Maldonado, vitória histórica
13/05/12 11:10Não acontecia havia 29 anos: cinco pilotos de cinco equipes vencendo os cinco primeiros GPs da temporada.
Aconteceu hoje em Barcelona.
Maldonado, da Williams, venceu a quinta etapa do campeonato, dando a primeira vitória na F-1 ao seu país e igualando um recorde que vinha desde 1983.
Naquela ocasião, os vencedores foram Piquet (Brabham), Watson (McLaren), Prost (Renault), Tambay (Ferrari) e Rosberg (Williams).
Agora, antes do Maldonado, venceram Button (McLaren), Alonso (Ferrari), Rosberg (Mercedes) e Vettel (Red Bull).
Mas tem mais…
Não acontecia havia 25 anos: Ferrari, Williams e Lotus, três das principais equipes da história da F-1, dividindo um pódio.
Aconteceu hoje em Barcelona.
Porque Alonso e Raikkonen ficaram em segundo e terceiro.
A última vez que esses três times haviam subido juntos ao pódio foi em Mônaco-87, com Senna, Piquet e Alboreto.
Sorte? Acaso? Maluquice?
Não. A vitória de Maldonado foi no braço.
Na largada, é verdade, ele não curtiu a pole por mais de alguns metros. Foi ultrapassado por Alonso antes da primeira curva e teve de se conformar com a segunda posição. Raikkonen fez parecido com Grosjean e pulou para terceiro.
Massa foi muito bem, saindo de 16º para 11º. Bruno, 17º no grid, ficou na mesma. Hamilton, lá atrás, saiu de 24º e fechou a primeira volta em 19º.
Quem mais se ferrou foi Pérez, com um pneu furado após um toque _aparentemente, de Grosjean. Caiu para último, colocou os duros e começou a fazer os melhores tempos na pista.
Foi a senha para o resto da moçada.
Na 7ª volta, Webber abriu a primeira janela de pits, trocando também para os duros. Vettel fez o mesmo na volta seguinte. Kobayashi entrou na 9ª. Rosberg e Di Resta pararam logo depois, mas colocaram os macios. Button e Alonso foram com os duros. Os dois pilotos da Lotus, com os macios.
Na 13ª volta, um enrosco polêmico. Schumacher tentava ultrapassar Bruno no final da reta e, na opinião deste blogueiro, cometeu um erro grosseiro de cálculo. Encheu a traseira do brasileiro, e ambos abandonaram.
Pelo rádio, o alemão chamou o brasileiro de “idiota”. Nesta, era melhor ter ficado quieto.
(Alguém pode argumentar que Bruno mudou de trajetória. Achei que foi uma defesa legítima, honesta, mas entendo quem pense diferente. E, vai lá: se os dois erraram, nesta Schumacher errou mais)
Enquanto isso, Hamilton parava nos boxes. E, pra variar, veio uma lambança. Passou por cima de um pneu, ao deixar o pit, aparentemente sem danos ao carro.
Na 17ª volta, o top 10 era Alonso, Maldonado, Raikkonen, Grosjean, Rosberg, Vettel, Button, Kobayashi, Di Resta e Vergne. Massa continuava em 11º, sem conseguir passar o francês nem com reza braba.
O brasileiro só deixou de ver a traseira da Toro Rosso na 24ª volta, quando o rival entrou nos boxes.
Sim, boxes. Já era hora de novas paradas.
E Alonso, então, se deu mal. Maldonado parou na 25ª e acelerou feito um louco na pista. Alonso entrou na 26ª. E o venezuelano voltou à liderança, 6s8 à frente do espanhol.
Massa e Vettel também receberam más notícias. Foram punidos por ignorar bandeiras amarelas, provavelmente no choque entre Schumacher e Bruno, e tiveram de cumprir drive-through.
Lá na frente, Maldonado abria para Alonso: 7s2 na 30ª volta.
Foram necessárias três voltas, e pneus mais lixados, para o espanhol começar a reagir. Na 33ª volta, ele reduziu a margem para 6s7. Na seguinte, para 6s5. Na 35ª, para 6s1.
Na 37ª, a folga caiu para 5s6. Ou seja, Alonso tirou 1s1 em cinco voltas.
Três voltas depois, um susto. Pérez acertou um mecânico nos boxes, sem gravidade. O pior prejuízo foi o abandono da corrida para o mexicano.
Na 42ª volta, Maldonado fez seu terceiro pit, e a equipe se embananou no pneu traseiro esquerdo. Pista livre para Alonso pisar fundo e tentar dar o trocou no venezuelano.
Não deu. O espanhol voltou à pista 3s1 atrás, babando pra tentar a vitória nas 20 voltas restantes.
Na 46ª, Alonso cravou a melhor volta da prova até então e, aproveitando-se do bloqueio de Raikkonen a Maldonado, tirou 1s8. Três voltas depois, apenas 0s9 separava os duelistas.
(E, para o Brasil, uma cena emblemática na 53ª volta. Massa levou uma volta. Recebeu bandeiras azuis para deixar os líderes passarem, entre eles seu companheiro de equipe…)
Faltando dez voltas para o fim, Alonso continuava sua perseguição a Maldonado, com o mesmo 0s9 separando-os. Muita gente achava que ele passaria, eu incluído.
Não passou. Maldonado soube conservar bem os pneus e cruzou a linha de chegada com 3s1 sobre Alonso, que teve 0s6 sobre Raikkonen.
Completando o top 10, Grosjean, Kobayashi, Vettel, Rosberg, Hamilton, Button e Hulkneberg.
Massa, com a falta de combatividade, com a punição por ignorar a bandeira amarela e com o vexame de levar uma bandeira azul, terminou em 15º. Ficou feio pra ele.
Com o resultado, Vettel manteve-se na ponta do Mundial, com 61 pontos. Alonso tem os mesmos 61, mas está em segundo porque o alemão obteve posições melhores nas corridas até agora. Hamilton tem 53. Raikkonen, 49. Webber soma 48.
No Mundial de Construtores, a Red Bull tem 109, contra 98 de Mclaren e 84 de Lotus.
Tudo apertado, tudo muito disputado, tudo muito imprevisível. Assim que é bom.
E que ninguém duvide de um sexto vencedor daqui a duas semanas, em Mônaco. Candidatos não faltam.
A F-1 versão 2012 é das melhores dos últimos tempos. As estatísticas estão aí para não me deixarem mentir.
Tanto Piquet quanto Senna eram grandes pilotos dentro e fora das pistas. Esse Bruno é igual ao Massa, politicamente correto, com desculpas montadas… não vão a lugar nenhum, o que o Brasil precisa é de um piloto arrojado dentro e fora das pistas…
O REI DA ESPANHA MATANDO ELEFANTE E O CAMARADA DA VENEZUELA GANHANDO DE ESPANHOL EM BARCELONA….CALA-TE JUAN CARLOS
Essa Lotus não tem absolutamente nada ver com a aquela citada. Portanto, não considero que 25 anos depois as 3 voltaram a estar no podio. Aquele podio jamais se repetirá!!!