O alemão cravou 1min32s984, trabalhando exclusivamente com pneus. Os carros não podiam ser mexidos, ajustados, modificados com pilotos “veteranos” ao volante. Foi essa a condição imposta pela FIA para permitir que participantes do Mundial estivessem nos testes.

Sutil foi o segundo, seguido por Nicolas Prost e Sainz Jr, em outro belo trabalho.

Rigon foi o quinto, e Massa ficou em sexto. E antes que venham críticas, sim, eu também me espantei quando vi a tabela de tempos. Mas fui checar: a pista melhorou muito da manhã _quando o brasileiro andou_ para a tarde _quando o italiano assumiu a Ferrari.

Susie Wolff deu 89 voltas com a Williams, Bianchi bateu a Marussia e foi só.

O que ficou desses testes? Muito pouco além de dar aos novatos a primeira experiência num F-1. A Sauber apareceu com novidades aerodinâmicas perto das rodas traseiras, Ricciardo tornou-se oficialmente o “plano b” da Red Bull, Sainz Jr mostrou serviço, bom pra ele.

Aos tempos:

1º. Sebastian Vettel (ALE/Red Bull), 1min32s984 (79 voltas)
2º. Adrian Sutil (ALE/Force India), a 0s348 (99)
3º. Nicolas Prost (FRA/Lotus), a 0s362 (83)
4º. Carlos Sainz Jr (ESP/Red Bull), a 0s652 (35)
5º. Davide Rigon (ITA/Ferrari), a 0s698 (19)
6º. Felipe Massa (BRA/Ferrari), a 0s730 (69)
7º. Jean-Éric Vergne (FRA/Toro Rosso), a 0s753 (42)
8º. Gary Paffett (ING/McLaren), a 1s400 (77)
9º. Susie Wolff (ING/Williams), a 2s199 (89)
10º. Giedo van der Garde (HOL/Caterham), a 2s261 (85)
11º. Daniil Kvyat (RUS/Toro Rosso), a 2s387 (22)
12º. Charles Pic (FRA/Caterham), a 2s682 (60)
13º. Kimiya Sato (JAP/Sauber), a 2s748 (67)
14º. Rodolfo Gonzalez (VEN/Marussia), a 3s445 (24)
15º. James Calado (ING/Force India), a 3s557 (5)
16º. Jules Bianchi (FRA/Marussia), a 3s850 (39)

Ricciardo fez o melhor tempo com o carro da Toro Rosso, apesar de ter completado 59 voltas com o Red Bull.

O australiano está sendo claramente testado para a vaga do compatriota Webber. E teve um começo atrapalhado: escapou na Luffield logo na sétima volta e precisou retornar aos boxes para reparos no carro.

Sainz Jr. fez o segundo tempo, a 0s044. Muito bom.

O que só reforça algo que sempre digo: categorias de base são importantíssimas na formação de pilotos, claro, mas raramente são parâmetro para avaliar as chances de sucesso de um piloto na F-1. O espanhol é um porra louca completo na GP3, mas certamente já atrai olhares diferentes após sua primeira experiência num carro da categoria máxima.

Valsecchi, com o quarto tempo, também tem história para contar. Seu rádio entrou em pane, e talvez inebriado com sua segunda experiência num F-1, ele não notou as placas da Lotus no pitwall chamando-o de volta aos boxes.

Foram diversas tentativas, por volta e voltas, até que colocaram um quase-outdoor na mureta com a inscrição “IN” em letras garrafais. Só aí ele notou a agonia da equipe.

Aos tempos:

1º. Daniel Ricciardo (AUS/Toro Rosso), 1min32s972 (48 voltas)
2º. Carlos Sainz Jr (ESP/Toro Rosso), a 0s044 (39)
3º. Daniel Ricciardo (AUS/Red Bull), a 0s215 (59)
4º. Davide Valsecchi (ITA/Lotus), a 0s582 (91)
5º. Oliver Turvey (ING/McLaren), a 0s892 (97)
6º. James Calado (ING/Force India), a 0s985 (47)
7º. Antonio Felix da Costa (POR/Red Bull), 0s986 (19)
8º. Davide Rigon (ITA/Ferrari), a 1s081 (97)
9º. Pastor Maldonado (VEN/Williams), a 1s144 (71)
10º. Nico Hulkenberg (ALE/Sauber), a 1s252 (52)
11º. Daniel Juncadella (ESP/Williams), a 1s659 (33)
12º. Robin Frijns (HOL/Sauber), a 1s759 (17)
13º. Will Stevens (ING/Caterham), a 3s110 (98)
14º. Paul di Resta (ESC/Force India), a 3s384 (41)
15º. Rodolfo Gonzalez (VEN/Marussia), a 4s977 (92)

Massa volta aos boxes sem pneu (Lars Baron/Getty Images)

Uma coisa é o fato de Ferrari, Lotus e Force India terem sido contra as modificações nos pneus que a Pirelli planejava a partir do GP do Canadá. Essas três equipes são responsáveis diretas pelos pneus continuarem esfarelando e precisam pensar dez vezes antes de reclamarem dos pneus desta temporada. Não por coincidências, o trio unanimamente concordou ontem com quaisquer mudanças que a Pirelli queira introduzir. Quem tem, tem medo, dizia o mesmo filósofo;

Outra coisa é o que aconteceu ontem. Daí a necessidade de separar as coisas. Não teve nada a ver com desgaste dos pneus. E, segundo a Pirelli, não teve relação também com seu novo sistema de “colagem” da cinta de aço, que fixa a banda lateral do pneu à roda. O princípio é o mesmo dos pneus de rua: prevenir que desmontem da roda quando estiverem sem pressão. No ano passado, essa cinta era de kevlar. A Pirelli pensou em voltar para o material nas últimas provas, mas preferiu insistir com o aço, mudando o processo de colagem justamente nos pneus levados para Silverstone;

Parece-me muito suspeito que, justamente na corrida em que a Pirelli mudou algo na fabricação dos pneus, quatro tenham ido pelos ares. De duas, uma. Ou a empresa está tergiversando ou está completamente perdida. Aí, sim, as duas coisas são uma coisa só: péssima, e perigosa, notícia para a F-1;

Aqui e ali já começa um zunzunzum de boicote a Nurburgring. Duvido que aconteça, as equipes morrem de medo de Ecclestone. Mas a pressão é positiva;

Voltar para os pneus de 2012, como quer a Red Bull, também não me parece o certo. Aliás, muito espertinha, a equipe tricampeão;

Muito mais razoável é a ideia de sessões de testes para avaliar de vez esses pneus. Em Silverstone, a sexta-feira foi prejudicada pela chuva. Aqueles pneus só fizeram long runs na corrida. Deu no que deu;

Rosberg já tem duas vitórias no ano e 82 pontos. Já escrevi outro dia sobre o amadurecimento do alemão, que ainda não tem o reconhecimento que merece. Tirando o ano de estreia, ele nunca terminou um Mundial atrás do companheiro de equipe _e foram três anos com Schumacher. Ele já está a sete pontos de Hamilton. Se o inglês não se cuidar…

Alonso foi sincero ao falar sobre sua condição, após reduzir para 21 pontos a folga de Vettel no campeonato. “É uma mistura de sentimentos. Estou feliz pelos pontos e por diminuir um pouco a diferença para o líder, mas vimos neste final de semana que o nosso ritmo não está bom o suficiente”, disse. Foi no ponto. Massa e Domenicali falaram coisas parecidas. O problema, para eles, é que a Ferrari também parece perdida nesta luta para melhorar seu ritmo em classificação;

E não podemos deixar de registrar: Raikkonen bateu ontem o recorde de corridas consecutivas na zona de pontos. Chegou a 25, superando as 24 provas de Schumacher, entre Hungria-2001 e Malásia-2003. O finlandês vem pontuando sem parar desde o GP do Bahrein do ano passado. Outro dado impressionante da sua regularidade: das 28 corridas que disputou desde que voltou à F-1, ele só não pontuou em uma, na China. Mesmo assim, até lá ele levou o carro à linha de chegada. O que a Red Bull está esperando para anunciá-lo?

Falando em recordes, Loeb pulverizou a marca histórica de Pikes Peak. Completou o percurso em 8min13s878. O melhor registro anterior era 9min42s740, de Rhys Millen, segundo colocado ontem. Um monstro. A íntegra da sua participação histórica está aqui…

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Na MotoGP, no sábado, Rossi conquistou sua primeira vitória em quase três anos. A última havia sido na Malásia-2010. Foi a 80ª da carreira e, nas palavras dele, a mais inacreditável. É muito bom vê-lo de volta. E que Lorenzo se recupere logo. Os fãs de moto esperam ansiosamente por este duelo;

Para passar a régua, GP2. Nasr deu um show ontem. Largando na última fila, após um sábado acidentado, cruzou em sétimo. Melhor: Coletti não pontuou no final de semana, e a diferença entre ambos na tabela caiu mais um pouco, de 24 para 22 pontos. O que o brasileiro precisa agora é de uma vitória. Ir só na base da regularidade talvez não funcione.

Mas o destaque da corrida foi a Pirelli.

Destaque dos mais negativos.

Quatro pneus explodiram de forma idêntica, e por sorte ninguém se machucou. Um quinto pneu esvaziou.

E não duvido que a conta suba com os relatos dos pilotos e engenheiros após a corrida.

Um vexame. E um vexame perigoso.

Silverstone viveu um bom GP, mas uma tarde estranha, com receio, com medo, com conversas intensas pelo rádio.

Algo precisa ser feito. E a empresa, no mínimo, precisa se pronunciar.

Na largada, os grandes nomes foram Vettel e Massa.

O alemão superou Rosberg e pulou de terceiro para segundo. Massa fez mágica: saindo em 11º, contornou a primeira curva em 6º.

O top 10 na primeira volta, Hamilton, Vettel, Rosberg, Sutil, Massa, Raikkonen, Ricciardo, Grosjean, Alonso e Button.

Na ponta, o inglês tratou de tentar abrir vantagem. Na quinta volta, tinha 1s9 sobre o alemão. Na sétima volta, eram 2s.

Foi então que começou o vexame.

A TV mostrou uma torcedora gritando “noooooo!”

Yes, madam.

Na oitava volta, o pneu traseiro esquerdo de Hamilton, tipo médio, foi pelos ares em plena Woodcote. Ou seja, um enorme caminho até os boxes e a vitória indo para o espaço.

Um absurdo, uma vergonha para a Pirelli.

Na décima volta, mesmíssimo vexame aconteceu com Massa. Mesmíssimo ponto da pista, mesmíssimo tipo de pneu.

Uma pena, o brasileiro vinha fazendo uma belíssima prova.

(Imaginem vocês a cabeça dos outros 20 pilotos tendo que acelerar a mais de 300 km/h e sendo informados pelas equipes que pneus estavam explodindo…)

Não por coincidência, começaram os pit stops.

Todo mundo entrou nos boxes e, via de regra, a opção _até pela segurança_ foi pelos pneus duros.

Na 15ª volta, acreditem: o pneu traseiro esquerdo de Vergne explodiu. E era o duro.

Alguém acha que é coincidência?

A direção de prova ordenou a entrada do safety car. Não havia carro atravessado na pista,  não havia detritos…

Claramente foi um paliativo para reduzir a velocidade dos carros enquanto os comissários e a Pirelli tentavam entender o vexame e decidiam o que fazer.

Ninguém pediu minha opinião, mas eu disse no ar nas rádios Bandeirantes e BandNews FM: tinham que encerrar a corrida.

Já houve um precedente: em 2005, a Michelin reconheceu que seus pneus não ofereciam segurança em Indianápolis e nenhum dos seus carros disputou a prova. Mesmíssimo caso. Mas talvez falte humildade à Pirelli.

Enfim…

Para não passar em branco: instantes antes do susto de Vergne, a Lotus mandou um “Kimi is faster than you” para Grosjean. Lamentável.

A relargada veio na 20ª volta, com todos os pilotos orientados pelo rádio a não atacarem as zebras.

Vettel segurou a ponta, abrindo 1s3 sobre Rosberg em duas voltas. Alonso, em quarto, passou a pressionar Sutil.

Lá no fundão, Hamilton e Massa tentavam se recuperar. Na 25ª volta, o inglês já era 13º e o brasileiro, 17º.

Na 26ª volta, o quarto caso: o pneu de Hulkenberg não explodiu, mas esvaziou subitamente. O alemão precisou dirigir lentamente até os boxes.

Quatro voltas depois, Raikkonen abriu a segunda janela de pits entre os pilotos da ponta. Alonso e Grosjean pararam na seguinte. Na 32ª, Webber entrou. Na 33ª, Ricciardo e Button.

Na 33ª, Raikkonen passou Hamilton na Copse. Alonso aproveitou e fez o mesmo. Embora lutasse, o carro do inglês não tinha mais o mesmo ritmo do início.

Rosberg parou, Vettel também entrou, posições inalteradas na ponta com 2s8 de diferença entre ambos no retorno à pista.

Um pouco mais atrás, Webber passava Alonso para assumir o quarto lugar.

O top 10 ao fim da segunda rodada de pits,: Vettel, Rosberg, Raikkonen, Webber, Alonso,

Sutil, Ricciardo, Pérez, Grosjean e Button. Massa era o 13º.

Foi quando a TV mostrou um senhor aplaudindo na arquibancada.

Yes, sir.

Na 42ª volta, a caixa de câmbio de Vettel quebrou. Ele teve de estacionar em plena reta, em frente aos boxes. Vibração da torcida inglesa em Silverstone.

O safety car foi acionado mais uma vez, e houve corre-corre nos boxes. Quem estava por perto da entrada dos pits, aproveitou para fazer a última parada.

Alonso foi o primeiro. É, além de tudo o espanhol tem muita sorte…

A relargada veio na 45ª volta. E o final de prova foi sensacional.

Webber passou Ricciardo pela quarta posição. Alonso superou Button e assumiu o sexto lugar.

Foi quando mais um pneu explodiu: o traseiro esquerdo de Pérez. O mexicano teve de abandonar.

Na 48ª, Alonso e Hamilton superaram Ricciardo. Massa, diga-se, já era o oitavo.

Com pneus médios, lutando contra adversários de pneus duros, Webber deixou mais um pra trás na  49ª: Raikkonen. Chegou à segunda posição.

Alonso e Hamilton também seguiam fazendo vítimas. Ultrapassaram Sutil. Massa já era o sétimo.

Na antepenúltima volta, Alonso passou Raikkonen e assumiu o terceiro lugar. Webber tentava tudo para se aproximar de Rosberg: apenas 1s3 os separava.

Hamilton passou Raikkonen na penúltima volta. Instantes depois, Massa superou Sutil.

Ufa. Foi difícil não perder nenhum lance. Se aconteceu, peço desculpas. O final de prova foi dos mais alucinantes…

Rosberg cruzou a linha de chegada com 0s7 sobre Webber. Alonso terminou em terceiro.

Hamilton foi o quarto. Que corridaça do inglês.

Raikkonen foi o quinto, seguido por Massa, Sutil, Ricciardo, Di Resta e Hulkenberg.

Um resultado lindo para Alonso. Ele foi a 111 pontos e reduziu a vantagem de Vettel no campeonato. Era de 36 pontos quando a F-1 chegou a Silverstone, caiu para 21 agora. Raikkonen é o terceiro, com, 98.

Vettel continua sendo o favorito ao título, mas nada está garantido e o campeonato ganha emoção.

Mas isso, hoje, é detalhe.

“A Pirelli precisa trabalhar. É uma questão de segurança, estamos falando da vida dos pilotos”, disse Pérez.

“O que aconteceu é inaceitável”, falou Massa.

Disseram tudo.

Acho que dá Hamilton, seguido por Vettel e Webber.

E você?

Porque se é verdade que a Mercedes dominou as ações, também é que o duelo interno está cada vez melhor.

Desta vez deu Hamilton, para delírio do público no autódromo.

Hamilton comemora a pole em casa (Lefteris Pitarakis/AP)

Rosberg, dono de três poles, tentou tudo. Mas desta vez larga em segundo.

Um sábado de tempo bom em Silverstone. Céu claro, 19°C no ar, 30°C no asfalto.

Pela manhã, a Mercedes voltou a mostrar serviço. Hamilton vinha com o melhor tempo até os “acréscimos”, quando Rosberg o superou por 0s146.

O tempo do alemão, 1min31s487.

O treino classificatório começou da mesma forma: os prateados na frente.

Hamilton foi o melhor do Q1, com 1min30s995, 0s360 melhor do que Rosberg.

Depois, os parceiros da Lotus: Raikkonen e Grosjean. E daí pra frente, até a 12ª posição, só duplinhas: Vettel e Webber, Pérez e Button, Sutil e Di Resta.

Outra dupla ficou junta, mas causou preocupação nos boxes: Massa foi só o 14º, Alonso ficou em 15º.

Os cortados, Bottas, Gutiérrez, Pic, Bianchi, Van der Garde e Chilton.

O Q2 foi mais “normal” para a Ferrari. Porque Alonso passou. Massa, em fase complicada, ficou só em 12º.

“Bad luck”, disse o engenheiro, pelo rádio. Não. Já é mais do que isso. E dizer que ele foi prejudicado porque o carro teve de ser refeito de ontem para hoje não alivia em nada. Isso só aconteceu porque ele bateu, ué.

Além dele, foram cortados Button, Vergne, Pérez, Hulkenberg e Maldonado.

Lá na frente, dupla da Red Bull na frente: Vettel fez 1min30s990, 0s012 melhor do que Webber.

Rosberg foi o terceiro, seguido por Sutil. Avançaram, ainda, Ricciardo, Hamilton, Di Resta, Alonso, Grosjean e Raikkonen.

Veio o Q3. E então o duelo que se insinuou durante todo o final de semana aconteceu.

Hamilton x Rosberg.

O alemão foi primeiro para a pista e cravou 1min30s231. Hamilton o superou: 1min30s096.

Rosberg então se esgoelou e fez 1min30s059. Mas, na última volta, Hamilton mandou 1min29s607.

Uma voltaça. E em casa. Um show.

Vettel e Webber formam a segunda fila. Di Resta é o quinto, seguido por Ricciardo, Sutil, Grosjean, Raikkonen e Alonso.

Treino é treino, corrida é corrida. E a Red Bull deve crescer no domingo, não dá para descartar Vettel largando logo em terceiro.

Mas o sábado, mais uma vez, foi prateado.

O primeiro não conta: a chuva fez com que apenas 11 pilotos marcassem tempo, e a melhor marca foi com Ricciardo.

Na segunda sessão, que começou com piso molhado, mas secando ao longo dos 90 minutos, o melhor foi Rosberg: 1min32s248.

Ficou 0s299 à frente de Webber. Vettel foi o terceiro, seguido por Di Resta, Hamilton, Ricciardo, Vergne, Sutil…

Alonso ficou em décimo.

Massa completou apenas sete voltas, bateu na Stowe e não voltou mais. Ficou com o último tempo.

Mais um acidente do brasileiro nesta temporada, talvez sinal de que está pilotando no limite, em busca de uma renovação com a Ferrari ou de um acerto com outro time.

Vimos muito pouco para entender qual será a relação de forças neste final de semana. Mas o cenário parece apontar mais para um duelo Mercedes x Red Bull do que para uma Ferrari forte. Amanhã, no terceiro treino livre, tiraremos essa dúvida. A previsão é de tempo seco, mas sempre cabe a ressalva de que estamos falando do clima inglês.

Mais importante do que os tempos de hoje, porém, foi o comunicado da FIA sobre os testes do ano que vem.

Com tantas mudanças técnicas à frente, a pré-temporada vai começar antes do normal, em janeiro. E, durante a temporada, haverá quatro sessões de dois dias.

Esses testes acontecerão em circuitos da Europa, ainda não definidos, em terças e quartas-feiras pós-GPs. A (boa) ideia é cortar custos com transportes.

Barcelona, Silverstone, Budapeste e Monza são as favoritas a receberem esses testes.

Outra nota importante, porque agora veio da boca de Horner. À Sky Sports, da Inglaterra, o chefe da Red Bull admitiu interesse em Raikkonen.

A negociação pode não dar certo, claro. Mas já não é mais boato. É fato.

“Isso não mudará nada sobre meu restante de temporada”, disse, em Silverstone.

Será?

Será que um piloto de 36 anos, com 11 temporadas nas costas e um amargor por ser tratado como capacho por anos e anos vai se esforçar para ajudar o queridinho da equipe nas últimas 13 corridas de F-1 da sua vida?

Tenho dúvidas. E estou curioso para acompanhar seu comportamento.

Para 2014, a F-1 não perde muito. Webber sempre foi um coadjuvante, nunca fez nada de muito destaque e sua cena mais memorável foi aquele “nada mal para um segundo piloto” após a vitória em Silverstone-2010.

O que a F-1 ganha, a partir de agora, é efervescência. Um dos melhores assentos da categoria está vago. A “silly season”, a temporada de boatos, começou hoje.

(Se eu fosse dono da equipe, contraria o Raikkonen hoje mesmo. Mas não sabemos se o contrato de Vettel dá ao alemão algum poder na escolha do companheiro. Se der, duvido que tope dividir o time com o finlandês.)

Possivelmente essa alcunha foi inventada por alguém que nunca esteve lá.

Silverstone tem muita história, claro. Recebeu a primeira corrida do primeiro Mundial de F-1, em 1950. A F-1 como conhecemos hoje, organizada num campeonato, começou lá, usando trechos de uma antiga pista de pousos da Segunda Guerra.

Mas tirando a história, não resta muito.

O estacionamento fica numa área de terra e se transforma num lamaçal sempre que chove _tipo todo dia.

O trânsito para chegar é complicado, embora tenha melhorado com a rodovia que passa às margens do autódromo e que recebe o tráfego vindo de Northampton e Oxford.

Há poucas opções de hospedagem na região, e a turma que não é ligada às equipes se vira como pode. Normalmente, recorríamos a casas alugadas por moradores da área.

Para jantar depois das 20h30, então, só resta uma opção: o Rice Bowl. É um restaurante chinês em Towcester, a 10 minutos de carro do circuito.

Sim, um chinês.

Quando não rola uma mamata qualquer na pista, é pra lá que todo mundo vai. E isso inclui os pilotos.

O “Peking Duck” é sensacional. E o atendimento, idem.

Se alguém um dia estiver no pedaço e passar por lá, diga um oi para a Mok, filha dos donos e que tem uma memória prodigiosa. A gente ia três vezes por ano lá e ela lembrava não apenas o nome de todos, como os nomes dos filhos e esposas que nunca tinham pisado no restaurante.

Fucei no Google Streetview e achei. Fica na Watling Street e agora tem até site.

 
Acredite: fervorosos debates, talvez os mais quentes e importantes da história da imprensa automobilística brasileira, foram travados nas mesas deste local. Normalmente depois das 2h da matina, claro. Pena que ninguém lembrava de nada no dia seguinte.

Pensando bem, devia ter algo naqueles patos…

(Ah, ok, lembrei de outra coisa bacana de Silverstone: as barracas montadas nos gramados do circuito com memorabilia, livros e DVDs de corridas.)

Mas vamos à programação do GP da Inglaterra, no horário de Brasília.

sexta
6h-7h30: 1º treino livre
10h-11h30: 2º treino livre

sábado
6h-7h: 3º treino livre
9h: treino classificatório

domingo
9h: GP da Inglaterra, 52 voltas

Sim, ele era (e ainda deve ser) estabanado. Mas foi, também, um piloto sensacional: arrojado, agressivo, a personificação do estilo “win or wall”. E se é verdade que muitas vezes acabava no muro, também é que seus triunfos foram suficientes para um título mundial e para mantê-lo até hoje como o quinto mais vitorioso da história.

E, de quebra, beliscou a Indy em 1993.

Mas não deixa de ser curioso que um piloto com currículo tão polêmico atue como comissário convidado pela FIA em Silverstone. Aconteceu nos últimos três anos e se repetirá agora.

Para quem não viu e para quem sente saudade, este clipe abaixo resume bem os altos e baixos da carreira do “Leão” na F-1…

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Este outro vale tanto pela cena quanto pela narração “oitentista” do Vannucci. Outros tempos…

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