Fábio Seixasalonso – Fábio Seixas http://fabioseixas.blogfolha.uol.com.br Automobilismo e pitacos sobre tudo o mais Mon, 18 Nov 2013 13:33:22 +0000 pt-BR hourly 1 https://wordpress.org/?v=4.7.2 Por um detalhe http://fabioseixas.blogfolha.uol.com.br/2013/08/20/por-um-detalhe/ http://fabioseixas.blogfolha.uol.com.br/2013/08/20/por-um-detalhe/#comments Tue, 20 Aug 2013 13:23:05 +0000 http://fabioseixas.blogfolha.uol.com.br/?p=3749 Continue lendo →]]> Depois do “Bild”, foi a vez de a BBC, via Eddie Jordan, sugerir que a Ferrari pode anunciar Raikkonen no final de semana de Monza.

Empresário do finlandês, Robertson disse que está conversando com muita gente, o que inclui a turma de Maranello.

Colega muito bem informado, Peter Windsor tuitou que a relação entre Montezemolo e Alonso não melhorou nas últimas semanas e que a ideia é formar uma dupla Raikkonen-Vettel em 2015.

Sempre houve dois entraves para imaginar Raikkonen novamente de vermelho.

O primeiro, a também conturbada relação dele com o presidente da escuderia.

Mas nada como o tempo para cicatrizar feridas. E lá se vão quatro anos.

“A necessidade obrigou, você a me procurar”, cantava Bezerra da Silva, num clássico.

“Você era orgulhosa, mas a necessidade acabou com a sua prosa…” Apropriado para a ocasião.

Por este aspecto, já não acho tão impossível assim.

O segundo, o contrato de Alonso. É normal supor que o espanhol tenha uma cláusula que lhe dê poder de vetar o companheiro. Muita gente, inclusive eu, se apegou a esta crença.

Mas será que tem? Não esqueçamos de que ele estava em baixa quando assinou o contrato, decepcionado após a passagem pela McLaren e seu segundo período na Renault.

Este é o xis da questão.

Disso depende a formação da Ferrari para 2014.

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Raikkonen-Alonso-Vettel http://fabioseixas.blogfolha.uol.com.br/2013/08/14/raikkonen-alonso-vettel/ http://fabioseixas.blogfolha.uol.com.br/2013/08/14/raikkonen-alonso-vettel/#comments Wed, 14 Aug 2013 18:10:34 +0000 http://fabioseixas.blogfolha.uol.com.br/?p=3722 Continue lendo →]]>

 

“Ilta Sanomat” deu que Raikkonen decidiu correr na Ferrari no ano que vem e a notícia se espalhou pela internet hoje.

O jornal finlandês, por razões óbvias, acompanha de perto o campeão de 2007 e, via de regra, dá bons furos sobre sua carreira.

Merece crédito e atenção.

Mas toda regra tem sua exceção. Acho que esta é uma furada.

Posso quebrar a cara, lógico, e não seria a primeira vez. Mas não acredito na possibilidade de o finlandês dividir a equipe com Alonso.

Primeiro, porque Raikkonen e Montezemolo se detestam. Segundo, porque isso iria contra toda a tradição ferrarista dos últimos anos: desde Mansell e Prost, em 1990, a equipe não junta dois pilotos top dentro dos mesmos boxes.

Ah, mas Alonso estaria indo para a Red Bull, diz o jornal. Dividiria o time com Vettel.

Bom, acredito menos ainda nisso. E a razão é a personalidade desses dois pilotos.

Mas o jeito é esperar.

(Em tempo: torço para que eu esteja enganado. Uma sacudida assim no grid seria sensacional.)

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Pit Stop #286 http://fabioseixas.blogfolha.uol.com.br/2013/07/30/pit-stop-286/ http://fabioseixas.blogfolha.uol.com.br/2013/07/30/pit-stop-286/#comments Tue, 30 Jul 2013 13:40:49 +0000 http://fabioseixas.blogfolha.uol.com.br/?p=3632 Continue lendo →]]> Ainda acho que é apenas uma crise de relacionamento, sem sinais de separação. Mas uma crise é uma crise.

O Pit Stop desta semana fala bastante sobre o GP da Hungria e sobre as rusgas entre Alonso e a Ferrari.

No Naftalina, os 35 anos da estreia de Piquet na F-1, completados hoje.

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Pílulas do Dia Seguinte http://fabioseixas.blogfolha.uol.com.br/2013/07/29/pilulas-do-dia-seguinte-28/ http://fabioseixas.blogfolha.uol.com.br/2013/07/29/pilulas-do-dia-seguinte-28/#comments Mon, 29 Jul 2013 11:31:26 +0000 http://fabioseixas.blogfolha.uol.com.br/?p=3624 Continue lendo →]]> Hamilton foi impecável na Hungria. Rápido o tempo todo, agressivo quando teve de ser. A ultrapassagem dele sobre Webber, após o último pit stop, já é barbada para o vídeo oficial do fim da temporada. “Não participamos dos testes, chegamos aqui na retaguarda, sem expectativa de pole e nos surpreendemos. Esta foi provavelmente uma das vitórias mais importantes da minha carreira”, disse. Certamente ele sentiu uma enorme satisfação pessoal ao se ver no alto do pódio usando um macacão que não o da McLaren. Isso traz confiança. Foi bom ver também que ele não se deixou abalar com os problemas pessoais das últimas semanas. A F-1 ganha quando Hamilton está bem;

Empolgada, a Mercedes falou em luta pelo título. Faltam nove etapas e matematicamente, claro, Hamilton está na luta. Mas esporte é mais do que matemática. O grande adversário de Vettel ainda é Alonso;

Massa vem fazendo um campeonato murcho, sem grandes performances, mas foi espetacular ao comentar o drive through para Grosjean. “Se ele tomou aquela punição por conta do que fez comigo, é totalmente errado. Ele não colocou as quatro rodas fora da pista, mas apenas duas, o que é permitido”, disse o brasileiro. Nos comentários ao post abaixo, alguém fez um paralelo com o futebol e comparou o francês a Luis Fabiano. Tem sentido. Ambos estão marcados pelas lambanças que vivem fazendo. Na dúvida, a culpa é deles. Mas comissários de F-1, assim como juízes de futebol, não podem agir assim. Precisam analisar caso a caso. Da mesma forma, continuo com a opinião de que ele foi inocente no choque com o Button. Por aquela manobra, levou 20 segundos no tempo total do GP, o que não afetou em nada seu sexto lugar _cruzou a linha com 21s524 para o inglês da McLaren;

No mais, onde esses comissários da F-1 estavam nos anos 80? E será que eles não assistiram à MotoGP, um domingo antes? Devem ser todos garotos de apartamento, criados pelo avó, comendo iogurte todo dia;

Ainda sobre Massa, o maior problema para sua negociação com a Ferrari não está na tabela do Mundial de Pilotos: ele é sétimo, com 61 pontos. Está no Mundial de Construtores, que define o prêmio que a equipe ganhará no final do ano. Em Silverstone, a Ferrari perdeu o segundo lugar para a Mercedes. Agora, está perto de perder o terceiro lugar para a Lotus: só 11 pontos as separam. Seu grande adversário para ficar em Maranello passou a ser Grosjean, quem diria;

O papo mais quente do quente paddock húngaro foi o rumor sobre a ida de Alonso para a Red Bull em 2014. O que, para mim, não passa disso: um rumor. Não faria a menor lógica. Tudo isso começou porque Luis Garcia Abad, empresário do espanhol, foi visto no motorhome da Red Bull conversando com Christian Horner. Sua explicação é das mais plausíveis: estavam discutindo o futuro de Carlos Sainz Jr, que ele também representa. Até acho que Alonso não está feliz da vida na Ferrari. Ele esperava mais de Maranello, as trapalhadas da equipe devem irritar. Mas daí a sair agora existe um abismo;

A Ferrari foi punida em 15 mil euros porque Alonso abriu a asa traseira em três ocasiões em que não estava a menos de 1 segundo do carro da frente. O problema, defesa da equipe acatada pela FIA, foi técnico: o equipamento não foi ajustado para a corrida, permanecendo em configuração de treino. A Ferrari ainda alegou que isso na verdade o atrapalhou, porque ele ficou privado de usar o DRS em várias ocasiões da prova. Ok, as explicações são coerentes. Mas em se tratando de Ferrari…;

Raikkonen chegou a 27 GPs seguidos na zona de pontuação. Pelo Twitter, recebi isso…

 

A Michelin deve anunciar, no meio de semana, sua intenção de voltar à F-1. Seria para 2015. E seria um golpe de mestre. Depois do papelão da Pirelli nesta temporada, até a Borracharia do Zé conseguirá uma boa imagem se fizer um serviço mediano ao sucedê-la;

Na GP2, Nasr conseguiu um terceiro e um quinto lugares e reduziu de 27 para 6 pontos sua desvantagem para Coletti. Há duas formas de analisar este final de semana em Budapeste. A turma do copo meio cheio vai dizer que ele esquentou a briga pelo campeonato, que vem fazendo tudo certo ao manter a regularidade. A turma do copo meio vazio vai apontar que poderia ter sido ainda melhor: o monegasco teve duas provas terríveis, e Nasr falhou em vencer no sábado. Talvez por ser ranzinza, fico mais com esta segunda corrente. O brasileiro teve a vitória nas mãos na primeira corrida, que distribui mais pontos, mas preferiu guardar pneus para o domingo. Eu entendo a lógica. Mas entendo ainda mais o instinto de vencer a corrida e só depois pensar no depois.

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Pílulas do Dia Seguinte http://fabioseixas.blogfolha.uol.com.br/2013/06/10/pilulas-do-dia-seguinte-25/ http://fabioseixas.blogfolha.uol.com.br/2013/06/10/pilulas-do-dia-seguinte-25/#comments Mon, 10 Jun 2013 13:14:02 +0000 http://fabioseixas.blogfolha.uol.com.br/?p=3179 Continue lendo →]]> Começando pelo mais importante: a morte do fiscal. Porque danem-se a corrida, o campeonato, as disputas, os atritos, as polêmicas. Uma vida se foi, e isso teve relação direta ao esporte. Não fosse a corrida, ele estaria vivo. O nome dele ainda não foi divulgado, apenas que tinha 38 anos. Minha idade, portanto. Ele estava ajudando na remoção do carro de Gutierrez, abaixou para pegar um rádio que caiu no chão e foi atropelado pelo operador de um guindaste que não o viu. “Minha profundas condolências à família do fiscal que perdeu a vida hoje, nossas orações são para ele e sua família hoje”, escreveu o mexicano no Twitter. A F-1 não registra morte de pilotos desde 1994, graças a uma série de medidas de choque tomadas pela FIA após as tragédias de Imola. Mas esta é a terceira morte de um fiscal desde 2000. Algo precisa ser feito. O treinamento precisa ser mais profissional. Os procedimentos precisam ser seguidos à risca. Protocolos precisam ser revistos. A vida de um fiscal vale tanto quanto a vida de um piloto, do Todt, do Ecclestone, a minha ou a sua;

Vettel cruza a linha de chegada em Montreal (Luca Bruno/AP)

 

O alemão recebeu algumas vaias no pódio. Se alguém souber o motivo exato, me explique. Mas suponho que seja aquela universal torcida contra o mais forte. E ontem ele foi o mais forte, imbatível, inalcançável;

O maior reconhecimento à superioridade de Vettel no final de semana veio de Alonso: “Este segundo lugar tem sabor de vitória”. O comentário ganha outra intensidade vindo de um cara como ele, que odeia perder. (Certa vez, em Mônaco, vi o espanhol chutar mesas e cadeiras do motorhome da Renault após um abandono);

Hamilton voltou a falar dos freios para justificar não ter feito uma corrida melhor: “Estamos progredindo, mas ainda não resolvemos nada. Estou aprimorando algumas técnicas que me ajudam”. O inglês é um baita piloto, tem crédito, não há motivos para desconfiar dele. E o caso ilustra o quão complexo é um carro de F-1. Um dos melhores pilotos do mundo, campeão, em seu sétimo ano na categoria, de repente encontra um problema numa questão teoricamente básica e se estrepa. Na F-1, amigos, não há detalhes;

E o Bottas? Largando em terceiro, festejado por todos _inclusive por mim, na transmissão das rádios Bandeirantes e BandNews FM_, terminou em 14º. “Eu e a equipe demos de tudo. Não importa o que fizéssemos em questão de estratégia, terminaríamos nessa posição mesmo”, disse. Resumindo: o carro é uma porcaria e só se classificou lá na frente por uma enorme conjunção de fatores, entre eles sua perícia no molhado. Mas essas coisas ficam na memória dos torcedores e, principalmente, dos chefes de equipe. Alguém escreveu no Twitter que, em sete GPs, Bottas já conseguiu mais do que Bruno: um brilhareco. É verdade;

Maldonado acha que a punição foi injusta. Ah, tá. Senta lá, meu filho;

Massa fez uma boa corrida, repito. Cometeu um erro no sábado? Sim. Mas estava inspirado no domingo. Fez uma boa largada e brilhou no primeiro trecho da prova. Mas pecou na estratégia, ao colocar pneus supermacios no primeiro pit stop. E reconheceu isso após a prova. “Acho que eu poderia ter ganho mais um ou duas posições se tivesse colocado os médios”, disse. Ok, reconhecer o erro é um mérito. E isso ele sempre faz, diga-se. O que falta é o passo seguinte: agir para que o erro não se repita. E aí vem minha maior crítica: não é a primeira vez que ele dança na estratégia por uma escolha errada de pneu. Não é a segunda, não é a terceira. Será que não está na hora de um papinho mais sério com a direção técnica da equipe? Será que não chegou o momento de trocar de engenheiro?;

Raikkonen pontuou pela 24ª corrida seguida e igualou o recorde histórico da F-1, que pertencia apenas a Schumacher. Já a McLaren ficou fora dos pontos após uma série de 64 GPs, encerrando uma marca também histórica. Nada disso é coincidência. O finlandês é de um talento nato impressionante. E a equipe inglesa começa a sentir os efeitos de uma situação que, repito, só deve começar a amainar em 2015, quando chegarem os motores Honda ;

Na Indy, show dos brasileiros na noite de sábado. Helinho venceu, com Tony em terceiro. Entre os dois, Hunter-Reay. Foi uma vitória com autoridade, reflexo direto do equilíbrio do carro e de sua habilidade na preservação dos pneus. Com o resultado, Helinho voltou à liderança do campeonato. Tem agora 259 pontos, contra 237 de Andretti;

Ainda sobre a Indy: impressiona o equilíbrio da temporada. Foram sete vencedores em oito etapas até agora. Apenas Hinchcliffe venceu duas vezes, em St.Petersburg e São Paulo. Hunter-Reay, Sato, Tony, Conway, Pagenaud e Helinho já tiveram o gostinho da vitória e há vários outros com chances de chegar lá. O campeonato está escancarado;

Em tempo: por todo o sempre vou achar uma enorme babaquice esse ritual de comemorar a vitória no Texas com revólveres, ainda que de brinquedo.

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Montreal, 1º e 2º treinos livres http://fabioseixas.blogfolha.uol.com.br/2013/06/07/montreal-1o-e-2o-treinos-livres-2/ http://fabioseixas.blogfolha.uol.com.br/2013/06/07/montreal-1o-e-2o-treinos-livres-2/#comments Fri, 07 Jun 2013 19:51:04 +0000 http://fabioseixas.blogfolha.uol.com.br/?p=3152 Continue lendo →]]> Quando dizíamos que a Ferrari voltaria ao normal…

Pois é, voltou.

Alonso foi o mais rápido desta sexta-feira em Montreal. 

Usando os pneus supermacios, o espanhol cravou 1min14s818 na segunda sessão de treinos livres, 0s012 melhor do que Hamilton.

Grosjean ficou em terceiro, seguido por Webber, Rosberg, Massa e Vettel.

Uma sessão das mais movimentadas, tentativa clara de recuperar o tempo perdido pela manhã.

(Sim, é melhor esquecer o primeiro treino, que começou com pista molhada e que consagrou Di Resta com o melhor tempo, 1min21s020. Ou seja, não dá para levar nada em consideração.)

Além da melhor marca, Alonso foi também o piloto que mais andou à tarde: 48 voltas. Webber, Rosberg e Maldonado deram 46. Hamilton, Gutierrez e Chilton, 45. E por aí vai.

A corrida, é bom lembrar, tem 70 voltas.

O que fica? 

Que a Ferrari voltou a andar bem, após os tropeços circunstanciais de Mônaco. Mas que a Mercedes deve ser páreo duro para o treino classificatório.

A Red Bull, quem diria, corre por fora.

Fora da pista, outras histórias agitaram o paddock.

Primeiro, Hamilton disse ainda sofrer com os freios. “É algo inédito na minha carreira, mas que cabe a mim resolver. Tem a ver com a modulação do pedal”, disse.

É de se imaginar o que ele conseguiria caso se entendesse com o carro,

Depois, Hembery, diretor da Pirelli, decidiu não ir à entrevista coletiva dos chefes de equipe, para a qual estava convocado pela FIA. Seguiu conselhos dos advogados da empresa. O objetivo, claro, não voltar a se enrolar no caso do teste secreto da Mercedes.

Os outros entrevistados serão o réu Brawn e os acusadores Horner e Domenicali.

A batata vai assar neste fim de tarde por lá.

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Pílulas do Dia Seguinte http://fabioseixas.blogfolha.uol.com.br/2013/05/13/pilulas-do-dia-seguinte-24/ http://fabioseixas.blogfolha.uol.com.br/2013/05/13/pilulas-do-dia-seguinte-24/#comments Mon, 13 May 2013 15:45:28 +0000 http://fabioseixas.blogfolha.uol.com.br/?p=3001 Continue lendo →]]> Ainda ao vivo, na transmissão do GP pelas rádios Bandeirantes e BandNews FM, eu lancei, assim que Alonso pegou a bandeira da Espanha: “A F-1 está tão chata que não duvido que ele será punido”. Não foi. Mas foi investigado, o que já é um absurdo. Ecclestone não pode querer que a categoria seja impecável e sem graça e previsível como o uniforme que veste há décadas: calça social preta e camisa branca. Não. As pessoas vão além dessa coisa cartesiana. As pessoas se emocionam. A Espanha vive uma crise braba, a corrida foi na eternamente separatista Catalunha, e Alonso deu um baita exemplo de solidariedade, civilidade e nacionalismo ao parar e pegar aquela bandeira com um fiscal. Que faça sempre. Que os outros o sigam. Às favas com os protocolos;

Além de tudo, Alonso tem sorte: seu quarto e último pit foi antecipado porque o pneu estava furado. Mas foi um furo mínimo, que não prejudicou seu tempo no caminho para os boxes;

Depois da farofada nas quatro primeiras corridas do ano, a Pirelli mudou os pneus duros a partir da Espanha. Agora, já admite mais mudanças. Demorou, mas enxergou o óbvio: não dá para seus pneus desmancharem após seis voltas. É ruim pro esporte, é ruim para seu marketing. “Hoje foi exagerado”, disse Hembery, diretor da empresa, após os 79 pit stops de Barcelona. Ele disse que mudanças podem ser implantadas a partir do GP da Inglaterra, no final de junho;

Se os pneus ficarem mais duros, a Red Bull agradecerá. O problema para Vettel e companhia é que sete etapas já terão acontecido. A boa notícia é que haverá outras 12 à frente, tempo suficiente para um reabilitação;

Se a F-1 fosse como a GP2 ou a GP3, com carros idênticos para todos os pilotos, não tenho dúvidas: Raikkonen seria o campeão da temporada;

Ainda sobre Raikkonen: já são 22 corridas consecutivas nos pontos. A última vez em que ele não pontuou foi no GP da China de 2012. Com mais três, ele bate o recorde histórico da F-1, que pertence a Schumacher;

Massa: “Talvez houvesse a oportunidade de brigar com o Kimi, mas no final, foi uma ótima corrida. Fizemos um ótimo trabalho. O desgaste dos pneus não estava tão bom como a da Lotus, mas fizemos o melhor que podíamos e mostramos o desempenho que esperávamos desde a sexta-feira”. O brasileiro fez uma boa corrida, a melhor desde a Malásia. Seu próximo alvo precisa ser superar Hamilton no campeonato. Cinco pontos os separam;

Rosberg e Hamilton devem ter tido uma difícil noite de sono. Primeiro e segundo no grid, terminaram respectivamente em sexto e 12º.  “Foi uma experiência que não quero viver nunca mais. Eu fiz absolutamente as mesmas coisas do Bahrein, mas não tinha aderência e não poderia acelerar, ou os pneus iriam embora. Fiquei totalmente perdido”, disse o inglês. Ele terminou reconhecendo o óbvio: as outras evoluíram muito mais nas últimas semanas;

Nasr continua sem vencer nesta temporada da GP2, mas é dos pilotos mais regulares do campeonato. Só perde para Coletti, não por coincidência o único que está à sua frente na tabela. Em Barcelona, Nasr foi segundo colocado no sábado e terceiro no domingo. A primeira prova foi vencida por Frijns. A segunda, por Coletti. Pilotando pela Carlin, um time que ainda busca crescimento na categoria, o brasiliense vem fazendo certinho: se a vitória ainda não é possível, o negócio é levar o carro ao final, na melhor posição possível. Sem loucuras. Muito piloto já foi campeão assim, e ele está na briga.

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Alonso, o quarto mais vitorioso da história http://fabioseixas.blogfolha.uol.com.br/2013/05/12/alonso-o-quarto-mais-vitorioso-da-historia/ http://fabioseixas.blogfolha.uol.com.br/2013/05/12/alonso-o-quarto-mais-vitorioso-da-historia/#comments Sun, 12 May 2013 13:44:36 +0000 http://fabioseixas.blogfolha.uol.com.br/?p=2987 Continue lendo →]]> A estatística de vitórias da F-1 mostra Schumacher como o recordista absoluto da categoria: ganhou 91 GPs.

Depois aparece Prost, com 51 triunfos. E Senna, com 41.

Isso continua igual.

Mas há uma mudança importante logo atrás. Alonso, desde hoje, é o quarto piloto mais vitorioso da história da categoria.

Alonso comemora a vitória em Barcelona (Manu Fernandez/AP)

 

Diante de arquibancadas em delírio, o espanhol venceu o GP da Espanha. Foi a 32ª vitória da carreira. Ele supera Mansell, com 31.

Foi, ainda, a segunda na temporada e a segunda no circuito catalão _a anterior, em 2006.

Um resultado significativo. Porque não foi fruto do acaso, de azares dos adversários, de acidentes e incidentes de qualquer natureza.

Foi fruto de um carro muito rápido e muitíssimo bem equilibrado. A Ferrari sobrou nas 66 voltas do GP deste domingo.

Raikkonen foi segundo, com Massa em terceiro.

Um resultado que começou a surgir logo nos primeiros metros da prova.

Na largada, Alonso, Massa e Vettel brilharam.

O alemão pulou de terceiro para segundo. Instantes depois, Alonso se livrou de Hamilton e assumiu o terceiro lugar.

Massa, nono no grid, fechou a primeira volta em sétimo. Na segunda volta, passou Pérez e subiu para sexto.

Pelotão muito próximo, ninguém conseguiu se desgarrar no começo da prova.

Na sétima volta, Raikkonen passou Hamilton e assumiu o quarto lugar. Quase que simultaneamente, Webber entrava nos boxes para seu primeiro pit stop.

Na oitava volta foi a vez de Massa deixar Hamilton para trás. Não durou quase nada: ato contínuo, ele entrou nos boxes.

Sutil e Grosjean também entraram e tiveram problemas. O alemão conseguiu voltar à pista, o francês ficou por lá mesmo _estava com a suspensão traseira direita em frangalhos.

Alonso, Hamilton e Di Resta pararam na décima volta. Na seguinte entraram Rosberg, Vettel, Raikkonen e Pérez.

Nessas, Alonso ganhou a posição de Vettel. E decidiu partir para cima de Rosberg de qualquer jeito.

Tenta daqui, tenta dali, Alonso conseguiu a ultrapassagem na 13ª volta, para delírio da torcida local. Vettel aproveitou o embalo e passou logo depois. Massa e Raikkonen não demoraram para fazer o mesmo.

O top 10 na 15ª volta, Alonso, Vettel, Massa, Raikkonen, Rosberg, Webber, Pérez, Di Resta, Ricciardo e Hamilton.

Sem ninguém à frente, e com apoio da torcida, Alonso começou a abrir vantagem. Na 19ª volta, já tinha 3s7 para Vettel.

Reclamando de desgaste dos pneus, Massa foi chamado aos boxes na 20ª volta. Webber também entrou. Alonso parou na seguinte.

Na 23ª, lambança da Caterham. A roda traseira esquerda de Van der Garde se soltou e ele voltou para os boxes na base do tripé.

Vettel entrou na 25ª, e perdeu a posição para Massa. Raikkonen parou duas voltas depois, devolvendo a ponta para Alonso.

O finlandês colocou o terceiro jogo de pneus médios, uma estratégia curiosa, diferente. Que, na matemática, tinha tudo para dar certo: conservando muito bem os pnes, ele pararia uma volta a menos do que a concorrência.

O problema foi que ele perdeu tempo atrás de Vettel. Por isso mesmo tentou desesperadamente ultrapassar o alemão. Conseguiu na 33ª volta, numa manobra de fazer qualquer um levantar do sofá.

O top 10 na 35ª volta, Alonso, Massa, Raikkonen, Vettel, Webber, Di Resta, Rosberg, Hulkenberg, Ricciardo e Pérez.

A história da corrida ficou então na diferença entre Alonso e Raikkonen. Era de 16s9 na 36ª volta, sendo que o tempo total de pit stop era na casa de 19s. Ou seja, estava lindo para o finlandês.

Alonso e Massa então foram para a terceira parada. Webber parou na 37ª.  

Então veio o momento chave da corrida.

Alonso chegou em Raikkonen e passou. Fácil, fácil. Pronto. Ali, conquistou a vitória.

O problema de Raikkonen foi não conseguir, no terceiro jogo de pneus, o mesmo ritmo dos dois primeiros. Pode ter sido resultado do desequilíbrio causado pela temperatura dos freios: instantes após, a Lotus informou o finlandês que os dianteiros estavam quentes demais, e os traseiros, muito frios.

Na 46ª, ele parou para seu terceiro e último pit. Seus adversários teriam um a mais para fazer.

Alonso fez seu quarto pit na 50ª volta. Massa e Vettel pararam duas depois.

A briga ficou então entre Raikkonen e Massa. O brasileiro saiu dos boxes atrás do finlandês, mas com pneus oito voltas mais novos.

Ele tentou tirar a diferença. Até conseguiu se aproximar um pouco. Mas não foi o suficiente.

Vitória de Alonso, com 9s3 de vantagem sobre Raikkonen na linha de chegada. Massa chegou a 16s7 do finlandês, garantindo seu primeiro pódio na temporada. Fechando o top 10, Vettel, Webber, Rosberg, Di Resta, Button, Pérez e Ricciardo.

No Mundial de Pilotos, Vettel ainda é o líder, com 89 pontos, quatro a mais do que Raikkonen. Alonso é o terceiro, com 72. Hamilton tem 50, seguido por Massa, com 45.

No Mundial de Construtores, a Red Bull tem 131, contra 117 da Ferrari e 111 da Lotus.

A Mercedes foi a grande decepção da abertura da fase europeia da F-1. A McLaren está mortinha. A Red Bull não é a mesma dos últimos anos. A Lotus se salva porque tem um sujeito chamado Raikkonen ao volante.

Não restam dúvidas: o melhor carro da F-1, hoje, é a Ferrari.

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Barcelona, 1º e 2º treinos livres http://fabioseixas.blogfolha.uol.com.br/2013/05/10/barcelona-1o-e-2o-treinos-livres-2/ http://fabioseixas.blogfolha.uol.com.br/2013/05/10/barcelona-1o-e-2o-treinos-livres-2/#comments Fri, 10 May 2013 16:10:05 +0000 http://fabioseixas.blogfolha.uol.com.br/?p=2971 Continue lendo →]]> Choveu em Barcelona pela manhã. Assim, a maior parte do trabalho ficou concentrada na segunda sessão de treinos livres, à tarde.

Vettel, no segundo treino livre em Barcelona (Alberto Estévez/Efe)


 

Uma agonia para as equipes, já que há muitos componentes novos a serem testados. A água frustrou ainda a estreia do jogo extra de pneus. Pela maior parte do treino matinal, os pilotos usaram os compostos intermediários.

São Pedro foi cruel desta vez…

Pela manhã, com pista molhada no início da sessão, apenas os 15 minutos finais foram relativamente aproveitáveis _ainda havia alguns trechos escorregadios.

A três minutos do fim, Massa cravou 1min25s618. Alonso apertou o ritmo e, nos instantes finais, superou o brasileiro por 0s203.

Vergne foi o terceiro, seguido por Grosjean, Sutil, Hamilton. Raikkonen foi o oitavo. Vettel ficou só em 19º, seguido por Webber.

À tarde, com piso seco, deu Vettel. O alemão fez 1min22s808 e superou Alonso por 0s017. Webber ficou em terceiro, seguido por Raikkonen, Massa, Hamilton.

O maior susto do dia ficou por conta de Di Resta. Seu pneu esquerdo traseiro dechapou em plena reta e ele teve de encostar. A Pirelli já informou que está investigando o caso para descobrir se foi algo relacionado à construção do pneu.

E assim começa a temporada europeia da F-1. Red Bull e Ferrari na frente. Lotus e Mercedes, um passo atrás.

(Ah, sim: como é bom ver público nas arquibancadas após três corridas “inventadas” como Malásia, China e Bahrein.)

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Rosberg, pole-surpresa no Bahrein http://fabioseixas.blogfolha.uol.com.br/2013/04/20/rosberg-pole-surpresa-no-bahrein/ http://fabioseixas.blogfolha.uol.com.br/2013/04/20/rosberg-pole-surpresa-no-bahrein/#comments Sat, 20 Apr 2013 13:02:50 +0000 http://fabioseixas.blogfolha.uol.com.br/?p=2859 Continue lendo →]]> Raikkonen parecia melhor em velocidade pura, com Vettel no encalço. Alonso mostrava um carro também veloz, mas talvez melhor para a corrida do que para a classificação.

Difícil fugir de uma dessas apostas.

Pois Rosberg resolveu surpreender todo mundo. Até mesmo sua equipe, que deixou isso claro na comemoração pelo rádio.

O alemão da Mercedes, apagado até então no Bahrein, brilhou no Q3 e conquistou a pole position para a quarta etapa do Mundial. É sua segunda pole na carreira _a primeira, China-2012, converteu em vitória.

O tempo de Rosberg, 1min32s330, 0s254 melhor do que Vettel _vantagem também surpreendente.

Alonso larga em terceiro. Massa sai em quarto, e merece um capítulo à parte.

O brasileiro fez o que outros pilotos já fizeram nesta temporada: abriu mão da luta pela pole e foi para a definição com os pneus duros. Uma aberração do regulamento, a culpa não é dos pilotos.

Ele se deu bem. Muito bem. Porque Hamilton e Webber, que se classificaram à sua frente, foram punidos.

O inglês, quinto tempo, caiu para nono por ter trocado a caixa de câmbio. E o australiano, que havia feito o quarto tempo, perdeu três posições por conta do acidente com Vergne na China.

Massa será o único piloto lá na ponta com os pneus duros. Se nada de errado acontecer, vai liderar o GP em algum momento. E se as coisas andarem a seu favor, pode entrar na luta pela vitória.

A terceira fila é toda da Force India, que está de parabéns: Di Resta em quinto e Sutil em sexto.

Webber sai em sétimo, seguido por Raikkonen _que teve problemas no Q3_, Hamilton e Button.

Lá atrás, destaques negativos para Grosjean (11º), Pérez (12º) e Maldonado (17º).

O que vai acontecer na corrida?

Difícil imaginar Rosberg sustentando a ponta por muito tempo. A Mercedes não tem lá um bom ritmo de corrida, basta lembrar do que aconteceu com o pole Hamilton na China.

Vai depender dos pneus. Se a diferença na durabilidade entre um composto e outro for pequena, Vettel e Alonso devem duelar pela vitória. Se os duros aguentarem muito mais que os médios, Massa entra na briga.

Pelo que vi nos treinos até agora, acredito mais na primeira opção.

(Em tempo: se a Pirelli tivesse mantido a opção de levar macios e duros para Sakhir, Massa já estaria com uma mão no troféu.)

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