Fábio Seixasmassa – Fábio Seixas http://fabioseixas.blogfolha.uol.com.br Automobilismo e pitacos sobre tudo o mais Mon, 18 Nov 2013 13:33:22 +0000 pt-BR hourly 1 https://wordpress.org/?v=4.7.2 Pílulas do Dia Seguinte http://fabioseixas.blogfolha.uol.com.br/2013/07/29/pilulas-do-dia-seguinte-28/ http://fabioseixas.blogfolha.uol.com.br/2013/07/29/pilulas-do-dia-seguinte-28/#comments Mon, 29 Jul 2013 11:31:26 +0000 http://fabioseixas.blogfolha.uol.com.br/?p=3624 Continue lendo →]]> Hamilton foi impecável na Hungria. Rápido o tempo todo, agressivo quando teve de ser. A ultrapassagem dele sobre Webber, após o último pit stop, já é barbada para o vídeo oficial do fim da temporada. “Não participamos dos testes, chegamos aqui na retaguarda, sem expectativa de pole e nos surpreendemos. Esta foi provavelmente uma das vitórias mais importantes da minha carreira”, disse. Certamente ele sentiu uma enorme satisfação pessoal ao se ver no alto do pódio usando um macacão que não o da McLaren. Isso traz confiança. Foi bom ver também que ele não se deixou abalar com os problemas pessoais das últimas semanas. A F-1 ganha quando Hamilton está bem;

Empolgada, a Mercedes falou em luta pelo título. Faltam nove etapas e matematicamente, claro, Hamilton está na luta. Mas esporte é mais do que matemática. O grande adversário de Vettel ainda é Alonso;

Massa vem fazendo um campeonato murcho, sem grandes performances, mas foi espetacular ao comentar o drive through para Grosjean. “Se ele tomou aquela punição por conta do que fez comigo, é totalmente errado. Ele não colocou as quatro rodas fora da pista, mas apenas duas, o que é permitido”, disse o brasileiro. Nos comentários ao post abaixo, alguém fez um paralelo com o futebol e comparou o francês a Luis Fabiano. Tem sentido. Ambos estão marcados pelas lambanças que vivem fazendo. Na dúvida, a culpa é deles. Mas comissários de F-1, assim como juízes de futebol, não podem agir assim. Precisam analisar caso a caso. Da mesma forma, continuo com a opinião de que ele foi inocente no choque com o Button. Por aquela manobra, levou 20 segundos no tempo total do GP, o que não afetou em nada seu sexto lugar _cruzou a linha com 21s524 para o inglês da McLaren;

No mais, onde esses comissários da F-1 estavam nos anos 80? E será que eles não assistiram à MotoGP, um domingo antes? Devem ser todos garotos de apartamento, criados pelo avó, comendo iogurte todo dia;

Ainda sobre Massa, o maior problema para sua negociação com a Ferrari não está na tabela do Mundial de Pilotos: ele é sétimo, com 61 pontos. Está no Mundial de Construtores, que define o prêmio que a equipe ganhará no final do ano. Em Silverstone, a Ferrari perdeu o segundo lugar para a Mercedes. Agora, está perto de perder o terceiro lugar para a Lotus: só 11 pontos as separam. Seu grande adversário para ficar em Maranello passou a ser Grosjean, quem diria;

O papo mais quente do quente paddock húngaro foi o rumor sobre a ida de Alonso para a Red Bull em 2014. O que, para mim, não passa disso: um rumor. Não faria a menor lógica. Tudo isso começou porque Luis Garcia Abad, empresário do espanhol, foi visto no motorhome da Red Bull conversando com Christian Horner. Sua explicação é das mais plausíveis: estavam discutindo o futuro de Carlos Sainz Jr, que ele também representa. Até acho que Alonso não está feliz da vida na Ferrari. Ele esperava mais de Maranello, as trapalhadas da equipe devem irritar. Mas daí a sair agora existe um abismo;

A Ferrari foi punida em 15 mil euros porque Alonso abriu a asa traseira em três ocasiões em que não estava a menos de 1 segundo do carro da frente. O problema, defesa da equipe acatada pela FIA, foi técnico: o equipamento não foi ajustado para a corrida, permanecendo em configuração de treino. A Ferrari ainda alegou que isso na verdade o atrapalhou, porque ele ficou privado de usar o DRS em várias ocasiões da prova. Ok, as explicações são coerentes. Mas em se tratando de Ferrari…;

Raikkonen chegou a 27 GPs seguidos na zona de pontuação. Pelo Twitter, recebi isso…

 

A Michelin deve anunciar, no meio de semana, sua intenção de voltar à F-1. Seria para 2015. E seria um golpe de mestre. Depois do papelão da Pirelli nesta temporada, até a Borracharia do Zé conseguirá uma boa imagem se fizer um serviço mediano ao sucedê-la;

Na GP2, Nasr conseguiu um terceiro e um quinto lugares e reduziu de 27 para 6 pontos sua desvantagem para Coletti. Há duas formas de analisar este final de semana em Budapeste. A turma do copo meio cheio vai dizer que ele esquentou a briga pelo campeonato, que vem fazendo tudo certo ao manter a regularidade. A turma do copo meio vazio vai apontar que poderia ter sido ainda melhor: o monegasco teve duas provas terríveis, e Nasr falhou em vencer no sábado. Talvez por ser ranzinza, fico mais com esta segunda corrente. O brasileiro teve a vitória nas mãos na primeira corrida, que distribui mais pontos, mas preferiu guardar pneus para o domingo. Eu entendo a lógica. Mas entendo ainda mais o instinto de vencer a corrida e só depois pensar no depois.

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Nós, os Nakajimas http://fabioseixas.blogfolha.uol.com.br/2013/07/12/nos-os-nakajimas/ http://fabioseixas.blogfolha.uol.com.br/2013/07/12/nos-os-nakajimas/#comments Fri, 12 Jul 2013 06:00:00 +0000 http://fabioseixas.blogfolha.uol.com.br/?p=3485 Continue lendo →]]> Olhar para o passado é a melhor forma de entender o presente.

No caso dos documentos da F-1 que este colunista recebeu e mostrou nos últimos dias, essa compreensão tem ora tom de decepção, ora tom de alívio.

Vai além das curiosidades. Vai além da reconstituição de uma época marcante. Vai além da exatidão de salários nunca divulgados e da comparação com valores atuais. Tem a ver com a forma como este país vê o esporte, a F-1 em especial.

Os contratos de Senna e de Piquet com a Lotus, disponibilizados na internet pela biblioteca da Universidade da Califórnia, revelam detalhes de uma era que muitos já esqueceram e que outros não viveram.

Quando éramos grandes.

Sim, tanto Senna em 87 como Piquet em 88 e 89 tinham em seus contratos cláusulas que davam a eles status de primeiros pilotos. No caso do primeiro, essa deferência conferia prioridade no uso de peças. No caso do segundo, que negociou com a equipe na condição de bicampeão mundial em luta pelo tri, havia até um “Código de Conduta”.

O outro piloto, Nakajima, era impedido de ultrapassá-lo a não ser que houvesse sinalização expressa.

“Da mesma forma, quando o carro número 2 estiver à frente do número 1, ele vai aceitar ordens dos pits para ceder a posição”, diz o contrato de Piquet, que assegura logo na primeira cláusula que o japonês concordava com tudo.

Familiar? Muito. Não dá para não lembrar de Zeltweg-2002, de Cingapura-2008 ou de Hockenheim-2010, quando estávamos (e ainda estamos) do outro lado. Quando os Nakajimas éramos (somos) nós.

Daí as reações nos cerca de 600 comentários que chegaram ao blog entre terça-feira e ontem.

Muitos acusam desapontamento. “Perdi um ídolo”, lançou um piquetista.

E vários revelam um peso a menos nos ombros, como que vibrando de forma retroativa, jogando para longe o complexo de vira-latas. “Hoje achamos um absurdo. Mas que delícia quando era a nosso favor”, escreveu outro leitor.

O passo seguinte, acredito, é o cair da ficha. É entender a realidade, sem floreios, sem patriotadas, sem torcida, sem chiliques, sem choro.

A F-1 é assim. Já era há 25 anos, continua agora, independentemente de nacionalidades. Em Silverstone e Nurburgring, Grosjean teve que abrir para Raikkonen.

Graças a esses documentos, hoje temos ideia do que está escrito no contrato dos dois. Sabemos o que passou nas cabeças de Barrichello, Nelsinho _que ironia_ e Massa quando ouviram ordens pelo rádio.

Essa é a maior contribuição daquele passado para este presente.

(Coluna publicada nesta sexta-feira na Folha de S.Paulo)

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Pílulas do Dia Seguinte http://fabioseixas.blogfolha.uol.com.br/2013/07/01/pilulas-do-dia-seguinte-26/ http://fabioseixas.blogfolha.uol.com.br/2013/07/01/pilulas-do-dia-seguinte-26/#comments Mon, 01 Jul 2013 13:42:26 +0000 http://fabioseixas.blogfolha.uol.com.br/?p=3355 Continue lendo →]]> Uma coisa é uma coisa, outra coisa é outra coisa, já dizia o filósofo. Então vamos com calma…

Massa volta aos boxes sem pneu (Lars Baron/Getty Images)

 

Uma coisa é o fato de Ferrari, Lotus e Force India terem sido contra as modificações nos pneus que a Pirelli planejava a partir do GP do Canadá. Essas três equipes são responsáveis diretas pelos pneus continuarem esfarelando e precisam pensar dez vezes antes de reclamarem dos pneus desta temporada. Não por coincidências, o trio unanimamente concordou ontem com quaisquer mudanças que a Pirelli queira introduzir. Quem tem, tem medo, dizia o mesmo filósofo;

Outra coisa é o que aconteceu ontem. Daí a necessidade de separar as coisas. Não teve nada a ver com desgaste dos pneus. E, segundo a Pirelli, não teve relação também com seu novo sistema de “colagem” da cinta de aço, que fixa a banda lateral do pneu à roda. O princípio é o mesmo dos pneus de rua: prevenir que desmontem da roda quando estiverem sem pressão. No ano passado, essa cinta era de kevlar. A Pirelli pensou em voltar para o material nas últimas provas, mas preferiu insistir com o aço, mudando o processo de colagem justamente nos pneus levados para Silverstone;

Parece-me muito suspeito que, justamente na corrida em que a Pirelli mudou algo na fabricação dos pneus, quatro tenham ido pelos ares. De duas, uma. Ou a empresa está tergiversando ou está completamente perdida. Aí, sim, as duas coisas são uma coisa só: péssima, e perigosa, notícia para a F-1;

Aqui e ali já começa um zunzunzum de boicote a Nurburgring. Duvido que aconteça, as equipes morrem de medo de Ecclestone. Mas a pressão é positiva;

Voltar para os pneus de 2012, como quer a Red Bull, também não me parece o certo. Aliás, muito espertinha, a equipe tricampeão;

Muito mais razoável é a ideia de sessões de testes para avaliar de vez esses pneus. Em Silverstone, a sexta-feira foi prejudicada pela chuva. Aqueles pneus só fizeram long runs na corrida. Deu no que deu;

Rosberg já tem duas vitórias no ano e 82 pontos. Já escrevi outro dia sobre o amadurecimento do alemão, que ainda não tem o reconhecimento que merece. Tirando o ano de estreia, ele nunca terminou um Mundial atrás do companheiro de equipe _e foram três anos com Schumacher. Ele já está a sete pontos de Hamilton. Se o inglês não se cuidar…

Alonso foi sincero ao falar sobre sua condição, após reduzir para 21 pontos a folga de Vettel no campeonato. “É uma mistura de sentimentos. Estou feliz pelos pontos e por diminuir um pouco a diferença para o líder, mas vimos neste final de semana que o nosso ritmo não está bom o suficiente”, disse. Foi no ponto. Massa e Domenicali falaram coisas parecidas. O problema, para eles, é que a Ferrari também parece perdida nesta luta para melhorar seu ritmo em classificação;

E não podemos deixar de registrar: Raikkonen bateu ontem o recorde de corridas consecutivas na zona de pontos. Chegou a 25, superando as 24 provas de Schumacher, entre Hungria-2001 e Malásia-2003. O finlandês vem pontuando sem parar desde o GP do Bahrein do ano passado. Outro dado impressionante da sua regularidade: das 28 corridas que disputou desde que voltou à F-1, ele só não pontuou em uma, na China. Mesmo assim, até lá ele levou o carro à linha de chegada. O que a Red Bull está esperando para anunciá-lo?

Falando em recordes, Loeb pulverizou a marca histórica de Pikes Peak. Completou o percurso em 8min13s878. O melhor registro anterior era 9min42s740, de Rhys Millen, segundo colocado ontem. Um monstro. A íntegra da sua participação histórica está aqui…

[There is a video that cannot be displayed in this feed. Visit the blog entry to see the video.]
 
Na MotoGP, no sábado, Rossi conquistou sua primeira vitória em quase três anos. A última havia sido na Malásia-2010. Foi a 80ª da carreira e, nas palavras dele, a mais inacreditável. É muito bom vê-lo de volta. E que Lorenzo se recupere logo. Os fãs de moto esperam ansiosamente por este duelo;

Para passar a régua, GP2. Nasr deu um show ontem. Largando na última fila, após um sábado acidentado, cruzou em sétimo. Melhor: Coletti não pontuou no final de semana, e a diferença entre ambos na tabela caiu mais um pouco, de 24 para 22 pontos. O que o brasileiro precisa agora é de uma vitória. Ir só na base da regularidade talvez não funcione.

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Pílulas do Dia Seguinte http://fabioseixas.blogfolha.uol.com.br/2013/06/10/pilulas-do-dia-seguinte-25/ http://fabioseixas.blogfolha.uol.com.br/2013/06/10/pilulas-do-dia-seguinte-25/#comments Mon, 10 Jun 2013 13:14:02 +0000 http://fabioseixas.blogfolha.uol.com.br/?p=3179 Continue lendo →]]> Começando pelo mais importante: a morte do fiscal. Porque danem-se a corrida, o campeonato, as disputas, os atritos, as polêmicas. Uma vida se foi, e isso teve relação direta ao esporte. Não fosse a corrida, ele estaria vivo. O nome dele ainda não foi divulgado, apenas que tinha 38 anos. Minha idade, portanto. Ele estava ajudando na remoção do carro de Gutierrez, abaixou para pegar um rádio que caiu no chão e foi atropelado pelo operador de um guindaste que não o viu. “Minha profundas condolências à família do fiscal que perdeu a vida hoje, nossas orações são para ele e sua família hoje”, escreveu o mexicano no Twitter. A F-1 não registra morte de pilotos desde 1994, graças a uma série de medidas de choque tomadas pela FIA após as tragédias de Imola. Mas esta é a terceira morte de um fiscal desde 2000. Algo precisa ser feito. O treinamento precisa ser mais profissional. Os procedimentos precisam ser seguidos à risca. Protocolos precisam ser revistos. A vida de um fiscal vale tanto quanto a vida de um piloto, do Todt, do Ecclestone, a minha ou a sua;

Vettel cruza a linha de chegada em Montreal (Luca Bruno/AP)

 

O alemão recebeu algumas vaias no pódio. Se alguém souber o motivo exato, me explique. Mas suponho que seja aquela universal torcida contra o mais forte. E ontem ele foi o mais forte, imbatível, inalcançável;

O maior reconhecimento à superioridade de Vettel no final de semana veio de Alonso: “Este segundo lugar tem sabor de vitória”. O comentário ganha outra intensidade vindo de um cara como ele, que odeia perder. (Certa vez, em Mônaco, vi o espanhol chutar mesas e cadeiras do motorhome da Renault após um abandono);

Hamilton voltou a falar dos freios para justificar não ter feito uma corrida melhor: “Estamos progredindo, mas ainda não resolvemos nada. Estou aprimorando algumas técnicas que me ajudam”. O inglês é um baita piloto, tem crédito, não há motivos para desconfiar dele. E o caso ilustra o quão complexo é um carro de F-1. Um dos melhores pilotos do mundo, campeão, em seu sétimo ano na categoria, de repente encontra um problema numa questão teoricamente básica e se estrepa. Na F-1, amigos, não há detalhes;

E o Bottas? Largando em terceiro, festejado por todos _inclusive por mim, na transmissão das rádios Bandeirantes e BandNews FM_, terminou em 14º. “Eu e a equipe demos de tudo. Não importa o que fizéssemos em questão de estratégia, terminaríamos nessa posição mesmo”, disse. Resumindo: o carro é uma porcaria e só se classificou lá na frente por uma enorme conjunção de fatores, entre eles sua perícia no molhado. Mas essas coisas ficam na memória dos torcedores e, principalmente, dos chefes de equipe. Alguém escreveu no Twitter que, em sete GPs, Bottas já conseguiu mais do que Bruno: um brilhareco. É verdade;

Maldonado acha que a punição foi injusta. Ah, tá. Senta lá, meu filho;

Massa fez uma boa corrida, repito. Cometeu um erro no sábado? Sim. Mas estava inspirado no domingo. Fez uma boa largada e brilhou no primeiro trecho da prova. Mas pecou na estratégia, ao colocar pneus supermacios no primeiro pit stop. E reconheceu isso após a prova. “Acho que eu poderia ter ganho mais um ou duas posições se tivesse colocado os médios”, disse. Ok, reconhecer o erro é um mérito. E isso ele sempre faz, diga-se. O que falta é o passo seguinte: agir para que o erro não se repita. E aí vem minha maior crítica: não é a primeira vez que ele dança na estratégia por uma escolha errada de pneu. Não é a segunda, não é a terceira. Será que não está na hora de um papinho mais sério com a direção técnica da equipe? Será que não chegou o momento de trocar de engenheiro?;

Raikkonen pontuou pela 24ª corrida seguida e igualou o recorde histórico da F-1, que pertencia apenas a Schumacher. Já a McLaren ficou fora dos pontos após uma série de 64 GPs, encerrando uma marca também histórica. Nada disso é coincidência. O finlandês é de um talento nato impressionante. E a equipe inglesa começa a sentir os efeitos de uma situação que, repito, só deve começar a amainar em 2015, quando chegarem os motores Honda ;

Na Indy, show dos brasileiros na noite de sábado. Helinho venceu, com Tony em terceiro. Entre os dois, Hunter-Reay. Foi uma vitória com autoridade, reflexo direto do equilíbrio do carro e de sua habilidade na preservação dos pneus. Com o resultado, Helinho voltou à liderança do campeonato. Tem agora 259 pontos, contra 237 de Andretti;

Ainda sobre a Indy: impressiona o equilíbrio da temporada. Foram sete vencedores em oito etapas até agora. Apenas Hinchcliffe venceu duas vezes, em St.Petersburg e São Paulo. Hunter-Reay, Sato, Tony, Conway, Pagenaud e Helinho já tiveram o gostinho da vitória e há vários outros com chances de chegar lá. O campeonato está escancarado;

Em tempo: por todo o sempre vou achar uma enorme babaquice esse ritual de comemorar a vitória no Texas com revólveres, ainda que de brinquedo.

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Pílulas do Dia Seguinte http://fabioseixas.blogfolha.uol.com.br/2013/05/13/pilulas-do-dia-seguinte-24/ http://fabioseixas.blogfolha.uol.com.br/2013/05/13/pilulas-do-dia-seguinte-24/#comments Mon, 13 May 2013 15:45:28 +0000 http://fabioseixas.blogfolha.uol.com.br/?p=3001 Continue lendo →]]> Ainda ao vivo, na transmissão do GP pelas rádios Bandeirantes e BandNews FM, eu lancei, assim que Alonso pegou a bandeira da Espanha: “A F-1 está tão chata que não duvido que ele será punido”. Não foi. Mas foi investigado, o que já é um absurdo. Ecclestone não pode querer que a categoria seja impecável e sem graça e previsível como o uniforme que veste há décadas: calça social preta e camisa branca. Não. As pessoas vão além dessa coisa cartesiana. As pessoas se emocionam. A Espanha vive uma crise braba, a corrida foi na eternamente separatista Catalunha, e Alonso deu um baita exemplo de solidariedade, civilidade e nacionalismo ao parar e pegar aquela bandeira com um fiscal. Que faça sempre. Que os outros o sigam. Às favas com os protocolos;

Além de tudo, Alonso tem sorte: seu quarto e último pit foi antecipado porque o pneu estava furado. Mas foi um furo mínimo, que não prejudicou seu tempo no caminho para os boxes;

Depois da farofada nas quatro primeiras corridas do ano, a Pirelli mudou os pneus duros a partir da Espanha. Agora, já admite mais mudanças. Demorou, mas enxergou o óbvio: não dá para seus pneus desmancharem após seis voltas. É ruim pro esporte, é ruim para seu marketing. “Hoje foi exagerado”, disse Hembery, diretor da empresa, após os 79 pit stops de Barcelona. Ele disse que mudanças podem ser implantadas a partir do GP da Inglaterra, no final de junho;

Se os pneus ficarem mais duros, a Red Bull agradecerá. O problema para Vettel e companhia é que sete etapas já terão acontecido. A boa notícia é que haverá outras 12 à frente, tempo suficiente para um reabilitação;

Se a F-1 fosse como a GP2 ou a GP3, com carros idênticos para todos os pilotos, não tenho dúvidas: Raikkonen seria o campeão da temporada;

Ainda sobre Raikkonen: já são 22 corridas consecutivas nos pontos. A última vez em que ele não pontuou foi no GP da China de 2012. Com mais três, ele bate o recorde histórico da F-1, que pertence a Schumacher;

Massa: “Talvez houvesse a oportunidade de brigar com o Kimi, mas no final, foi uma ótima corrida. Fizemos um ótimo trabalho. O desgaste dos pneus não estava tão bom como a da Lotus, mas fizemos o melhor que podíamos e mostramos o desempenho que esperávamos desde a sexta-feira”. O brasileiro fez uma boa corrida, a melhor desde a Malásia. Seu próximo alvo precisa ser superar Hamilton no campeonato. Cinco pontos os separam;

Rosberg e Hamilton devem ter tido uma difícil noite de sono. Primeiro e segundo no grid, terminaram respectivamente em sexto e 12º.  “Foi uma experiência que não quero viver nunca mais. Eu fiz absolutamente as mesmas coisas do Bahrein, mas não tinha aderência e não poderia acelerar, ou os pneus iriam embora. Fiquei totalmente perdido”, disse o inglês. Ele terminou reconhecendo o óbvio: as outras evoluíram muito mais nas últimas semanas;

Nasr continua sem vencer nesta temporada da GP2, mas é dos pilotos mais regulares do campeonato. Só perde para Coletti, não por coincidência o único que está à sua frente na tabela. Em Barcelona, Nasr foi segundo colocado no sábado e terceiro no domingo. A primeira prova foi vencida por Frijns. A segunda, por Coletti. Pilotando pela Carlin, um time que ainda busca crescimento na categoria, o brasiliense vem fazendo certinho: se a vitória ainda não é possível, o negócio é levar o carro ao final, na melhor posição possível. Sem loucuras. Muito piloto já foi campeão assim, e ele está na briga.

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Nuvem que ronda http://fabioseixas.blogfolha.uol.com.br/2013/04/26/nuvem-que-ronda/ http://fabioseixas.blogfolha.uol.com.br/2013/04/26/nuvem-que-ronda/#comments Fri, 26 Apr 2013 06:00:02 +0000 http://fabioseixas.blogfolha.uol.com.br/?p=2894 Continue lendo →]]> A grande novidade deste ano na F-1 parecia ser Massa. O brasileiro começou o ano fazendo coisas que não conseguia havia um bom tempo.

Após o GP da Malásia, colocou-se à frente do companheiro de equipe na tabela, cenário inédito em  três anos. Na China, liderou um treino _a segunda sessão livre_, o que não fazia desde Índia-2011. De quebra, mantinha-se melhor do que Alonso no grid, uma série que já vinha desde o final da temporada passada.

Mais do que os números, porém, o que chamava a atenção era seu discurso. Uma autoconfiança que em nada lembrava o claro abatimento dos últimos campeonatos.
Em suas próprias palavras, a “nuvem negra” que pairava sobre sua cabeça se dissipara. Ele estava de volta.

Durou pouco.

Do apagar das luzes na China à bandeira quadriculada no Bahrein, o Massa que se viu nas últimas duas etapas foi aquele da primeira metade do último Mundial.

Em Xangai, Alonso venceu e ele foi sexto. Em Sakhir, final de semana terrível para a Ferrari, ficou em 15º, sete posições atrás do companheiro.

Comparações à parte _até porque é injustiça comparar a grande maioria do grid ao espanhol_, ele foi mal mesmo. E a explicação pega carona na coluna da semana passada: são os pneus.

Massa abriu mão da luta pela pole no Bahrein. Sua ideia foi sacrificar a performance no sábado, usando os pneus mais duros, e colher os dividendos no domingo, com um primeiro pit stop tardio.

A estratégia havia funcionado com Vettel na China. Poderia funcionar com ele.
Não deu certo. Os pneus do seu carro duraram apenas dez voltas, e ele entrou nos boxes na mesma janela dos pilotos que estavam com os compostos mais macios.

Massa é um piloto rápido, talentoso, mas fica cada vez mais evidente que tem uma deficiência crônica no trato com os pneus. E, de novo evocando o texto da última sexta, isso significa que está lascado: pneus, hoje, são tudo.

Não por coincidência, seu discurso após a prova já foi num tom diferente: “Não consigo encontrar explicação para tantos problemas”.

O Mundial está no começo. Massa é o sexto colocado. Em 2012, após as mesmas quatro provas, era o 17º.

Não dá para delirar em vê-lo lutando pelo título, mas, sim, é possível esperar um ano mais digno. Até por sua sobrevivência na categoria.

No Rio, dias antes de embarcar para a abertura da temporada, Massa não gostou quando foi questionado sobre a pressão do fim do contrato com a Ferrari e as especulações sobre seu provável substituto no time.

“Já vão começar com isso?”, perguntou, na ocasião.

Ele tinha toda a razão naquele momento. Precisa se acertar logo com os pneus para continuar tendo.

(Coluna publicada nesta sexta-feira na Folha de S.Paulo)

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Pílulas do Dia Seguinte http://fabioseixas.blogfolha.uol.com.br/2013/04/22/pilulas-do-dia-seguinte-23/ http://fabioseixas.blogfolha.uol.com.br/2013/04/22/pilulas-do-dia-seguinte-23/#comments Mon, 22 Apr 2013 14:08:57 +0000 http://fabioseixas.blogfolha.uol.com.br/?p=2875 Continue lendo →]]> Quando digo que o blog também é feito por vocês… O Douglas Romão mandou uma bela ideia lá nos comentários. Dei apenas uma refinada nos números.

Massa parou no final no final da décima volta. A ideia aqui é fazer uma análise das voltas anteriores do brasileiro em comparação com os pilotos mais próximos.

O tempo de ferrarista é o referencial. O símbolo de menos (-) indica o quanto o piloto em questão foi mais rápido que ele. O símbolo de mais (+), obviamente, o quanto foi mais lento:

volta 7
-1s551 VET
-0s509 DIR
-0s243 ROS
Massa (1min43s481)
+0s025 WEB
+0s009 BUT

volta 8
-0s644 VET
-0s662 DIR
Massa (1min42s766)
+0s079 ROS
+0s750 BUT
+1s103 PER

volta 9
-1s085 VET
-0s249 DIR
Massa (1min43s246)
-0s672 PER
-0s346 RAI
-0s132 HAM

Na décima volta, que ele fechou nos boxes, a situação já era ainda mais crítica. Pérez, que estava no seu encalço, tirou 0s354 na primeira parcial e outro 0s513 na segunda. Não havia o que fazer: o brasileiro não conseguiu conservar os pneus duros, era hora mesmo de entrar nos boxes;

A bem da verdade, Grosjean, que também largou com os duros, enfrentou a mesma dificuldade. Parou ainda mais cedo, na oitava volta. Qualquer comparação a partir daí fica prejudicada porque Massa teve dois pneus furados por detritos na pista;

É possível, porém, tentar prever o que aconteceria. Grosjean conseguiu administrar bem seus outros jogos de pneus pelo resto da prova e terminou no pódio. O histórico recente indica que Massa não conseguiria o mesmo;

Após a prova, o discurso do brasileiro foi de desânimo total: “Se é verdade que muitas coisas podem acontecer neste esporte, não consigo encontrar uma explicação para tantos problemas”. A ver se ele mantém a boa fase das primeiras provas da temporada ou se volta a ser o Massa apagado da primeira metade do Mundial do ano passado;

Button criticou Pérez após a prova. “Ele foi agressivo demais. A 300 km/h, a última coisa que você espera é bater roda com o companheiro de equipe.” Concordo em parte. É o que eu disse ontem: Pérez acertou na atitude (partir pra cima), mas errou na forma de fazer (quase mandou o companheiro pra Dubai);

Em quatro corridas, Hamilton tem 50 pontos. No ano passado, em 20, Schumacher marcou 49. Os números dizem tudo. A Mercedes tem motivos de sobra para ficar satisfeita com a sobra; 

Na MotoGP, Marc Márquez fez história ao se tornar o mais jovem piloto a vencer uma etapa da categoria. Ele completou 20 anos em fevereiro, e ontem ganhou em Austin. Fiquem de olho no garoto, é o mais forte candidato a novo gênio do esporte a motor. Pedrosa foi o segundo, com Lorenzo em terceiro;

Mas, sem dúvida, o acontecimento mais bacana das pistas no final de semana foi a vitória de Sato na Indy. Entrevistei o japonês algumas vezes nos seus tempos de F-1 e ele sempre foi muito simpático. Além disso, acelerava bem, embora, às vezes, cometesse seus exageros. Em 2010, reencontrei-o no paddock da Indy no Anhembi. Ele me reconheceu e fez um pedido: uma boa dica de restaurante japonês em São Paulo. Dei o endereço do Sushi Yassu, na Liberdade. Ele foi e, no dia seguinte, veio agradecer, dizendo que adorou. É um cara bacana, enfim;

Ainda sobre Sato: a última vitória dele havia sido na F-3, em Macau, em 2001. Dá pra imaginar a alegria?

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Rosberg, pole-surpresa no Bahrein http://fabioseixas.blogfolha.uol.com.br/2013/04/20/rosberg-pole-surpresa-no-bahrein/ http://fabioseixas.blogfolha.uol.com.br/2013/04/20/rosberg-pole-surpresa-no-bahrein/#comments Sat, 20 Apr 2013 13:02:50 +0000 http://fabioseixas.blogfolha.uol.com.br/?p=2859 Continue lendo →]]> Raikkonen parecia melhor em velocidade pura, com Vettel no encalço. Alonso mostrava um carro também veloz, mas talvez melhor para a corrida do que para a classificação.

Difícil fugir de uma dessas apostas.

Pois Rosberg resolveu surpreender todo mundo. Até mesmo sua equipe, que deixou isso claro na comemoração pelo rádio.

O alemão da Mercedes, apagado até então no Bahrein, brilhou no Q3 e conquistou a pole position para a quarta etapa do Mundial. É sua segunda pole na carreira _a primeira, China-2012, converteu em vitória.

O tempo de Rosberg, 1min32s330, 0s254 melhor do que Vettel _vantagem também surpreendente.

Alonso larga em terceiro. Massa sai em quarto, e merece um capítulo à parte.

O brasileiro fez o que outros pilotos já fizeram nesta temporada: abriu mão da luta pela pole e foi para a definição com os pneus duros. Uma aberração do regulamento, a culpa não é dos pilotos.

Ele se deu bem. Muito bem. Porque Hamilton e Webber, que se classificaram à sua frente, foram punidos.

O inglês, quinto tempo, caiu para nono por ter trocado a caixa de câmbio. E o australiano, que havia feito o quarto tempo, perdeu três posições por conta do acidente com Vergne na China.

Massa será o único piloto lá na ponta com os pneus duros. Se nada de errado acontecer, vai liderar o GP em algum momento. E se as coisas andarem a seu favor, pode entrar na luta pela vitória.

A terceira fila é toda da Force India, que está de parabéns: Di Resta em quinto e Sutil em sexto.

Webber sai em sétimo, seguido por Raikkonen _que teve problemas no Q3_, Hamilton e Button.

Lá atrás, destaques negativos para Grosjean (11º), Pérez (12º) e Maldonado (17º).

O que vai acontecer na corrida?

Difícil imaginar Rosberg sustentando a ponta por muito tempo. A Mercedes não tem lá um bom ritmo de corrida, basta lembrar do que aconteceu com o pole Hamilton na China.

Vai depender dos pneus. Se a diferença na durabilidade entre um composto e outro for pequena, Vettel e Alonso devem duelar pela vitória. Se os duros aguentarem muito mais que os médios, Massa entra na briga.

Pelo que vi nos treinos até agora, acredito mais na primeira opção.

(Em tempo: se a Pirelli tivesse mantido a opção de levar macios e duros para Sakhir, Massa já estaria com uma mão no troféu.)

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Bahrein, 1º e 2º treinos livres http://fabioseixas.blogfolha.uol.com.br/2013/04/19/bahrein-1o-e-2o-treinos-livres/ http://fabioseixas.blogfolha.uol.com.br/2013/04/19/bahrein-1o-e-2o-treinos-livres/#comments Fri, 19 Apr 2013 12:39:58 +0000 http://fabioseixas.blogfolha.uol.com.br/?p=2851 Continue lendo →]]> Raikkonen, Alonso e Massa. Estes foram, na minha opinião, os três pilotos mais fortes no Bahrein nesta sexta-feira.

Na primeira sessão de treinos livres, deu Massa. O brasileiro fez 1min34s487, 0s077 melhor do que Alonso. Rosberg foi o terceiro, seguido por Vettel, Di Resta, Button… Todo mundo com os pneus duros.

Raikkonen, nesta sexta, no Bahrein (Tom Gandolfini/AFP)

 

Na segunda sessão, Raikkonen fez o melhor tempo com facilidade. Foi um dos últimos a colocar os pneus médios e, quando o fez, cravou logo 1min34s154. Webber ficou a 0s030. Depois vieram Vettel, Alonso, Di Resta, Massa…

Ué, mas e a Red Bull? Por que não está entre as favoritas?

Posso estar enganado, sempre, mas vi tanto Vettel quanto Webber se esforçando para virar voltas mais rápidas e não conseguindo. Enquanto isso, a Ferrari pensou mais na corrida e, mesmo assim, andou bem.

Veremos amanhã.

(Ah, sim: abençoado seja o homem que decidiu não levar os pneus macios para o Bahrein. Os médios já emporcalharam a pista, imagine o que aconteceria com aquele chiclete usado na China…)

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Pílulas do Dia Seguinte http://fabioseixas.blogfolha.uol.com.br/2013/04/15/pilulas-do-dia-seguinte-22/ http://fabioseixas.blogfolha.uol.com.br/2013/04/15/pilulas-do-dia-seguinte-22/#comments Mon, 15 Apr 2013 13:43:47 +0000 http://fabioseixas.blogfolha.uol.com.br/?p=2826 Continue lendo →]]> Não gosto de provas em que os pneus provocam tantas variações de estratégia. Do primeiro pit stop (Webber, na 1ª volta) ao último (Di Resta, a 3 voltas do fim), a classificação que se via na tela não correspondia à realidade. Hulkenberg liderava? Sim, mas todo mundo sabia que aquilo era irreal. Vettel em segundo? Seria por pouco tempo. Button na briga? Não, pura ilusão. Não gosto. Confunde o público. Fico imaginando uma criança começando a acompanhar a F-1, sem entender que aquele piloto na liderança não deveria estar lá e não vai estar ao fim do GP. A F-1 precisa entregar um produto mais direto e reto ao público, não um espetáculo que exija calculadora, caneta e papel. Sim, eu entendo a intenção de Ecclestone ao pedir que a Pirelli produza pneus-farofa. Mas um pneu que dura seis voltas, como aconteceu com os macios em Xangai, não aumentam em nada a emoção (porque todos os usaram por pouquíssimo tempo) e complicam um esporte já complexo por natureza;

Alonso foi cauteloso ao falar em chances de título: “Acho que é muito cedo para dizer. Precisamos esperar até as férias no verão para apontar um candidato claro”. O espanhol tem toda a razão. Ele venceu bem, teve uma pilotagem impecável no domingo, mas carro por carro hoje não há nenhum muito superior a outro;

Para Massa, seu mau desempenho na prova foi causado pelo comportamento dos pneus médios após o primeiro pit. “Após algumas voltas, comecei a ter graining nos pneus dianteiros”, disse, referindo-se àqueles macarrõezinhos que se formam na borracha. Segundo ele, isso provavelmente foi causado por uma conjunção das condições da pista com seu estilo de pilotagem. Ok, faz sentido. Mas que o timing do primeiro pit stop não ajudou, também é verdade. Só ali ele perdeu três posições na pista;

Horner, contam, ficou furioso quando repórteres sugeriram que a Red Bull trabalhou contra Webber no final de semana: “Isso é uma enorme idiotice. Esqueçam teorias da conspiração. Como sempre, tentamos levar nossos dois carros às melhores posições possíveis. Qualquer um que sugira uma conspiração contra um ou outro piloto não sabe o que está falando. Mark sabe exatamente o que aconteceu”. Ok, a fúria de Horner é compreensível. Mas ele precisa entender que, dado o histórico recente, a desconfiança também é;

Como se a vida de Webber não estivesse dura o suficiente, ele foi considerado culpado pelo toque em Vergne e perdeu três posições no grid do GP do Bahrein. Em tempo: a FIA acertou nessa, o australiano forçou mesmo a barra;

Falando em acidente, vi e revi o choque entre Pérez e Raikkonen. Considero o finlandês um dos melhores da atualidade, já escrevi isso algumas vezes. Mas, neste caso, acho que o erro foi dele, otimista demais ao colocar o bico do carro ao lado do McLaren e achar que a ultrapassagem estava feita. O mexicano não o fechou de forma agressiva, apenas manteve a trajetória normal;

Finalmente uma boa notícia no quesito pneu. A partir da Espanha, os pilotos de testes escalados para o primeiro treino livre devem ter um jogo a mais à disposição. Hoje, com a distribuição de compostos para todo o final de semana, o que acontece é que as equipes disponibilizam apenas um jogo para o primeiro treino livre. Por isso tão poucas voltas. De Barcelona pra frente, os pilotos de teste terão este jogo habitual e mais um, extra. É um incentivo para as equipes usarem a molecada e, de quebra, para aumentar o movimento na pista. Parece mentira, tão raros são os acertos.

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