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Fábio Seixas

Automobilismo e pitacos sobre tudo o mais

Perfil Fábio Seixas, 38, é jornalista com mestrado em Administração Esportiva

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O desconhecido Mick Betsch

Por Folha
22/02/13 03:00

A nota circulou por sites e blogs especializados nos últimos dias e sugere uma reflexão e um paralelo com o que ocorre por essas bandas.

Filho de Schumacher, Mick, 13, virou piloto de kart. Compete na categoria KFJ pela equipe Tony Kart-Vortex e já participou de alguns eventos importantes no esporte.

O bacana vem agora: para evitar assédio e holofotes, ele corre disfarçado. Usa o sobrenome da mãe.

Sim. Um aspirante à F-1 –como todo garoto que compete no kart– que poderia usar o sobrenome do maior vencedor de todos os tempos deixa-o de lado.

Poderia ser o badaladíssimo Mick Schumacher. Preferiu assumir a identidade de Mick Betsch.

Tudo bem que, agora, o segredo tenha ido para o espaço. Aliás, é o tipo de estratégia que não duraria muito tempo –até pelo tamanho dos queixos envolvidos.

Mas o que vale é a intenção. Para Mick, o anonimato deve ter sido bom enquanto durou. Ele deve ter curtido as críticas e os elogios feitos com base apenas na sua pilotagem, e não no seu DNA.

Por aqui não é bem assim.

Quando aconteceu coisa parecida foi na época em que o automobilismo era atividade marginal. Filhos inventavam as maiores maluquices para tentar driblar a vigilância dos pais. O caso mais célebre foi o de um tal “Piket”, filho de ministro, que acelerava forte por Brasília.

Mas vieram o sucesso do país nas pistas de F-1, a fama, o prestígio, as fortunas…

E seguiram-se os herdeiros.

Christian foi o primeiro. Cumpriu todas as etapas na base e disputou três anos na F-1 por equipes nanicas até resolver apostar no eldorado da Indy. Foi segundo colocado em Indianápolis, em 95, mas nunca chegou a brilhar.

Depois veio Nelsinho, que também atraiu olhares e curiosidades desde o kart. Na F-1, protagonizou o pior escândalo da história. Desde 2010, tenta reconstruir a carreira na Nascar, nos EUA.

E chegou a vez de um Senna. Bruno teve um início atípico, voltando a pilotar após um hiato traumático de dez anos. A força do sobrenome mítico atraiu patrocinadores, e em pouco tempo ele chegou à F-1. Rápido entrou, rápido saiu: sem equipe neste ano, vai correr o Mundial de Endurance pela Aston Martin.

O caminho escolhido por Mick não é garantia de sucesso. Mas parece mais consciente, menos deslumbrado, mais razão, menos emoção. E passa por uma questão cultural. O nosso, do sobrenome pelo sobrenome, já sabemos que não resolve.

Testes
Em sete dias de testes até agora, sete pilotos lideraram. Quer algo mais inconclusivo?

Esta coluna vai esperar mais alguns treinos para analisar a pré-temporada.

(Coluna publicada nesta sexta-feira na Folha de S.Paulo)

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Comentários

  1. Fábio Moura comentou em 22/02/13 at 20:54

    Oi, Xará!!!
    Fábio, após ler este post fiquei curioso. Sou completamente fanatico por automobilismo e tenho um filho de 3 anos que está adorando carros…
    Pensei até como um post…
    Como iniciar uma carreira aqui no Brasil? Como meu pequeno pode começar, caso tenha interesse? Lembro que moro no nordeste (Recife) e sei que não eh o forte do local. Mas então, para um pai brasileiro, nordestino, como encaminhar um jovem piloto?Quando? Onde? SP? Exterior?
    Fica a dica de um post para o futuro e se vc não achar interesante, pelo menos me passa as dicas.
    Grande abraço!

    • Fábio Seixas comentou em 23/02/13 at 11:33

      Acho que a melhor dica é você procurar outros pais de pilotos aí na região. Ou passar um final de semana no kartódromo de Interlagos, fazendo contatos e conversando.
      Abs

    • Beto Nini comentou em 03/03/13 at 10:01

      Eu trabalho como treinador de Pilotos e você pode me procurar no kartodromo granja viana em São Paulo ou no email betonini @betonini.com

  2. Pedro Paiva comentou em 22/02/13 at 18:29

    Difícil generalizar. Acho que sobrenome abre portas e talento as mantém abertas. Damon Hill e Jacques Villeneuve têm sobrenome e venceram, demonstrando também talento. Nico Rosberg sempre foi bastante coordenado pelo pai e já venceu GP, parece que vai passando de eterna promessa para alguma coisa mais consistente. Piquet Jr pode até ter talento, mas ele não queria estar ali. Desde que foi pra Europa, com equipe bancada pelo pai e tudo, era bem evidente. O cara não era feliz naquilo. Bruno Senna perdeu a base e perdeu o tio, ficou só o sobrenome. Nem dinheiro da família entrou em cena. Foi até onde deu e agora está reconstruindo a carreira em outro lugar. Acho válido usar o sobrenome, se ajudar a levar o cara onde ele quer. Pior que isso é o cara que não tem nome, não tem talento, mas tem patrocínio e chega lá comprando seus cockpits. Esse é duro de engolir.

  3. Regis Br.Rock comentou em 22/02/13 at 17:51

    Em tempos de pilotos pagantes, dificilmente daqui para algumas décadas, filhos de pilotos famosos que já foram campeões nos mundiais de F-1, conseguiriam sagrar-se campeões.

    E o que mais conta para um piloto de F-1 nos dias de hoje, não basta apenas a sua descendência, e sim, talento e qualidades únicas de um verdadeiro piloto de automobilismo.

  4. Junior comentou em 22/02/13 at 17:50

    Vai mt do acaso isso ai.
    Se o Bruno, por exemplo, abandonasse o sobrenome “Senna”, ia ter colunas e críticas falando que ele “se envergonha” do nome, etc.

    Nd garante q o filho do Schumacher vá trilhar a mesma carreira brilhante do pai. Sobrenome não garante nada. O ideal é estar no lugar certo, na hora certa.

  5. F! PR comentou em 22/02/13 at 13:45

    Oi Fábio. No parágrafo que você escreve sobre o Nelsinho, acho que deveria colocar adjetivos, também, na frase da reconstrução de sua carreira na NASCAR, e não somente (e forte demais) na frase sobre o escândalo… Abraços

  6. ANDRE DE ITU comentou em 22/02/13 at 12:34

    Filho do Schumacher iniciando no automobilismo + filho do Barrichello iniciando no automobilismo = Garantia de piadas daqui a alguns anos!

    • Regis Br.Rock comentou em 22/02/13 at 18:06

      Fala sério André, também não precisa exagerar!

      Só falta você prever que para a metade da década de 20, o filho do Schumacher e o filho do Barrichello, serão companheiros de equipe na Ferrari. E até lá, nem um asteroide passará por nossas cabeças numa possível rota de colisão contra o nosso planeta Terra.

  7. Juliano comentou em 22/02/13 at 11:55

    Perfeito Fábio!!

    Bruno pra mim é o pior caso. Com Christian e Nelson, vá lá, era o último nome deles mesmo. Mas o último nome do Bruno é Lalli.

    E o problema não é só esse. O que ele fez no automobilismo pra ter MERECIDO chegar à F1? Que carreira ele teve? O que ele ganhou? Usou o sobrenome do tio, teve a oportunidade, e se mostrou um pilotinho beeeem comum. Fraco!

    Abraço!

  8. Moy comentou em 22/02/13 at 11:01

    Mick Stig. Chega sozinho ao kartodromo, dirigindo uma Ferrari. Entra e sai de capacete, como viseira escura, pra ninguém reconhecer ele.
    Aí agora descobriram que ele é filho do MS.
    ohhhhhhhhhh merece nota em todos os jornais e blogs de automobilismo.
    Ferraram a carreira do pirraia. Estragaram o segredo dele.
    Ô falta de corridas e assunto.

    • Dourado, A. Rodrigues comentou em 22/02/13 at 11:49

      Moy, você tem razão, porque até a F1, principalmente para nós brasileiros, vem se tornando “uma falta de assunto” que chega ao tédio. Deu “branco” no automobilismo nacional e a prova está no soterramento do Autódromo, do Rio, para justificar a implantação de um parque olímpico que certamente não servirá para nada após Rio-2016. A implantação de um novo, em Teodoro, é uma falácia para enganar trouxa. Se a F1 sair de Interlagos, ela vai direto para B.Aires, ou ainda com memlhor chance para a Venezuela, do Pastor. (pelo menois enquanto Chavez estiver “vivo”!). O blog também é cultura: fiquei tentando descobrir o que é “pirraia”; seria piralho, ou uma mistura de piranha com arraia?
      A F1 é mesmo “uma total falta de assunto”!

      • Moy comentou em 22/02/13 at 15:50

        Grande Dourado,
        É pirralho mesmo. Mas aqui em Recife costuma-se dizer “pirraia”.
        Em algumas cidades é “piá”.
        Gostei da junção de piranha com arraia – Pirraia. 🙂

    • Alberto comentou em 22/02/13 at 14:48

      “Mick Stig. Chega sozinho ao kartodromo, dirigindo uma Ferrari. Entra e sai de capacete, como viseira escura, pra ninguém reconhecer ele.”
      Meu amigo, como o Fábio disse lá a cultura é outra e isso não acontece

      • Moy comentou em 22/02/13 at 15:52

        Metaforicamente (eita) falando …

  9. Marcelo comentou em 22/02/13 at 10:30

    No Brasil, o que vale é fazer carnaval, se o filho tem sobrenome “bacana”, o que não falta atrás é um monte de puxa-saco(Galvão), pra carregar caminhão de merda. Fez bem a família Schumacher deixar o sobrenome famoso no anonimato.

  10. Marcelo comentou em 22/02/13 at 10:19

    Bacana demais, e essa estratégia deu certo porque eu mesmo tinha me esquecido “por onde anda o filho de Schumacher?”. Procurei uma fotos na internet e achei umas bem legais, as mais antigas mostram Schumacher com a filha, que lembra muito a cara da mãe. Já o moleque é a cara do tio Ralf, hilário…rs

    http://www.as.com/recorte/20080421dasdaimot_1/XLCO/Ies/20080421dasdaimot_1.jpg

    http://mschumacher.motorsportal.hu/MICK22.jpg

    http://www.autohome.com.cn/img/?img=2012/6/1/1-8-32-55-355842196.jpg

    http://www.autohome.com.cn/img/?img=2012/6/1/1-8-32-54-157355483.jpg

    http://sports.163.com/08/0511/16/4BM5GRCG00051CDQ.html

    http://blog.sofeminine.co.uk/blog/seeone_120748_2715585/Corinna-and-Michael-Schumacher/Mick-Schumacher

    http://www.moritz-oberheim.com/uploads/images/moritz_schumacher.jpg

    boa sorte ao garoto!

    Bom lembrar, Mick Schumacher já corre a 5 anos no kart na Europa, já começou com o pé direito porque kat na Europa é de primeiro nível.

    Moleque vai ser piloto da Ferrari daqui uns 15 anos(primeiro começa em time mediano), começando no kart europeu desde cedo ao 5 anos? Vix, com planejamento e investimento o talento aparece…

    E pelas fotos abaixo, os olhos dentro do capacete lembra muito o pai mult7campeão:

    http://www.as.com/recorte/20080421dasdaimot_1/XLCO/Ies/20080421dasdaimot_1.jpg

    http://www.pilotoons.com.br/wp-content/uploads/2011/08/SCHUMACHER_1991_pilotoons.jpg

    Mick Betsch já começou com bom boa vantagem em relação ao Dudu Barrichello, Schumaquinho já tem até troféu de vencedor…

    • Juliano comentou em 22/02/13 at 11:57

      Marcelo, se não me engano, até a chegada na F1, a carreira do Rubens foi mais vitoriosa do que a do Michael.

      Bom, depois, já na F1, é a história que sabemos.

      Confere, Fábio?

      Abraços!

      • Fábio Seixas comentou em 22/02/13 at 11:58

        Difícil comparar. Os dois trilharam caminhos muito diferentes até chegar à F-1…
        Abs

        • Alberto comentou em 22/02/13 at 14:46

          Mas que o Rubinho foi mais vitorioso antes da F-1 isso é inegável

          • Fábio Seixas comentou em 22/02/13 at 14:53

            Sim. E chegou com mais nome.
            Abs

          • Alberto comentou em 22/02/13 at 15:22

            Exatamente! E depois mostrou que uma coisa é ser vencedor antes da F-1 outra bem diferente é ser vencedor na F-1

  11. Mauricio comentou em 22/02/13 at 10:05

    Bom dia Fábio, td certo por aí?
    O Bruno tem mesmo Senna no sobrenome ou foi apenas marketing? Pergunto isso, pois Senna é o sobrenome de sua mãe, e não do seu pai… O nome dele é Bruno Senna Lalli ou apenas Bruno Lalli?
    Abraço!

    • Fábio Seixas comentou em 22/02/13 at 10:43

      O nome dele é Bruno Senna Lalli.
      Abs

  12. fernando comentou em 22/02/13 at 9:19

    Mudando de alhos para bugalhos, viu que o Chilton ta pilotando hoje de novo?

    interessante o tratamento ao Luiz, veremos se semana que vem ele corre os 4 dias, caso não corra, já sabemos que as chances de ele não terminar o ano são grandes.

  13. Alex comentou em 22/02/13 at 9:14

    Mick não escolheu nada, uma criança de 13 anos não entende nada disso que vc diz que ele está pensando. O mérito é de sua família não dele propriamente dito.

    • Fábio Seixas comentou em 22/02/13 at 10:02

      Ué, e o que muda?

  14. Elizandro comentou em 22/02/13 at 9:00

    A diferença para os sitados é que Bruno não possui o DNA do Ayrton, Bruno é Lalli e não tem o DNA do TIO.

    Aliás, DNA e genética de parentesco não tem nada haver com talento, indivíduos possuem seus próprios talentos independente de serem genéticamente idênticos, caso dos irmãos GEMEOS Rodrigo e Ricardo Sperafico, eles tem jeito diferente de guiar e um é melhor que o outro sempre foi assim.

    Ou seja, o que vale mesmo é o SOBRENOME para alavancar a carreira, talento mesmo, ou você nasce com ele ou não.

  15. Alberto comentou em 22/02/13 at 8:56

    Fábio,
    agora voce matou a pau no post!

  16. Paulo Perrucci comentou em 22/02/13 at 5:50

    Realmente ter utilizado outro sobrenome ajudou o Mick a ter menos pressão e ser avaliado como piloto e não pelo fato de ser filho de alguém famoso. Além disso, fica a observação de vc ter sido o único jornalista a citar essa noticia.. Não lembro nem de Reginaldo Leme ter falado algo parecido..

    Porém Fábio, gostaria que vc comentasse sobre a estréia do filho de Rubens Barrichello no kart.. Você acha que ele deveria fazer o mesmo?? Ou seja, utilizar outro sobrenome para correr??

    • Fábio Seixas comentou em 22/02/13 at 10:04

      Como eu disse no post, é uma questão cultural. Não vai acontecer por aqui.
      Abs

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