Fábio Seixasvettel – Fábio Seixas http://fabioseixas.blogfolha.uol.com.br Automobilismo e pitacos sobre tudo o mais Mon, 18 Nov 2013 13:33:22 +0000 pt-BR hourly 1 https://wordpress.org/?v=4.7.2 Raikkonen-Alonso-Vettel http://fabioseixas.blogfolha.uol.com.br/2013/08/14/raikkonen-alonso-vettel/ http://fabioseixas.blogfolha.uol.com.br/2013/08/14/raikkonen-alonso-vettel/#comments Wed, 14 Aug 2013 18:10:34 +0000 http://fabioseixas.blogfolha.uol.com.br/?p=3722 Continue lendo →]]>

 

“Ilta Sanomat” deu que Raikkonen decidiu correr na Ferrari no ano que vem e a notícia se espalhou pela internet hoje.

O jornal finlandês, por razões óbvias, acompanha de perto o campeão de 2007 e, via de regra, dá bons furos sobre sua carreira.

Merece crédito e atenção.

Mas toda regra tem sua exceção. Acho que esta é uma furada.

Posso quebrar a cara, lógico, e não seria a primeira vez. Mas não acredito na possibilidade de o finlandês dividir a equipe com Alonso.

Primeiro, porque Raikkonen e Montezemolo se detestam. Segundo, porque isso iria contra toda a tradição ferrarista dos últimos anos: desde Mansell e Prost, em 1990, a equipe não junta dois pilotos top dentro dos mesmos boxes.

Ah, mas Alonso estaria indo para a Red Bull, diz o jornal. Dividiria o time com Vettel.

Bom, acredito menos ainda nisso. E a razão é a personalidade desses dois pilotos.

Mas o jeito é esperar.

(Em tempo: torço para que eu esteja enganado. Uma sacudida assim no grid seria sensacional.)

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Vettel, vitória para respirar um pouco http://fabioseixas.blogfolha.uol.com.br/2013/07/07/vettel-vitoria-para-respirar-um-pouco/ http://fabioseixas.blogfolha.uol.com.br/2013/07/07/vettel-vitoria-para-respirar-um-pouco/#comments Sun, 07 Jul 2013 13:47:47 +0000 http://fabioseixas.blogfolha.uol.com.br/?p=3424 Continue lendo →]]> O sábado foi um aperitivo. E já foi muito bom.

O prato principal veio hoje, o GP da Alemanha. Que foi ótimo, com acirradas brigas na pista, boas variações estratégicas, incertezas até o final.

Vitória de Vettel, a quarta no ano, a 30ª na carreira, a primeira diante de sua torcida.

Vettel comemora sua primeira vitória em casa (Luca Bruno/AP)

 

Ele fica a um triunfo de igualar Mansell e entrar para o top 5 histórico da F-1.

Raikkonen foi o segundo, com Grosjean em terceiro. Alonso foi o quarto.

Com o resultado, Vettel vai a 157 pontos e ganha um pequeno respiro no campeonato. Sua folga para Alonso subiu de 21 para 34 pontos _o espanhol tem agora 123. Raikkonen tem 116.

Na largada, Hamilton mal viu os carros da Red Bull.

Vettel veio pela direita, Webber atacou pela esquerda, e os dois contornaram a primeira curva à frente do inglês.

Raikkonen e Grosjean mantiveram suas posições. Massa ganhou a posição de Ricciardo e completou a primeira volta em sexto. Alonso ficou em oitavo mesmo. Logo atrás, Pérez passou Button e assumiu o nono lugar.

Ao fim da segunda volta, Vettel já tinha 0s9 sobre Webber, que abria 1s para Hamilton.

A boa corrida que Massa vinha fazendo durou quatro voltas. Ele rodou sozinho na curva 1, o motor apagou, baubau. Abandonou.

(Sei como é, já aconteceu comigo.)

Problema de câmbio, ao que tudo indica. Ele vinha relatando problemas para engatar algumas marchas. E a dinâmica do acidente indica isso mesmo: uma marcha mais baixa entrou, a traseira escapa. Não há como consertar.

Uma volta depois, Di Resta abriu a primeira janela de pits.

Ricciardo, Sutil, Van der Garde e Bianchi pararam na sexta. Hamilton entrou na seguinte. Vettel parou na oitava.

Na nona, Raikkonen e Webber pararam. E então um lance perigoso: quando o australiano deixava os boxes, a roda traseira direita de seu carro se soltou.

Estava mal colocada, e acertou em cheio as costas de um cinegrafista. Webber foi puxado de volta para seu boxes, colocou novos pneus, voltou pra pista. Mas com as chances de vitória já destruídas.

Na 13ª volta, Alonso parou e colocou novo jogo de pneus médios.

Na 14ª, Grosjean, que largou com os macios, foi para os boxes, e se tornou o grande beneficiado desta rodada de pits.

De duas, uma. Ou foi mais uma estratégia furada da Ferrari ou este carro é mesmo muito ruim com pneus macios.

Pensando bem, talvez sejam as duas coisas.

Rosberg entrou na 16ª. Hulkenberg, na 18ª.

Button, Maldonado e Bottas nem tinham parado ainda quando Ricciardo fez seu segundo pit stop programado.

Sim, o australiano fez dois pits em 19 voltas.

Button entrou apenas na 21ª volta, reestabelecendo a ordem “normal” à ponta do pelotão.

O top 10, então, Vettel, Grosjean, Raikkonen, Hamilton, Alonso, Button, Pérez, Hulkenberg, Sutil e Di Resta.

Alonso partiu para cima de Hamilton, que reclamava muito dos pneus traseiros. Tanto que entrou na 23ª volta, deixando o espanhol com ar livre à frente.

Instantes depois, um lance dos mais bizarros.

O motor de Bianchi estourou e ele encostou, com o carro pegando fogo. O guindaste chegou para levar o Marussia, mas algo escapou.

A próxima cena que vimos foi a de um carro sozinho, descendo o gramado, desgovernado.

Imaginem se fosse em Interlagos…

Safety car, e corre-corre para os boxes.

Vettel, Grosjean, Raikkonen, Alonso, Pérez, Sutil, Di Resta, Rosberg, Webber e Pic entraram. E o australiano se deu bem, porque pelo menos recuperou a volta perdida com a lambança da Red Bull.

O top 10 atrás do safety car, após tantas trocas de pneus: Vettel, Grosjean, Raikkonen, Alonso, Button, Hulkenberg, Hamilton, Maldonado, Pérez e Sutil.

A relargada veio só na 30ª volta.

Vettel manteve bem a posição, o que se seguiu mais atrás. Em outras palavras, ninguém ameaçou ninguém _à exceção de Webber, claro, que almoçou três em menos de uma volta.

Minha curiosidade então se voltou para a Lotus. Em Silverstone, a equipe já tinha lançado um “faster than you”, literal, para Grosjean. Aconteceria de novo?

A briga estava boa. Raikkonen cravou a então melhor volta do GP, na 32ª. Grosjean respondeu na 33ª. Raikkonen deu o troco na 34ª.

Neste embalo, os dois se aproximaram de Vettel, que sofreu com um problema no Kers e precisou resetar o sistema no volante.

Na 35ª volta, o trio formava um pelotão compacto, com 0s871 separando-os.

O ritmo dos três era alucinante. Uma linda disputa!

Sem conseguir tentar o bote, Grosjean foi para os boxes na 41ª volta. Vettel entrou na seguinte.

Raikkonen ganhou nove voltas para acelerar como um louco e tentar tomar a posição do companheiro.

Jogo de equipe? Deu pinta que sim. Mas sem chilique desta vez.

O finlandês chegou a Nurburgring como terceiro no Mundial, com 98 pontos. Grosjean em nono, com 26. A opção parece óbvia.

Enquanto Raikkonen acelerava forta lá na frente, Vettel tentava não perder contato. Seria fatal. Na 45ª volta, ultrapassou Hamilton após um acirrado duelo que durou cinco curvas.

Raikkonen e Alonso pararam na 50ª e colocaram os macios para as últimas 10 voltas do GP.

O “problema” para a Lotus é que Raikkonen voltou atrás de Grosjean _num domingo tão bom que chegou a ser irreconhecível. Alonso retornou em quarto.

Na liderança, Vettel tinha 1s5 de folga para o francês.

Pobre Grosjean. Com pneus médios, tinha atrás de si Raikkonen e Alonso babando, cravando sucessivamente a melhor volta do GP. Até que veio o rádio, na 52ª volta.

“Kimi tem pneus macios, não dificulte para ele.”

O francês obedeceu três voltas depois, a cinco do fim.

Tentando minimizar o prejuízo no campeonato, Alonso fez o que podia nas últimas voltas, mas não conseguiu superar Grosjean. Precisou se conformar com a quarta posição. E não conseguiu nem chegar aos boxes: parou logo após cruzar a bandeirada.

Fechando a zona de classificação, Hamilton foi o quinto, seguido por Button, Webber, Pérez, Rosberg e Hulkenberg.

(E a Mercedes, heim? Tem um carro imbatível em treinos classificatórios, mas que desaparece em corridas. Alguém precisa avisar lá que o que vale é o domingo. Enquanto isso, Vettel agradece…)

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Hamilton, pole num duelo incrível http://fabioseixas.blogfolha.uol.com.br/2013/07/06/hamilton-pole-num-duelo-incrivel/ http://fabioseixas.blogfolha.uol.com.br/2013/07/06/hamilton-pole-num-duelo-incrivel/#comments Sat, 06 Jul 2013 13:35:17 +0000 http://fabioseixas.blogfolha.uol.com.br/?p=3411 Continue lendo →]]> Que duelo! Que duelo!

Hamilton e Vettel após o treino classificatório em Nurburgring (Martin Meissner/AP)

 

De um lado, o atual campeão e líder do campeonato, lutando com todas as forças para manter a hegemonia. Do outro, um ex-campeão tentando voltar ao topo, defendendo uma equipe em franca ascensão.

Dois fora de série. Quem ganha é o torcedor.

A pole em Nurburgring ficou com Hamilton. Mas é muito simplista reduzir a conquista a isso.

Foi muito mais.

Depois de uma sexta-feira prateada, o sábado começou com o tom berinjela da Red Bull: Vettel foi o mais rápido no terceiro treino livre: 1min29s517.

O treino classificatório aconteceu com céu azul, 24°C no ar, 42°C no asfalto, um dia lindo na região de Eifel.

No Q1, Massa foi o mais veloz, 1min30s547. Raikkonen ficou em segundo, a 0s129, seguido por Alonso, Ricciardo, Hamilton… Vettel ficou na dele, como que só esperando o momento certo, em nono.

Os cortados, Bottas, Maldonado, Pic, Bianchi, Van der Garde e Chilton.

Uma pena para a Williams, que merecia lembrar de outra maneira sua histórica marca de 600 GPs…

O brasileiro repetiu a dose no Q2. Seu tempo, 1min29s825. Raikkonen foi novamente o segundo, seguido por Alonso e Vettel. Completando o top 10, Grosjean, Hamilton, Webber, Ricciardo, Hulkenberg e Button.

Ficaram pelo caminho Rosberg (que zebra!), Di Resta, Pérez, Gutiérrez, Sutil e Vergne.

Sobre o alemão, uma barbeiragem da Mercedes, que tem a ver com o que escrevi ontem: um pouco de soberba ao acreditar que seu tempo seria suficiente para avançar.

Veio o Q3. E então o melhor duelo da temporada até agora.

Nas primeiras saídas à pista, Hamilton colocou a mão na pole, 1min29s540. Na última tentativa, Vettel fez uma volta impecável e superou o inglês em 0s039.

A melhor marca do final de semana até então.

Delírio nas arquibancadas de Nurburgring e nos boxes da Red Bull. O azarão (quem diria?) superando o favorito.

Não.

Porque Hamilton fez valer seu braço e a melhor fase do carro da Mercedes. Fez 1min29s398. Superou o alemão em 0s103. Um temporal.

Nós, fãs do esporte, agradecemos.

E tenho a impressão de que, dadas as atuais relações de forças na categoria, essas brigas serão cada vez mais frequentes.

Webber sai em terceiro, Raikkonen em quarto. Grosjean e Ricciardo formam a terceira fila. Na quarta, Massa e Alonso.

A Ferrari não conseguiria ir muito além disso. Que fase.

“Eu poderia lutar no máximo pelo quarto lugar”, disse Massa.

Fechando o top 10, Button e Hulkenberg.

É a sexta pole da Mercedes em nove grids no ano. Para Hamilton, é a terceira da temporada, a segunda consecutiva e a 29ª da carreira, o que o iguala a um monstro, Fangio.

Mas vou insistir: nada me anima mais do que a perspectiva de bons duelos, entre dois pilotos tão especiais.

A corrida de amanhã não tem favorito.

(Como é bom escrever isso.)

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Pílulas do Dia Seguinte http://fabioseixas.blogfolha.uol.com.br/2013/06/10/pilulas-do-dia-seguinte-25/ http://fabioseixas.blogfolha.uol.com.br/2013/06/10/pilulas-do-dia-seguinte-25/#comments Mon, 10 Jun 2013 13:14:02 +0000 http://fabioseixas.blogfolha.uol.com.br/?p=3179 Continue lendo →]]> Começando pelo mais importante: a morte do fiscal. Porque danem-se a corrida, o campeonato, as disputas, os atritos, as polêmicas. Uma vida se foi, e isso teve relação direta ao esporte. Não fosse a corrida, ele estaria vivo. O nome dele ainda não foi divulgado, apenas que tinha 38 anos. Minha idade, portanto. Ele estava ajudando na remoção do carro de Gutierrez, abaixou para pegar um rádio que caiu no chão e foi atropelado pelo operador de um guindaste que não o viu. “Minha profundas condolências à família do fiscal que perdeu a vida hoje, nossas orações são para ele e sua família hoje”, escreveu o mexicano no Twitter. A F-1 não registra morte de pilotos desde 1994, graças a uma série de medidas de choque tomadas pela FIA após as tragédias de Imola. Mas esta é a terceira morte de um fiscal desde 2000. Algo precisa ser feito. O treinamento precisa ser mais profissional. Os procedimentos precisam ser seguidos à risca. Protocolos precisam ser revistos. A vida de um fiscal vale tanto quanto a vida de um piloto, do Todt, do Ecclestone, a minha ou a sua;

Vettel cruza a linha de chegada em Montreal (Luca Bruno/AP)

 

O alemão recebeu algumas vaias no pódio. Se alguém souber o motivo exato, me explique. Mas suponho que seja aquela universal torcida contra o mais forte. E ontem ele foi o mais forte, imbatível, inalcançável;

O maior reconhecimento à superioridade de Vettel no final de semana veio de Alonso: “Este segundo lugar tem sabor de vitória”. O comentário ganha outra intensidade vindo de um cara como ele, que odeia perder. (Certa vez, em Mônaco, vi o espanhol chutar mesas e cadeiras do motorhome da Renault após um abandono);

Hamilton voltou a falar dos freios para justificar não ter feito uma corrida melhor: “Estamos progredindo, mas ainda não resolvemos nada. Estou aprimorando algumas técnicas que me ajudam”. O inglês é um baita piloto, tem crédito, não há motivos para desconfiar dele. E o caso ilustra o quão complexo é um carro de F-1. Um dos melhores pilotos do mundo, campeão, em seu sétimo ano na categoria, de repente encontra um problema numa questão teoricamente básica e se estrepa. Na F-1, amigos, não há detalhes;

E o Bottas? Largando em terceiro, festejado por todos _inclusive por mim, na transmissão das rádios Bandeirantes e BandNews FM_, terminou em 14º. “Eu e a equipe demos de tudo. Não importa o que fizéssemos em questão de estratégia, terminaríamos nessa posição mesmo”, disse. Resumindo: o carro é uma porcaria e só se classificou lá na frente por uma enorme conjunção de fatores, entre eles sua perícia no molhado. Mas essas coisas ficam na memória dos torcedores e, principalmente, dos chefes de equipe. Alguém escreveu no Twitter que, em sete GPs, Bottas já conseguiu mais do que Bruno: um brilhareco. É verdade;

Maldonado acha que a punição foi injusta. Ah, tá. Senta lá, meu filho;

Massa fez uma boa corrida, repito. Cometeu um erro no sábado? Sim. Mas estava inspirado no domingo. Fez uma boa largada e brilhou no primeiro trecho da prova. Mas pecou na estratégia, ao colocar pneus supermacios no primeiro pit stop. E reconheceu isso após a prova. “Acho que eu poderia ter ganho mais um ou duas posições se tivesse colocado os médios”, disse. Ok, reconhecer o erro é um mérito. E isso ele sempre faz, diga-se. O que falta é o passo seguinte: agir para que o erro não se repita. E aí vem minha maior crítica: não é a primeira vez que ele dança na estratégia por uma escolha errada de pneu. Não é a segunda, não é a terceira. Será que não está na hora de um papinho mais sério com a direção técnica da equipe? Será que não chegou o momento de trocar de engenheiro?;

Raikkonen pontuou pela 24ª corrida seguida e igualou o recorde histórico da F-1, que pertencia apenas a Schumacher. Já a McLaren ficou fora dos pontos após uma série de 64 GPs, encerrando uma marca também histórica. Nada disso é coincidência. O finlandês é de um talento nato impressionante. E a equipe inglesa começa a sentir os efeitos de uma situação que, repito, só deve começar a amainar em 2015, quando chegarem os motores Honda ;

Na Indy, show dos brasileiros na noite de sábado. Helinho venceu, com Tony em terceiro. Entre os dois, Hunter-Reay. Foi uma vitória com autoridade, reflexo direto do equilíbrio do carro e de sua habilidade na preservação dos pneus. Com o resultado, Helinho voltou à liderança do campeonato. Tem agora 259 pontos, contra 237 de Andretti;

Ainda sobre a Indy: impressiona o equilíbrio da temporada. Foram sete vencedores em oito etapas até agora. Apenas Hinchcliffe venceu duas vezes, em St.Petersburg e São Paulo. Hunter-Reay, Sato, Tony, Conway, Pagenaud e Helinho já tiveram o gostinho da vitória e há vários outros com chances de chegar lá. O campeonato está escancarado;

Em tempo: por todo o sempre vou achar uma enorme babaquice esse ritual de comemorar a vitória no Texas com revólveres, ainda que de brinquedo.

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Vettel, pole pelo 3º ano seguido http://fabioseixas.blogfolha.uol.com.br/2013/06/08/vettel-pole-pelo-3o-ano-seguido/ http://fabioseixas.blogfolha.uol.com.br/2013/06/08/vettel-pole-pelo-3o-ano-seguido/#comments Sat, 08 Jun 2013 18:18:50 +0000 http://fabioseixas.blogfolha.uol.com.br/?p=3163 Continue lendo →]]> Deu Vettel em Montreal.

O alemão da Red Bull cravou a 39ª pole da carreira, a terceira no ano, a terceira consecutiva na Ilha de Notredame.

Hamilton quase estragou sua festa, mas errou no momento decisivo. Larga em segundo.

Bottas é o grande destaque. Mostrando uma tremenda habilidade no piso molhado, sai em terceiro.

Foi um sábado de muito trabalho para a pilotada

Pela manhã, problemas no terceiro treino livre. Uma pancada numa corrida preliminar, com modelos Ferrari, destroçou o guard rail no hairpin.

O local precisou de reparos. E o regulamento da F-1 exige duas horas de intervalo entre as sessões. Ou seja, depois das 12h (horário de Brasília) ninguém mais poderia ir à pista.

O treino começou com meia hora de atraso, às 11h30. Resultado: durou apenas meia hora. Webber foi o mais veloz, com 1min17s895, 0s353 melhor que Sutil. Na sequência, Hamilton, Alonso, Vettel, Rosberg, Di Resta, Massa…

Como se isso não bastasse, o treino oficial começou com aquela situação que os pilotos odeiam e os fãs adoram: pista molhada, mas secando rapidamente.

Mesmo com um trilho já bem formado, a turma optou pelos intermediários.

No Q1, várias escapadas e momentos de descontrole. Hamilton, Sutil, Alonso, Bianchi, Massa e Rosberg levaram seus sustos.

O mais veloz foi Vettel, com 1min22s318. Alonso ficou a 0s906. Depois vieram Webber, Bottas, Massa, Hamilton, Rosberg…

Os cortados foram Van der Garde, Chilton, Bianchi, Grosjean, Pic e Di Resta.

Grosjean ainda carrega dez posições de punição pelo acidente que provocou em Mônaco. Ou seja, sai em último, com honras e louvores.

No Q2, a chuva apertou e o trilho desapareceu. Os 16 sobreviventes continuaram na opção dos intermediários, mas com muita gente cogitando os pneus de chuva pelo rádio.

Alonso, Hamilton e Sutil escaparam, mas sem grandes prejuízos. Com Massa foi pior. Escapou no começo. E, no final, errou na freada da curva 3 e foi de lado ao encontro da barreira de pneus.

Fim de sábado para ele. E pensar que o chassi era novinho em folha…

Bandeira vermelha. E pouco mais de 1 minuto para todo mundo tentar algo diferente quando a luz verde acendeu na saída do pit lane.

Alguns conseguiram melhorar. Outros dançaram, como Button. Além do inglês e de Massa, ficaram pelo caminho Hulkenberg, Pérez, Maldonado e Gutierrez.

O melhor foi Hamilton, com 1min27s649. Webber ficou a 0s496. Avançaram, ainda, Vettel, Bottas, Rosberg, Vergne, Raikkonen, Alonso, Sutil e Ricciardo.

E veio o Q3. Com o mesmo cenário: pista molhada, todo mundo de intermediários.

Vettel logo se impôs, mas nos instantes finais Hamilton pintou como grande candidato à pole. O inglês vinha bem, baixando as parciais… Mas errou no último instante. Teve que se consolar com o segundo tempo.

A corrida de domingo depende basicamente de um fator: o tempo.

A meteorologia, por ora, prevê céu nublado, com algumas pancadas de chuva pela manhã, mas com tempo seco na hora da corrida.

Vencerá quem escapar das armadilhas do circuito. 

E Vettel, que nunca ganhou por lá, está com essa entalada na garganta…

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Pit Stop #275 http://fabioseixas.blogfolha.uol.com.br/2013/05/14/pit-stop-275/ http://fabioseixas.blogfolha.uol.com.br/2013/05/14/pit-stop-275/#comments Tue, 14 May 2013 13:46:25 +0000 http://fabioseixas.blogfolha.uol.com.br/?p=3015 Continue lendo →]]> Vettel tem um desafio diferente neste ano: correr contra um carro melhor, o da Ferrari.

Este é o mote do Pit Stop desta semana, que também fala de GP2, Stock e MotoGP.

No Naftalina, os 18 anos da última corrida de Mansell na F-1.

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Barcelona, 1º e 2º treinos livres http://fabioseixas.blogfolha.uol.com.br/2013/05/10/barcelona-1o-e-2o-treinos-livres-2/ http://fabioseixas.blogfolha.uol.com.br/2013/05/10/barcelona-1o-e-2o-treinos-livres-2/#comments Fri, 10 May 2013 16:10:05 +0000 http://fabioseixas.blogfolha.uol.com.br/?p=2971 Continue lendo →]]> Choveu em Barcelona pela manhã. Assim, a maior parte do trabalho ficou concentrada na segunda sessão de treinos livres, à tarde.

Vettel, no segundo treino livre em Barcelona (Alberto Estévez/Efe)


 

Uma agonia para as equipes, já que há muitos componentes novos a serem testados. A água frustrou ainda a estreia do jogo extra de pneus. Pela maior parte do treino matinal, os pilotos usaram os compostos intermediários.

São Pedro foi cruel desta vez…

Pela manhã, com pista molhada no início da sessão, apenas os 15 minutos finais foram relativamente aproveitáveis _ainda havia alguns trechos escorregadios.

A três minutos do fim, Massa cravou 1min25s618. Alonso apertou o ritmo e, nos instantes finais, superou o brasileiro por 0s203.

Vergne foi o terceiro, seguido por Grosjean, Sutil, Hamilton. Raikkonen foi o oitavo. Vettel ficou só em 19º, seguido por Webber.

À tarde, com piso seco, deu Vettel. O alemão fez 1min22s808 e superou Alonso por 0s017. Webber ficou em terceiro, seguido por Raikkonen, Massa, Hamilton.

O maior susto do dia ficou por conta de Di Resta. Seu pneu esquerdo traseiro dechapou em plena reta e ele teve de encostar. A Pirelli já informou que está investigando o caso para descobrir se foi algo relacionado à construção do pneu.

E assim começa a temporada europeia da F-1. Red Bull e Ferrari na frente. Lotus e Mercedes, um passo atrás.

(Ah, sim: como é bom ver público nas arquibancadas após três corridas “inventadas” como Malásia, China e Bahrein.)

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Pílulas do Dia Seguinte http://fabioseixas.blogfolha.uol.com.br/2013/04/22/pilulas-do-dia-seguinte-23/ http://fabioseixas.blogfolha.uol.com.br/2013/04/22/pilulas-do-dia-seguinte-23/#comments Mon, 22 Apr 2013 14:08:57 +0000 http://fabioseixas.blogfolha.uol.com.br/?p=2875 Continue lendo →]]> Quando digo que o blog também é feito por vocês… O Douglas Romão mandou uma bela ideia lá nos comentários. Dei apenas uma refinada nos números.

Massa parou no final no final da décima volta. A ideia aqui é fazer uma análise das voltas anteriores do brasileiro em comparação com os pilotos mais próximos.

O tempo de ferrarista é o referencial. O símbolo de menos (-) indica o quanto o piloto em questão foi mais rápido que ele. O símbolo de mais (+), obviamente, o quanto foi mais lento:

volta 7
-1s551 VET
-0s509 DIR
-0s243 ROS
Massa (1min43s481)
+0s025 WEB
+0s009 BUT

volta 8
-0s644 VET
-0s662 DIR
Massa (1min42s766)
+0s079 ROS
+0s750 BUT
+1s103 PER

volta 9
-1s085 VET
-0s249 DIR
Massa (1min43s246)
-0s672 PER
-0s346 RAI
-0s132 HAM

Na décima volta, que ele fechou nos boxes, a situação já era ainda mais crítica. Pérez, que estava no seu encalço, tirou 0s354 na primeira parcial e outro 0s513 na segunda. Não havia o que fazer: o brasileiro não conseguiu conservar os pneus duros, era hora mesmo de entrar nos boxes;

A bem da verdade, Grosjean, que também largou com os duros, enfrentou a mesma dificuldade. Parou ainda mais cedo, na oitava volta. Qualquer comparação a partir daí fica prejudicada porque Massa teve dois pneus furados por detritos na pista;

É possível, porém, tentar prever o que aconteceria. Grosjean conseguiu administrar bem seus outros jogos de pneus pelo resto da prova e terminou no pódio. O histórico recente indica que Massa não conseguiria o mesmo;

Após a prova, o discurso do brasileiro foi de desânimo total: “Se é verdade que muitas coisas podem acontecer neste esporte, não consigo encontrar uma explicação para tantos problemas”. A ver se ele mantém a boa fase das primeiras provas da temporada ou se volta a ser o Massa apagado da primeira metade do Mundial do ano passado;

Button criticou Pérez após a prova. “Ele foi agressivo demais. A 300 km/h, a última coisa que você espera é bater roda com o companheiro de equipe.” Concordo em parte. É o que eu disse ontem: Pérez acertou na atitude (partir pra cima), mas errou na forma de fazer (quase mandou o companheiro pra Dubai);

Em quatro corridas, Hamilton tem 50 pontos. No ano passado, em 20, Schumacher marcou 49. Os números dizem tudo. A Mercedes tem motivos de sobra para ficar satisfeita com a sobra; 

Na MotoGP, Marc Márquez fez história ao se tornar o mais jovem piloto a vencer uma etapa da categoria. Ele completou 20 anos em fevereiro, e ontem ganhou em Austin. Fiquem de olho no garoto, é o mais forte candidato a novo gênio do esporte a motor. Pedrosa foi o segundo, com Lorenzo em terceiro;

Mas, sem dúvida, o acontecimento mais bacana das pistas no final de semana foi a vitória de Sato na Indy. Entrevistei o japonês algumas vezes nos seus tempos de F-1 e ele sempre foi muito simpático. Além disso, acelerava bem, embora, às vezes, cometesse seus exageros. Em 2010, reencontrei-o no paddock da Indy no Anhembi. Ele me reconheceu e fez um pedido: uma boa dica de restaurante japonês em São Paulo. Dei o endereço do Sushi Yassu, na Liberdade. Ele foi e, no dia seguinte, veio agradecer, dizendo que adorou. É um cara bacana, enfim;

Ainda sobre Sato: a última vitória dele havia sido na F-3, em Macau, em 2001. Dá pra imaginar a alegria?

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Vettel, vitória e respiro no Mundial http://fabioseixas.blogfolha.uol.com.br/2013/04/21/vettel-vitoria-e-respiro-no-mundial/ http://fabioseixas.blogfolha.uol.com.br/2013/04/21/vettel-vitoria-e-respiro-no-mundial/#comments Sun, 21 Apr 2013 15:27:44 +0000 http://fabioseixas.blogfolha.uol.com.br/?p=2867 Continue lendo →]]> Difícil dizer o que mais fez Vettel sorrir neste domingo. O resultado da corrida em si ou seus efeitos para o Mundial?

Vettel celebra sua vitória no Bahrein (Hassan Ammar/AP)

 

Fato é que o alemão sobrou na pista. E conseguiu um bom respiro na classificação do campeonato.

Largando em segundo lugar, ficou apenas três voltas atrás de Rosberg até conseguir a ultrapassagem e começar a mandar na prova. Poderia ter aberto 30s para o segundo colocado, se quisesse. Não o fez porque, por várias e várias vezes, a Red Bull pediu que ele aliviasse o ritmo e poupasse equipamento e pneus.

Mesmo assim, como que para mandar um recado para a concorrência, fez o melhor tempo da corrida na antepenúltima volta.

Foi a 28ª vitória do alemão na F-1. Com isso, ele supera outro tricampeão, Jackie Stewart, e se firma como o sexto piloto da história nessa estatística. Ah, sim: de quebra ainda acabou com a brincadeira de pilotos diferentes vencendo GP a GP.

Raikkonen foi o segundo, seguido por Grosjean. E tive a impressão de que o francês, com pneus mais novos, poderia ter chegado no companheiro nas voltas finais da corrida. Sim, ultrapassar Raikkonen não seria fácil, mas acho que o rádio funcionou por lá.

De qualquer forma, aplausos para a Lotus. Raikkonen era o oitavo no grid. Grosjean, o 11º _e com pneus duros.

Aliás, a comparação é inevitável: Massa e Grosjean. Os dois pilotos mais bem colocados no grid com pneus duros.

O brasileiro saiu em quarto, terminou em 15º.

Sim, Massa enfrentou problemas com dois pneus que, aparentemente, passaram por cima de detritos. Mas o fundamental para sua má corrida aconteceu logo no começo, no primeiro pit stop.

Até os camelos do deserto do Sakhir imaginavam que, com pneus duros, o brasileiro faria um primeiro trecho de prova mais lento que a resto do pelotão da frente. Combinada com uma boa largada, essa estratégia poderia render bons frutos na linha de chegada. 

Não foi o que aconteceu. Massa fez seu pit stop na décima volta! Dez voltas! Seus pneus duros duraram apenas dez voltas!

Assim, amigos, nem com reza braba, como dizia minha avó.

Alonso também teve um dia para esquecer. Seu DRS travou aberto e os mecânicos quase que tiveram que amarrar um tijolo ali para o negócio não abrir de novo. Resultado: o espanhol passou a maior parte da prova sem poder usar a asa traseira.

Merece destaque, ainda, o desempenho de Pérez, que quase tirou Button da corrida algumas vezes.

Está certo, o mexicano. Mas sabemos que, nesta F-1 de hoje, ele levará um belo esporro da McLaren. Button já chiou. Uma pena.

O resumo da história é: Vettel chegou ao Bahrein com três pontos de vantagem sobre Raikkonen, deixa o Bahrein com dez pontos de folga. E, pela segunda vez em quatro GPs, Alonso deixa pontos importantes pelo caminho.

Se Vettel conseguir o tetracampeonato, ao final do ano, esta terá sido uma corrida chave.

(PS: Desculpem a demora. Comentei a corrida para o Sportv e só agora consegui sentar e escrever. O VT da prova irá ao ar neste domingo, às 23h30. Conto com a audiência e os comentários de vocês!)

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Rosberg, pole-surpresa no Bahrein http://fabioseixas.blogfolha.uol.com.br/2013/04/20/rosberg-pole-surpresa-no-bahrein/ http://fabioseixas.blogfolha.uol.com.br/2013/04/20/rosberg-pole-surpresa-no-bahrein/#comments Sat, 20 Apr 2013 13:02:50 +0000 http://fabioseixas.blogfolha.uol.com.br/?p=2859 Continue lendo →]]> Raikkonen parecia melhor em velocidade pura, com Vettel no encalço. Alonso mostrava um carro também veloz, mas talvez melhor para a corrida do que para a classificação.

Difícil fugir de uma dessas apostas.

Pois Rosberg resolveu surpreender todo mundo. Até mesmo sua equipe, que deixou isso claro na comemoração pelo rádio.

O alemão da Mercedes, apagado até então no Bahrein, brilhou no Q3 e conquistou a pole position para a quarta etapa do Mundial. É sua segunda pole na carreira _a primeira, China-2012, converteu em vitória.

O tempo de Rosberg, 1min32s330, 0s254 melhor do que Vettel _vantagem também surpreendente.

Alonso larga em terceiro. Massa sai em quarto, e merece um capítulo à parte.

O brasileiro fez o que outros pilotos já fizeram nesta temporada: abriu mão da luta pela pole e foi para a definição com os pneus duros. Uma aberração do regulamento, a culpa não é dos pilotos.

Ele se deu bem. Muito bem. Porque Hamilton e Webber, que se classificaram à sua frente, foram punidos.

O inglês, quinto tempo, caiu para nono por ter trocado a caixa de câmbio. E o australiano, que havia feito o quarto tempo, perdeu três posições por conta do acidente com Vergne na China.

Massa será o único piloto lá na ponta com os pneus duros. Se nada de errado acontecer, vai liderar o GP em algum momento. E se as coisas andarem a seu favor, pode entrar na luta pela vitória.

A terceira fila é toda da Force India, que está de parabéns: Di Resta em quinto e Sutil em sexto.

Webber sai em sétimo, seguido por Raikkonen _que teve problemas no Q3_, Hamilton e Button.

Lá atrás, destaques negativos para Grosjean (11º), Pérez (12º) e Maldonado (17º).

O que vai acontecer na corrida?

Difícil imaginar Rosberg sustentando a ponta por muito tempo. A Mercedes não tem lá um bom ritmo de corrida, basta lembrar do que aconteceu com o pole Hamilton na China.

Vai depender dos pneus. Se a diferença na durabilidade entre um composto e outro for pequena, Vettel e Alonso devem duelar pela vitória. Se os duros aguentarem muito mais que os médios, Massa entra na briga.

Pelo que vi nos treinos até agora, acredito mais na primeira opção.

(Em tempo: se a Pirelli tivesse mantido a opção de levar macios e duros para Sakhir, Massa já estaria com uma mão no troféu.)

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