a algumas poucas décadas . Quando estes nobres traços de personalidade se aliam a genialidade e verdadeiro talento , torna-se algo muito interessante de se ver. Tanto mais se existirem em um habilidoso piloto ,um inteligentíssimo engenheiro ou um perspicaz chefe de equipe.Quantas vezes observamos habilidades especiais e até de certa forma ilógicas que nos deixavam pasmados pensado – Como ele fez isso? Infelizmente tais características praticamente já não existem na F1, fazendo desta, de certa forma ,um reflexo do mundo em que vivemos. Nos dias de hoje, tanto pilotos quanto os demais profissionais parecem pessoas “sem personalidade”, que quase nunca transmitem verdadeira emoção. No caso dos pilotos, já faz anos que eles parecem fazer apenas alguma diferença e não “A Diferença!”São competentes e eficientes, é verdade. Alguns são bem jovens e conseguem ser melhores que alguns mais experientes – isto também é verdade. Porém, parece que são apenas isso mesmo – eficientes no que tem de fazer – pilotar um F1. O talento destes pilotos parece não completamente desenvolvido. Em suma, um reflexo do que vem acontecendo em várias partes do mundo – pessoas impacientes que se acham merecedoras de muito mais do que realmente merecem – E o pior é que os dirigentes e chefes de equipes de alguma forma acabam acreditando nisso também, pois por algum motivo isto é lucrativo. Neste ambiente, pilotos e outros profissionais com más características de personalidade como falsidade, desonestidade , manipulação e engano não raro tem se sobressaindo . É o pensamento maquiavélico de que os fins justificam os meios.
Por último vem a questão da competição genuína e este parece ser o problema mais sério da F1. Em várias ocasiões, nas últimas décadas e em ordem crescente, ficou evidente que existe uma forte tendência de que os resultados tanto de pilotos quanto de equipes sejam influenciados por interesses muito além da esfera meramente esportiva. E não se trata simplesmente de questão tecnológica, econômica, jogo de equipe justificável pelo campeonato ou diferença de perfomance dos carros, o que é absolutamente normal em um esporte tão ligado à alta tecnologia e que é formado por um campeonato de pilotos e outro de equipes . Eu explico: décadas atrás , era mais fácil discernir o falso e o verdadeiro, o bom e o mau, o limpo e o sujo ,em suma, o preto e o branco na F1. Hoje a coisa é muito pior, pois deixou de preto e branco e passou a ser cinzento. Eu falo de manipulação de resultados, erros evidentemente propositais a fim de favorecer um piloto e desfavorecer outro, fortes interesses financeiros relacionados a exageradas reputações de determinados esportistas, conchavos visando proteger pessoas de determinadas nacionalidades, tentativa de passar para o público a existência de amizades ou inimizades que na verdade são simuladas e até mesmo simulação de quebras e acidentes . Estas e outras coisas são em si tão ruins que fazem todo aquele ambiente fisicamente limpo e de aparência hi-tech esconder vários tipos de podridão e se tornar uma afronta à inteligência . Nos últimos anos, pelo menos dois poderosos dirigentes, um ligado a FIA e outro considerado o chefão da F1 , escandalizaram milhões ao revelarem ser pessoas com idéias nazistas ou neo-nazistas. Pessoas assim costumam se achar intocáveis e não estão nem ai para o ser humano, a não ser que exista algum interesse financeiro. Mais recentemente descobriu-se um jogo sujo de espionagem envolvendo duas importantes equipes e um escândalo envolvendo acidente para mudar o resultado de uma corrida. E não se enganem, isto é apenas o que aparece, vê lá o que fica escondido! Se antes , o foco da F1 era a competição entre pilotos e equipes , hoje o foco é fazer um pacote fechado, um campeonato que seja acima de tudo rentável financeiramente, mesmo que para isso ele seja ,em muitos aspectos ,artificial. Um filme com roteiro e final pré-definido, no qual os atores , principalmente os pilotos, precisam simplesmente colaborar para que as coisas ocorram como foi estabelecido. E aí de quem tentar alterar o roteiro do filme, pois muito dinheiro está envolvido.
Vejo comentários de pessoas fazendo paralelos entre carreiras de pilotos da atualidade com os do passado, aparentemente com o intuito de estabelecer o raciocínio de que se trata de “uma simples evolução natural das coisas” . Além disso, tem se comentado muito que em 2014 vão mudar os motores, alguma coisa na aerodinâmica, regras e etc, o que tem trazido boas expectativas aos fãs do esporte. Porém, é preciso que se entenda que a dinâmica da coisa como um todo é muito diferente do que era. Sendo assim, não acredito em melhoras significativas neste que é o evento mais rentável da FIA .
Olhando em uma esfera mais ampla, parece que não apenas a F1 ou o automobilismo estão contaminados com manipulação de resultados e desonestidade. Como era de se esperar, coisas ruins acabam vindo à tona. Recentemente, o até então maior ciclista de todos os tempos, pelo menos em números (sete títulos na volta da França), chocou o mundo ao tornar público que fez amplo uso de doping. Ano passado, o esporte como um todo, sofreu um choque ainda maior quando autoridades descobriram que existe uma rede mundial de manipulação de resultados envolvendo inúmeros países em todos os continentes do mundo . Inúmeras modalidades esportivas, inclusive o futebol, tiveram resultados manipulados por interesses financeiros! E a coisa parece ser muito mais monstruosa do que o que foi descoberto até o momento.
Devido a tudo isso, não perco mais o meu tempo acompanhando corridas de F1 ou outras categorias cuja finalidade é levar pessoas à categoria máxima do automobilismo. Confesso que para mim não foi fácil. Desde criança sempre fui fascinado com alta tecnologia e a F1 de certa forma me atraia justamente por envolver muita tecnologia. Não quero com isso incentivar ninguém a assistir ou deixar de assistir eventos automobilísticos e respeito opiniões diferentes, mas, pelo menos no meu caso, refletir em fatos e acontecimentos recentes e passados me fizeram tomar esta importante decisão.
Júnior / Minas Gerais
Cara, faz um blog pra vc
Acho que esse cara é o Marcelo!
Olá Fábio Seixas , Tudo Bem…
A Fórmula 1, é o meu esporte preferido. Assisti aos treinos, e ouvi os seus tão esclarecidos comentários. Parabéns a você, e muita sorte a todos. Quanto aos pilotos, creio, ser muito cedo para declarar-mos os favoritos de 2013, muito embora tenhamos os nossos próprios. Na Fómula 1 , atualmente, temos ótimos pilotos , então seria precoce fazer-mos uma projeção quanto ao final. Obrigada Elo . Sp.
Fabio, olha as supostas palavras de Maldonado no site As.com: “”La imagen del país había cambiado con Chávez y ahora todo puede ir a peor. Políticamente no sé qué puede ocurrir. Muchos me pusieron ya fuera de la Fórmula 1, pero de momento aquí estoy”. E no site da autosport.com ele tava fazendo severas críticas ao carro da Williams: “carro inguiável”(talvez sintoma de ter visto seu companheiro de equipe estreante tê-lo vencido internamente).
Bom,dito isso, sei não, mas de repente esse ano ainda possa abrir mais uma vaga na F1.
Minha aposta para grid: Massa, Grojean, Alonso